ANO XXIV - 2013-4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2013



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Transcrição:

ANO XXIV - 2013-4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2013 ASSUNTOS TRABALHISTAS MOTOBOY E MOTOTAXISTA- ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS... Pág. 204 MOTORISTA PROFISSIONAL - ASPECTOS TRABALHISTAS... Pág. 213

ASSUNTOS TRABALHISTAS Sumario MOTOBOY E MOTOTAXISTA Aspectos Trabalhistas e Previdenciários 1. Introdução 2. Requisitos 3. Atividades Específicas Dos Profissionais 4. Documentação Para O Exercício Das Atividades 5. Da Condução De Motofrete 6. Cursos Especializados Obrigatórios 7. Infrações Referente Aos Profissionais De Motoboy E Mototaxista 8. Infrações Do Código De Trânsito Brasileiro 9. Contrato De Prestação Continuada De Serviço Com Condutor De Motofrete 10. Adequações Às Exigências 11. Vedação E Penalidade 12. Vínculo Empregatício 13. Contribuição Previdenciária 13.1 Empregador E Empregado 13.2 Contratação De Pessoa Jurídica- Retenção De 11% 13.2.1 - Serviços Contratados Mediante Cessão De Mão-De-Obra 13.2.2 Base De Cálculo 13.3 Condutor Autônomo Pessoa Física 13.3.1 - Contribuição De 11% (Onze Por Cento) 13.3.2 - Contribuição De 20% (Vinte Por Cento) 13.3.3 - Salário-De-Contribuição Do Condutor Autônomo 1. INTRODUÇÃO A Lei n 12.009, de 29 de julho de 2009 regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, mototaxista, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e motoboy, com o uso de motocicleta, altera a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas moto-frete, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço. 2. REQUISITOS Conforme o artigo 2 da Lei n 12.009/2009, para o exercício das atividades de mototaxista e motoboy são necessários os seguintes requisitos: a) ter completado 21 (vinte e um) anos; b) possuir habilitação, por pelo menos 2 (dois) anos, na categoria; c) ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do Contran; d) estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da regulamentação do Contran. 3. ATIVIDADES ESPECÍFICAS DOS PROFISSIONAIS O artigo 3 da Lei 12.009/2009 estabelece as atividades específicas dos profissionais, conforme abaixo: a) transporte de mercadorias de volume compatível com a capacidade do veículo; b) transporte de passageiros. Mototaxista é o profissional que realiza o transporte de passageiro. Motofretista é o profissional que realiza, via motocicleta, o serviço de entrega e coleta de pequenas cargas. 4. DOCUMENTAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES Do profissional de serviço comunitário de rua serão exigidos ainda os seguintes documentos (parágrafo único do artigo 2 da Lei n 12.009/2009): TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 204

a) carteira de identidade; b) título de eleitor; c) cédula de identificação do contribuinte CIC; d) atestado de residência; e) certidões negativas das varas criminais; f) identificação da motocicleta utilizada em serviço. 5. DA CONDUÇÃO DE MOTOFRETE A Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997, em seu artigo 139-A determina que as motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias motofrete somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: a) registro como veículo da categoria de aluguel; b) instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito Contran; c) instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do Contran; d) inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas deve estar de acordo com a regulamentação do Contran. É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de sidecar, nos termos de regulamentação do Contran. De acordo com artigo 139-B da lei citada acima não exclui a competência municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-frete no âmbito de suas circunscrições. 6. CURSOS ESPECIALIZADOS OBRIGATÓRIOS A Resolução do Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN n 410, de 02.08.2012 regulamenta os cursos especializados obrigatórios destinados a profissionais em transporte de passageiros (mototaxista) e em entrega de mercadorias (motofretista) que exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas e motonetas. Considerando a importância de garantir aos motociclistas profissionais a aquisição de conhecimentos, a padronização de ações e, consequentemente, atitudes de segurança no trânsito, resolve: Art. 1º Instituir curso especializado obrigatório destinado a profissionais em transporte de passageiro (mototaxista) e em entrega de mercadorias (motofretista), que exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas e motonetas. Parágrafo único. O curso de que trata o caput deste Artigo será válido em todo o território nacional. Art. 2º O curso, na forma desta Resolução, será ministrado pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal ou por órgãos, entidades e instituições por ele autorizados. Art. 3º A grade curricular e as disposições gerais do curso especializado a que se refere esta Resolução constam do Anexo I. Art. 4º Ficam reconhecidos os cursos específicos, destinados a motofretistas e a mototaxistas, que tenham sido ministrados por órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito SNT, por entidades por eles credenciadas e pelas instituições vinculadas ao Sistema S, concluídos até a data de entrada em vigor desta Resolução, TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 205

