ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS



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Transcrição:

1. DESCRIÇÃO PÁG. 01/17 A reciclagem profunda de pavimento com adição de espuma de asfalto tem como finalidade a obtenção de uma camada de pavimento reciclada, a partir do aproveitamento dos materiais existentes, agregados virgens adicionais (quando necessário), cimento Portland e cimento asfáltico de petróleo (CAP), conforme estabelecido no projeto de dosagem da mistura. Esta Especificação tem como objetivo apresentar as características exigidas para os materiais empregados em reciclagem de pavimento "in situ" com adição de espuma de asfalto. Também define critérios para execução, controle e aceitação dos serviços. 2. DEFINIÇÕES 2.1. Reciclagem profunda de pavimento com adição de espuma de asfalto É um processo de reconstrução parcial da estrutura do pavimento com emprego de equipamentos próprios para esta finalidade. Utilizam-se materiais existentes no pavimento, agregados novos (quando necessário), cimento asfáltico de petróleo sob forma de espuma, cimento Portland e água em proporções previamente definidas no projeto de dosagem específico. O processo construtivo compreenderá operação simultânea de desagregação do pavimento e incorporação de materiais novos (espalhados previamente sobre a pista), mistura e homogeneização "in situ", compactação e acabamento segundo alinhamento e cotas definidas no projeto geométrico, resultando numa camada nova na estrutura do pavimento. 2.2. Espuma de asfalto É o nome dado ao processo de expansão do cimento asfáltico de petróleo (CAP), cujo objetivo é baixar temporariamente sua viscosidade. A produção da espuma é conseguida quando pequena quantidade de água (normalmente 2% em peso) é injetada sob elevadas pressões no CAP aquecido (geralmente acima de 165 ºC). Na condição de espuma, a superfície específica do CAP aumenta consideravelmente tornando-o capaz de recobrir agregados frios e/ou úmidos na temperatura ambiente e na umidade "in sltu" sem que haja necessidade de incorporação de solventes ou agentes emulsificantes. 2.3. Simulador de espuma de asfalto É o equipamento específico para produção de espuma de asfalto. Permite determinar em escala laboratorial as propriedades do asfalto espumado utilizando-se diferentes tipos e teores de CAP. O ensaio consiste numa série de testes onde são alteradas as temperaturas do betume e quantidades de água para definição das propriedades ótimas da espuma de asfalto (meia-vida e expansão). 1

PÁG. 02/17 2.4. Meia vida É uma medida da estabilidade da espuma. Este parâmetro mede o tempo de duração em que o CAP se mantém na forma de espuma. Calcula-se o intervalo de tempo (em segundos) necessário para que o volume da espuma reduza à metade do volume máximo alcançado. 2.5. Taxa de expansão É um parâmetro de viscosidade da espuma. Esta medida é realizada para avaliar se a espuma de asfalto vai se dispersar de forma satisfatória no material reciclado. É calculada como a razão entre o volume máximo do CAP no estado de "espuma" em relação ao seu volume original. 2.6. Tensão retida É a relação entre a resistência à tração indireta na condição saturada e a resistência à tração indireta na condição seca, obtidas por meio de ensaio de compressão diametral dos corpos de prova Marshall, a 25 ºC e representada pela seguinte equação: τretida = Rsaturada 100 Rsec a 2.7. Prazo de trabalhabilidade da mistura reciclada É o intervalo de tempo compreendido entre a passagem da recicladora e o término das operações de compactação e acabamento. 3. CONDIÇÕES GERAIS 3.1. Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta especificação: a) Sem o preparo prévio da plataforma de trabalho, caracterizado por sua limpeza e remoção de obstáculos, se necessário; b) Sem a implantação prévia da sinalização da obra, conforme as Normas de Segurança para trabalhos em rodovias do DEINFRA/SC; c) Sem a aprovação prévia pelo DEINFRA/SC, do projeto de dosagem e da metodologia de trabalho instituída no trecho experimental; d) Temperatura inferior a 10 C; e) Em dias de chuva. 2

