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A partir desse texto e de seus conhecimentos, responda às questões propostas.

Transcrição:

CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO Conflito árabe israelense (1948 1949) Por volta do século IX, comunidades judaicas foram restabelecidas em Jerusalém e Tibérias. No século XI, a população judaica crescia nas cidades de Rafah, Gaza, Ashkelon, Jaffa e Caesarea. Durante o século XII, muitos judeus que viviam na Terra Prometida foram massacrados pelas Cruzadas, mas nos séculos seguintes, a imigração para a Terra de Israel continuou. Mais comunidades religiosas judaicas estavam se fixando em Jerusalém e em outras cidades. Um dos pontos fundamentais da fé judaica é que todo o povo será liderado de volta à Terra de Israel e que o Templo Sagrado será restabelecido. Muitos judeus acreditam que o Messias, que será enviado por Deus, irá liderar o retorno de todo o povo judeu à Terra de Israel. Contudo, muitos judeus acreditavam que eles próprios deveriam iniciar seu retorno à sua terra histórica. A idéia de estabelecer um estado judeu moderno começou a ganhar grande popularidade no século XIX na Europa. Um jornalista austríaco chamado Theodor Herzl levou adiante a idéia do sionismo, definido como o movimento nacional de libertação do povo judeu. O sionismo afirma que o povo judeu tem direito ao seu próprio estado, soberano e independente. No final do século XIX, o aparecimento do anti semitismo, o preconceito e ódio contra judeus, levaram ao surgimento de pogroms (massacres organizados de judeus) na Rússia e na Europa Oriental. Esta violência notória contra judeus europeus ocasionou imigrações maciças para a Terra de Israel. Em 1914, o número de imigrantes vindos da Rússia para a Terra de Israel já alcançava os 100.000. Simultaneamente, muitos judeus vindos do Iêmen, Marrocos, Iraque e Turquia imigraram para a Terra de Israel. Quando os judeus começaram, em 1882, a imigrar para seu antigo território em grande escala, viviam por lá menos de 250.000 árabes. O povo judeu baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores: 1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas e profetas bíblicos. 2. Desde que os judeus foram exilados pelos romanos, a Terra de Israel nunca foi estabelecida como um estado. 3. O estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado democrático, moderno e soberano. 4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras de defesa, após o país ter sido atacado por seus vizinhos árabes. 5. Os árabes controlam 99.9% do território no Oriente Médio. Israel representa apenas um décimo de 1 % da região. 6. A história demonstrou que a segurança do povo judeu apenas pode ser garantida através da existência de um estado judeu forte e soberano. Em 1517, os turcos otomanos da Ásia Menor conquistaram a região e, com poucas interrupções, governaram Israel, então chamada de Palestina, até o inverno de 1917 18. O país foi dividido em diversos distritos, dentre eles, Jerusalém. A administração dos distritos foi cedida em grande parte aos árabes palestinos. As comunidades cristãs e judaicas, porém, receberam grande autonomia. A Palestina compartilhou a glória do Império Otomano 1

durante o século XVI, mas foi negligenciada quando o império começou entrar em declínio no século XVII. Em 1882, menos de 250.000 árabes viviam no local. Uma parte significante da Terra de Israel pertencia aos senhores, que viviam no Cairo, Damasco e Beirute. Por volta de 80% dos árabes palestinos eram camponeses, nômades ou beduínos. Em 1917 18, com apoio dos árabes, os britânicos capturaram a Palestina dos turcos otomanos. Na época, os árabes palestinos não se imaginavam tendo uma identidade separada. Eles se consideravam parte de uma Síria árabe. O nacionalismo árabe palestino é, em grande parte, um fenômeno do pós Primeira Guerra Mundial. Em 