respeitando-se a periodicidade para o curso de atualização previsto no seu anexo I. (alterado pela Resolução n 414, de 09 de agosto de 2012) Art. 5º Ficam convalidados os cursos especializados realizados durante a vigência da Resolução CONTRAN nº 350/2010. Art. 6º Os cursos previstos nesta Resolução serão exigidos, para fins de fiscalização, a partir de 02 de Fevereiro de 2013. Observações: Referente aos anexos citados no artigo 3 e 4 vide na Resolução CONTRAN n 410/2012. Segue abaixo a Resolução do CONTRAN n 414, de 09.08.212: RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN Nº 414 DE 09.08.2012 D.O.U.: 20.08.2012 Altera a Resolução n 410, de 02 de agosto de 2012, que regulamenta os cursos especializados obrigatórios destinados a profissionais em transporte de passageiros (mototaxista) e em entrega de mercadorias (motofretista) que exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas e motonetas. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I e artigo 141, da Lei n. 9.503, de 23 de Setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, conforme o Decreto n. 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e resolve: Art. 1º Alterar o artigo 4º da Resolução CONTRAN nº 410/2012, que passa a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 4º - Ficam reconhecidos os cursos específicos, destinados a motofretistas e a mototaxistas, que tenham sido ministrados por órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito - SNT, por entidades por eles credenciadas e pelas instituições vinculadas ao Sistema S, concluídos até a data de entrada em vigor desta Resolução, respeitando-se a periodicidade para o curso de atualização previsto no seu anexo I." Art. 2º O item 4 do Anexo I da Resolução CONTRAN nº410/2012 passa a vigorar com a seguinte redação: "4. Abordagem didático-pedagógica As aulas teóricas devem ser dinâmicas, levando em consideração os conhecimentos prévios dos participantes e suas diferenças culturais e de aprendizagem. É importante ressaltar que além de informações, os conteúdos indicados na grade curricular devem possibilitar discussões permanentes que favoreçam a aquisição de valores, posturas e atitudes de cidadania no trânsito A aula de prática de pilotagem, ministrada e acompanhada pelo instrutor, deverá ser realizada individualmente no veículo, conforme a carga horária determinada no item 3 (três) deste Anexo. A avaliação da aprendizagem é um processo permanente que deve ser feita no decorrer do curso, por meio de observações contínuas durante a realização das aulas e das atividades, considerando a participação e a produtividade de cada participante. Entretanto, ao final dos módulos I e II, realizados nas modalidades presencial ou à distância, deverá ser aplicada pela instituição ou entidade pública ou privada ou ainda pelo centro de formação de condutores responsável pelo curso uma prova de avaliação, no formato eletrônico, na forma estabelecida no item 6 do anexo III da resolução CONTRAN nº 168/2004, ou no formato escrito, com 30 questões de múltipla escolha, com 4 (quatro) alternativas, utilizando obrigatoriamente o banco de questões fornecido pelo Denatran. Na aplicação das provas, em qualquer das modalidades, deverá ser adotado o processo randômico na distribuição das alternativas, de forma a impedir a ocorrência de provas idênticas numa mesma turma." A avaliação prática deverá ser realizada ao final do Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional). Caberá ao instrutor elaborar uma lista de checagem, conforme orientações contidas no Manual de Prática de Pilotagem Profissional, a fim de avaliar as condições para a pilotagem segura de cada um dos participantes." Art. 3º O inciso XIV do item 5 do Anexo I da Resolução CONTRAN nº410/2012 passa a vigorar com a seguinte redação: "XIV - Em curso na modalidade à distância/semipresencial, sendo o módulo I (básico) e II (específico) à distância e o módulo III (prático), deverá ser realizado na modalidade presencial." Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 206

7. INFRAÇÕES REFERENTE AOS PROFISSIONAIS DE MOTOBY E MOTOTAXISTA Lei n 9.503/2009, artigo 7. Constitui infração: a) empregar ou manter contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete inabilitado legalmente; b) fornecer ou admitir o uso de motocicleta ou motoneta para o transporte remunerado de mercadorias, que esteja em desconformidade com as exigências legais. E conforme o parágrafo único, do artigo citado acima, responde pelas infrações previstas neste artigo o empregador ou aquele que contrata serviço continuado de moto-frete, sujeitando-se à sanção relativa à segurança do trabalho prevista no artigo 201 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943. 8. INFRAÇÕES DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO É infração grave conduzir motocicleta e motoneta transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no 2º do art. 139 do CTB e também conduzir efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139 A da mesma Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas". Segue abaixo as infrações conforme artigo 244 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN; II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda; IV - com os faróis apagados; V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança: Infração - gravíssima; Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação; VI - rebocando outro veículo; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de manobras; VIII transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no 2o do art. 139-A desta Lei; IX efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas: Infração grave; Penalidade multa; Medida administrativa apreensão do veículo para regularização. 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de: a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado; b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança. 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do parágrafo anterior: Infração - média; 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem semi-reboques especialmente projetados para esse fim e devidamente homologados pelo órgão competente. Penalidade multa. TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 207