4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 4.1. Materiais 4.1.1. Cimento Portland PÁG. 03/17 4.1.1.1. Deve obedecer às especificações da Norma DNER EM 036/95 e às da ABNT NBR 5732/91, NBR 11579/91; 4.1.1.2. Todo carregamento de cimento que chegar à obra deverá vir acompanhado de certificado de fabricação com informações sobre a data de fabricação, origem, além da sigla correspondente, a classe, a denominação normalizada, a massa líquida entregue; 4.1.1.3. Entre os cimentos recomendáveis estão os compostos, do tipo CP II E, CP II F e CP II Z, todos de classe de resistência intermediária (classe 32). 4.1.2. Outros tipos de aglomerantes A critério do DEINFRA/SC pode-se utilizar a cal hidratada como aglomerante, desde que a eficácia seja devidamente comprovada. O fornecedor deverá apresentar certificado de análise de seu produto. 4.1.3. Água Deverá ser limpa e isenta de substâncias nocivas como: sais, ácidos, óleos, álcalis, açucares, matéria orgânica ou outros elementos prejudiciais à reação do cimento. 4.1.4. Agregados adicionais A incorporação de agregados adicionais será definida com base nos resultados do projeto de dosagem ou a partir de outros requisitos tecnicamente ou operacionalmente justificáveis. O agregado adicional deverá atender aos seguintes requisitos: 4.1.4.1. Agregado pétreo ou seixo rolado britados, adicionais, devem ser constituídos por fragmentos sãos, limpos e duráveis, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas, e apresentar as características seguintes: a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 55% (DNER ME 035/98); b) Índice de forma superior ou igual a 0,5 (DNER ME 086/94) e índice de lamelaridade menor que 20%; c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER ME 089/94). 3

PÁG. 04/17 4.1.4.2. Agregado miúdo deve ser constituído por pó de pedra, apresentando partículas individuais resistentes, livres de torrões de argila e outras substâncias nocivas. Devem ser atendidos, ainda, os seguintes requisitos: a) As perdas no ensaio de durabilidade (DNER-ME 089/94), em cinco ciclos, com solução de sulfato de sódio, devem ser inferiores a 15%; b) O equivalente de areia (DNER-ME 054/97) do agregado miúdo deve ser igual ou superior a 50%; c) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 55% (DNER ME 035/98); 4.1.5. Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) a) Os cimentos asfálticos de petróleo usados na produção de espuma deverão ser do tipo CAP 50/70, CAP 85/100 ou CAP 100/120 em atendimento a especificação DNIT EM 095/2006, ou particular do projeto da mistura reciclada; b) Todo carregamento de Iigante betuminoso que chegar à obra deverá apresentar certificado de análise que caracterize o produto, além de trazer indicação clara da procedência, tipo e quantidade do conteúdo e distância de transporte entre a refinaria/fornecedor e o canteiro de serviço; c) Em princípio, qualquer um dos ligantes citados poderão ser usados, no entanto, a escolha deverá recair no ligante que conseguir maximizar valores de expansão e meia vida da espuma de asfalto; d) As características de espumação deverão ser determinadas no simulador de espuma de asfalto, assim como uma faixa de trabalho aceitável para temperatura de CAP e taxa de água para produção de espuma; e) Recomenda-se o uso de cimento asfáltico de petróleo (CAP) com penetração acima de 80 (0,1mm), para uso na reciclagem com espuma de asfalto. 4.1.6. Espuma de asfalto As características mínimas que a espuma de asfalto deverá apresentar são: a) Expansão > 10 vezes (em relação ao volume original); b) Meia Vida 6 segundos. 4

