Ogum Guerreiro no canto da Guerreira Clara Nunes. 1



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Transcrição:

Ogum Guerreiro no canto da Guerreira Clara Nunes. 1 Como quem por talento, para cantar às heranças africanas a cultura brasileira, Clara Nunes (1942-1983), fez do seu canto louvação e saudação aos Orixás e as forças da natureza. Se ela foi e ainda é a Guerreira saudosa do cancioneiro nacional, Ogum o guerreiro, ganhou na voz dela, duas belas homenagens: na canção Guerreira (João Nogueira / Paulo Cesar Pinheiro), diz a letra entre outras coisas: Sou a mineira guerreira/filha de Ogum com Iansã ; já em Guerreiro de Oxalá (Carlos Imperial), diz: São Jorge, Ogum Jerê/É Guerreiro de Oxalá. Clara foi à referência maior até então, neste estilo religião/ música. Palavras- chave: Clara Nunes. Ogum. Samba. Com seus trajes coloridos, louvando em cada cor um Orixá, as guias no pescoço, durante determinada época de sua vida este foi seu estilo e tema. Depois que se casou, com Paulo César Pinheiro, ela se afastou um pouco dos temas e 1 Autor- Raimundo Cézar Vaz Neto, graduando de Letras-Vernáculas da UNEB (UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA), 8º Período. Pesquisa desde o 6º Período as relações simbólicas da noite, nas canções interpretadas pela cantora Ângela Maria, como foco do TCC já em curso. E- mail: Bahia_gyn@hotmail.com. Eixo Temático: Eixo 7 Cultura, memória social e africanidades

canções afros, porém, no imaginário nacional e do samba, será sempre lembrada como a Claridade, como era chamada carinhosamente, ou como bem disse Bakke, no artigo, Tem Orixá No Samba: Clara Nunes E A Presença Do Candomblé E Da Umbanda Na Música Popular Brasileira, (2007, p. 3): sambista cantora de Macumba louvando as heranças, seus ritos e influências africanas, através da música. A artista que começa gravando boleros, sobre tal fato, idem (2007, p.2) declarou: Como o gênero musical de maior sucesso na época era o bolero, a Odeon tinha a intenção de transformá-la numa espécie de Altemar Dutra de saias, no entanto, as coisas mudam a partir do momento que recebe a música Você Passa e Eu Acho Graça (Ataulfo Alves- Carlos Imperial), segundo a mesma, em depoimento no DVD lançado pela Globo Marcas. Compôs uma única música, A Flor da Pele, com Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro. Ê Baiana, Conto de Areia, Na Linha do Mar, Coração Leviano, entre outras, foram canções que ganharam a voz de Clara e sua interpretação. Tocando a água, beirando o mar, de branco, com guias, entre velas e pessoas estilizadas vestidas com as roupas sagradas dos Orixás, estes foram as imagens mais fortes de Claridade e as que podemos ver para quem não viveu a época, no DVD com os vídeos das décadas de 70 e 80. Como bem citou, Amaral e Silva, (2006, p. 22): Essa pedagogia das religiões afro-brasileiras teve, na década de 1970, dois grandes mestres : Clara Nunes e Martinho da Vila que gravaram os maiores sucessos entre as músicas com esse tema. No disco A Beleza que Canta Odeon, de 1969, grava de Carlos Imperial, Guerreiro de Oxalá: A Umbanda de Oxalá/ Tem mandinga,tem obá/ São Jorge,Ogum Jerê/ É Guerreiro de Oxalá/ Lalaiá...Lalaiá.../ É Guerreiro de Oxalá (bis) / Vou partir por uma estrada/ Mas não sei onde chegar/ Nos braços da bem-amada/ É que eu quero descansar/ Meu amor vem lá do fundo/ Tem querência de valor/a grandeza desse mundo/ É menor que o meu amor/ No meu céu tem mais estrelas/ No meu campo tem mais flor/ Só quem ama pode vê-las/ Só quem é feito de amor/ À rolar um doce pranto/ Uma lágrima sentida/ Acordar com um beijo santo/ Minha bela adormecida/ Xerê,Xerê,Xerê, Obá/ Xerê de umbanda de Oxalá/ Ogum guerreiro,cavaleiro/ Lua cheia é seu gongá/ Xerê Obá. (DO SITE VIRTUAL TERRA.) Em uma música mais interpretativa que animada, como em Guerreira, em Guerreiro de Oxalá, Clara Nunes é acompanhada por um coro masculino que faz o refrão em determinadas partes da gravação, como em: Xerê,Xerê,Xerê, Obá/ Xerê de umbanda de Oxalá / Ogum guerreiro, já o cavaleiro, é retomado pela voz de Clara, sem acompanhamento, terminando o trecho. O sincretismo de São Jorge/ Ogum,