1921, o Secretário Colonial Winston Churchill separou quase quatro quintos da Palestina aproximadamente 35.000 milhas quadradas para criar um emirado árabe, a Transjordânia, conhecida hoje como Jordânia. Este país, que é uma monarquia árabe, é em sua maioria composto por palestinos que hoje representam aproximadamente 70% da população. Em 1939, os britânicos anunciaram o White Paper (Carta Branca), um documento relatando que um estado árabe independente e não dividido seria estabelecido na Terra de Israel (chamada de Palestina) dentro de 10 anos. O nacionalismo árabe cresceu com a promessa de um estado forte. Mas, como discutiremos futuramente, os britânicos não foram capazes de manter sua promessa aos árabes. Em vez disso, em 1947, as Nações Unidas decidiram dividir a Terra de Israel em dois estados: um judeu e outro árabe. Em 1948, foi estabelecido o estado de Israel. Quando seus vizinhos árabes atacaram o novo estado judeu, teve início a primeira guerra árabe israelense. Durante o estabelecimento do estado de Israel e durante a primeira guerra entre árabes e israelenses, mais da metade dos árabes que viviam na Terra de Israel fugiram, dando início ao problema ainda hoje vigente de refugiados palestinos, que discutiremos nos próximos artigos. O povo palestino baseia suas reivindicações pela Terra de Israel em diversos fatores: 1. Os árabes muçulmanos viveram no local por muitos anos. 2. O povo palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra onde viveram. 3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na religião muçulmana, local de elevação do profeta Maomé aos Céus. 4. O Oriente Médio é dominado por árabes. Outras religiões ou nacionalidades não pertencem à região. 5. Todos os territórios árabes que foram colonizados tornaram se estados completamente independentes, exceto a Palestina. 6. Os palestinos tornaram se refugiados. Guerra dos Seis Dias A Guerra dos Seis Dias foi mais um desdobramento dos conflitos entre árabes e judeus. Ela recebeu esta denominação devido ao efetivo contra ataque israelense à ofensiva árabe, promovido pelo Egito. O presidente Nasser, buscando fortalecer o mundo árabe, tomou medidas importantes: deslocou forças árabes para a fronteira com Israel, exigiu a retirada de representantes 2

militares da ONU mantida na região desde 1956, e ameaçou fechar a navegabilidade do Estreito de Tiran aos israelenses. No entanto, a reação israelense a essas medidas foi rápida e decisiva: atacou o Egito, a Jordânia e a Síria, encerrando o conflito num curto espaço de tempo 5 a 10 de junho (6 dias) de 1967. Israel dominava as forças aéreas e, por terra, contava com forças blindadas comandadas pelo general israelense Moshé Dayan. O resultado da guerra aumentou consideravelmente o estado de Israel: foram conquistadas áreas do Egito, Faixa de Gaza, Península de Sinai, região da Jordânia, a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém, partes pertencentes à Síria e às Colônias de Golan. A Guerra dos Seis Dias fortaleceu o Estado de Israel e agravou o nível de tensão entre os países beligerantes. Acordo de Camp David Com o cessar fogo estabelecem se as relações diplomáticas, iniciando se um processo que é designado por paz americana. Iniciado em 1974/1975 com a metodologia dos pequenos passos de Henry Kissinger e, continuada pelo presidente Jimmy Carter em 1978/1979, ela visa, por parte dos E.U.A., a divisão do mundo árabe. A visita do presidente egípcio a Israel (1977) e os Acordos de Camp David (1978), que preparam um tratado de paz separado entre Isarel e o Egipto, concluído em 1979, constituem acontecimentos de relevo político na região. O presidente Sadate terá procurado nesta estratégia discutir a solução do problema palestino. Numa outra perspectiva, o tratado deveria atrair outros estados árabes, nomeadamente a Jordânia. A realidade posterior não viria a confirmar estas