9. CONTRATO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DE SERVIÇO COM CONDUTOR DE MOTOFRETE O artigo 6 da Lei 12.009/2009 estabelece que a pessoa natural ou jurídica que empregar ou firmar contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete é responsável solidária por danos cíveis advindos do descumprimento das normas relativas ao exercício da atividade, previstas no item 5 desta matéria, e ao exercício da profissão, previstas nos itens 2 e 4 também desta matéria. 10. ADEQUAÇÕES ÀS EXIGÊNCIAS Os condutores que atuam na prestação do serviço de moto-frete, assim como os veículos empregados nessa atividade, deverão estar adequados às exigências previstas nesta Lei no prazo de até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, contado da regulamentação pelo Contran dos dispositivos previstos nos itens 2, 4 e 5 desta matéria (artigo 8 da Lei n 12.009/2009). 11. VEDAÇÃO E PENALIDADE A Lei n 12.436, de 6 de julho de 2011 veda o emprego de práticas que estimulem o aumento de velocidade por motociclistas profissionais, conforme o artigo 1 e 2 : Art. 1o É vedado às empresas e pessoas físicas empregadoras ou tomadoras de serviços prestados por motociclistas estabelecer práticas que estimulem o aumento de velocidade, tais como: I - oferecer prêmios por cumprimento de metas por números de entregas ou prestação de serviço; II - prometer dispensa de pagamento ao consumidor, no caso de fornecimento de produto ou prestação de serviço fora do prazo ofertado para a sua entrega ou realização; III - estabelecer competição entre motociclistas, com o objetivo de elevar o número de entregas ou de prestação de serviço. Art. 2o Pela infração de qualquer dispositivo desta Lei, ao empregador ou ao tomador de serviço será imposta a multa de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais). Parágrafo único. A penalidade será sempre aplicada no grau máximo: I - se ficar apurado o emprego de artifício ou simulação para fraudar a aplicação dos dispositivos desta Lei; II - nos casos de reincidência. 12. VÍNCULO EMPREGATÍCIO Os condutores de motocicleta e motoneta podem utilizar estes veículos no desenvolvimento de atividades profissionais na qualidade de empregados, conforme o artigo 3 da CLT, ou como autônomos/ empresários, prestando serviço a uma ou mais empresas, sem relação de emprego, ou seja, por conta própria, mediante ajuste de contraprestação pecuniária. Levando em consideração as legislações que trata sobre o que é vínculo empregatício, terceirização, cessão de mão de obra ou autônomos. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (artigo 2 da CLT). Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário (artigo 3 da CLT). O serviço prestado pelo empregado deve ser feito em caráter não eventual, ou seja, o trabalho deve ter natureza contínua, não podendo ser ocasional, esporádica ou eventual. A relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um fato jurídico que se configura quando alguém (empregado ou empregada) presta serviço a uma outra pessoa, física ou jurídica (empregador ou empregadora), de forma subordinada, pessoal, não-eventual e onerosa. A empresa que contratar empregado como motoboy ou mototaxista está obrigado a efetuar o depósito de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na conta vinculada deste trabalhador. Lei nº 8.036/1990, artigo 15 - Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 208

Deverá também cumprir com as determinações trabalhistas, como: registrar a CTPS, o livro ou ficha de registro de empregado, CAGED, RAIS, entre outras obrigações, ou seja, a contratação é regida pela CLT Consolidação das Leis do Trabalho. O empregado também fará jus aos demais direitos trabalhistas, tais como: 13º salário, férias, aviso prévio, descanso semanal remunerado, entre outros. Observações: As empresas que contratam motoboys, mototaxistas e motofretes na condição de trabalhador autônomo deverá ficar atentos, para não haver presentes os requisitos caracterizadores do vínculo de emprego, conforme o artigo 3 da CLT (remuneração, subordinação, pessoalidade e habitualidade), ou seja, gerando vínculo empregatício e provocando reclamação na Justiça do Trabalho. O Bol. INFORMARE n 01/2013 trata sobre as obrigações trabalhistas e previdenciárias do empregador. Jurisprudências: ENTREGADOR. MOTOBOY. VÍNCULO DE EMPREGO INEXISTENTE. O art. 3 da CLT exige para a configuração do vínculo empregatício a prestação de serviços de forma pessoal, não eventual, subordinada e mediante remuneração. A entrega realizada em veículo próprio, em que se arca com as despesas da atividade exercida, sem subordinação e pessoalidade e remunerada diretamente pelos clientes não configura relação empregatícia. Recurso ordinário conhecido e não-provido. (Processo: 1649201001516000 MA 01649-2010-015-16-00-0 - Relator(a): JOSÉ EVANDRO DE SOUZA - Julgamento: 14.09.2011) MOTOBOY - VÍNCULO EMPREGATÍCIO - PRESENÇA DOS REQUISITOS - O trabalhador que desempenha sua atividade como piloto de motocicleta em empresa que tem por atividade-fim a entrega de mercadorias, fazendo-o pessoalmente mediante subordinação, remuneração e sem assumir os riscos da atividade, é empregado, porque presentes todos os requisitos fáticos elencados nos artigos 2º e 3o da CLT. (TRT 14a Região - RO 01030.2003.001.14.00-4 - Rela Juíza Elana Cardoso Lopes Leiva de Faria - DOJT de 12.04.2004) 13. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 13.1 Empregador E Empregado As contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa ou do equiparado, observadas as disposições específicas desta Instrução Normativa, são (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 72): a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 57, inciso I); b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais, que lhes prestam serviços, e inclusive ao que se refere à retirada de prolabore (sócios, empresários), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; c) para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam serviços; c.1) 1% (um por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; c.2) 2% (dois por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado médio; c.3) 3% (três por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado grave; d) o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) é um multiplicador do RAT (Riscos Ambientais de Trabalho), que varia de 0,5 (zero vírgula cinco) a 2 (dois) pontos, a ser aplicado às alíquotas de 1% (um por cento), 2% (dois por cento) ou 3% (três por cento) da tarifação coletiva por subclasse econômica. E esses percentuais são incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 209

