CONTRIBUIÇÃO DO SETOR METALÚRGICO DE OSASCO E REGIÃO PARA A CONTRATAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NAS EMPRESAS COM 100 OU MAIS EMPREGADOS



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Transcrição:

GERÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO EM OSASCO CONTRIBUIÇÃO DO SETOR METALÚRGICO DE OSASCO E REGIÃO PARA A CONTRATAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NAS EMPRESAS COM 100 OU MAIS EMPREGADOS 6ª Pesquisa Fevereiro 2012

Realização Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região Dr Edson Rabassi Programa de Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho Dr Adelino Ferreira da Costa Dr Luiz Carlos Martinelli Drª Maria Fernanda Lopes Gomes da Silva Dr Ronaldo Freixeda Drª Sandra Sziller Drª Paula Pedroza Drª Liliana Andrade Marcelo Augusto Kechichian Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região Jorge Nazareno Rodrigues Presidente Colaboração na Pesquisa Célia Laronga Daniele Augusta de Oliveira Drigo Geraldo Perpétuo de Lima Ivanir Maciel Leandro Vital Mendes

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR METALÚRGICO DE OSASCO E REGIÃO PARA A CONTRATAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NAS EMPRESAS COM 100 OU MAIS EMPREGADOS Esta pesquisa, elaborada conjuntamente com a Gerência Regional de Trabalho e Emprego de Osasco, objetiva identificar o grau de cumprimento do artigo 93, da Lei 8213/91, a chamada Lei de Cotas, em 31 de dezembro de 2011, na base do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, composta pelos 12 municípios abaixo, comprovando que a fiscalização é o que efetiva a Lei. 1. Barueri 2. Carapicuíba 3. Cotia 4. Embu das Artes 5. Itapecerica da Serra 6. Itapevi 7. Jandira 8. Osasco 9. Pirapora do Bom Jesus 10. Santana de Parnaíba 11. Taboão da Serra 12. Vargem Grande Paulista Artigo 93 da Lei 8213/91 Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I - até 200 empregados... 2% II - de 201 a 500... 3% III - de 501 a 1.000... 4% IV - de 1.001 em diante... 5% 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante. 2º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados. O Decreto 3298, de 20/12/1999, reforça o assunto no 5 o do Art. 36: 5 o Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática de fiscalização, avaliação e controle das empresas, bem como instituir 2

procedimentos e formulários que propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no caput deste artigo. O Decreto 5296, de 02/12/2004, apresenta a classificação das deficiências: As deficiências são classificadas de acordo com a parte do corpo atingida ou com o tipo de função cujo desempenho ficará comprometido. Com a edição do Decreto Federal nº 5.296, de 02/12/2004, passou a ser considerada pessoa com deficiência, aquela que se enquadrar nas seguintes categorias: Deficiência Física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de 41 db (quarenta e um decibéis) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60 ou a ocorr ência simultânea de quaisquer das condições anteriores. Deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 (dezoito) anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação cuidado pessoal habilidades acadêmicas habilidades sociais lazer saúde e segurança trabalho utilização dos recursos da comunidade Deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências. 3

Ações de fiscalização, orientação e sensibilização A evolução das contratações no setor metalúrgico ocorreu simultaneamente a uma seqüência de mobilizações desenvolvidas em conjunto com a Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Osasco. A Gerência fiscalizou todas as empresas elencadas pelo Sindicato, fixando prazos para que as mesmas se adequassem à legislação. Todas as empresas com 100 (cem) ou mais funcionários foram notificadas em 26 de outubro de 2011 para comprovar cumprimento de suas respectivas cotas de pessoas com deficiência (art. 93 da Lei 8213) e de aprendizes (art. 429 da CLT). Glossário Número de trabalhadores Foram computados os trabalhadores das empresas metalúrgicas com que contavam com cem ou mais funcionários em 31 de dezembro de 2011. A base de dados utilizada foi do Sindicato, construída com informações legalmente adquiridas junto às empresas ou através de cumprimento de cláusula da Convenção Coletiva, sendo priorizados os registros da própria Gerência Regional, nos casos de divergências. Número de pessoas com deficiência nas matrizes Foram relacionadas todas as inclusões de pessoas com deficiência nas empresas metalúrgicas que enviaram as informações ao Programa de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho GRTE- Osasco e que responderam o questionário Pesquisa 2011 do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, em dezembro de 2011, considerando as informações relativas às unidades instaladas na região. Número de pessoas com deficiência nas filiais Para as empresas que são filiais e tem matrizes fora da jurisdição da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco, o Sindicato elaborou um formulário de pesquisa, no qual solicitou o número de empregados na unidade, número de pessoas com deficiências incluídas e a distribuição por deficiência. Todos os dados solicitados deveriam se referir a 31 de dezembro de 2011. Vagas potenciais Para calcular o número de vagas potenciais foi aplicado o percentual correspondente ao tamanho do estabelecimento instalado nos municípios selecionados. 4