4.1.7. Mistura reciclada PÁG. 05/17 4.1.7.1. A mistura reciclada deve apresentar uma composição granulométrica bem graduada e deverá se enquadrar na faixa granulométrica abaixo: Peneira da malha quadrada Percentagem passante ABNT Abertura (mm) em peso (%) Tolerância (%) 2" 50 100-1 1/2" 37,50 87 100 ± 7 1" 25 77 100 ± 7 3/4" 19 66 99 ± 7 1/2" 12,5 67 87 ± 7 3/8" 9,5 49 74 ± 7 1/4" 6,3 40 62 ± 5 Nº 4 4,75 35 56 ± 5 Nº 8 2,36 25 42 ± 5 Nº 16 1,18 18 33 ± 5 Nº 30 0,600 14 28 ± 3 Nº 40 0,425 12 26 ± 3 Nº 50 0,300 10 24 ± 2 Nº 100 0,150 7 17 ± 2 Nº 200 0,075 4 10 ± 2 4.1.7.2. Além do atendimento à faixa granulométrica apresentada, deve-se atentar para os seguintes aspectos visando bom desempenho da mistura reciclada: a) Existência mínima de 4% de finos passantes na peneira nº 200, sem que a espuma não se disperse convenientemente no âmbito da mistura; b) Inexistência de patamares ou fortes descontinuidades na curva granulométrica; c) O teor de cimento deverá ser limitado em 1% e a cal hidratada em 1,5% em peso em relação à massa seca de material reciclado; d) O teor de CAP a ser utilizado normalmente deve situar-se entre 1,8% a 3,5% em peso em relação à massa seca de material reciclado; e) A água para espumação usualmente deve estar compreendida entre 2% a 3% sobre o peso do CAP, respeitando-se valores admissíveis para taxa de expansão em meia vida indicadas no projeto de dosagem; 5

PÁG. 06/17 f) Apresentar valor mínimo de 0,25 MPa para resistência à tração indireta seca, e de 0,15 MPa para resistência a tração indireta saturada, a 25 C; g) A relação mínima entre tensões [(Rsaturada / Rseca) x 100)] deve ser de 60%; h) A quantidade de água a ser adicionada na mistura deverá estar compreendida entre 75% e 85% do teor ótimo de umidade obtido no ensaio de compactação (DNER ME 129/94 - Método C - Energia Proctor Modificado). 4.1.7.3. Orientações para dosagem de mistura reciclada: a) Coleta de amostras A coleta de amostras para elaboração do projeto de dosagem da mistura reciclada deverá ser efetuada com o auxílio da própria recicladora que será utilizada nos serviços de reciclagem; É fundamental que a coleta de amostras seja feita de forma cobrir todas as possíveis variações da estrutura do pavimento existente. A cada uma destas variações corresponde um segmento homogêneo, para o qual deve ser elaborado um projeto de dosagem específico. b) Produção da espuma em laboratório específico Deverá se efetuada em laboratório com emprego de equipamento capaz de simular condições de espumação da recicladora; Recomenda-se a utilização de equipamento móvel com a finalidade de otimizar as propriedades físicas das amostras coletadas e realizar análises com maior confiabilidade. c) Apresentação do projeto de dosagem O relatório de dosagem deverá conter as seguintes informações: Granulometria do material reciclado; Granulometria dos agregados (caso haja necessidade de adição dos mesmos); Composição granulométrica da mistura entre o material reciclado e agregados e seu enquadramento na faixa granulométrica e de trabalho; Certificado de análise do cimento asfáltico de petróleo utilizado na dosagem trazendo indicação clara de sua procedência e identificação do fornecedor; Teor de CAP para produção de espuma, bem como o percentual de água para produzi-la; Temperatura de aquecimento do CAP; 6

