Ligações de Máquinas de Solda nas Redes de Distribuição de Energia Elétrica



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Transcrição:

Ligações de Máquinas de olda nas Redes de Distribuição de Energia Elétrica Revisão 05 0/03 NORMA ND.50

ELEKTRO Eletricidade e erviços.a. Diretoria de Operações Gerência Executiva de Engenharia, Planejamento e Operação Rua Ary Antenor de ouza, 3 Jd. Nova América Campinas P Tel.: (9) -000 ite: www.elektro.com.br ND.50 Ligações de Máquinas de olda nas Redes de Distribuição de Energia Elétrica Campinas P, 03 64 páginas

Aprovações Álvaro Luiz Murakami Gerente Executivo de Engenharia, Planejamento e Operação Rodrigo Teodoro Bilia de Moraes Gerente de Expansão e Preservação de Redes

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Elaboração Clarice Itokazu Oshiro Edmilson Landenberger Menegatti José Carlos Paccos Caram Junior Juracy Pereira Mamede ND.50 Página 5 Revisão 05 0/03

À ELEKTRO é reservado o direito de modificar total ou parcialmente o conteúdo desta norma, a qualquer tempo e sem prévio aviso considerando a constante evolução da técnica, dos materiais e equipamentos bem como das legislações vigentes. Página 6 Revisão 05 0/03

ÍNDICE CONTROLE DE REVIÕE... 9. OBJETIVO.... CAMPO DE APLICAÇÃO... 3. DEFINIÇÕE... 4. REFERÊNCIA NORMATIVA... 4 4. Legislação... 4 4. Normas técnicas brasileiras... 4 4.3 Normas técnicas da ELEKTRO... 4 5. CONDIÇÕE GERAI... 4 5. Máquinas de solda... 5 5.. Máquinas de solda moto-geradoras... 5 5.. Máquinas de solda a transformador... 5 6. CONDIÇÕE E ORIENTAÇÕE EPECÍFICA... 6 6. Atendimento a ligação de máquinas de solda... 6 6.. Tensão secundária... 6 6.. Tensão primária... 6 6. Limites de flutuações de tensão... 6 6.3 Correlação entre corrente de solda e o fator de trabalho... 6 6.4 Impedâncias dos elementos da rede... 7 6.4. Transformadores de distribuição... 7 6.4. Redes de distribuição primárias e secundárias... 7 6.5 Fator de potência das máquinas de solda... 7 6.6 Procedimentos para análise do atendimento... 7 6.6. Levantamento de dados da máquina de solda... 7 6.6. Análise do atendimento... 8 6.6.3 Atendimento a mais de uma máquina de solda... 3 6.6.4 Medidas preventivas e/ou corretivas... 5 TABELA... 7 ANEXO... 39 Página 7 Revisão 05 0/03

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CONTROLE DE REVIÕE Revisão Data Descrição 04 0--008 05 04-0-03 Revisão e atualização do documento às diretrizes do GQ e ao modelo F-GQ-00. Revisão de forma e atualização dos valores de queda de tensão percentual definidos nas tabelas, e 3. Página 9 Revisão 05 0/03

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. OBJETIVO Apresentar os critérios básicos e subsídios técnicos necessários, para elaboração do estudo de viabilidade de ligação de máquinas de solda nas redes de distribuição da ELEKTRO, bem como as medidas preventivas e/ou corretivas que podem ser implementadas, a fim de minimizar as perturbações e preservar a qualidade do fornecimento de energia elétrica aos demais consumidores por ela supridos.. CAMPO DE APLICAÇÃO Os critérios estabelecidos nesta norma aplicam-se aos estudos e/ou análises técnicas de viabilidade de ligação de máquinas de solda nas redes de distribuição, quer na tensão primária de 3,8 kv e 34,5 kv ou na tensão secundária de 0/7 V e 440/380 V. 3. DEFINIÇÕE Barra Qualquer ponto significativo do sistema em que se queira destacar qualquer grandeza elétrica. Barramento infinito É uma barra do sistema que possui potência de curto-circuito infinita, na qual não existem variações de tensão ou de frequência. Classe de isolação térmica Define a máxima temperatura permitida para o transformador de solda, quando operado corretamente. Está relacionada à qualidade dos materiais (vernizes, revestimento dos condutores etc.) que revestem e isolam os condutores dos enrolamentos. Na Tabela 0 são apresentadas as classes de isolação e as respectivas temperaturas máximas. Fator de trabalho (F ts ) Razão, expressa em porcentagem, da duração do funcionamento em de uma fonte, para o período de regime. Carga t t Tempo T endo: T período de regime; t funcionamento em ; t funcionamento em vazio; t Ft = 00 (%) T Figura : fator de trabalho (F ts ) Página Revisão 05 0/03