Grupos de Negociação Coletiva Agrupamento dos Sindicatos Patronais, base 2011, para efeitos de negociações coletivas e salariais. G-2: Sindicato Inds Elétricos, Eletrônicos e Similares no Estado de São Paulo (SINAEES); Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ). G-3: Sindicato Inds Parafusos, Porcas, Rebites e Similares no Est. São Paulo (SINPA); Sindicato da Ind. Nacional de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPEÇAS); Sindicato da Ind. de Forjaria no Estado de São Paulo (SINDIFORJA). G-9: Sindicato Inds Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo (SIAMFESP); Sindicato da Indústria de Balanças, Pesos e Medidas de São Paulo (SIBAPEM); Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (SICETEL); Sindicato Ind. de Esquadrias e Construções Metálicas no Estado de São Paulo (SIESCOMET); Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE); Sindicato Ind. de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo (SINAFER); Sindicato Ind. de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos no Est. de São Paulo (SINDICEL); Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de SP (SINDRATAR). G-10: Sindicato Inds Lâmpadas e Aparelhos Elétricos de Iluminação no Estado de São Paulo (SINDILUX); Sindicato Ind. de Proteção, Tratamento e Transformação de Superfícies do Estado de São Paulo (SINDISUPER); Sindicato Ind. de Artigos e Equips Odontológicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo (SINAEMO), Sindicato Ind. de Estamparia de Metais do Estado de São Paulo (SIEMESP); Sindicato Indústrias de Funilaria Móveis de Metal no Estado de São Paulo (SIFUMESP); Federação das Indústrias no Estado de São Paulo (FIESP); Sindicato Ind. de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (SINDIREPA) e Sindicato Ind. Mecânica do Estado de São Paulo (SINDIMEC). Outros: Sindicato Inds Fundição do Estado de SP (FUNDIÇÃO); Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais (ESTAMPARIA); Sindicato das. Indústrias de Funilaria e Pintura do Estado de São Paulo (SINDIFUPI); Sindicato Nacional da Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (SINDISIDER); Sindicato de Remanufaturamento, Recondicionamento e/ou Retífica de Motores e seus Agregados e Periféricos do Estado de SP (SINDIMOTOR); Sindicato dos Fabricantes de Equips das Empresas Fornecedoras de Produtos e Serviços de Projeto, Montagem e Manutenção de Cozinhas Industriais em Hotéis, Motéis, Flats, Restaurantes, Bares, Lanchonetes, Fast-Foods, Supermercados, Hospitais, Escolas, Clubes e Similares do Estado de São Paulo (SINDAL); Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (SINFAVIA). 5

Resultados Encontrados 1º. Distribuição de empresas, funcionários, vagas e índice de cumprimento N empresas N empregados N vagas legais N vagas ocupadas % de cumprimento Matriz 88 27.689 924 737 79,76% Filial 11 3.295 104 59 56,73% Total 99 30.984 1.028 796 77,43% Índice de Cumprimento da Lei em Dezembro/2011 80,00% 70,00% 79,76% 77,43% 60,00% 56,73% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Matriz Filial Geral Fonte: Programa de Inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. O objetivo de observar matrizes e filiais é demonstrar que o atual sistema de fiscalização trabalhista foca as matrizes, não havendo obrigatoriedade de as empresas fazerem distribuição proporcional das vagas legais em suas unidades. Dessa forma, a fiscalização trabalhista local perde a jurisdição no cumprimento das cotas nas filiais. 6