aparece nas primeiras palavras da canção, o Guerreiro é o símbolo que melhor representa o Orixá Ogum. Ogum é um poderoso Orixá, dono do ferro e do fogo. Ele é um guerreiro, um lutador que defende a lei e a ordem. Este Orixá abre os caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os mais fracos. Todas as lutas, as conquistas, as vitórias são presididas por Ogum. (DE ACORDO COM O SITE TERREIRO DE TIO ANTONIOD.) A persistência e a busca pelo amor daquela letra comungam com as lutas e conquistas que são da personalidade do Orixá, citado no site. No disco Guerreira de 1978, a faixa inicial de mesmo nome, faz uma saudação aos Orixás através do sincretismo, que saúda os Santos católicos e que responde às saudações as entidades dos cultos afros. Se vocês querem saber quem eu sou/ Eu sou a tal mineira/ Filha de Angola, de Ketu e Nagô/ Não sou de brincadeira/ Canto pelos sete cantos não temo quebrantos porque eu sou guerreira/ Dentro do samba eu nasci/ Me criei e me converti/ E ninguém vai tombar aminha bandeira/ Bole com o samba que caio e balanço o balaio no som dos tantãs/ Rebolo que deito que rolo/ Me embalo e me embolo nos balangandãs/ Bambeia de lá que bambeio nesse bomboleio/ Que eu sou bambambam/ Que samba não tem cambalacho vai de cima em baixo pra quem é seu fã/ Eu sambo pela noite inteira/ Até amanhã de manhã/ Sou a Mineira Guerreira/ Filha de Ogum com Iansã/ Salve Nosso Senhor Jesus Cristo Epa Baba Oxalá/ Salva São Jorge Guerreiro Ogunhê, Ogum meu pai/ Salve Santa Bárbara Eparrei minha mãe Iansã/ Salve São Pedro Kaô Kabeci lê Xangô/ Salve São Sebastião Okê arô Oxossi/ Salve Nossa Senhora da Conceição Odô- Fiabá Iemanjá/ Salve Nossa Senhora das Graças Ora eieiei Oxum/ Salve Nossa Senhora de Santana Nanã Burokê Saluba Vovó/ Salve São Lázaro Atotô Obaluaiê/ Salve São Bartolomeu Arrobobô Oxumarê/ Salve o povo da rua/ Salve as crianças/ Salve os Preto- Velhos/ Pai Antônio, Pai Joaquim d Angola, Vovó Maria Conga/ Sarava/ E Salve o Rei Nagô.( Encarte do CD, remasterizado, Guerreira. EMI.) Depois das qualidades da mineira guerreira, filha de Ogum com Iansã, como não poderia deixar de ser, ela inicia as saudações aos Santos Católicos, citando Orixás. A saudação inicial vem Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Oxalá, a criação. Saúda Santa Bárbara e Iansã/ São Jorge e Ogum, seus Orixás de frente. Para sincretizar ainda mais, saúda os Pretos- Velhos, as crianças, o povo da rua. Este samba pode ser tomado, como uma boa referência de aprendizado inicial, as saudações e as referências sincréticas existentes nos cultos católicos e afros, que mesclam o que é Santo e o que se une as Linhas. Na cena do DVD da Globo, ela esta de branco;cor peculiar nas suas interpretações; bem verdade usou muitas cores, mais o branco predominou, como na cena do DVD.