NOTA O fator de trabalho a que é submetida uma fonte de energia deve respeitar as condições de aquecimento da classe isolação térmica a qual pertence esta fonte. Fator de trabalho nominal (F tn ) O maior fator de trabalho a que pode ser submetida uma fonte de energia, com funcionamento em, na corrente de soldagem nominal e na tensão com nominal sem ultrapassar o limite de aquecimento da classe de isolação térmica. Flicker É a impressão visual de uma variação na luminosidade, regular ou não, podendo, dependendo do grau, causar irritações à visão do ser humano. Flutuação de tensão É uma variação aleatória, repetitiva ou esporádica do valor eficaz da tensão. Período de regime (T) Intervalo de tempo de referência para definição do fator de trabalho de uma fonte de energia, compreendendo o período de funcionamento em e em vazio. Carga T t t Perdas elétricas Tempo Tempo endo: T período de regime; t funcionamento em ; t funcionamento em vazio. NOTA Figura : Período de regime (T) Pela ABNT este intervalo T é de 5 min e pela NEMA é de 0 min. Corrente nominal (I nom ) É a maior corrente de da máquina de solda com seu fator de trabalho nominal. Potência nominal ou capacidade nominal ( nom ) Capacidade de máxima da máquina de solda definida em função do fator de trabalho, de modo que a elevação da temperatura não ultrapasse o limite estabelecido para a classe de isolação térmica da máquina de solda. Tensão máxima Refere-se à máxima tensão nos bornes secundários com a máquina em vazio (circuito secundário em aberto). Geralmente é da ordem de 60 V a 80 V. Página Revisão 05 0/03

Tensão de alimentação É a tensão efetivamente recebida pelo consumidor, no ponto de entrega de energia, em condições normais de operação do sistema. Queda de tensão Qualquer redução verificada no nível de tensão produzida pela ligação de s no sistema. Impedância de curto-circuito da máquina de solda Impedância obtida quando o secundário da máquina está em curto-circuito e na posição (tap) de máxima corrente de solda e o eletrodo substituído por uma barra sólida de cobre, de diâmetro igual ao do porta-eletrodo. Corrente de curto-circuito (I cc ) da máquina de solda Corrente primária máxima absorvida da rede de alimentação pela máquina, quando o secundário da mesma está em curto-circuito e na posição (tap) de máxima corrente de solda, tais que a tensão nesse ponto seja praticamente nula. Potência de curto-circuito ( cc ) da máquina de solda Potência aparente máxima que a máquina de solda absorve da rede de alimentação, quando opera com os terminais secundários em curto-circuito. Máquina de solda Equipamentos utilizados para produzir altas temperaturas num ponto concentrado da peça a ser soldada, utilizando energia elétrica. Processo de soldagem a arco União ou revestimento metálico de peças, por fusão localizada das mesmas, provocada por um arco elétrico. Retificador para soldagem a arco Fonte de energia composta de um dispositivo estático retificador de corrente elétrica, para fornecimento de tensões e correntes contínuas para soldagem a arco. Transformador para soldagem a arco Fonte de energia composta de um transformador abaixador com enrolamentos separados para fornecimento de tensões e correntes alternadas para soldagem a arco. Transformador-retificador para soldagem a arco Fonte de energia composta de um transformador abaixador com enrolamentos separados e de um dispositivo estático retificador de corrente elétrica de tensões e correntes alternadas ou tensões e correntes contínuas para soldagem a arco. Página 3 Revisão 05 0/03

4. REFERÊNCIA NORMATIVA Na aplicação desta norma pode ser necessário consultar: 4. Legislação BRAIL. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no istema Elétrico Nacional PRODIT, Módulo 8 Qualidade da Energia Elétrica. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/módulo8_revisão_4.pdf>. Acesso em: 8 out. 0. 4. Normas técnicas brasileiras ABNT NBR 540, Instalações elétricas de baixa tensão. ABNT NBR 4039, Instalações elétricas de média tensão de,0 kv à 36, kv. ABNT NBR 5440, Transformadores para redes aéreas de distribuição Requisitos. 4.3 Normas técnicas da ELEKTRO ND.0, Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária a edificações individuais Norma. ND., Redes Protegidas Compactas Critérios para projetos e padronização de estruturas Norma. ND.0, Instalações consumidoras em tensão primária de distribuição de energia elétrica Norma. ND., Projetos de redes aéreas urbanas de distribuição de energia elétrica Norma. ND.5, Projetos de redes aéreas isoladas e protegidas de distribuição de energia elétrica Norma. 5. CONDIÇÕE GERAI Nas redes de distribuição, o funcionamento das máquinas de solda a arco caracteriza-se pela variação brusca da demanda instantânea, o que causa o fenômeno da cintilação (flicker). Devido ao arco voltaico formado no secundário desse tipo de equipamento, a rede fica submetida às variações rápidas da corrente que correspondem às mesmas variações no nível de tensão. Além destas variações, existe também o ponto de partida do processo, que corresponde a uma corrente de curto-circuito, que proporciona o maior valor de flutuação de tensão. No processo completo de operação de uma máquina de solda, podemos destacar quatro etapas, que são representadas no gráfico a seguir: I (A) I cc () I (3) I (4) I () t t t t 3 Tempo Página 4 Revisão 05 0/03

