SECRETARIA ESPECIAL DE AQÜICULTURA E PESCA CONSELHO NACIONAL DE AQÜICULTURA E PESCA ATA 1ª PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA Realizada em 13 de março de 2006, no Auditório Térreo, Bloco A, Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF. 1
Às dez horas do dia treze de março de dois mil e seis, no Auditório Térreo, Bloco A, da Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF, por convocação do presidente do Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca, ministro José Fritsch, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República, com a presença de trinta e nove conselheiros titulares, sete conselheiros suplentes e dois convidados, deu-se início a abertura oficial da 1ª Plenária Extraordinária do CONAPE. A 1ª Plenária Extraordinária foi convocada para apreciara a seguinte pauta: (1) abertura da sessão; (2) leitura, apreciação e aprovação da ata da 3ª Plenária Ordinária; (3) informes com duração de no máximo trinta minutos; (4) apresentação dos encaminhamentos da 2ª CNAP; (5) informes sobre a Comissão Eleitoral do Conape; (6) tribuna livre com tempo máximo de três minutos por orador; e, (7) encerramento. A secretária executiva Leinad Ayer conferiu a presença dos conselheiros e conselheiras, confirmando o quorum necessário para o início dos trabalhos. O presidente em exercício Altemir Gregolin iniciou os trabalhos, cumprimentando os presentes e justificando a ausência do ministro José Fritsch em atividade fora da SEAP/PR. Em seguida, iniciou os trabalhos com a aprovação da pauta da reunião. Passou-se então para a leitura e aprovação da pauta da 3ª Plenária Ordinária e não havendo sugestões de alterações encaminhou-se o processo de votação com aprovação por unanimidade. Abriu-se o terceiro ponto de pauta com as inscrições para informes. Conselheiro Marcos Brandão, manifestou-se contrário a pauta aprovada, pois considera que a definição do processo eleitoral do 2º mandato do Conape e da composição da Comissão Eleitoral mais urgente que os informes da 2ª CNAP. Conselheiro Max Magalhães, apresentou uma resposta à moção aprovada na 2ª Conferência Nacional de Aqüicultura e Pesca do Ceará, para ser entregue aos conselheiros. Conselheiro Jomar Carvalho, propôs a constituição no Conape de dois comitês temáticos, sendo um da pesca e um da aqüicultura, considerando a diversidade de temas e questões que envolvem cada uma das atividades. Conselheiro José Altamiro da Silva, informou que estão sendo disponibilizadas duas vagas para a SEAP na Semana do Sebrae. Conselheiro Geraldo Bernardino, considerou que os avanços no desenvolvimento da aqüicultura em nosso país obriga uma divisão para produtiva nos trabalhos do Conape, sendo necessário a montagem de um comitê temático específico para a aqüicultura. Conselheiro José Dias Neto, defendeu a manutenção dos comitês temáticos e a atual dinâmica dos trabalhos, ou seja, os comitês discutem os assuntos e submete a aprovação do plenário. Conselheiro Benedito Roque da Costa, defendeu a manutenção dos comitês atuais e destacou que a CNP está trabalhado 2
também com os aqüicultores. Conselheiro Leonardo Teixeira de Sales, argumentou pela manutenção do tratamento conjunto da pesca e aqüicultura nos comitês do Conape. Presidente Altemir Gregolin, apresentou as três principais etapas na organização da 2ª CNAP. Na primeira etapa foram elaboradas as normas estruturantes da Conferência, tais como: Decreto de 22 de dezembro de 2005, que convoca a 2ª CNAP; Portaria nº 416, de 28 de dezembro de 2005, que aprova o Regimento Interno e cria a Coordenação Organizadora Nacional; e a Portaria nº 42, de 22 de fevereiro de 2006, que constitui a Coordenação Organizadora Nacional. Na segunda etapa foram realizadas as 25 conferências estaduais e uma conferência distrital no período de dezembro de 2005 a março de 2006, mobilizando cerca de trinta mil pessoas do setor da pesca e aqüicultura em todo o país. O Estado da Bahia não realizou conferência por diversos motivos, entre eles a demora na indicação do chefe do escritório. Para que os pescadores e aqüicultores do estado não ficassem prejudicados, foram realizadas duas reuniões na Bahia para estabelecer os critérios de escolha dos delegados e das delegadas e para organizar a viagem. Em 13 de março, no CTE/CNTI, em Luziânia, Goiás, foi realizada uma reunião com toda a delegação baiana para ler, debater e apresentar emendas ao documento-base. Desta maneira foi possível superar as dificuldades e integrar toda a delegação na metodologia da Conferência. A avaliação dos participantes das conferências estaduais foi muito positiva, com uma participação expressiva de todos os setores. Finalmente, estamos às vésperas da 2ª Conferência Nacional de Aqüicultura e Pesca. A abertura da 2ª Conferência será no dia 14 de março, às 09:00h, no Espaço Marina Hall, no Setor de Hotéis Norte, Brasília, com a presença de duas mil pessoas entre delegados e delegadas, membros do Conape, convidados e convidadas. Os trabalhos serão realizados no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, em Luziânia, GO, nos dias 14, 15 e 16 de março de 2006. As delegações estão sendo transportadas em ônibus exceto as delegações dos estados amazônicos que estão viajando de avião. Estamos garantindo hospedagem para todos no CTE e hotéis da região. A alimentação será feita no próprio CTE. Em relação ao conteúdo, foi organizado um caderno com as emendas apresentadas nas conferências estaduais que deverão subsidiar os debates em grupos de trabalho. Foram montados 20 grupos sendo dezesseis da pesca artesanal, três da aqüicultura e um da pesca industrial. Os principais temas a serem trabalhados são: direitos sociais, mulheres pescadoras, questões ambientais, crédito e assistência técnica, licenciamento ambiental para a aqüicultura, subsídio ao óleo diesel para a pesca artesanal, moratória da pesca (nos estados do MS e MT), conflitos na atividade pesqueira e aqüícola. Em seguida abriu-se inscrições para as contribuições dos conselheiros. Conselheiros Marcos Brandão, 3