perspectivas, e os dirigentes israelitas prosseguirão até 1983 uma política assente na agressividade e na ocupação (os Montes Golan em 1980). Quanto às conversações sobre a autonomia dos Territórios Ocupados, previstas no Tratado de Paz entre o Egito e Israel, elas são praticamente ignorado continuando Israel a instalar colunatas na Cisjordânia. Intifada Como Arafat insistia em negociar uma solução para a Questão Palestina, houve uma dissidência dentro da Organização para a Libertação da Palestina e, em maio de 1983, as forças leais a Arafat começaram a enfrentar rebeldes chefiados por Abu Mussa. Arafat, por sua vez, firmou novas alianças com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e com o Rei Hussein, da Jordânia, e se reelegeu presidente da OLP no ano seguinte. Em 1985, Yasser e Hussein fizeram uma oferta de paz a Israel, em troca de sua retirada dos territórios ocupados. Os judeus, além de rejeitarem a proposta, mantiveram o exército naquelas regiões. Em 1987 explodiu uma rebelião popular em Gaza, cujo estopim foi o atropelamento e morte de quatro palestinos por um caminhão do exército israelense. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados israelenses e o levante se alastrou. A repressão israelense foi brutal. Os soldados combatiam os paus e pedras com bombas de gás, tanques e balas de borracha. 3

Os resultados da Intifada foram vários espancamentos, detenções em massa e deportações. A ação judaica foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU, o que influenciou a opinião pública mundial a favor da OLP. Como resultado da Intifada, as facções da OLP se uniram na intenção de criar um Estado palestino e, em novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestino proclamou o Estado Independente da Palestina, ao mesmo tempo em que aceitava a existência de Israel. Além disso, o Conselho declarou sua rejeição ao terrorismo e pediu uma solução pacífica para o problema dos refugiados, aceitando, também, participar de uma conferência internacional de paz. Conflito Irã Iraque Começa em setembro de 1980 com a invasão do Irã e a destruição de Khorramshar, onde fica a refinaria de Abadã, por tropas iraquianas. O pretexto é o repúdio, pelo governo iraquiano, ao Acordo de Argel (1975), que define os limites dos dois países no Chatt el Arab, canal de acesso do Iraque ao golfo Pérsico. O Iraque quer soberania completa sobre o canal e teme que o Irã sob Khomeini tente bloquear o transporte do petróleo iraquiano ao golfo Pérsico pelo canal. Khomeini havia sido expulso do Iraque em 1978, a pedido do xá Reza Pahlevi, e o presidente iraquiano, Saddam Hussein, dera apoio aos movimentos contra revolucionários de Baktiar e do general Oveissi. O novo regime iraniano apóia o separatismo dos curdos no norte do Iraque e convoca os xiitas iraquianos a rebelarem se contra o governo sunita de Saddam. O Irã bloqueia o porto de Basra e ocupa a ilha de Majnun, no pântano de Hoelza, onde estão os principais poços petrolíferos do Iraque. Este bombardeia navios petroleiros no golfo, usa armas químicas proibidas e ataca alvos civis. Há pouco avanço nas frentes de luta, mas o conflito deixa 1 milhão de mortos ao terminar em 1988. Guerra do Golfo Conflito militar ocorrido inicialmente entre o Kuwait e o Iraque de 2 de agosto de 1990 a 27 de fevereiro de 1991, que acaba por envolver outros países. A crise começa quando o Iraque, liderado pelo presidente Saddam Hussein (1937 ), invade o Kuwait. Como pretexto, o líder iraquiano acusa o Kuwait de provocar a baixa no preço do petróleo ao vender mais que a cota estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Hussein exige que o Kuwait perdoe a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobra indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuweitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estão ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico. A invasão acontece apesar das tentativas de mediação da Arábia Saudita, do Egito e da Liga Árabe. As reações internacionais são imediatas. O Kuwait é grande produtor de petróleo e país estratégico para as economias industrializadas na região. Em 6 de agosto, a ONU impõe um boicote econômico ao Iraque. No dia 28, Hussein proclama a anexação do Kuwait como sua 19ª província. Aumenta a pressão norte americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas 4