Figura 3 Etapa instante (t φ ) de energização da máquina de solda, correspondendo a um valor da corrente em vazio (I φ ), em geral corresponde à corrente do motor de refrigeração da máquina de solda (quando houver); Etapa instante (t ) do curto-circuito dos eletrodos com a peça a ser soldada, correspondendo a maior corrente absorvida (I cc = corrente de curto-circuito); Etapa 3 instante (t ) do início do arco voltaico, correspondendo a uma corrente intermediária (I ); Etapa 4 instante (t 3 ) referente ao início da solda propriamente dita, correspondendo a corrente nominal (I = I nom ). Assim, as máquinas de solda podem ocasionar na rede de distribuição, flutuações rápidas de tensão decorrente da particularidade do arco-voltaico, que podem ocasionar níveis de flicker consideráveis. Entretanto, a ligação de máquinas de solda juntamente com outros consumidores é possível, desde que as redes de distribuição sejam convenientemente dimensionadas, de modo que as flutuações de tensão não excedam os limites admissíveis. O consumidor interessado na ligação de máquina de solda deve: dimensionar a sua rede elétrica interna, em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a fim de que as instalações projetadas tenham capacidades adequadas e proporcionem queda de tensão mínima; empregar técnica de solda adequada a fim de evitar demanda excessiva; respeitar os critérios e exigências da ELEKTRO para a ligação de máquinas de solda. 5. Máquinas de solda A máquina de solda elétrica é um equipamento que utiliza curto-circuito elétrico para produzir alta temperatura concentrada em um ponto, executando assim a fusão dos metais. Basicamente, podem ser de dois tipos: máquinas de solda moto-geradoras; máquinas de solda a transformador. As principais características das máquinas de solda são descritas no Anexo E. 5.. Máquinas de solda moto-geradoras As máquinas de solda moto-geradoras, embora tenham as mesmas variedades de tipo de solda quanto às da categoria transformadora, não provocam grandes transtornos quando ligadas na rede secundária de distribuição, devido às suas características particulares de funcionamento. A sua ligação é trifásica e não provoca desbalanceamento das fases. Os reflexos dos fenômenos de curto-circuito da solda são amortecidos pela inércia do conjunto rotativo (moto-gerador), sem causar flutuação de tensão na rede de alimentação, portanto a sua ligação pode ser disciplinada pelas mesmas normas que regem a ligação dos motores elétricos. As potências limites para a ligação desse tipo de equipamento à rede secundária são apresentadas nas Tabelas e da Norma ND.0. 5.. Máquinas de solda a transformador As máquinas de solda a transformador geralmente provocam maiores distúrbios nas redes de distribuição, sendo as variações bruscas de potência e o baixo fator de Página 5 Revisão 05 0/03

