Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco



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Transcrição:

1 Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco 25 Páscoa e Libertação P. Boa noite. Este é mais um programa da responsabilidade da Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco. Elicídio Bilé, como habitualmente, vem falar-nos, hoje, de liberdade numa perspectiva pascal. No último programa falámos da Quaresma, do seu significado e da sua importância como tempo propício para a reconciliação. Agora que a Páscoa está próxima, pergunto-lhe: - Porquê esta associação da Páscoa à liberdade? - Qual a origem da Páscoa? P. Boa noite. Quanto à associação entre Páscoa e liberdade, facilmente constatamos que é intrínseca ao sentido da Páscoa na história da salvação, desde sempre, como forma da libertação do homem velho para dar lugar ao homem novo. Já há um ano atrás, neste mesmo tempo de antena que continuamos a desfrutar aqui na Rádio Portalegre, referi o significado da Páscoa para os Cristãos e para o Mundo. Hoje reafirmo o que disse então. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo, isto é, a Sua vitória sobre a morte. Páscoa tem o significado de passagem passagem da morte à vida, passagem da escravidão humana para a libertação do homem. Mas, Páscoa é igualmente muito importante para o povo judeu. Com o nome de Pesach que também significa passagem os judeus comemoram a libertação do seu povo que estava escravizado no Egipto.

2 Conduzidos por Moisés, através do Mar Vermelho, encontraram a plena liberdade no deserto. Quanto à sua origem, a palavra Páscoa advém, exactamente, do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de passagem, que é comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e às celebrações judaicas (passagem da situação de escravidão no Egipto para a liberdade da Terra prometida). No plano litúrgico e na vivência cristã o tempo pascal é o mais forte de todo o ano. Começa na Vigília Pascal e é celebrado durante sete semanas até ao dia de Pentecostes. É a Páscoa (passagem) de Cristo, que após a Sua morte na cruz, passou à vida a sua existência definitiva e gloriosa. Este tempo é também a Páscoa da Igreja, que é o Seu Corpo, e que assim é introduzida na Vida Nova de Deus por meio do Espírito que Jesus Cristo transmitiu no dia do primeiro Pentecostes. A origem desta cinquentena (cinquenta dias) remonta às origens do Ano litúrgico. De acordo com as Normas Universais do Ano Litúrgico, no n.º 22, o tempo Pascal compreende cinquenta dias, vividos e celebrados como um só dia. Diz assim: Os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até ao Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande domingo.

3 P. Olhando para história, o Domingo tem um significado muito forte, como acabou de referir e está intimamente ligado à Páscoa. Pode dizer-nos qual o seu verdadeiro sentido? R. Ao domingo, o cristão celebra a Páscoa dominical, isto é, actualiza a Páscoa de Jesus Cristo. Para os Cristãos o Domingo é o centro da vida cristã, é o fundamento e o núcleo de todo o ano litúrgico e tem o seu ponto alto na Páscoa anual, a festa das festas, como diz o Catecismo da Igreja Católica. Jesus foi crucificado na véspera de um sábado e ressuscita no dia seguinte a esse mesmo sábado: O Domingo que é o primeiro dia da semana. É também no domingo, no primeiro dia da semana, que os Apóstolos se reencontram com o seu Senhor ressuscitado. Aparece-lhes durante uma refeição. Podemos dizer que reeditou, nessa refeição, a última Ceia ao partir do pão. É, portanto ao domingo (primeiro dia da semana) que as assembleias cristãs se reúnem para a fracção do pão. Por isso, esse primeiro dia recebeu um novo nome: Domingo o Dia do Senhor Esse dia, Domingo, lembra aos cristãos a ressurreição de Jesus Cristo, uneos a Ele pela Eucaristia e faz que olhem com expectativa para a Parusia que significa a nova vinda de Jesus. P. Quer dizer que todas as semanas, os cristãos celebram a Páscoa Dominical? R. Exactamente. A sequência da liturgia para todos os domingos do Ano Cristão está, desta forma, na dependência da Páscoa anual com excepção dos domingos do Advento que são sempre os quatro domingos anteriores ao Natal.