Taxa de expansão e meia vida; Massa específica aparente seca máxima da mistura reciclada; Umidade ótima da mistura reciclada; Energia de compactação especificada (Proctor Modificado); PÁG. 07/17 Resistência à tração indireta, para as condições seca e saturada - ensaio Danos por Umidade Induzida (DUI) AASHTO T-283; Relação de tensões. 4.2. Equipamentos Antes da execução do serviço, todo equipamento deverá ser cuidadosamente examinado e estar de acordo com esta especificação, sem o que não é dada a autorização para seu início. Os equipamentos requeridos são os seguintes: 4.2.1. Recicladora de pavimentos 4.2.1.1. As características mínimas que o equipamento de reciclagem deverá apresentar são: a) Equipamento autopropelido, com tração nas quatro rodas e potência de motor mínima de 600 HP para permitir empurrar carreta de CAP e caminhão de água simultaneamente, além de fresar profundidades de pelo menos 300 mm numa única passada; b) Câmara de mistura dotada de dispositivo para permitir fragmentação da capa asfáltica e/ou agregados e assim restringir o diâmetro máximo admissível; c) Sistema automático de profundidade e nivelamento para manter a espessura de corte nivelada e uniforme. A largura mínima efetiva, em uma única passada, deverá ser de 2,50 metros; d) Rolo misturador/fresador equipado com ferramentas de cortes especiais. Deverá ser capaz de operar em quatro velocidades diferentes, conforme necessidade, para permitir melhor desagregação e homogeneização dos materiais; e) e) Dispositivo eletrônico para ajustar com precisão a taxa de aplicação de CAP independentemente da velocidade de avanço; f) Sistema de injeção de asfalto, água e ar para formação de espuma, controlado por microprocessador para assegurar precisão e uniformidade nas taxas de aplicação; g) O equipamento deverá ser dotado de bico teste para obter amostras de espuma de asfalto durante a operação. 7

4.2.2. Caminhão tanque para abastecimento de água: PÁG. 08/17 4.2.2.1. Capacidade mínima de 10.000 litros equipado com registro de água (diâmetro 3"), engate para mangueira do tipo rápido (macho/fêmea) e engate para cambão; 4.2.2.2. Adicionalmente utiliza-se um caminhão tanque de água para umidificar a superfície durante as operações de compactação, assim como controlar a emissão de poeira e para manter a umidade na superfície da camada reciclada após o acabamento. Um segundo caminhão tanque será necessário para abastecer de água o caminhão tanque do trem de reciclagem. 4.2.3. O caminhão tanque para transporte de cimento asfáltico deverá ser dotado de sistema de aquecimento térmico compatível com as temperaturas de aquecimento requeridas, bem como termômetro calibrado para verificação da temperatura do asfalto no interior do tanque. 4.2.4. Caminhão basculante equipado com caçamba inclinável para transporte de sobra de materiais oriundos das operações de acabamento da superfície. O caminhão deverá ter capacidade para 22 toneladas ou 12 m³ de volume de carga. 4.2.5. Pá carregadeira articulada capacidade da caçamba de 2,5 m³de volume de carga para remoção do material excedente da reciclagem. 4.2.6. Vassoura mecânica ou compressor de ar para retirar o material solto previamente à abertura ao tráfego, como também deverá ser usada para limpar a superfície da camada reciclada antes da aplicação da pintura de proteção. 4.2.7. Motoniveladora pesada autopropelida com largura mínima de lâmina de 3,6 metros e potência de motor suficiente para cortar, espalhar e nivelar o material reciclado. 4.2.8. Equipamentos para espalhamento de insumos: 4.2.8.1. Espalhamento de agregados (caso necessário) Deverão ser utilizados equipamentos específicos do tipo distribuidor de agregados para permitir distribuição homogênea e na quantidade especificada de material, como também permitir melhor controle das taxas de aplicação. 8

4.2.8.2. Espalhamento de cimento Portland: PÁG. 09/17 O cimento deverá ser espalhado uniformemente nas direções longitudinal e transversal. O equipamento deverá ser dotado de controle eletrônico para permitir máxima precisão na taxa de aplicação, independentemente da velocidade de avanço. Também deverá possuir sistema de espalhamento controlado por um computador de bordo capaz de ser ajustado a qualquer momento e sempre que necessário. 4.2.9. Equipamentos para compactação da camada reciclada 4.2.9.1. Deverão assegurar compacidade adequada e homogênea em toda espessura da camada sem produzir alterações de densidade e/ou esmagamento de partículas. Deverão também reunir características que permitam que o fundo da camada seja bem densificado para lhe assegurar uma boa resistência à fadiga; 4.2.9.2. Os rolos metálicos lisos e pés de carneiro autopropelidos devem ser possuir dispositivos para ajustar as amplitudes e freqüências de vibração para as condições de trabalho requeridas. Tais equipamentos deverão ser dotados de inversores de sentido e possuir deslocamento suave; 4.2.9.3. Também deverão ser utilizados rolos pneumáticos auto propulsores desde que sejam dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 0,25 MPa a 0,84 Mpa (35 a 120 psi). 4.2.9.4. A composição do trem de compactadores deverá ser definida experimentalmente para garantir a combinação ideal dos tipos de equipamentos que irão otimizar o número de passadas e alcançar o grau de compactação desejado. 4.2.9.5. Tipos de rolos compactadores: a) Rolo vibratório pé de carneiro autopropelido com peso operacional mínimo de 11,3 toneladas; b) Rolo vibratório liso autopropelido com peso operacional mínimo de 11,3 toneladas; c) Rolo pneumático de pressão variável com peso operacional entre 20 e 30 toneladas. 9