2º. Distribuição por grupo de negociação patronal Grupos N Empresas N Empregados Vagas Legais Vagas Ocupadas % Grupo 2 33 9.881 335 223 66,57% Grupo 3 27 10.731 389 351 90,23% Grupo 9 25 6.340 182 142 78,02% Grupo 10 11 3.335 104 59 56,73% Fundição/Prod. Siderúrgicos 3 697 18 21 116,67% Ao trazer à tona resultados vinculados às empresas que são representadas nas negociações coletivas por grupos patronais para efeito de firmar Convenção Coletiva de Trabalho com sindicatos de trabalhadores, os dados do estudo demonstram que a evolução conseguida no chão de fábrica da maioria das empresas instaladas nesta região não tem eco na mesa de negociações salariais, o que representa um retardamento no trato do tema no âmbito das Convenções Coletivas de Trabalho. Distribuição por Grupo de Negociação 120,00% 116,67% 100,00% 90,23% 78,02% 80,00% 66,57% 60,00% 56,73% 40,00% 20,00% 0,00% Fundição/Prod. Siderúrgicos Grupo 3 Grupo 9 Grupo 2 Grupo 10 Fonte: Programa de Inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. 7

3º. Cumprimento da lei nas micro-regiões Região Nº Empresas Nº Empregados Vagas Ocupadas Vagas Legais % Cumprimento Barueri 27 6.457 175 195 89,7% Taboão 21 7.256 203 256 79,3% Osasco 21 7.935 230 297 77,4% Jandira 13 4.954 111 149 74,5% Cotia 17 4.382 77 132 58,3% Cumprimento nas micro-regiões 90,0% 80,0% 89,7% 79,3% 77,4% 74,5% 70,0% 60,0% 58,3% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Barueri Taboão Osasco Jandira Cotia Fonte: Programa de Inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. Com o objetivo de realizar uma ação mais detalhada de acompanhamento do cumprimento da lei e de ocupação das vagas, foi organizado um estudo por regiões visando subsidiar as seguintes ações: o GRTE/Osasco direcionar sua ação fiscal; o Sindicato direcionar suas ações de sensibilizações e exigência de cumprimento da Convenção Coletiva de trabalho nos municípios; o Regiões - elaboração e execução de políticas públicas; o Setor empresarial situar-se em relação às práticas de concorrência (leal e desleal) e de identificação de práticas de responsabilidade social empresarial junto às comunidades, onde estão instalados seus estabelecimentos. (*) Região: área geográfica de organização político-sindical, distribuídas abaixo: Barueri municípios: Barueri, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba Cotia municípios: Cotia e Vargem Grande Paulista Jandira municípios: Carapicuíba, Itapevi e Jandira Osasco município: Osasco Taboão da Serra municípios: Embu, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra 8

4º. Distribuição por tamanho de estabelecimento Nº funcionários Vagas Ocupadas Vagas Legais % Cumprimento De 100 a 200 138 151 91,39% De 201 a 500 293 376 77,93% De 501 a 1000 160 262 61,07% De 1001 ou mais 205 239 85,77% Cumprimento por tamanho do estabelecimento 100,00% 90,00% 91,39% 77,93% 85,77% 80,00% 70,00% 61,07% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% De 100 a 200 De 201 a 500 De 501 a 1000 De 1001 ou mais De 100 a 200 De 201 a 500 De 501 a 1000 De 1001 ou mais Fonte: Programa de Inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. O objetivo deste levantamento foi identificar o cumprimento da Lei de Cotas por tamanho de estabelecimentos. 5º. Grupos de responsabilidade social A média de presença de trabalhadores com deficiência foi de 77,43%, ligeiramente superior ao registro do ano anterior. Fator positivo: estudo revela que 41,40% das empresas cumpriam totalmente a Lei ou além da previsão legal. Fator negativo: o desrespeito total à Lei de Cotas por parte de 7,0% das empresas que não mantinham sequer um trabalhador com deficiência em seus quadros, ignorando a comunidade onde está instalado o estabelecimento. 9