potência suas características básicas. Geralmente são ligadas em baixa tensão, exigindo uma análise individual mais detalhada, a fim de viabilizar a sua ligação na rede. 6. CONDIÇÕE E ORIENTAÇÕE EPECÍFICA 6. Atendimento a ligação de máquinas de solda A análise de viabilidade técnica da ligação das máquinas de solda, bem como a necessidade de adequação das redes elétricas, em tensão primária ou secundária será elaborada pela ELEKTRO com base nas informações fornecidas previamente pelo consumidor. 6.. Tensão secundária A Norma ND.0 estabelece as condições gerais para o fornecimento de energia elétrica às unidades consumidoras atendidas por redes de distribuição nas tensões de 0/7 V e 440/380 V. 6.. Tensão primária A Norma ND.0 estabelece as condições gerais para o fornecimento de energia elétrica às unidades consumidoras atendidas por redes de distribuição nas tensões de 3,8 kv e 34,5 kv. 6. Limites de flutuações de tensão Os limites de flutuações de tensão admissíveis por tipo de máquina de solda foram determinados com base nas características dos equipamentos, que para os efeitos desta norma são: arco simples 3 %; resistência a ponto e a projeção - Tabela ; resistência a costura - Tabela ; resistência de topo a centelhamento - Tabela 3; eletrodo de tungstênio e de gás inerte de corrente alternada (TIG-CA) 5,5 %; eletrodo de tungstênio e de gás inerte de corrente alternada pulsante 3 %; arco metálico e gás inerte ou ativo (MIG/MAG) 5,08 %; retificador de arco simples 3 %; retificador de resistência a ponto e a projeção - Tabela 4; retificador de resistência a costura - Tabela 5; retificador de eletrodo de tungstênio e de gás inerte (TIG-CC) 5,5 %; transformador retificador de arco metálico e gás inerte ou gás ativo (MIG/MAG-CC) 5,08 %. Caso o consumidor informe a frequência das flutuações produzidas pela máquina de solda a ser ligada, o valor admissível da flutuação de tensão na rede, pode ser obtido na Tabela 9. 6.3 Correlação entre corrente de solda e o fator de trabalho Uma vez conhecido o fator de trabalho e a sua correspondente corrente ou potência de solda, podemos determinar a potência e/ou corrente nominal da máquina de solda, em função do fator de trabalho nominal, de acordo com a seguinte expressão: Página 6 Revisão 05 0/03

I F ts nom = Is ou Ftn endo: = P nom s F F ts tn I nom corrente nominal da máquina de solda; I s corrente de solda, fornecida pelo fabricante (dado de placa) relativa a F ts ; F ts fator de trabalho (dado de placa); F tn fator de trabalho nominal da máquina de solda (60%); nom potência nominal da máquina de solda relativa ao fator de trabalho nominal; P s potência de solda fornecida pelo fabricante relacionada ao F ts 6.4 Impedâncias dos elementos da rede Os elementos avaliados na viabilidade de ligações das máquinas de solda são os transformadores de distribuição, as redes de distribuição (primárias e secundárias), os quais são representados pelas suas respectivas impedâncias. 6.4. Transformadores de distribuição A impedância do transformador de distribuição, identificada pela letra Z e expressa em porcentagem (%), é obtida dos dados de placa. Como valores de referência, apresentamos na Tabela 6 os valores normalizados referentes à impedância dos transformadores de distribuição da classe 5 kv e 36, kv. 6.4. Redes de distribuição primárias e secundárias Para o cálculo da viabilidade de ligação de máquinas de solda, há necessidade de ser verificada a queda de tensão nos circuitos secundários e/ou primários. A queda de tensão na rede secundária deve ser calculada de acordo com as bitolas dos cabos, número de fase e fator de potência, representados pelos coeficientes de queda de tensão (%/kva x 00 m) que são apresentados na Tabela a Tabela 4. Para o cálculo da queda de tensão na rede primária devem ser utilizados os valores de resistências e reatâncias, expressas em Ω/km, apresentados na Tabela 5 a Tabela 8, que levam em consideração a configuração e a modalidade da rede. 6.5 Fator de potência das máquinas de solda Para os cálculos de viabilidade de ligação da máquina de solda devem ser utilizados os seguintes valores de fator de potência: 0,70 quando o capacitor é incorporado ao equipamento; 0,30 o capacitor não é incorporado ao equipamento. Esses valores são utilizados quando da análise do fornecimento, a uma máquina de solda, em tensão primária de distribuição, conforme metodologia apresentada em E.. 6.6 Procedimentos para análise do atendimento 6.6. Levantamento de dados da máquina de solda Devem ser fornecidos a ELEKTRO para análise da viabilidade do atendimento por máquina de solda os seguintes dados: - tipo da máquina de solda (moto-geradora, transformador a arco, transformador à resistência, transformadora-retificadora etc.); - número de fases de alimentação (, ou 3); Página 7 Revisão 05 0/03