5. EXECUÇÃO PÁG. 10/17 5.1. A responsabilidade civil e ético profissional pela qualidade, solidez e segurança da obra ou do serviço é da executante. 5.2. Os operadores da recicladora deverão ter experiência e treinamento para manusear asfalto com temperaturas elevadas. 5.3. É obrigatória a execução de segmento experimental com extensão mínima de 200 metros para estabelecimento de metodologia de trabalho que será adotada pela executante. A partir do segmento experimental será instituído pelo DEINFRA/SC um padrão de serviço para permitir o acompanhamento e fiscalização das atividades. 5.4. A metodologia de trabalho deverá atender aos limites definidos nesta especificação e estando aprovada será emitido Relatório de Segmento Experimental com as observações pertinentes feitas pelo DEINFRA/SC, as quais devem ser obedecidas em todas as fases de execução dos serviços. 5.5. A reciclagem "in situ" do pavimento deverá ser executada nas condições e seqüência a seguir descritas: a) Espalhamento do agregado adicional (caso necessário) na espessura determinada com o emprego de distribuidor de agregados; b) Espalhamento de cimento sobre a superfície na taxa indicada no projeto de mistura. O cimento será distribuído por equipamento dotado de controle eletrônico para permitir precisão na taxa de aplicação; c) Reciclagem na seção e espessura de corte indicada em projeto. Nesta operação o cimento Portland, agregados adicionais (caso necessário), espuma de asfalto e água para compactação são simultaneamente incorporados e homogeneizados com o pavimento existente na câmara de mistura da recicladora. O processo se dá por meio do trem de reciclagem, que é uma composição formada pela recicladora, carreta tanque de asfalto (na frente e "empurrado" pela recicladora) e um caminhão tanque de água (rebocado pela recicladora); d) Para execução de juntas longitudinais entre cortes adjacentes, recomenda-se uma sobreposição mínima de 15 cm entre passadas da recicladora. Deve-se tomar cuidado para não aplicar espuma de asfalto e água para compactação na largura de sobreposição, pois ela já foi tratada no corte anterior; 10

PÁG. 11/17 e) Imediatamente após a passagem da recicladora deverá ser realizada a pré-compactação para confinar a mistura reciclada e evitar perdas de umidade à medida que a recicladora avança. Os equipamentos de compactação devem imediatamente vir atrás da recicladora para dar consistência à mistura antes que qualquer conformação geométrica seja feita pela motoniveladora; f) Após a pré compactação é realizada a conformação inicial dos perfis transversais e longitudinais da camada com emprego de motoniveladora; g) Finalizada a pré compactação, inicia-se efetivamente a compactação final (rolo de pneu e rolo liso), devendo ser concluída dentro do prazo de trabalhabilidade do material reciclado. À medida que se processa a compactação, a motoniveladora vai modelando a superfície conforme indicado no projeto geométrico. O formato desejado pode ser obtido com a ajuda de referências fixas (piquetes e estacas), a cada 10 (dez) metros de distância; h) O objetivo da compactação é atingir a máxima densidade em toda a espessura da camada reciclada. A determinação do número de passagens e a composição da quantidade de rolos deverão ser previamente definidas no trecho experimental; i) A compactação será executada longitudinalmente de forma contínua e sistemática, até atingir o grau de compactação pretendido. Se a reciclagem se realizar por faixas paralelas os cilindros deverão sobrepor na faixa adjacente em pelo menos 15 cm; j) O início da compactação deverá ser pelo bordo mais baixo da faixa, prosseguindo até o bordo mais elevado, sobrepondo as passagens sucessivas; k) Durante as operações finais de compactação deverá ser realizada a umidificação da superfície por meio da adição de pequenas quantidades de água a fim de evitar secagem prematura do material reciclado; l) O Grau de Compactação (GC) a ser obtido deve ser de, no mínimo, 98% em relação à densidade de referência obtida com a energia modificada; m) A espessura mínima da camada compactada deverá ser igual ou superior a 15 cm. Espessuras superiores a 20 cm só poderão ser empregadas com utilização de rolos compactadores especiais desde que tenha sido comprovada sua capacidade de compactação através de uma pista experimental; 11