Proporção de Cumprimento da Lei pelas Empresas % 100% ou mais 41,40% 67% a 99% 29,30% 34% a 66% 14,20% 1% a 33% 8,10% Não cumprem 7,00% GRUPOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL 8,10% 7,00% 14,20% 41,40% 29,30% 100% ou mais 67% a 99% 34% a 66% 1% a 33% Não cumpre Fonte: Programa de Inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. 6º. Distribuição por tipo de deficiência Distribuição das Deficiências 3,77% 0,38% 13,32% 43,96% 6,41% 32,16% Física Auditiva Visual Intelectual (Mental) Múltipla Reabilitados Fonte: Programa de inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerencia Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região. 10

7º. Distribuição das deficiências revela concentração e exclusão Na série histórica dos anos de 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010 é marcada pela concentração de contratação nas deficiências físicas e auditivas representando 80% do total de vagas ocupadas no período, enquanto a somatória das deficiências intelectual (mental), múltipla e visual em toda série histórica correspondem a menos de 10%. Em 2011 as deficiências física e auditiva representam 76,12% da ocupação de vagas, enquanto as deficiências visual, intelectual e múltipla juntas representam 10,56%, observando-se, ainda, um crescimento de presença de trabalhadores reabilitados. Ano Física Auditiva Visual Distribuição das Deficiências Intelectual (Mental) Múltipla Reabilitados 2006 42,00% 44,00% 4,80% 2,10% 1,40% 5,70% 2007 37,30% 47,90% 5,60% 2,20% 0,70% 6,30% 2008 41,60% 42,30% 5,60% 3,90% 0,20% 6,40% 2009 40,50% 40,10% 6,00% 3,90% 0,10% 9,40% 2010 47,01% 34,91% 5,29% 3,20% 0,70% 8,90% 2011 43,96% 32,16% 6,41% 3,77% 0,38% 13,32% 8º. Ocupação das vagas tem relação com vigilância fiscal e social Após a crise ocorrida entre o segundo semestre de 2008 e primeiro semestre de 2009, o número de postos de trabalho era 11,7 % menor para o conjunto dos trabalhadores e 17,5% menor para os trabalhadores com deficiência, em dezembro de 2009. No ano de 2010, enquanto o nº dos postos de trabalho cresceu 14,5%, o número de contratações de pessoas com deficiência não alterou (estagnação), tornando evidente que o crescimento econômico não se traduziu em mais vagas para os trabalhadores com deficiência. Já em 2011, a situação começa a melhorar com o crescimento de 7,74% nos postos de trabalho, em relação ao ano anterior, e crescimento de 10,71% nas vagas ocupadas por trabalhadores com deficiência. 11

Distribuição de empresas metalúrgicas, trabalhadores com deficiência e exigência legal Ano Empresas obrigadas a contratar Empresas contratando Vagas ocupadas Vagas legais % 2002 74 30 290 484 59,92% 2004 95 70 686 924 74,24% 2006 93 83 726 778 93,32% 2007 101 95 806 907 88,86% 2008 107 100 873 901 96,89% 2009 88 81 719 786 91,48% 2010 97 87 719 933 77,06% 2011 99 92 796 1028 77,43% Fonte: Programa de Inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho Gerencia Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e região e Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região. Índice Histórico do Cuprimento da Lei de Cotas 120,00% Percentual de Cumprimento 100,00% 80,00% 60,00% 40,00% 59,92% 74,24% 93,32% 88,86% 96,89% 91,48% 77,06% 77,43% 20,00% 0,00% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Ano 12

Considerações Finais Chegamos ao final de nossa 6ª pesquisa, fruto do resultado de uma ação conjunta entre a Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco e Região e o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. Pelos resultados obtidos - que é resultado da ação de fiscalização aliada ao envolvimento social de vários atores - superiores à média nacional e estadual de respeito à lei de cotas percebe-se que muito ainda temos de lutar para que o seu cumprimento seja uma realidade. Tamanho desafio deve contar cada vez mais com o engajamento de todos aqueles que almejam e fazem ações concretas, visando à construção de uma sociedade verdadeiramente justa. Passadas mais de duas décadas da existência da Lei, dentre tantos desafios ainda temos o de eliminar as barreiras do preconceito e da discriminação nas relações de trabalho. Porém esses resultados mostram que a estrada rumo à inclusão está em plena construção, com a vigilância da fiscalização, a cobrança do controle social e o aumento significativo de empresas metalúrgicas que promovem a prática da responsabilidade social. Jorge Nazareno Rodrigues Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 13