do Kuwait à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão anti Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. Em 16 de janeiro, as forças coligadas de 28 países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá, que se rende em 27 de fevereiro. Como parte do acordo de cessar fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares. Consequências O número estimado de mortos durante a guerra é de 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuweitianos e 510 homens da coalizão. Após a rendição, o Iraque enfrenta problemas internos, como a rebelião dos curdos ao norte, dos xiitas ao sul e de facções rivais do partido oficial na capital. O Kuwait perde US$ 8,5 bilhões com a queda da produção petrolífera. Os poços de petróleo incendiados pelas tropas iraquianas em retirada do Kuwait e o óleo jogado no golfo provocam um grande desastre ambiental. Tecnologia na guerra A Guerra do Golfo introduz recursos tecnológicos sofisticados, tanto no campo bélico como em seu acompanhamento pelo resto do planeta. A TV transmite o ataque a Bagdá ao vivo, e informações instantâneas sobre o desenrolar da guerra espalhamse por todo o mundo. A propaganda norte americana anuncia o emprego de ataques cirúrgicos, que conseguiriam acertar o alvo militar sem causar danos a civis próximos. Tanques e outros veículos blindados têm visores que enxergam no escuro graças a detectores de radiação infravermelha ou a sensores capazes de ampliar a luz das estrelas. Mas o maior destaque é o avião norte americano F 117, o caça invisível, projetado para minimizar sua detecção pelo radar inimigo. JUDEUS E PALESTINOS Origens do conflito "Ele julgará entre muitos povos e corrigirá entre nações poderosas e longínquas; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Miquéias 4:3) O dilema não é novo. Na história e no presente do Oriente Médio, os conflitos já são características natas. Segundo o historiador José Volphi, o conflito entre judeus e palestinos preocupa o mundo todo: "De um lado os palestinos, que querem fazer de Jerusalém A Terra Santa sua capital; de outro, os autênticos judeus, que não admitem isso." Para Israel, os palestinos teriam expandido suas terras além do demarcado em um contrato mediado pela Organização das Nações Unidas. Desde o início dos recentes conflitos, no mês de outubro, já são mais de 150 mortos e a paz ainda está longe. Volphi ressalta que, se o conflito não for contido a tempo, podem ocorrer atos terroristas pelo mundo. "Os conflitos são difíceis de serem resolvidos naquela região, pois suas raízes são religiosas. Trata se, então, não apenas de uma disputa pela terra, e sim de uma guerra cultural", analisa. Por que existe conflito? Judeus e palestinos estão em confronto há centenas de anos. O desentendimento perdura desde a diáspora, quando os judeus foram expulsos pelos romanos de sua terra natal: a 5