trabalho. O FAP é aplicado sobre o RAT e o resultado corresponde ao percentual de contribuição de acidente de trabalho devido pela empresa, ou seja, FAP x RAT, aí teremos o RAT ajustado; e) exercendo o segurado atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde e integridade física, é devida pela empresa ou equiparado a contribuição adicional destinada ao financiamento das aposentadorias especiais, conforme disposto no 6º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 1991, e nos 1º e 2º do art. 1º e no art. 6º da Lei nº 10.666, de 2003, observado o disposto no 2º do art. 293, sendo os percentuais aplicados: e.1) sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao segurado empregado e trabalhador avulso, conforme o tempo exigido para a aposentadoria especial, de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, respectivamente: 12% (doze por cento), 9% (nove por cento) e 6% (seis por cento), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; e.2) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, relativamente aos serviços que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; f) recolhimento destinado a outras entidades (terceiros); Nota: O recolhimento destinado a outras entidades terá a alíquota fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa conforme sua atividade, seguindo as regras estabelecidas nos Anexos I e II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009. g) retenção dos 11% (onze por cento): a empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-deobra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada, observado o disposto no art. 79 e no art. 145 (Artigo 112 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009). Para fatos geradores ocorridos desde 01.04.2003, a empresa é obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária do contribuinte individual a seu serviço, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada a este segurado, observando o limite máximo do salário-de-contribuição. A contribuição previdenciária dos trabalhadores (pessoa física) corresponde aos valores dos salários-decontribuição, observando o limite mínimo e o máximo, de acordo com a Tabela para Pagamento de Remuneração, constante do Anexo II, o que dispõe a A Portaria Interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de Janeiro de 2013, que teve início a partir de 1º de janeiro de 2013. a) Segurados Empregados e Trabalhador Avulso: O artigo 63 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 estabelece que a contribuição social previdenciária dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação das três alíquotas de 8% (oito por cento), 9% (nove por cento) ou 11% (onze por cento) sobre o seu salário-decontribuição, de acordo com a faixa salarial constante da tabela publicada periodicamente pelo MPS e pelo MF. Nota: A partir de 28 de dezembro de 2007, as contribuições dos segurados empregados passaram a ser de 8% (oito por cento), 9% (nove por cento) ou 11% (onze por cento) sobre o respectivo salário-de-contribuição, pois antes desse período eram aplicadas outras alíquotas. Observação: Matéria completa sobre contribuição previdenciária, vide Bol. INFORMARE n 19/2012 - FOLHA DE PAGAMENTO DE EMPRESAS E EQUIPARADOS - Encargos Previdenciários 13.2 Contratação De Pessoa Jurídica - Retenção De 11% A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999 deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada (Artigo 112 da Instrução Normativa nº 971/2009). TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 210

Observação: Matéria a respeito de retenção previdenciária, vide Bol. INFORMARE n 12/2012, em Assuntos Previdenciários. 13.2.1 - Serviços Contratados Mediante Cessão De Mão-De-Obra Cessão de mão de obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade-fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei no 6.019/1974. Conforme o artigo 118 da IN RFB n 971/2009 estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra, observado o disposto no art. 149, entre outros, os serviços de: a) distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contratantes; b) entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário documentos diversos tais como conta de água, conta de energia elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares; c) operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo. 13.2.2 Base De Cálculo Em regra geral, a base de cálculo da retenção é o valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviço emitido pela empresa contratada. Porém, deverão ser observadas algumas situações quando se refere a serviços contratados mediante Contrato de Prestação de Serviço e quando também envolve materiais ou utilização de equipamentos (Artigo 121 da Instrução Normativa nº 971/2009). Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, desde que discriminados na Nota Fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta, entre outros, corresponder no mínimo a (Artigo 122 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009): a) 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços; b) 30% (trinta por cento) do valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os serviços de transporte de passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada. Os valores dos materiais fornecidos ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção. 13.3 Condutor Autônomo Pessoa Física Contribuintes individuais são aqueles que têm rendimento através do seu trabalho, sem estar na qualidade de segurado empregado, tais como os profissionais autônomos, sócios e titulares de empresas, entre outros. E são considerados contribuintes obrigatórios da Previdência Social. Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de contribuinte individual (Decreto nº 3.048/1999, artigo 9º, inciso V; Lei nº 8.212/1991, artigo 12, inciso V; Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 4º, inciso IV, artigo 9º e Instrução Normativa RFB nº 1.027, de 20 de abril de 2010), entre outros, o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo. A Lei nº 9.876, de 29 de novembro de 1999, enquadrou os segurados autônomos em uma única categoria, a dos Contribuintes Individuais, sendo considerados segurados obrigatórios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 211