relatou o difícil processo de organização da conferência na Bahia pois desde a saída do chefe de escritório, em novembro, o escritório da Seap estava sob a coordenação precária do gerente da Regional Nordeste. Não foram realizadas ações nos meses de dezembro e janeiro, apenas em fevereiro, às vésperas do Carnaval, foi convocada uma reunião (e não uma plenária como determinava o Regimento da 2ª CNAP), deliberando pela participação dos mesmos delegados da 1ª CNAP, alijando a participação de várias comunidades vindas do interior. Finalizou pedindo uma explicação para a interrupção do diálogo da Seap com os movimentos sociais na Bahia. Conselheiro José Carlos Rodrigues, manifestou sua preocupação em relação à participação da delegação da Bahia. Conselheiro Max Magalhães, manifestou sua indignação pelo fato da Federação dos Pescadores e a Bahia Pesca não serem convidadas para colaborar com a organização da conferência estadual. Salientou que os delegados e delegadas escolhidos para a 2ª CNAP são de grupos que não tem afinidade com a pesca e aqüicultura. Conselheiro Orlando Lobato, solicitou informações sobre a abertura da conferência e que serão os representantes das diversas categorias a compor a mesa de abertura. Relatou também o incidente ocorrido na Conferência Estadual do Pará quando no credenciamento uma delegada agrediu fisicamente duas convidadas e pediu que a COM descredencie a delegada nacional. Conselheiro Geraldo Bernardino, manifestou ser contrário a divisão dos grupos de trabalho conforme o que a COM está propondo e sugeriu que fossem formados grupos para discutir a pesca e outros para a aqüicultura. Conselheiro Marcos Brandão, contestou a participação de Ma Magalhães como representante da ABCC no CONAPE, pois na sua opinião ele é representante de um órgão do Governo da Bahia. Conselheiro Aladim de Alfaia, importante aprofundar a definição dos conceitos da pesca e aqüicultura, por exemplo de pescador profissional e artesanal. Também manifestou a necessidade de se debater as questões de raça e gênero.conselheiro Francisco Ferrer, manifestou que mesmo sendo específicas as características da pesca artesanal e industrial a política é a mesma, portanto podemos discutir a política e suas especificações. Conselheiro José Dias, propôs que seja instituída uma instância para construir soluções para os conflitos de temas que com certeza serão acirrados nos grupos de trabalho. O presidente em exercício, Altemir Gregolin, agradeceu a participação de todos e todas e após dar os últimos informes sobre a Conferência, passou para o ponto de pauta sobre o processo de montagem da Comissão Eleitoral. O debate sobre o processo eleitoral do CONAPE vem sendo discutido pela Comissão Organizadora Nacional da 2ª CNAP desde dezembro de 2005. Na 4ª Reunião Plenária, realizada em 16 e 17 de fevereiro de 2006, foram aprovados os seguintes encaminhamentos referentes à questão: 4
Considerando que: a) o Conselho Nacional de Aqüicultura e Pesca (CONAPE) está vivendo seu primeiro mandato e construindo a sua 4º Reunião Plenária e a 2ª CNAP; b) o CONAPE ainda esta se auto construindo com uma identidade própria, uma metodologia e representação; c) o CONAPE esta servindo de modelo para a criação de vários conselhos estaduais e municipais; d) os setores aqüícola e pesqueiro estão vivendo seu momento de afirmação e consolidação tanto de espaço como nas diretrizes políticas e; e) estamos no momento de afirmação das entidades e movimentos nacionais, portanto estamos consolidando as representações sociais dos setores de aqüicultura e pesca, por consenso propõe a Plenária as seguintes propostas: 1. Realização de uma reunião plenária extraordinária no dia 13 de março tendo como pauta a 2ª CNAP; 2. Retirar da 2ª CNAP a discussão da composição de eleição do novo CONAPE; 3. Que seja mantidos o mesmo formato e estruturação do CONAPE; 4. Que a inclusão de novas organizações, além das já consideradas na última composição do CONAPE, dentro do universo de organizações de âmbito nacional, passíveis de terem membros indicados como conselheiros, sejam aprovados por maioria simples na próxima reunião plenária ordinária deste conselho (provavelmente em agosto); 5. Elaboração de um cadastro de organizações nacionais do setor da pesca e aqüicultura pela SEAP para subsidiar o processo eleitoral. 6. Que seja constituído o comitê eleitoral nesta plenária, conforme o regimento da CONAPE, com a composição e formato a ser definido na 1ª Plenária Extraordinária do dia 13 de março. Posteriormente, a Plenária Extraordinária, de 13 de março de 2006, aprovou a alteração da composição da Comissão Eleitoral de três para cinco entidades da sociedade civil organizada sendo dois representantes das entidades e organizações dos movimentos sociais e dos trabalhadores; dois representantes da área empresarial e um representante da área acadêmica e de pesquisa, cuja competência exclusiva é organizar o processo eleitoral da segunda gestão do Conape. Definiu-se também a adequação do regimento Interno do Conape às novas deliberações. Os nomes das organizações e seus representantes deverão ser entregues a secretaria executiva do Conape até o final da 2ª CNAP. 5
6