- fabricante; - tipo da fonte; - corrente nominal absorvida da rede, em ampere; - tensão nominal, em volts; - potência nominal, em quilovolt-ampere; - fator de potência; - fator de trabalho nominal, em porcentagem. Os dados referentes a cada uma das máquinas devem ser coletadas da placa de identificação fixada no próprio equipamento ou do catálogo técnico fornecido pelo fabricante e encaminhado a ELEKTRO pelo consumidor interessado. Poderá ser realizado o ensaio de curto-circuito conforme o Anexo B para a obtenção dos dados não disponíveis. 6.6. Análise do atendimento 6.6.. Rede secundária Devem ser observadas as seguintes etapas: a) Cálculo da queda de tensão interna no transformador devido à máquina de solda A queda de tensão interna porcentual nos transformadores de distribuição trifásico, provocada pela máquina de solda pode ser calculada por: QT trafo (%) = Z(%) (%) QT trafo (%) QT trafo endo: cc trafo = Z(%) = 6 Z(%) cc trafo cc trafo para máquinas de solda trifásicas. para máquinas de solda bifásicas (fase-fase). para máquinas de solda monofásicas (fase-neutro). QT trafo (%) queda de tensão no transformador devido a máquina de solda; Z(%) impedância porcentual do transformador de distribuição; cc potência de curto-circuito da máquina de solda, em kva; potência nominal do transformador de distribuição, em kva. trafo b) Cálculo da queda de tensão na rede secundária devido apenas a máquina de solda. A queda de tensão causada na rede secundária pela ligação da máquina de solda deve ser calculada pela seguinte expressão: L QT rede (%) = k 00 endo: cc k coeficiente de queda de tensão (%/kva x 00 m); L distância do transformador de distribuição ao ponto da rede onde está localizada a máquina de solda, em metros; cc potência de curto-circuito da máquina de solda, em kva. c) Comparação da queda de tensão na rede secundária e no transformador de distribuição com o valor máximo de flutuação admissível em função do tipo de máquina de solda, apresentado em 6.. Página 8 Revisão 05 0/03

6.6.. Rede primária - e QT (%) + QT (%) QT (%) trafo rede flutuação A máquina de solda pode ser liberada sem a necessidade de implementação de medidas corretivas e/ou preventivas na rede de distribuição. - e QT trafo(%) + QTrede (%) > QTflutuação (%) Avaliar sob o aspecto técnico-econômico as alternativas de medidas corretivas, viáveis de serem implementadas na rede, (ver 6.6.4), para adequar a queda de tensão secundária (rede + transformador de distribuição) em relação à máxima flutuação admissível. Na presente norma não será apresentado um método para calcular diretamente as perturbações provocadas pela máquina de solda (flicker) e sim um que calcule a variação de tensão decorrente da ligação desse tipo de equipamento. Para verificar se a máquina de solda causará ou não flutuação de tensão indesejável, compara-se o valor de queda de tensão instantânea com o valor admissível. Observamos que o método é aproximado, e no cálculo da queda de tensão instantânea, são desprezadas as s existentes ao longo do alimentador e as do próprio consumidor onde está instalada a máquina de solda. Além disso, a impedância de curto-circuito da máquina de solda é considerada constante nesse processo, independente do tempo. Na análise do atendimento devem ser observadas as seguintes etapas: a) Elaboração do diagrama unifilar do alimentador mostrando a localização da subestação, rede primária, barra da rede onde vai ser ligada a máquina de solda, outras barras notáveis da rede com consumidor susceptível ao flicker; distâncias e bitolas dos condutores entre as barras, potência de curto-circuito na barra de 3,8 kv ou 34,5 kv do sistema e dados do transformador do consumidor (tensões, potência nominal e impedância porcentual (Z(%)). Barra do consumidor Barra da /E (n) (n) (m) cc3ø-tr L L # # Transformador do consumidor endo: n, n... m barras sensíveis ao flicker; barra onde está ligado o transformador do consumidor com máquina de solda; #, # bitola dos cabos entre barras; L, L distância entre barras, em km; cc3φ-tr potência de curto-circuito do sistema na barra de 3,8 kv ou 34,5 kv, em MVA. b) Definição dos valores de base Máquina de solda Página 9 Revisão 05 0/03

Como os cálculos são realizados em pu (por unidade) há necessidade de definirmos os valores de base, ou seja: V base base Z base tensão de base, que deve ser expressa pela tensão primária do transformador do consumidor, em kv; potência de base, que deve ser expressa pela potência de curto-circuito da máquina de solda ( cc ) em MVA; cujo valor pode ser obtido conforme descrito em 3; impedância de base em ohms que pode ser obtida da expressão: base V Z base = Ω base I base corrente de base em amperes que pode ser obtida da expressão: base I base = A 3.V base c) Cálculo da impedância do sistema x s impedância do sistema expressa em pu, que pode ser calculada de acordo com a seguinte expressão: cc x s = j pu cc3φ-tr Observamos que em função da componente resistiva da impedância do sistema ser muito menor que a reativa, é desprezada nos cálculos de flutuação de tensão; d) Cálculo da impedância do alimentador z, z... impedância do alimentador em pu; R L + j X L z = + pu = r jx Zbase R L + j X L z = + pu = r jx Zbase endo: R, R... resistências dos cabos do alimentador, cujos valores são apresentados na Tabela 5 a Tabela 8, em Ω/km. X, X... reatâncias dos cabos do alimentador, cujos valores são apresentados na Tabela 5 a Tabela 8, em Ω/km. L, L... extensão dos trechos entre barras, em km. e) Cálculo da impedância do transformador do consumidor x trafo = impedância do transformador expressos em pu, que é representada pela reatância do mesmo pode ser calculada de acordo com a seguinte equação: Z(%) = 00 cc x trafo j pu endo: trafo Z(%) impedância porcentual do transformador do consumidor; trafo potência nominal do transformador do consumidor, em MVA. f) Cálculo da impedância da Página 0 Revisão 05 0/03