Desde 01.04.2003, a empresa está obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia (Lei nº 10.666, de 08.05.2003, artigo 4, com nova redação dada pela Lei nº 11.933, de 28.04.2009). 13.3.1 - Contribuição De 11% (Onze Por Cento) a) a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a empresa; b) a retribuição do cooperado quando prestar serviços a empresas em geral e equiparados a empresa, por intermédio de cooperativa de trabalho; c) a retribuição do cooperado quando prestar serviços a cooperativa de produção; d) a remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos serviços prestados a outro contribuinte individual, a produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou repartição consular de carreiras estrangeiras. 13.3.2 - Contribuição De 20% (Vinte Por Cento) Conforme o artigo 65 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003, observado o limite máximo do salário-de-contribuição e o disposto no art. 66, de 20% (vinte por cento), incidente sobre: a) prestação de serviço a pessoas físicas; b) pelos serviços prestados a entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais; c) a retribuição do cooperado, quando prestar serviços a pessoas físicas e a entidade beneficente em gozo de isenção da cota patronal, por intermédio da cooperativa de trabalho. Observação: No caso da alínea a acima citada, o artigo 76 da IN RFB n 971/2009, o segurado contribuinte individual é responsável pelo recolhimento da contribuição social previdenciária incidente sobre a remuneração auferida por serviços prestados por conta própria a pessoas físicas, a outro contribuinte individual equiparado a empresa, a produtor rural pessoa física, à missão diplomática ou à repartição consular de carreiras estrangeiras. A base de cálculo para contribuição previdenciária, do condutor autônomo, é diferenciada, conforme a seguir. 13.3.3 - Salário-De-Contribuição Do Condutor Autônomo O salário-de-contribuição pago ou creditado ao condutor autônomo de veículo rodoviário, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, é 20% (vinte por cento) do rendimento bruto, ou seja, a base de cálculo da contribuição corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto (Artigo 111-I, inciso I, da Instrução Normativa RFB nº 971/2009). IN RFB nº 971/2009, artigo 55, 2º - O salário-de-contribuição do condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), do auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos, conforme estabelecido no 4º do art. 201 do RPS, corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo aos dispêndios com combustível e manutenção do veículo, ainda que parcelas a este título figurem discriminadas no documento. Exemplo: Valor bruto do frete R$ 2.500,00 Base de cálculo (20% de R$ 2.500,00) R$ 500,00 INSS retido do condutor (11% de R$ 500,00) R$ 55,00 SEST/SENAT (2,5% de R$ 500,00) R$ 12,50 Valor líquido do recibo R$ 2.432,50 O exemplo acima também tem a contribuição para o SEST - Serviço Nacional de Transporte (1,5% - um inteiro e cinco décimos por cento) e o SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (1,0% - um por cento), que também é retida pela empresa contratante e repassada ao INSS, com informação na GFIP, cujo cálculo não observará o limite máximo do salário-de-contribuição (Artigo 65, 5º, da Instrução Normativa nº 971/2009). Lei nº 8.706/1993, Art. 7º - As rendas para manutenção do Sest e do Senat, a partir de 1º de janeiro de 1994, serão compostas: TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 212

II - pela contribuição mensal compulsória dos transportadores autônomos equivalente a 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), e 1,0% (um por cento), respectivamente, do salário de contribuição previdenciária. Conforme o artigo 65, 5º, da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, redação dada pela Instrução Normativa nº 1.071, de 15.09.2010 e pela Instrução Normativa RFB nº 1.080, de 03.11.2010, o condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), o auxiliar de condutor autônomo e o cooperado filiado à cooperativa de transportadores autônomos estão sujeitos ao pagamento da contribuição para o Serviço Social do Transporte (SEST) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), conforme disposto no art. 111-I. Art. 111-I - A empresa tomadora de serviços de transportador autônomo, de condutor autônomo de veículo (taxista) ou de auxiliar de condutor autônomo, deverá reter e recolher a contribuição devida ao Sest e ao Senat, instituída pela Lei nº 8.706, de 14 de setembro de 1993, observadas as seguintes regras: I - a base de cálculo da contribuição corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto do frete, carreto ou transporte, vedada qualquer dedução, ainda que figure discriminadamente na nota fiscal, fatura ou recibo (art. 55, 2º); II - o cálculo da contribuição é feito mediante aplicação das alíquotas previstas no Anexo II, desta Instrução Normativa, de acordo com o código FPAS 620 e o código de terceiros 3072; III - não se aplica à base de cálculo o limite a que se refere o 2º do art. 54; IV - na hipótese de serviço prestado por cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos, a contribuição deste será descontada e recolhida pela cooperativa; V - na hipótese de serviço prestado a pessoa física, ainda que equiparada a empresa, a contribuição será recolhida pelo próprio transportador autônomo, diretamente ao Sest e ao Senat, observado o disposto no inciso II. Parágrafo único - Sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a empregados e trabalhadores avulsos, a cooperativa de transportadores autônomos contribui para a Previdência Social e terceiros, mediante aplicação das alíquotas previstas no Anexo II, desta Instrução Normativa, de acordo com o código FPAS 612 e o código de terceiros 4163". Observações: A contribuição para o SEST/SENAT deverá ser: a) recolhida pelo próprio contribuinte individual diretamente ao SEST/SENAT, quando se tratar de serviços prestados a pessoas físicas, ainda que equiparadas à empresa; b) descontada e recolhida pelo contratante de serviços, quando se tratar de serviços prestados a pessoas jurídicas; c) descontada e recolhida pela cooperativa, quando se tratar de cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos. Fundamento legal: Citados no texto. Sumario MOTORISTA PROFISSIONAL Aspectos Trabalhistas 1. Introdução 2. Exercício Da Profissão De Motorista Profissional 3. Vigência Da Nova Lei 3.1 Alterações Trazidas Pela Nova Lei 4. Direitos Dos Motoristas Profissionais 5. Deveres Do Motorista Profissional 6. Jornada De Trabalho 6.1 Jornada 12 x 36 6.2 Horas Extras 6.3 Trabalho Noturno 6.4 Tempo A Espera 6.5 Intervalos De Descanso 6.6 - Viagens De Longa Distância 6.6.1 - Transporte Rodoviário De Cargas Em Longa Distância 6.6.2 - Revezamento De Motoristas 6.7 Força Maior 6.8 Não Considera Jornada De Trabalho 6.9 - Vedado 6.10 Controle Da Jornada De Trabalho TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 213