Palestina, que aos poucos foi sendo ocupada por tribos árabes. Sem um destino certo, os judeus passaram a viver de forma nômade em vários países. O desejo judeu de retornar à antiga pátria sempre permaneceu. Durante a Segunda Guerra Mundial os judeus foram cruelmente perseguidos e mortos pelos nazistas. Aproximadamente 6 milhões deles morreram no Holocausto. Com o fim da guerra, a ONU e os Estados Unidos criaram o Estado de Israel, no antigo território da palestina, que na época era colônia inglesa. Neste mesmo acordo, ficou decido a criação de um Estado Palestino, o que na realidade nunca ocorreu. Embora resolvido o problema político do povo judeu, criou se um novo problema: o cultural. De volta a região da Palestina (Estado de Israel), o povo árabe que ali vivia e por ocuparem aquela região eram chamados de palestinos foi sendo lentamente expulso. No ano de 1973, depois de mais um confronto, os árabes abalaram a economia capitalista, pois aumentaram, de um só vez, o preço do barril de petróleo de U$ 3 para U$ 12. A crise atingiu todos os países importadores de petróleo do Oriente Médio, inclusive o Brasil. Com todos os confrontos vencidos por Israel, os palestinos se sentem sem saída e partem para o terrorismo. Os judeus, com o apoio militar e financeiro americano, perseguem os guerrilheiros palestinos. A resolução no 181 da ONU defende, na Palestina, a criação de um Estado judeu e outro palestino. Raízes históricas Os palestinos, através de uma estratégia política, protestam com manifestações e pedradas as investidas do exército judeu.em 1993 foi possível um acordo entre palestinos e judeus, em Washington (EUA), quando Yitzhak Rabin (Israel), Yasser Araft (Palestino) e Bill Clinton (EUA) definiram os pontos que trariam a paz para a região. Os palestinos reconheceram a existência de Israel como Estado judeu e os judeus cederam a região de Gaza e Cisjordânia que, lentamente, passaram para o controle político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), criando o que se chamou de Autoridade Palestina. O sonho do povo palestino realizou se: a criação de um Estado livre e independente. Yasser Araft e Yitzhak Rabim, receberam o prêmio Nobel da Paz. Mais uma vez, o acordo não obteve os resultados esperados. As facções mais radicais do movimento palestino, como o Hamas, não aceitam a existência de Israel e insistem em uma revolução para conquistar seus territórios. Por outro lado, os fundamentalistas judeus não concordam com as decisões tomadas pelos atuais governantes e se negam a qualquer diálogo com os palestinos. Yitzhak Rabin (do partido trabalhista), primeiro ministro israelense, sempre teve muitas dificuldades de convencer o partido de Lukud, o mais conservador, da necessidade da paz. O seu assassinato por fundamentalistas judeus, reflete a complicada situação política de Israel e o fez mártir dessa luta milenar entre os dois povos inimigos. O substituo de Rabin pertence também ao partido trabalhista, Shimon Peres. Os problemas religiosos são de grande destaque. Os judeus professam o judaísmo e os palestinos, o islamismo. Jerusalém é uma cidade santa para as duas religiões, por isso é tão disputada. Os confrontos atuais tem como principal motivo, a decisão de reabrir sorrateiramente um túnel arqueológico que passa perto das duas mesquitas veneradas pelos muçulmanos, na parte antiga de Jerusalém (bairros árabes). Só neste conflito, houve mais de 60 mortos e de mil feridos. 6

EXERCÍCIO DE REVISÃO 1 (FACULDADE TREVISAN) A pretensão do Islã de criar Estados islâmicos e tornar se uma nova força mundial, exigindo uma unidade entre religião e política nos países por ele governados, pode ser designada como a) Fundamentalismo. b) Laicização. c) Racionalismo. d) Modernismo. e) Positivismo. 2 (FALM) O terrorismo é o grande assunto do momento. Ele afetou as bolsas de valores e as perspectivas decrescimento das economias, a começar pela norte americana a mais poderosa do globo e vem suscitando uma série de discussões sobre como evitá lo, com algumas propostas que, se adotadas, vão certamente alterar algumas de nossas rotinas do dia a dia. E também a ordenação geopolítica mundial começa a sofrer significativas modificações em função do desenrolar dos acontecimentos, em especial da luta contra o terrorismo. (VESENTINI, José William. Terrorismo e Nova Ordem Mundial, 2002). O terrorismo, assim, é uma ação