v z = pu i endo: v tensão aplicada a máquina de solda, que é igual ao próprio V base, logo v =,0; i corrente de curto-circuito da máquina expressa em pu, cujo módulo é igual a corrente de base, e vale portanto,0 pu. No caso da corrente, temos que considerar o fator de potência da máquina de solda que provoca uma defasagem angular em relação à tensão (cos ϕ). Assim: ( cosϕ jsenϕ) z = r + jx = + pu endo: cos ϕ fator de potência, cujo valor a ser utilizado deve ser o informado pelo consumidor e/ou o constante de 6.5 e/ou obtido no ensaio de curto-circuito (Anexo B); sen ϕ pode ser obtido da seguinte expressão trigonométrica: sen ϕ = cos ϕ g) Diagrama de impedâncias Para a avaliação da variação de tensão na rede primária, há necessidade de ser elaborado um diagrama, no qual são locados desde a impedância do sistema, até a impedância da, ou seja: 0 j xs r + j x r + j 3 x j 4 xtrafo r + j x h) Cálculo da flutuação de tensão A flutuação de tensão quando da ligação da máquina de solda à rede primária pode ser calculada pela aplicação da técnica do divisor de tensão no diagrama de impedâncias constante de g). h) Cálculo da flutuação na, ou seja, na barra 4 v 4 = jx s r + (r + jx ) + (r + jx + jx ) + jx trafo + (r + jx ) Página Revisão 05 0/03

v 4 = z z eq ϕ θ eq endo: v 4 módulo de tensão da barra 4; z módulo da impedância da obtida pela expressão: = (r ) (x ) z + ϕ c arga = ângulo igual ao arc tg x r, em graus; z eq módulo da impedância obtida pela soma dos valores constantes no denominador da expressão de v 4, ou seja: eq = (r + r + r ) + (xs + x + x + xtrafo x ) z + θ = eq ângulo igual ao arc tg ) x 00 h) Cálculo da flutuação na barra 3 v 3 = jx s r + (r + jx ) + (r + j(x + jx x r eq eq, em graus; + x ) + jx trafo trafo ) + (r + jx ) v 3 = z + trafo z eq θ eq θ 3 endo: v 3 módulo de tensão da barra 3; z + + trafo = (r ) + (x x trafo ) θ 3 = x ângulo igual ao arc tg + trafo r em graus; V4 (%) = (- v 4 V3 (%) = (- v3 ) x 00 h3) Cálculo da flutuação na barra v = jx s + (r (r + jx + r ) + (r ) + j(x + jx + jx ) + jx trafo trafo + x ) + (r + jx = ) v = z + trafo z eq + z θ eq θ endo: z + + trafo + z = (r + r ) + j(x + x trafo x) Página Revisão 05 0/03

θ (x = ângulo igual ao arc tg r + x trafo + r + x ) em graus; ) x 00 h4) Cálculo da flutuação na barra v = jx s (r + r + r ) + j(x + (r + jx ) + (r + jx + jx ) + jx trafo trafo + x + (r + x + jx ) ) v = z + trafo z eq + z θ + z eq θ endo: z + θ + trafo + z + z = (r + r + r ) + (x + xtrafo + x x) (x = ângulo igual ao arc tg r + x trafo + x + r + r + x ) em graus; V (%) = (- v V (%) = (- v ) x 00 i) Análise dos resultados Com base nos valores de flutuações calculados deve ser efetuada a comparação com os limites admissíveis informados em 6. e os valores calculados forem menores que os admissíveis, a ligação da máquina de solda pode ser liberada, sendo necessários para tanto, apenas a realização do estudo de fornecimento. Caso os valores calculados superem os limites admissíveis constantes de 6. deve ser realizada uma análise das medidas corretivas possíveis de serem implementadas na rede primária. j) Alternativas Formular e simular todas as alternativas viáveis com base no exposto em 6.6.4, devendo ser adotado a que melhor atender aos aspectos técnico-econômicos. 6.6.3 Atendimento a mais de uma máquina de solda Para a análise da viabilidade do atendimento a um consumidor com mais de uma máquina de solda a transformador, pela rede primária ou secundária de distribuição, deve ser adotado o seguinte procedimento: a) Para o cálculo da flutuação de tensão deve-se considerar: 00% da potência de curto-circuito da máquina de solda de maior porte; 60% da potência de curto-circuito das demais máquinas de solda. e as máquinas de solda forem de igual potência, independente do tipo, considerar como sendo a de maior potência aquela cujo valor de flutuação de tensão admissível for o menor. O valor da flutuação de tensão admissível a ser considerado, é o constante de 6. e sempre relativo à máquina de maior potência, independente do tipo. Página 3 Revisão 05 0/03