7. Locais De Espera 8. Outras Condições Específicas De Trabalho 9. Da Condução De Veículos Por Motoristas Profissionais Código De Transito 10. Infrações 11 - Penalidade 1. INTRODUÇÃO A Lei n 12.619, de 30 de abril de 2012 dispõe sobre o exercício da profissão de motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1 de maio de 1943, e as Leis n 9.503, de 23 de setembro de 1997, n 10.233, de 5 de junho de 2001, 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e 12.023, de 27 de agosto de 2009, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional. As disposições contidas na Lei 12.619, de 30 de abril de 2012, entrará em vigor 45 (quarenta e cinco) dias a contar da sua publicação, que se deu em 02 de maio de 2012. Deste modo, a lei passará a vigorar a partir do dia 18 de junho de 2012. A legislação citada acima trouxe algumas alterações para o motorista profissional, como a regulação do tempo de direção e descanso dos motoristas, uma jornada especial de trabalho, o tempo de espera, ou seja, o período em que o veículo fica parado, seja nas barreiras fiscais ou no espera de carga ou descarga, sem que isso gere pagamento de hora extra. E nesta matéria trataremos sobre essas alterações. A Resolução n 431, de 23 de janeiro de 2012 dispõe sobre a fiscalização do tempo de direção do motorista profissional. 2. EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE MOTORISTA PROFISSIONAL Considera-se motorista profissional aquele cujo ofício, remunerado, é conduzir veiculo automotor, autonomamente ou mediante vínculo empregatício. De acordo com o artigo 1 da Lei n 12.619/2012 é livre o exercício da profissão de motorista profissional, atendidas as condições e qualificações profissionais estabelecidas nesta Lei. O parágrafo único do artigo citado acima, estabelece que integram a categoria profissional os motoristas profissionais de veículos automotores cuja condução exija formação profissional e que exerçam a atividade mediante vínculo empregatício, nas seguintes atividades ou categorias econômicas: a) transporte rodoviário de passageiros; b) transporte rodoviário de cargas. 3. VIGÊNCIA DA NOVA LEI A Lei n 12.619, de 30 de abril de 2012, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 02.05.2012, só entrou em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a data de sua publicação. Deste modo, a lei passou a vigorar a partir do dia 18 de junho de 2012. 3.1 Alterações Trazidas Pela Nova Lei As alterações trazidas pela Lei n 12.619/2012 para o motorista profissional são as seguintes (cada alteração citada abaixo será tratada nos itens e subitens desta matéria): a) Direção máxima contínua de 4 (quatro) horas por motorista, podendo ser prorrogada por mais 1(uma) hora caso não tenha local seguro para parada nas viagens de longa distância, com mais de 24 (vinte e quatro) horas; b) Paradas de descanso de 30 (trinta) minutos a cada 4 (quatro) horas ininterruptas de condução, podendo ser fracionada; c) Descanso diário de 11 (onze) horas; d) Tempo de espera, com remuneração com base no salário-hora normal acrescido de 30% (trinta por cento); e) Descanso semanal de 35 (vinte e cinco) horas para motoristas profissionais; f) Prorrogação da jornada de trabalho por até 2 (duas) horas; TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 214

g) O motorista somente responde pelos prejuízos causados ao empregador se houver intenção de lesar ou descaso com veículo ou carga; h) Jornada de trabalho fiscalizada e registrada por meios que armazenem a real jornada realizada pelo profissional, contando os tempos de descanso, de espera e almoço. 4. DIREITOS DOS MOTORISTAS PROFISSIONAIS O artigo 2 da Lei n 12.619/212 dispõe que são direitos dos motoristas profissionais, além daqueles previstos no Capítulo II (Dos Direitos Sociais) do Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), artigos 6 a 11 e no Capítulo II (Da Seguridade Social) do Título VIII da Constituição Federal (Da Ordem Social), artigos 194 a 204: a) ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento profissional, em cooperação com o poder público; b) contar, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, com atendimento profilático, terapêutico e reabilitador, especialmente em relação às enfermidades que mais os acometam, consoante levantamento oficial, respeitado o disposto no art. 162 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1 de maio de 1943; c) não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial decorrente da ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do motorista, nesses casos mediante comprovação, no cumprimento de suas funções; d) receber proteção do Estado contra ações criminosas que lhes sejam dirigidas no efetivo exercício da profissão; e) jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira fidedigna pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, nos termos do 3º do art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1 de maio de 1943, ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador. f) é assegurado o benefício de seguro obrigatório, custeado pelo empregador, destinado à cobertura dos riscos pessoais inerentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria ou em valor superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho. 5. DEVERES DO MOTORISTA PROFISSIONAL São deveres do motorista profissional (artigo 235-B da Lei n 12.619/2012): a) estar atento às condições de segurança do veículo; b) conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo e com observância aos princípios de direção defensiva; c) respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas relativas ao tempo de direção e de descanso; d) zelar pela carga transportada e pelo veículo; e) colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via pública; f) submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do empregado. E o parágrafo único do artigo citado acima, dispõe que a recusa do empregado em submeter-se ao teste e ao programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos na alínea f serão consideradas infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei. 6. JORNADA DE TRABALHO A jornada diária de trabalho do motorista profissional será a estabelecida na Constituição Federal, ou seja, 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho (artigo 235-C da Lei n 12.619/2012). Observações: TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 215

