Desenho Técnico. D e s e n h o A r q u i t e t ô n i c o



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Transcrição:

D e s e n h o A r q u i t e t ô n i c o

DESENHO ARQUITETÔNICO Planta Baixa é a projeção que se obtém, quando cortamos, imaginariamente, uma edificação, com um plano horizontal, paralelo ao plano do piso. A altura entre o plano cortante e o pano da base é uma altura tal que permite ao referido plano, cortar ao mesmo tempo portas, janelas e paredes. Normalmente, esta altura é de 1,50m. Veja as ilustrações a seguir: Observe que, quando cortamos a edificação com o plano, olhamos para baixo. A representação desta edificação (casa) em planta baixa será conforme a ilustração que segue:

As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos.

Se a edificação possuir dois ou mais pavimentos (andares), haverá uma planta baixa para cada pavimento. A planta baixa tem por finalidade mostrar, claramente, as divisões dos compartimentos, a circulação entre eles, suas dimensões e seu destino. As divisões dos compartimentos são, na maioria das vezes, feitas através de alvenaria de tijolos. Dizemos também, parede de tijolos. As dimensões dessas paredes variam, em função da forma em que o tijolo é assentado. A representação das paredes é feita por meio das linhas paralelas e o espaço entre as linhas correspondente á espessura das paredes(o que se desenha é o contorno externo das paredes).

Numa edificação temos basicamente dois tipos de paredes: Paredes de meio tijolo (finas); Paredes de um tijolo (grossas). Paredes de meio tijolo São representadas em planta baixa, através de linhas paralelas e próximas uma da outra. Normalmente, as paredes de meio tijolo são paredes divisórias da obra, ou seja, as paredes internas. Analisando, detalhadamente, esta parede na obra, observamos que o assentamento de seus tijolos, se dá como mostra a figura ao lado.

Num projeto, identificamos as paredes de meio tijolo, através da observação de sua espessura. Geralmente, esta medida é de 15 cm. Graficamente, sua representação é conforme o desenho abaixo.

Paredes de um tijolo Geralmente, estas paredes são externas em uma edificação. O assentamento de seus tijolos é feito como mostra a figura abaixo. Para identificá-las, basta-nos, também, observar sua espessura, que neste caso é, normalmente, de 25 cm. Num projeto, são desenhadas da seguinte forma:

Vão de portas É uma abertura nas paredes, destinada a receber a porta. As portas podem ser indicadas de várias maneiras, dependendo do tipo da mesma. As mais usuais são: PORTAS DE ABRIR Estas portas possuem dobradiças. O movimento delas é semi-circular. As portas de abrir podem vir em três situações: Obs: Chama-se de diferença de nível, a diferença que existe entre um piso e outro.

PORTAS DE CORRER Estas portas não possuem dobradiças. Seu movimento é retilíneo. As portas de correr mais usuais são: Desenho Técnico

OUTROS TIPOS DE PORTAS Porta pantográfica Porta basculante Porta pivotante Porta de enrolar

No encontro de duas paredes existe, após o vão da porta, uma pequena saliência, para fixação da mesma. Esta saliência denomina-se de Boneca - Boneca de Parede. Conforme os exemplos a seguir: Algumas vezes junto á representação da porta, encontram-se as indicações ao lado. Esta indicação refere-se ás dimensões da porta, sendo o primeiro número, referente á largura e o segundo, á altura da mesma.

Vão livre O vão livre caracteriza-se pela ausência de portas. Vão livre é uma abertura que permite comunicação direta entre dois compartimentos. Desenho Técnico

JANELAS O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1,50m, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente.

PEÇAS SANITÁRIAS Desenho Técnico

MOVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA Desenho Técnico

ÁREA DE SERVIÇO E GARAGEM Desenho Técnico

Exemplo de planta baixa: Desenho Técnico

CORTES As seções ou cortes são obtidas por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra. Na maioria dos casos somos obrigados a mudar a direção do plano da seção a fim de mostrar um maior número de detalhes, evitando assim novas seções. Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens: a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso; b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta, com traço fino; c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas medidas (altura) d. Indicação somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas, pé direito, forro... e. Representação da cobertura (esquemática ) f. Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm.

CORTES g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm; h. Indicação de desníveis se houver (verificar simbologia); i. Indicar revestimento (azulejos) com a altura correspondente; j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando (geralmente indica-se um pouco acima do piso); k. Indicar o desvio do corte, quando houver, através de traço e ponto com linha média; l. Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver necessidade; m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente;

CORTES O corte é obtido através da passagem do plano vertical pela edificação, dividindo-o em duas partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o corte, eliminando a outra parte. O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como mostra a figura:

Sanitário visto em CORTE Desenho Técnico

Extra: ESCADAS Desenho Técnico

Tipos de escadas: Desenho Técnico

Cálculo de escadas: Desenho Técnico

EXERCÍCIO FINAL DE DESENHO ARQUITETÔNICO Desenhar esta planta baixa na escala 1:75 (usar o escalímetro para converter as escalas), na folha A4 padrão. Centralizar o desenho na folha e determinar a melhor posição. As cotas, que aparecem na forma simplificada, deverão ser indicadas no modo convencional (tomadas por fora).