PÁG. 12/17 n) Após a conclusão da compactação será feito o acerto final da superfície, de acordo com projeto geométrico. Nesta etapa, as saliências deverão ser eliminadas com o emprego de motoniveladora e a superfície da base deverá ser comprimida até que se apresente lisa e isenta de partes soltas ou sulcadas. A motoniveladora deverá atuar exclusivamente em operação de corte, portanto não é permitida a correção de depressões pela adição de material. o) As tolerâncias na geometria da camada reciclada deverão ser de (±) 1cm para a espessura do projeto, (+) 10 cm para a largura do projeto, não admitindo-se valores para menos; p) Concluída as operações de compactação e acabamento, a camada reciclada deverá ser protegida contra a evaporação da água por meio da aplicação de produto betuminoso isento de solventes. A película protetora deverá se constituir numa membrana capaz de gerar coesão superficial, impermeabilidade e permitir condições de aderência entre a superfície e o revestimento a ser executado. O tratamento de cura deverá ser aplicado à taxa de 0,8 a 1,2 kg/m² de emulsão asfáltica de cura rápida. q) A liberação ao tráfego será permitida após execução de capa selante sobre a pintura de proteção, indicada no item anterior, aplicado com granilha (5,0 1,0 mm) à taxa de 4,0 a 7,0 kg/m². Também é permitido a aplicação de revestimentos delgados do tipo tratamento superficial ou microrevestimento asfáltico, conforme definido em projeto; r) Caso a exposição ao tráfego promova degradação na base reciclada, uma nova camada de proteção deverá ser aplicada após a limpeza do material solto; s) A camada reciclada deverá ser submetida à ação do tráfego, por período de 3 a 7 dias, de forma que eventuais deficiências se exteriorizem e possam ser sanadas antes da aplicação do revestimento final. 12

PÁG. 13/17 6. CUIDADOS CONSTRUTIVOS 6.1. Cada vez que a operação de reciclagem é iniciada ou parada, juntas transversais são formadas. Mesmo nas paradas que levam apenas alguns minutos para carregar tanque de água ou para trocar a carreta de CAP, cria-se uma junta que é essencialmente uma alteração na uniformidade do material reciclado. Portanto, deve-se ter atenção no sentido de minimizar as paradas e, quando for inevitável, tratar cuidadosamente a junta formada; 6.2. Se houver alguma paralisação temporária, deverá ser feita uma marca no local exato onde a recicladora parou. Quando a operação for recomeçada, a recicladora voltará alguns metros e reiniciará o corte sem adição de espuma de asfalto e/ou água para compactação. No momento em que chegar ao local marcado, o operador deverá acionar o sistema de incorporação de aditivo para que a camada seja tratada novamente. A recicladora, portanto, somente deve ser interrompida quando os tanques estiverem vazios, ou por alguma outra necessidade imperiosa; 6.3. A largura das faixas longitudinais será fixada de modo a executar-se o menor número possível de juntas e se consiga a maior continuidade de tratamento; 6.4. O prazo de trabalhabilidade da mistura reciclada não deverá ultrapassar 2 horas. Prazos maiores que este poderá acarretar em perda de umidade do material, dificultando a compactação, especialmente em dias quentes e com baixa umidade relativa do ar; 6.5. A recicladora deve ser ajustada tanto na velocidade de avanço, quanto na rotação do tambor fresador, para fragmentar ao máximo o revestimento asfáltico. As eventuais placas produzidas durante a operação tendem a quebrar no interior da camada podendo resultar num ponto frágil, além de dificultar o acabamento quando ficam soltas na superfície. Portanto, as eventuais placas de asfalto devem ser removidas manualmente; 6.6. É vedado o emprego de asfalto diluído com solvente (querosene, nafta) sobre a base tratada com espuma de asfalto. O solvente contido no ligante pode prejudicar a coesão gerada pela espuma. Além do mais, material tratado com espuma apresenta baixa capacidade de absorção deixando um excesso de resíduo betuminoso na superfície podendo provocar instabilidades no revestimento asfáltico. 13