desesperada e violenta, feita por grupos (ou eventualmente por um indivíduo) que almejam determinados ideais. De acordo com as alternativas abaixo, assinale qual NÃO corresponde aos ideais terroristas. a) Mudar alguma coisa na vida política e social, derrubar um regime, lutar contra uma potência colonialista ou imperialista. b) Lutar pela união dos povos, com objetivos de liberdade mundial, evitando atingir inocentes. c) Alterar radicalmente os valores de uma sociedade. d) Alcançar uma independência nacional ou controlar um território. e) Semear o pânico, desestabilizar as instituições e com isso suscitar mudanças radicais. 3 (UECE Localizado no sudoeste do continente asiático, o Oriente Médio é um território limitado pelos mares Negro, Mediterrâneo e Vermelho, pelo Golfo Pérsico e pelo Mar Arábico, no Oceano Índico. Em termos geopolíticos é considerado como um barril de pólvora devido ao complexo e explosivo clima político, fundamentado por princípios religiosos que orientam permanentes conflitos. Sobre o território em questão, assinale o INCORRETO. a) Nele se concentra a maior riqueza do continente asiático. Localizados no Golfo Pérsico, os seus lençóis petrolíferos são considerados os maiores do globo terrestre. b) A Faixa de Gaza e a Cisjordânia constituem as principais áreas de conflitos entre árabes e judeus, palcos de sangrentas manifestações travadas entre radicais islâmicos, bem como, de radicas israelitas que não desejam a formação de um estado palestino. c) O fundamentalismo islâmico, cujo ideário é a revogação dos costumes modernos e a aplicação da lei corânica à vida cotidiana, bem como, uma rejeição completa ao mundo moderno, galgaram o cenário político do Oriente Médio, a partir da Revolução Xiita iraniana, em 1979. 7

d) Com exceção do Líbano, onde a maioria da população segue o judaísmo, os demais países do Oriente Médio professam o islamismo como religião. 4 (UFRR) Em pleno século XXI, as religiões continuam tendo grande influência no contexto social e cultural de diversos países e em amplas regiões do planeta. O poder da fé é de tal magnitude que é capaz de influir em aspectos políticos, sociais e econômicos de nações cujas autoridades, leis ou fronteiras são fortemente delimitadas por questões religiosas. Além disso, variados conflitos no mundo nos últimos tempos têm sua origem em divergências religiosas. (...) Jerusalém é a cidade sagrada de três grandes religiões (...). Os três credos têm em Jerusalém marcos básicos de sua doutrina e de sua historia. (In.: Atlas Geográfico Mundial para conhecer melhor o mundo em que vivemos vol.01. Mundo. Barcelona: Editorial Sol 90, 2005.) O texto acima apresenta Jerusalém como a cidade sagrada de três religiões. São elas: a) Judaísmo, hinduísmo e islamismo b) Judaísmo, cristianismo e islamismo c) Judaísmo, budismo e islamismo d) Judaísmo, confucionismo e islamismo e) Judaísmo, xintoísmo e islamismo 5 (MACKENZIE) Leia o texto: "Negócio fechado, assinado e selado. Selado com um aperto de mãos Debaixo de um céu azul, e um sol de rachar, no gramado da Casa Branca, o aperto de mãos entre dois velhos guerreiros, no sentido literal da palavra, deu vida ao acordo de paz entre israelenses e palestinos." (Revista Veja 22.09.1993) Os dois "velhos guerreiros", Yitzhak Rabln e Yasser Arafat, são personagens históricos do conflito árabe israelense, cujas origens são: a) A guerra civil do Líbano, que teve como causa as rivalidades político religiosas entre cristãos e muçulmanos. b) A guerra Irã Iraque, que se iniciou com a ocupação por tropas do Iraque da região do estreito de Chatt el Arab. c) A partilha da Palestina, realizada pela O.N.U., que deu origem ao Estado de Israel. d) As tensões entre E.U.A. e U.R.S.S. no Oriente Médio, que favoreceram os aiatolahs xiitas a derrubarem o Xá Reza Pahlevi. e) A invasão do Kwait e o conflito entre tropas aliadas internacionais e o governo de Saddan Hussein. 6 (MACKENZIE) "A condenação à ocidentalização do país, contrária às tradições islâmicas, desencadeou manifestações que exigiam o regresso ao país do líder exilado Ruhola Komeini; provocando a fuga do Xá Reza Pahlevi." O texto acima refere se: a) À Guerra do Líbano. b) À Revolução Xiita do Irã. c) À Guerra do Yom Kippur. d) À Revolução Sunita do Iraque. 8