Xixê, segundo Bakke (2007, p.28), citando Silva: Xirê é uma estrutura seqüencial de cantigas para todos os orixás cultuados na casa ou mesmo pela nação indo de Exu a Oxalá. Se tomarmos ao pé da citação veremos que não pode ser comparada a um Xirê, mas que pode ser tomada como tal, visto que a saudação vai de Oxalá, ao povo da rua, como cantou Clara, que conhecemos como Exú. E a nação citada no trecho, termina por ser incluída, através das crianças, Rei Nagô e dos Pretos- Velhos, na letra do samba. Desde o início de sua carreira nos anos 60, esta afirmação da cultura dos Orixás, através das músicas que compunham os seus discos, Clara Nunes, escreveu seu nome na História do Samba no Brasileiro. Boleros, outros ritmos o emblemático Brasileiro Profissão Esperança com o ator Paulo Gracindo na década de 70, foram representativos de certa forma. Para se firmar no Samba, alguém com a sabedoria de Ataulfo Alves, citado por Clara no DVD, percebeu que ela estava fora do estilo que deveria defender. Depois do samba e do canto aos Orixás, perceberam que Clara Nunes, era muito mais que isso, como citou na época do Brasileiro Profissão Esperança, Bella Stal, do Jornal do Brasil: Quando a Clara Nunes, deixa de lado à imagem quase exclusiva de sambista que estava formada nos últimos anos para mostrar que pode muito mais e assim, ela trilhou vários caminhos musicais, porém o que esta mais vivo na lembrança dos brasileiros e a Claridade Cantora de macumba. De acordo com Mauro Ferreira, no Dicionário virtual Cravo Albin da Música Popular Brasileira Muito deste inicial sucesso popular de Clara se deveu à sua incursão pelo mundo do candomblé. Ao cantar músicas que evocavam os orixás, a cantora inovou e conquistou o povo das classes menos favorecidas. Comprovando a fama que persiste as rodopios, roupas, guias e invocações da voz, saudosa da mineira Guerreira/ filha de Ogum com Iansã.

Referências: AMARAL, Rita; SILVA, Vagner Gonçalves da. FOI CONTA PARA TODO CANTO:AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS NAS LETRAS DO REPERTÓRIO MUSICAL POPULAR BRASILEIRO. In: http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia34_pp189_235_amaral_vagner.pdf. Acesso 10/07/11. BAKKE, Rachel Rua Baptista. TEM ORIXÁ NO SAMBA: CLARA NUNES E A PRESENÇA DO CANDOMBLÉ E DA UMBANDA NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 27(2): 85-113, 2007. In: http://www.scielo.br/pdf/rs/v27n2/v27n2a05.pdf. Acesso 10/07/11. FERNANDES, Vagner. Clara Nunes: guerreira da utopia. Rio de Janeiro. Ediouro. 2007 In: http://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=lang_pt&id=mUPIlxkO_YwC&oi=fnd&pg=PT3&dq=a+cantora+clara+nunes&ots =2zYHQP_Jpd&sig=Hw1c6kkh196lYX1AR6- fifkbqri#v=onepage&q=canto%20da%20guerreira%20&f=false. Acesso 11/07/11. NUNES, Clara; GRACINDO, Paulo. Brasileira Profissão: Esperança. Gravado ao vivo. CD Remasterizado. EMI Music Ltda. Produzido em 1974., Clara. Os musicais do Fantástico das décadas de 70 e 80. DVD. Globo Marcas. 2010., Clara. Guerreira. 1 CD. Remasterizado em Londres em Junho/ Julho de 1997. EMI. http://www.dicionariompb.com.br/clara-nunes/biografia. Acesso em 11/07/11. http://www.brasilmusik.de/c/clara-nunes/clara-nunes.htm. Acesso em 11/07/11. http://letras.terra.com.br/clara-nunes/423977/. Acesso em 11/07/11. http://www.terreirotioantonio.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5 0&Itemid=61. Acesso em 11/07/11.