7. CONTROLE DE QUALIDADE 7.1. Controle de materiais: 7.1.1. Cimento asfáltico de petróleo (CAP): Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: a) Um ensaio de penetração a 25 C, conforme DNER ME 003/94; b) Um ensaio de viscosidade de Saybolt Furol, conforme DNER 004/94. PÁG. 14/17 Para todo carregamento de cimento asfáltico que chegar a obra deve-se retirar uma amostra que será identificada e armazenada, para possíveis ensaios posteriores 7.1.2. Cimento Portland: 7.1.3. Ensaio de determinação de finura, conforme NBR 11579/91 (um ensaio por dia trabalhado). 7.1.4. Agregado Adicional: a) Abrasão Los Angeles, conforme DNER ME 035/98: Um ensaio no início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material; b) Índice de forma e porcentagem das partículas lamelares, conforme DNER ME 086/94: c) Um ensaio no início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material; d) Durabilidade, conforme DNER ME 089/94: Um ensaio no inicio da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material; Para o agregado miúdo, determinar o Equivalente de Areia, conforme DNER ME 054/97: Um ensaio por dia trabalhado. 7.1.5. Água: Deve ser examinada sempre que houver dúvida sobre sua qualidade. 7.2. Controle da mistura reciclada: Os controles para produção da mistura serão realizados no campo e no laboratório. Os ensaios de campo serão realizados a cada 250 metros de extensão por faixa de tráfego, como a seguir: 14

a) Coleta de material para ensaio de granulometria; b) Determinação da umidade do material "in situ"; c) Determinação da taxa de aplicação de cimento; d) Determinação da taxa de aplicação de agregados; PÁG. 15/17 e) Coleta de material para determinação do percentual total de betume (após adição de espuma de asfalto, cimento e agregados); f) Moldagem de quatro corpos de prova Marshall (75 golpes por face), conforme DNER ME 043/95 (após adição de espuma de asfalto, cimento e agregados); g) Determinação da expansão e da meia vida da espuma de asfalto; O controle em laboratório consistirá nos ensaios a seguir: a) Análise granulométrica por peneiramento, conforme DNER ME 080/94; b) Determinação do percentual de betume, conforme DNER ME 053/94; c) Após moldagem no campo, os corpos de prova Marshall (75 Golpes por face), deverão permanecer em repouso no molde cilíndrico por 24 horas a temperatura ambiente e em seguida os mesmos serão curados em estufa a 60 C por 72 horas. d) Determinação das resistências a tração (seca e saturada) e tensão retida, conforme DNER ME 138/94. 7.3. Controle da camada reciclada: a) Moldagem de corpo de prova em molde CBR na energia Proctor Modificado (após adição da espuma de asfalto, cimento e agregados) para determinação da densidade (úmida) de referência a ser utilizada na aferição do Grau de Compactação; b) Determinação do Grau de Compactação, conforme DNER ME 092/94; c) Determinação da taxa de aplicação da pintura de proteção (método da bandej A cada 20 metros por faixa de tráfego, determinar: a) Espessura de corte imediatamente após a passagem da recicladora; a tolerância admitida é ± 1,0 centímetro da definida em projeto; b) Deflexões recuperáveis sobre a superfície acabada, segundo método DNER ME 024/94, com auxílio da viga Benkelman ou FWD (Falling Weight Deflectometer) DNER PRO 273/96; 15

