O que é SDCD? O que é SDCD? Alguns Fabricantes. Histórico 24/05/2011. SDCD Sistema Digital de Controle Distibuído. Sala de Controle: Período Clássico



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Transcrição:

O que é SDCD? SDCD Sistema Digital de Controle Distibuído Romeu Reginato Junho de 2008 Nomenclatura em português: SDCD = Sistema Digital de Controle Distribuído Nomenclatura em inglês: DCS Distributed Control System O que é SDCD? Digital sistema baseado em computadores digitais Controle destinado a realizar funções de controle em processos industriais Distribuído As funções de controle podem estar distribuídas em diversas estações / equipamentos. As estações / equipamentos podem estar distribuídos geograficamente na fábrica. Implica na existência de via de dados (comunicação digital) interligando os diversos equipamentos e estações. Alguns Fabricantes Foxboro Honeywell ABB Yokogawa Siemens Sala de Controle: Período Clássico É uma evolução dos sistemas de controle digitais (sala de controle abrangendo funções de controle e interface com usuário) Dificuldades observadas: Os painéis eram muito grandes dificultando a visão do operador sobre o processo (longe: pouco detalhe; perto pouca informação) Indicações de alarmes estavam em telas separadas dos controladores / indicadores da malha envolvida. Registradores em papel não permitiam levantamento detalhado de informações sobre o sistema. 1

Pesquisa conduzida pela Honeywell em 1970 apontou para recomendações: As informações deveriam chegar ao operador em uma forma agrupada e lógica -> idéia de telas de grupos de variáveis. Leituras de figuras, barras, ícones, mudanças de cores são mais rápidas que mensagens escritas. Indicações de alarmes de uma variável deveriam estar associadas ao grupo de instrumentos vinculados a ela. Indicação principal (Pesquisa Honeywell, 1970) Toda informação necessária ao operador deveria estar disponível de seu espaço de trabalho, sentado -> Mesa de controle. Mesa de Controle Início do Período Moderno Tecnologias utilizadas na época Telas gráficas em monitores CRT (Tubo de Raios Catódicos). Telas gráficas eram novidade na época, embora monitores já fossem utilizados (interface textual). Fonte: Intech; ISA; 8/2003; www.isa.org. Uso de teclados especiais, mouse e telas sensíveis ao toque (touch-screen) para facilitar a interação do operador Nota. O PC foi lançado comercialmente em 1981! Noções Gerais Arquitetura de Hardware Composto de várias máquinas com processamento local sistema distribuído comunicação de dados interligando as diferentes máquinas Interface Homem-Máquina Interface com o processo SCDC é um sistema (estrutura, conceito, funcionalidade, entradas/saídas), não um mero produto. 2

Elementos Principais da Arquitetura Interface Homem- Máquina - IHM - comunicação de dados Comunicação com outros sistemas Engenharia Arquitetura geral Base de Dados Operação Comunicação Interface com o processo Controle RTU RTU Chão de Fábrica Sensores e Atuadores Hierarquia na Estrutura de Hardware 5. Nível das estações e operação e configuração 4. Nível de comunicação 3. Nível de controle 2. Nível de I/O 1. Nível de sensores e atuadores operação, equipamentos de armazenamento de dados, estação de engenharia Redes de comunicação de dados (fibra óptica, cabos, wireless, modems) dicada com funções avançadas de controle RTUs, interfaces com redes de chão de fábrica Dispositivos sensores, transmissores, atuadores Sensores e atuadores. Elementos de contato com o processo e fontes das informações para o SCDC. Sinais de sensores e atuadores podem envolver diferentes padrões: Padrão analógico 4-20mA. Padrão digital via RS-485, por exemplo. RTUs. Unidade Terminal Remota (Remote Terminal Unit). Entradas e saídas analógicas e digitais. Interface com redes de chão de fábrica. Controle. Estação onde são realizadas as funções de controle (algoritmos PID, controle avançado, otimização, etc) Estações de Operação. Onde é realizada a operação do processo, através de interface gráfica (IHM Interface Homem Máquina) Engenharia. stinada a configuração do sistema (projeto das malhas de controle; desenvolvimento da IHM; etc) 3

Redes de Comunicação. Via de dados conectando as diversas estações entre si (operação, engenharia e controle) e com os RTUs.. Base de Dados. Armazenamento de dados do SDCD; base de dados em tempo real; sistema de backup. Arquitetura de Software Outros: Em geral contém interfaces com sistemas administrativos, de produção, de gerência da empresa. Estrutura de Software Pacote de software fornecido pelo fabricante integrando todas funções necessárias ao sistema: Configuração e desenvolvimento IHM Protocolos de comunicação Base de dados Funções de controle prontas (PID; controle de razão; otimização; controle preditivo; etc) Gerenciamento de alarmes Funções Indicação. Mostrar para o operador o valor de uma variável do processo. Displays simples. Barra gráfica (bar-graphs). Sinalizadores. Curvas de tendência. Acompanhamento da evolução de variáveis do processo ao longo do tempo (forma gráfica). Exemplo de janela de tendência. Fonte. Torres, B.S, et ali; Implementação de estratégias de controle multimalha utilizando a norma IEC 61131-3 e ferramentas de PIMS; disponível em http://www.iec61131.com.br 4

Registro e análise. de variáveis do processo. Permite avaliações do comportamento do processo; ajustes; análises; diagnósticos; etc. Alarmes. Instantes de ocorrência; ações tomadas; operador que atuou; etc. Relatório. Geração de relatórios de operação do processo. Logs de acesso ao sistema. Alarmes. Gerenciamento de alarmes. Indicar que determinada variável do processo saiu de intervalo normal de operação. Indicar os componentes/equipamentos possivelmente envolvidos. Indicar possíveis diagnósticos do problema. Indicar possíveis ações a serem tomadas. Controlar o atendimento de alarmes pelos operadores. Controle. Controle PID. Estratégias de controle multivariável. Controle preditivo. Sintonia automática de controladores. Controle avançado (cascata, razão, etc) Operação. IHM. Interface gráfica para operação do processo. Execução de receitas. Reajustes automáticos de set-points para padrões de produção. Gestão/Produção. Protocolos de interface com sistemas de produção e/ou gestão da empresa. Gerenciamento de manutenção de equipamentos do sistema de controle. 5