Os demais procedimentos a serem observados na análise são os constantes de E. se o atendimento for efetuado pela rede secundária ou os procedimentos de E. se o fornecimento for em tensão primária. Exemplo : Um consumidor a ser atendido em tensão secundária de distribuição informou a ELEKTRO as características de suas duas máquinas de solda a transformador, ou seja: - máquina : arco simples de potência nominal de 5 kva; - máquina : resistência de topo a centelhamento de potência nominal de 5 kva. As potências de curto-circuito para cada uma das máquinas de solda e os respectivos valores de flutuação de tensão admissível são os seguintes: Máquina Arco simples cc = nom = 5 = 0 kva cc Para esse tipo de máquina o valor da flutuação admissível de tensão é de 3% (ver E.). Máquina Resistência de topo a centelhamento cc = nom = 5 = 0 kva cc Para este tipo de máquina, o valor de flutuação admissível de tensão é de 4,44%, de acordo com a Tabela 3. Conclui-se do exposto anteriormente, que a máquina de solda n deve ser considerada a de maior potência e a análise de viabilidade de ligação desses equipamentos à rede deve considerar os seguintes parâmetros: = + 0, 6 cc cc cc = 0 + 0,6 0 cc = 6 kva (potência de curto-circuito total) cc O valor da flutuação de tensão admissível a ser considerada é de 3% relativo à máquina de solda a arco simples. Exemplo : As características das máquinas de solda informadas pelo consumidor no seu pedido de fornecimento são as seguintes: - máquina : resistência a ponto e a projeção de potência nominal de 0 kva; - máquina : arco simples de potência nominal de 5 kva. De acordo com o critério estabelecido, na análise da viabilidade de ligação desses equipamentos as redes devem ser considerados os seguintes parâmetros: = + 0, 6 cc cc cc cc = ( 0) + 0,6 ( 5) cc = 6 kva (potência de curto-circuito total) O valor da flutuação de tensão admissível a ser considerada é de 3,93% (Tabela ) relativa à máquina de solda de resistência a ponto e a projeção (equipamento de maior potência). a) Para a avaliação das condições da rede em regime normal Página 4 Revisão 05 0/03

Aplicar os seguintes fatores de demanda sobre as respectivas potências nominais das máquinas de solda:,00 (um) para o equipamento de maior potência nominal; 0,60 para os demais equipamentos. e as maiores máquinas de solda forem de potências nominais iguais, para a determinação das demandas relativas às mesmas, considerar apenas uma como a maior e a(s) outra(s) como segunda em potência. 6.6.4 Medidas preventivas e/ou corretivas Para viabilizar a ligação de máquinas de solda a arco ou a resistência nas redes secundárias de distribuição, devem ser minimizadas as perturbações acarretadas por esses tipos de equipamentos a outros consumidores. Assim, se no cálculo da queda de tensão for constatado um valor superior aos limites estabelecidos, deve ser efetuado um estudo técnico, a fim de serem definidas as medidas corretivas necessárias. As medidas corretivas definidas usualmente visam reduzir a impedância da rede secundária existente, podendo ser aplicadas simultaneamente em função da gravidade das perturbações, uma ou mais dentre as alternativas relacionadas a seguir: a) Aumentar a capacidade nominal do transformador de distribuição Geralmente, a impedância interna dos transformadores de distribuição é inversamente proporcional à sua potência nominal. Portanto, quanto maior a potência nominal do transformador, menor queda de tensão interna apresenta. b) Aumentar a bitola dos condutores da rede secundária Esta alternativa apresenta bons resultados apenas nos casos onde a distância entre, o transformador e a máquina de solda não seja superior a 60 m, mesmo para as maiores bitolas padronizadas para as redes secundárias. c) Reduzir o comprimento da rede secundária de alimentação O deslocamento do transformador de distribuição para as proximidades do ponto de instalação da máquina de solda oferece bons resultados, mas esse deslocamento pode tirar o transformador do centro de ou do planejamento, criando transtornos futuros. Ainda para reduzir o comprimento da rede secundária, pode-se optar pelo desmembramento do setor, locando o novo transformador, de preferência, seguindo o planejamento proposto para a área, mais próximo da máquina de solda. Neste caso, haverá necessidade de recalcular o carregamento dos transformadores envolvidos e, se for o caso, substituir o existente. d) Isolar o consumidor e as flutuações de tensão e as interferências causadas forem de difícil solução, como é o caso das provocadas pelas máquinas de solda com conversor de frequência, a única alternativa é atender o consumidor com transformador exclusivo da ELEKTRO. e) Atender o consumidor em tensão primária de distribuição Ainda de acordo com o item d); dependendo das condições, pode ser solicitado ao consumidor providenciar seu próprio transformador. Apesar das redes primárias serem menos susceptíveis de perturbações decorrentes da utilização de máquinas de solda, em consumidores ligados nesta tensão, eventualmente, para viabilizar um fornecimento, com desse tipo, Página 5 Revisão 05 0/03