PÁG. 16/17 c) A deflexão obtida deve ser inferior ao valor considerado no projeto de dimensionamento do pavimento. Os segmentos que apresentarem valores superiores aos considerados no projeto devem ser pesquisados individualmente, para se tentar definir a causa do aumento nos valores da deformabilidade elástica. Caso o aumento tenha sido causado por falha executiva ou uso de material inadequado, ou presença de material com excesso de umidade, o serviço deve ser refeito e corrigido o problema, antes da execução da camada seguinte, sem ônus para o DEINFRA/SC. 8. MEDIÇÃO E PAGAMENTO Os serviços de reciclagem profunda de pavimento com adição de espuma de asfalto serão medidos e pagos de acordo com os PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO E PAGAMENTOS DE OBRAS RODOVIÁRIAS. 9. CONTROLE AMBIENTAL Para execução da camada de base reciclada in situ com espuma de asfalto, são necessários trabalhos envolvendo a utilização de CAP (Cimento Asfaltico de Petróleo) e agregados pétreos. Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de materiais e o uso de equipamentos. Os agregados pétreos somente serão produzidos, após a apresentação da Licença Ambiental de Operação da Pedreira, cuja cópia deve permanecer arquivada no escritório da obra. No caso de fornecimento dos agregados por terceiros, deverá ser previamente apresentada a documentação atestando a regularidade das instalações de britagem e sua operação junto ao órgão Ambiental competente. 10. REFERÊNCIAS a) DNER-EM 036/95 - Cimento Portland - recebimento e aceitação; b) DNIT EM 095/2006 - Cimento asfáltico de petróleo; c) DNER ME 003/99 - Material Betuminoso - Determinação da Penetração; d) DNER ME 004/94 - Material Betuminoso - Determinação da Viscosidade Saybolt Furol a alta temperatura - Método da película delgada; e) DNER-ME 024/94 - Pavimento - Determinação das deflexões pela Viga Benkelman; f) DNER-ME 035/98 - Agregados - Determinação da Abrasão "Los Angeles"; g) DNER-ME 043/95 - Mistura betuminosas a quente - Ensaio Marshall; 16

PÁG. 17/17 h) DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos - Determinação da umidade com o emprego do "speedy"; i) DNER-ME 053/94 - Misturas betuminosas - percentagem de betume; j) DNER-ME 054/97 - Equivalente de areia; k) DNER-ME 080/94 - Solos - Análise granulométrica por peneiramento; l) DNER-ME 083/98 - Agregados - análise granulométrica; m) DNER-ME 086/94 - Agregados - Determinação do índice de forma; n) DNER-ME 089/94 - Agregados - Avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou magnésio; o) DNER-ME 092/94 - Solo - Determinação da massa específica aparente, 'in situ", com o emprego do frasco de areia; p) DNER-ME 117/94 - Misturas betuminosas - determinação da densidade aparente; q) DNER-ME 129/94 - Solos - Compactação utilizando amostras não trabalhadas; r) DNER-ME 138/94 - Misturas Betuminosas - Determinação da resistência a tração por compressão diametral; s) DNER-ES 279/97 - Terraplenagem - Caminhos de serviço; t) DNER-ES 307/97 - Pavimentação - Pintura de ligação; u) DNER-PRO 273/96 - Determinação de deflexões utilizando deflectômetro de impacto tipo "Falling Weight Deflectometer (FWD)"; v) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços; w) DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias; x) DNIT 068/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - procedimento; y) NBR 6118/80 - Projeto e execução de obras de concreto armado; z) NBR 5732/91- Cimento Portland comum. aa) NBR 11579/91 - Cimento Portland - Determinação da finura por meio da peneira 75 um (NQ 200) 17