e) Ao Golpe de Estado de Saddam Hussein. 7 (CESGRANRIO) A paz firmada recentemente entre judeus e palestinos contribuiu para a diminuição dos conflitos e antagonismos históricos no Oriente Médio. Sobre esses antagonismos, NÃO podemos afirmar que: a) As origens do conflito na Palestina remontam ao final da primeira Guerra Mundial, com a instituição da administração inglesa na região, apoiada pela Liga das Nações, através da Declaração Balfour (1922). b) O movimento sionista, com o favorecimento inglês, organizou uma forte corrente migratória para a Palestina, a partir da década de 20, aumentando a população judia e, consequentemente, os conflitos religiosos. c) A intervenção da ONU, em 1947, dividindo o território palestino em dois, obteve o consentimento árabe, o que evitou o conflito militar após a retirada britânica da região, em 1948. d) A Organização para a Liberação da Palestina, criada em 1964, tinha por objetivo retomar os territórios ocupados por Israel e, através da guerrilha, fundar um Estado palestino. e) Os acordos firmados em Camp David, em 1979, promovidos pelos Estados Unidos, selaram a paz em separado entre Israel e Egito, garantindo a este a devolução dos territórios do Sinai. 8 (UEL) "No dia 9 de dezembro de 1987 explodiu uma rebelião popular espontânea em Gaza, motivada pelo atropelamento e morte de quatro palestinos por um caminhão do exército israelense. Munidos de paus e pedras, vários adolescentes começaram a enfrentar nas ruas os soldados inimigos " A rebelião a que o texto se refere ficou conhecida como a) "Diáspora". b) "Intifada". c) "Guerra de Suez". d) "Guerra do Yom Kippur". e) "Guerra dos Seis Dias". 9 (UFES) A questão racial tem sido muito debatida na atualidade. A Conferência Internacional sobre esse tema, organizada pela ONU e realizada em Durban, na África do Sul, teve seus objetivos distorcidos, não alcançando os resultados esperados: "Boa cansa, maus argumentos" ("Veja", p. 48, 12 set. 2001). No Brasil, discutem se projetos que visam o aumento do número de indivíduos negros nas universidades, por meio do estabelecimento de cotas. Alguns conceitos, interpretações, tendências ou posições podem prejudicar e até inviabilizar grandes e importantes decisões sobre a questão racial: I Avaliação das demais culturas, baseada na superioridade de um povo e de sua cultura, desvalorizando as por serem diferentes. II Movimento nacionalista voltado para a criação de um estado judeu, povoado pela imigração, e para a concentração de maior número de cidadãos numa comunidade autônoma. 9

III Tendência à desvalorização de certos grupos (étnicos, culturais ou sociais) aos quais são atribuídas características consideradas inferiores em relação a outros grupos, sem base científica. É CORRETO afirmar que a) O "apartheid" exemplifica as idéias contidas no item I. b) A intifada exemplifica as idéias contidas no item II. c) O etnocentrismo corresponde às idéias contidas no item III. d) O sionismo corresponde às idéias contidas no item II. e) A civilização sínica é uma das consequências das idéias contidas no item III. 10 (UNIFESP) Leia as frases seguintes, sobre as dificuldades para a paz entre Israel e a Palestina. I. Destino de 3 milhões de refugiados palestinos dispersos pelos países vizinhos. II. Controle do Rio Jordão a partir das colinas de Golan, que estão sob domínio da Síria. III. Fim da Intifada, movimento de judeus pela aceitação do acordo de Oslo. IV. Definição da situação de Jerusalém, apontada como capital por judeus e considerada sagrada pelos palestinos. V. Presença de colônias judaicas em áreas destinadas ao estado Palestino. Está correto o que se afirma em: a) I, II e IV, apenas. b) I, III e V, apenas. c) I, IV e V, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) II, III e V, apenas. 