Será considerado como trabalho efetivo o tempo que o motorista estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos para refeição, repouso, espera e descanso. A Resolução n 431, de 23 de janeiro de 2012 dispõe sobre a fiscalização do tempo de direção do motorista profissional. Conforme dispõe o artigo 235-C da Lei n 12.619/2012, segue abaixo situações detalhadas a respeito da jornada de trabalho do motorista profissional. 6.1 Jornada 12 x 36 Convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista, em razão da especificidade do transporte, de sazonalidade ou de característica que o justifique (artigo 235-F da Lei n 12.619/2012). 6.2 Horas Extras Admite-se a prorrogação da jornada de trabalho por até 2 (duas) horas extraordinárias, que serão pagas com acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento), conforme estabelece o artigo 59 da CLT, mas podendo ser estabelecido um percentual maior por meio de instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho. Ressalta-se, então, que as horas consideradas extraordinárias serão pagas com acréscimo estabelecido na Constituição Federal ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho. A Lei estabelece o banco de horas, o qual coloca que o excesso de horas de trabalho realizado em um dia poderá ser compensado, pela correspondente diminuição em outro dia, se houver previsão em instrumentos de natureza coletiva, observadas as disposições previstas nesta Consolidação. 6.3 Trabalho Noturno À hora de trabalho noturno aplica-se o disposto no artigo 73 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946) 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 6.4 Tempo A Espera São consideradas tempo de espera as horas que excederem à jornada normal de trabalho do motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computadas como horas extraordinárias ( 8 do artigo 235-C da Lei n 12.619/2012). As horas relativas ao período do tempo de espera serão indenizadas com base no salário-hora normal acrescido de 30% (trinta por cento), conforme o 8 do artigo 235-C da Lei n 12.619/2012. 6.5 Intervalos De Descanso Será assegurado ao motorista profissional intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas a cada 24 (vinte e quatro) horas e descanso semanal de 35 (trinta e cinco) horas. Lei n 12.619/2012. Art. 4º. O art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte 5o: 5o Os intervalos expressos no caput e no 1o poderão ser fracionados quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais do trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada". O artigo 66 da CLT estabelece que entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 216

Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte (artigo 67 da CLT e a Lei n 605/1949). Art. 71 da CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. 3º - O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994) 5º - Os intervalos expressos no caput e no 1º poderão ser fracionados quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais do trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, não descontados da jornada. 6.6 - Viagens De Longa Distância De acordo com o artigo 235-D da Lei n 12.619/2012, nas viagens de longa distância, assim consideradas aquelas em que o motorista profissional permanece fora da base da empresa, matriz ou filial e de sua residência por mais de 24 (vinte e quatro) horas, serão observados: a) intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas de tempo ininterrupto de direção, podendo ser fracionados o tempo de direção e o de intervalo de descanso, desde que não completadas as 4 (quatro) horas ininterruptas de direção; b) intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo coincidir ou não com o intervalo de descanso da alínea a ; c) repouso diário do motorista obrigatoriamente com o veículo estacionado, podendo ser feito em cabine leito do veículo ou em alojamento do empregador, do contratante do transporte, do embarcador ou do destinatário ou em hotel, ressalvada a hipótese da direção em dupla de motoristas prevista no 6o do art. 235-E (subitem 6.6.2 parágrafo primeiro, esta matéria). 6.6.1 - Transporte Rodoviário De Cargas Em Longa Distância Ao transporte rodoviário de cargas em longa distância, além do previsto no art. 235-D, serão aplicadas regras conforme a especificidade da operação de transporte realizada (artigo 235-E da Lei n 12.619/2012). Nas viagens com duração superior a 1 (uma) semana, o descanso semanal será de 36 (trinta e seis) horas por semana trabalhada ou fração semanal trabalhada, e seu gozo ocorrerá no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou em seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do referido descanso. É permitido o fracionamento do descanso semanal em 30 (trinta) horas mais 6 (seis) horas a serem cumpridas na mesma semana e em continuidade de um período de repouso diário. O motorista fora da base da empresa que ficar com o veículo parado por tempo superior à jornada normal de trabalho fica dispensado do serviço, exceto se for exigida permanência junto ao veículo, hipótese em que o tempo excedente à jornada será considerado de espera. Nas viagens de longa distância e duração, nas operações de carga ou descarga e nas fiscalizações em barreiras fiscais ou aduaneira de fronteira, o tempo parado que exceder a jornada normal será computado como tempo de espera e será indenizado na forma do 9o do art. 235-C. 9 do art. 235-C. As horas relativas ao período do tempo de espera serão indenizadas com base no salário-hora normal acrescido de 30% (trinta por cento). TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 217