4 P. Existe um grande paralelismo entre a Páscoa judaica e Páscoa cristã, não é verdade? É verdade. Como já referi, a Páscoa cristã está intimamente ligada à Páscoa judaica. Repare neste pormenor importante: Deus designou a morte de Jesus Cristo exactamente no dia da Páscoa judaica para, desta forma, criar um paralelo entre a antiga aliança, que foi feita através do sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança em Jesus que foi celebrada no próprio sangue de Jesus Cristo, imolado para nossa libertação e a quem nós, os cristãos, designamos por Cordeiro de Deus. P. A semana que antecede a Páscoa é chamada Semana Santa e tem como ponto alto a noite da vigília Pascal. A sua celebração significa uma invocação da história? R. Mais do que invocar a história passada, importa actualizá-la, torná-la presente, porque essa história de ontem é a nossa história de hoje. Deus ama-nos desde o princípio e ama-nos de tal modo que, através de Seu Filho, nos liberta de todas as escravidões. O Povo eleito foi libertado da escravidão infligida pelos Faraós, no Egipto. No nosso tempo vivemos escravizados por outros faraós: - Pelas paixões exacerbadas; - Pelo dinheiro que traz a corrupção; - Pela prepotência que se instalou na nossa sociedade; - Pelo mau uso que se faz da liberdade. Nesta Páscoa da libertação, só Deus nos pode libertar, verdadeiramente.

5 P. Quando inicialmente falou da Páscoa e da Liberdade era a isto que se referia? R. Exactamente. Nenhuma outra palavra tem maior significado para exprimir o verdadeiro sentido de Liberdade do que a palavra Páscoa. A verdadeira liberdade é aquela que vem de Deus. Ao enviar o Seu Filho, fê-lo para nos libertar da escravidão da morte. Mas o homem teima em submeter-se aos prazeres que a sociedade lhe oferece generosamente. Sabemos da história e da Escritura que o Povo Hebreu foi libertado e, apesar disso, continuou a ser infiel. Continuou a deixar-se escravizar. Deixou-se seduzir pela idolatria, pela avareza, pela luxúria, mas Deus, porque é Amor, envia o Seu filho para o salvar, para lhe conceder de novo a liberdade. E como o fez, Jesus Cristo? - Fez a passagem, fez a Páscoa. - Passou pela morte para que nós tivéssemos vida. - E com a Sua Ressurreição garantiu a nossa liberdade. Preparámo-nos ao longo da Quaresma para fazer esse memorial. Trazemos à nossa memória colectiva a Paixão e Morte de Jesus, entregue ao governador romano Pôncio Pilatos por uma turba de gente irada, a sua gente, que antes o aclamaram e levaram triunfalmente, para depois, no momento seguinte, exigirem a Sua morte. Aquelas pessoas, em nome de uma falsa liberdade, pediram a morte d Aquele que veio como libertador em troca da libertação do assassino Barrabás. E, Pilatos não lhe encontrando qualquer culpa, em nome da mesma falsa liberdade, desresponsabilizou-se, lavou as mãos e entregou-o aos algozes.

6 E que fazem hoje os homens em nome da liberdade? - Continuam a clamar por Barrabás, a libertar, tantas vezes, aquilo que de pior existe no ser humano: - O ódio; - A busca do poder a qualquer preço; - A guerra e a discórdia; - O terror e a traição; - A corrupção e a intriga. E ao nível da liberdade individual o que fazemos? Continuamos a optar por Barrabás, a libertar, tantas vezes, as nossas tendências mais primárias: - O comportamento quase criminoso na estrada; - Os juízos precipitados sobre os outros; - A indiferença para com os mais carentes; - A murmuração acerca dos nossos inimigos e, também, dos nossos amigos. No fundo matamos, no nosso íntimo, aqueles que são nossos semelhantes, com quem convivemos e partilhamos o nosso dia a dia. E onde se procura, hoje, a liberdade? - No dinheiro; - No poder; - No prestígio; - Na luxúria; - Na droga; - No álcool; - Na prostituição;