11 (UDESC) O Oriente Médio é uma região de grande instabilidade política, onde encontramos um emaranhado de culturas diferentes, antagonismos religiosos, múltiplas formas de organização política e econômica e interesses das grandes potências industriais do petróleo, que acirram bastante os problemas regionais. Sobre o assunto, assinale a afirmativa CORRETA. a) O Estado de Israel foi criado em 1948, durante o período da Guerra Fria, pela recém criada Organização das Nações Unidas. b) O Oriente Médio é rico em reservas florestais, sendo o maior responsável pela produção de energia térmica do mundo. c) A maior parte das Nações do Oriente Médio obteve sua independência recentemente, nos idos de 80 e 90, quando se intensificaram os nacionalismos étnicos após a queda do muro de Berlim. d) O Mar Morto é rico em pescados, que é a principal fonte alimentícia dos povos árabes dos desertos. e) A Síria é o maior produtor mundial de gás natural e petróleo. 12 (PUCCAMP) Após 45 anos de guerras e mortes, a assinatura da Declaração de Princípios entre Israel e a OLP (Organização de Libertação da Palestina) parece marcar uma nova era na 10

história do Oriente Médio. O plano de paz prevê o autogoverno quase total dos palestinos na cidade de a) Jerusalém e nos campos de Sabra. b) Haifa e na faixa de Gaza. c) Jericó e nas colinas de Golan. d) Jericó e na faixa de Gaza. e) Jerusalém e na Cisjordânia. 13 (UFPR) Observando o cartograma da região do Oriente Médio, é correto afirmar que: (01) As letras A e F indicam países diretamente envolvidos na "Guerra do Golfo": Arábia Saudita e o Iraque. (02) As letras C, B e D indicam, respectivamente, Israel, Líbano e Síria, que têm sido focos de tensão da região. (04) A letra H indica a Jordânia, que, por sua situação geográfica, está muito vinculada à chamada "Questão Palestina". (08) O projeto da "Grande Síria" objetiva a expansão da Síria sobre o Líbano, a Jordânia e o Iraque, indicados por F, I e E respectivamente. (16) Entre 1980 e 1988 ocorreu violento conflito entre Irã e Iraque, países limítrofes indicados por F e E. soma = ( ) 18 14 (MACKENZIE) "A presença, a ausência ou a passagem do petróleo definem a economia e os orçamentos da região. Para o conjunto da população, ele é uma riqueza estranha pois o homem do campo está alienado das rendas recebidas pelos governos. Só aparece de forma indireta em alguns investimentos e nas modernas construções urbanas." O texto faz referência: a) Ao México. b) À Indonésia. c) Ao Oriente Médio. d) À África Ocidental. e) À Europa Oriental. 11

15 (CESGRANRIO) Que fator, entre os a seguir mencionados, NÃO representa condicionante geopolítico e econômico na atual crise do Oriente Médio? a) Desejo do Iraque de se afirmar como liderança árabe num mundo islâmico profundamente dividido, imagem esta dirigida mais aos povos que aos governos. b) A estratégica posição do Golfo Pérsico, não só em relação aos campos petrolíferos adjacentes, mas sobretudo em função dos enormes terminais de embarque aí existentes. c) lnteresse das potências ocidentais em manter a influência na área dividida por elas onde criaram países entregaram governos a famílias e grupos que fazem a política destas potências. d) Mais do que uma guerra de petróleo, a questão do Oriente Médio constitui um capítulo da guerra fria leste oeste. e) Participação importante da Jordânia, Síria e Líbano, países sem petróleo, na economia do ouro negro, por terem seus territórios atravessados por oleodutos que demandam o Mediterrâneo. GABARITO: 1 A 2 B 3 D 4 B 5 C 6 B 7 C 8 B 9 D 10 C 11 A 12 D 13 18 14 C 15 D 12