6.6.2 - Revezamento De Motoristas Nos casos em que o empregador adotar revezamento de motoristas trabalhando em dupla no mesmo veículo, o tempo que exceder a jornada normal de trabalho em que o motorista estiver em repouso no veículo em movimento será considerado tempo de reserva e será remunerado na razão de 30% (trinta por cento) da hora normal ( 6 do artigo 235-E da Lei n 12.619/2012). É garantido ao motorista que trabalha em regime de revezamento repouso diário mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado ( 7 do artigo 235-E da Lei n 12.619/2012). 6.7 Força Maior Em caso de força maior, devidamente comprovado, a duração da jornada de trabalho do motorista profissional poderá ser elevada pelo tempo necessário para sair da situação extraordinária e chegar a um local seguro ou ao seu destino ( 9 do artigo 235-E da Lei n 12.619/2012). 6.8 Não Considera Jornada De Trabalho Não será considerado como jornada de trabalho nem ensejará o pagamento de qualquer remuneração o período em que o motorista ou o ajudante ficarem espontaneamente no veículo usufruindo do intervalo de repouso diário ou durante o gozo de seus intervalos intrajornadas ( 10 do artigo 235-E da Lei n 12.619/2012). Nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo transportado por qualquer meio onde ele siga embarcado, e que a embarcação disponha de alojamento para gozo do intervalo de repouso diário previsto no 3o do art. 235-C, esse tempo não será considerado como jornada de trabalho, a não ser o tempo restante, que será considerado de espera ( 10 do artigo 235-E da Lei n 12.619/2012). 3o do artigo 235-C. Será assegurado ao motorista profissional intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas a cada 24 (vinte e quatro) horas e descanso semanal de 35 (trinta e cinco) horas. 6.9 - Vedado É proibida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de viagem e/ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante oferta de comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, se essa remuneração ou comissionamento comprometer a segurança rodoviária ou da coletividade ou possibilitar violação das normas da presente legislação (artigo 235-G da Lei 12.619/2012). 6.10 Controle Da Jornada De Trabalho A jornada de trabalho e tempo de direção serão controladas pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, bem como de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador. Rastreadores poderão ser utilizados para controle de jornada, pois o artigo 2, inciso V, da Lei n 12.619/2012, estabelece que jornada de trabalho e tempo de direção controlado de maneira fidedigna pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, nos termos do 3º, do artigo 74, da CLT (se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder), ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador. 7. LOCAIS DE ESPERA De acordo coma Lei n 12.619/2012, artigo 9, as condições sanitárias e de conforto nos locais de espera dos motoristas de transporte de cargas em pátios do transportador de carga, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador intermodal de cargas ou agente de cargas, aduanas, portos marítimos, fluviais e secos e locais para repouso e descanso, para os motoristas de transporte de passageiros em rodoviárias, pontos de parada, de apoio, alojamentos, refeitórios das empresas ou de terceiros terão que obedecer ao disposto nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, dentre outras. 8. OUTRAS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE TRABALHO Outras condições específicas de trabalho do motorista profissional, desde que não prejudiciais à saúde e à segurança do trabalhador, incluindo jornadas especiais, remuneração, benefícios, atividades acessórias e demais TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 218

elementos integrantes da relação de emprego, poderão ser previstas em convenções e acordos coletivos de trabalho, observadas as demais disposições desta Consolidação (artigo 235-H da Lei n 12.619/2012). 9. DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS CÓDIGO DE TRANSITO De acordo com o artigo 5 Lei n 12.619/2012, a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro passa a vigorar acrescida do seguinte Capítulo III-A, conforme abaixo: CAPÍTULO III-A - DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS Art. 67-A. É vedado ao motorista profissional, no exercício de sua profissão e na condução de veículo mencionado no inciso II do art. 105 deste Código, dirigir por mais de 4 (quatro) horas ininterruptas. 1o Será observado intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas ininterruptas na condução de veículo referido no caput, sendo facultado o fracionamento do tempo de direção e do intervalo de descanso, desde que não completadas 4 (quatro) horas contínuas no exercício da condução. 2o Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção estabelecido no caput e desde que não comprometa a segurança rodoviária, o tempo de direção poderá ser prorrogado por até 1 (uma) hora, de modo a permitir que o condutor, o veículo e sua carga cheguem a lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados. 3o O condutor é obrigado a, dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, observar um intervalo de, no mínimo, 11 (onze) horas de descanso, podendo ser fracionado em 9 (nove) horas mais 2 (duas), no mesmo dia. 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução de veículo apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante de um veículo em curso entre a origem e o seu destino, respeitado o disposto no 1o, sendo-lhe facultado descansar no interior do próprio veículo, desde que este seja dotado de locais apropriados para a natureza e a duração do descanso exigido. 5o O condutor somente iniciará viagem com duração maior que 1 (um) dia, isto é, 24 (vinte e quatro) horas após o cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no 3o. 6o Entende-se como início de viagem, para os fins do disposto no 5o, a partida do condutor logo após o carregamento do veículo, considerando-se como continuação da viagem as partidas nos dias subsequentes até o destino. 7o Nenhum transportador de cargas ou de passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas permitirá ou ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo referido no caput sem a observância do disposto no 5o. 8o (VETADO). Art 67-B. (VETADO). Art. 67-C. O motorista profissional na condição de condutor é responsável por controlar o tempo de condução estipulado no art. 67-A, com vistas na sua estrita observância. Parágrafo único. O condutor do veículo responderá pela não observância dos períodos de descanso estabelecidos no art. 67-A, ficando sujeito às penalidades daí decorrentes, previstas neste Código. Art. 67-D. (VETADO). De acordo com o artigo 6 Lei n 12.619/2012, a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 145.... Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da observância do disposto no inciso III. Observação: A Lei criou artigos que beneficia, igualmente, todos motoristas, sem distinção, funcionários de empresas ou autônomos, para que uma categoria não se beneficie enquanto outra fique livre para rodar sem TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 219

qualquer tipo de controle, o que seria um grande problema não somente para o mercado, mas, principalmente, para a segurança nas estradas. 10. INFRAÇÕES A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, estabelece em seu artigo 230, inciso XXIII, infração, penalidade e medida administrativa, conforme disposto abaixo: XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-A, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de transporte de carga ou de passageiros: (Incluído pelo Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012) Infração - grave; (Incluído pelo Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012) Penalidade - multa; (Incluído pelo Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012) Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso aplicável; (Incluído pelo Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012). 11 - PENALIDADE O descumprimento das normas quanto à duração e condições especiais do trabalho, o empregador, está sujeita à autuação fiscal e multa administrativa conforme art. 351 da CLT e Portaria MTb nº 290/97. A multa administrativa varia de 37,8285 a 3.782,8471 UFIR, dobrado na reincidência, oposição ou desacato. Observação: Com a extinção da UFIR e como até o momento não houve manifestação do MTE a respeito, devese utilizar a última UFIR oficial divulgada - R$ 1.0641. Fundamento legal: Citados no texto. TRABALHO E PREVIDÊNCIA Fevereiro 09/2013 220