7 - No egoísmo; - Em subir na vida quantas vezes à custa do outro, fazendo dele degraus para subir ainda mais depressa. - Mas a verdadeira liberdade está: - No respeito que cada um deve ter para com os seus semelhantes; - Em preocupar-se com os outros; - Em aceitar a diferença; - Em reconhecer as suas próprias limitações; - Na busca do diálogo; - No respeito pela liberdade de cada um. Num mundo carente de Amor só Deus, que é Amor, pode mudar o coração do homem. P. Penso que ficou bastante claro o sentido que pretendeu dar à vivência da Páscoa. Falou-nos da Páscoa como libertação, como passagem de Deus pelas nossas vidas e falou-nos também da Ressurreição de Jesus Cristo a Sua vitória sobre a morte. A Ressurreição de Jesus continua a ser um mistério que muitos não querem aceitar. Quer falar-nos um pouco mais sobre a Ressurreição? R. A Ressurreição é uma verdade fundamental do cristianismo. Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente pelo poder de Deus. Não se trata de um fantasma, e nem de uma mera força da energia, nem de um corpo que reviveu como o de Lázaro e que voltou a morrer. A presença de Jesus ressuscitado não é, também, uma alucinação dos Apóstolos.

8 Quando dizemos que Cristo vive não é um modo de falar, como alguns possam pensar para dizer que vive somente na nossa lembrança. A Cruz, morte e ressurreição de Jesus Cristo são factos históricos que abalaram o mundo naquela época, há cerca de 2000 anos, e transformaram toda a história ao longo dos séculos até ao nosso tempo e continuarão a transformar. A Ressurreição é a esperança do cristão. É por isso que o cristão tem uma forma diferente de olhar a vida, porque nós sabemos que com a Sua Ressurreição, Jesus abriu as portas à nossa própria ressurreição. É isso que proclamamos no credo, a nossa profissão de fé. S. Paulo, na carta que escreveu aos cristãos de Corinto é muito claro. Diz ele: Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. E, como todos morrem em Adão, assim em Cristo todos voltarão a receber a vida. (1 Cor.15,21-22) Os homens daquele tempo pensaram acabar com a obra de Jesus, matando- O mas Ele ressuscitou como vencedor e vive ainda hoje! E, através da Sua morte e ressurreição todos os que O invocarem serão salvos. É o que diz S. Paulo, também numa carta aos cristãos de Roma: Porque, se confessares com a tua boca: «Jesus é o Senhor», e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo. (Rm 10.9)

9 E, numa carta dirigida aos cristãos de Corinto: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (1 Cor. 15,3b-4) P. Este é um tema inesgotável e, percebemos a intenção da Cáritas ao trazê-lo, precisamente nesta noite, quando nos aproximamos da celebração das festas pascais. Para terminar quer deixar uma última palavra para os nossos ouvintes? R. Nesta Páscoa o meu voto é que cada um de nós consiga discernir sobre o verdadeiro sentido da liberdade e reencontrar a paz interior através desta passagem que Deus faz pelas nossas vidas; que saibamos escolher o verdadeiro caminho da liberdade; que o egoísmo, a ambição, até o desinteresse com que, por vezes, olhamos para a construção do futuro, deixem de ser a condicionante para que nos sintamos verdadeiramente livres. Que, nesta Páscoa, a vivamos com o verdadeiro sentido que ela encerra e não nos dispersemos por mais uma festa pagã, um feriado nacional, ou mais uns dias de descanso. Esta é a Páscoa de Jesus Cristo. Por isso, para terminar, só posso deixar uma palavra a todos os que nos escutam: Os meus sinceros votos de uma Santa Páscoa na alegria do Senhor Jesus Ressuscitado, e na comunhão com as vossas famílias. Muito boa noite para todos. P. Terminamos, assim, mais um programa da responsabilidade da Cáritas Diocesana de Portalegre e Castelo Branco. Faço minhas as

10 palavras do Elicídio Bilé e despeço-me de todos desejando uma Páscoa muito feliz. Muito Boa Noite Portalegre, 12 de Março de 2008 Elicídio Bilé