pode implicar na adoção de uma das medidas corretivas relacionadas a seguir, que visam basicamente reduzir a impedância do sistema, ou seja: - atendimento por um alimentador exclusivo na tensão de fornecimento (3,8 kv ou 34,5 kv); - atendimento em tensão de transmissão (69 kv, 88 kv ou 38 kv). Em ambos os casos, ou seja, quer o atendimento seja efetuado pela rede secundária ou primária, devem ser avaliados as diversas alternativas de medidas corretivas viáveis e adotada a que melhor atender aos aspectos técnicoeconômicos. Página 6 Revisão 05 0/03

TABELA Página 7 Revisão 05 0/03

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Tabela Coeficientes de queda de tensão secundária - cabo de alumínio CA Bitola AWG-MCM Queda de tensão percentual (%/kva x 00 m) fp =,0 fp = 0,9 fp = 0,80 3 fases + neutro; e.e = 0,5 m *3 x 4 (4) 0,33 0,37 0,95 3 x () 0,98 0, 0,0 *3 x /0 () 0,3 0,44 0,40 3 x /0 () 0,099 0,7 0,9 3 x 4/0 (/0) 0,06 0,08 0,087 *3 x 336,4 (/0) 0,039 0,059 0,066 Bitola AWG-MCM fases (F F); e.e. = 0,00 m * x 4 0,630 0,634 0,590 x 0,396 0,47 0,397 * x /0 0,49 0,79 0,76 x /0 0,98 0,30 0,3 x 4/0 0,5 0,6 0,70 x 336,4 0,078 0,4 0,7 Bitola AWG-MCM fase + neutro; e.e. = 0,00 m * x 4 (4),690,903,58 x (),9,50,95 * x /0 () 0,968,044,03 x /0 () 0,893 0,97 0,947 x 4/0 (/0) 0,484 0,587 0,603 x 336,4 (/0) 0,44 0,56 0,540 Legenda e.e espaçamento equivalente; * cabos não padronizados. Página 9 Revisão 05 0/03

Tabela Coeficientes de queda de tensão secundária - cabo de cobre (mm ) Queda de tensão percentual (%/kva x 00 m) fp =,0 fp = 0,9 fp = 0,80 eção mm 3 fases + neutro; e.e. = 0,5 m 3x 5 (5) 0,84 0,98 0,9 3 x 35 (5) 0,4 0,4 0,4 3 x 70 (35) 0,066 0,086 0,09 3 x 0 (70) 0,034 0,055 0,063 eção mm fases (F F); e.e. = 0,00 m x 5 0,368 0,393 0,378 x 35 0,48 0,8 0,79 x 70 0,3 0,69 0,79 x 0 0,068 0,07 0, eção mm fase + neutro; e.e. = 0,00 m x 5 (5),04,80,35 x 35 (35) 0,747 0,843 0,839 x 70 (35) 0,408 0,675 0,688 x 0 (70) 0,99 0,44 0,45 Legenda: e.e espaçamento equivalente. Tabela 3 Coeficientes de queda de tensão secundária - cabo de cobre (AWG/MCM) Bitola AWG Queda de tensão percentual (%/kva x 00 m) fp =,0 fp = 0,9 fp = 0,80 3 fases + neutro; e.e. = 0,5 m 3x 6 (6) 0,80 0,88 0,339 3 x 4 (4) 0,93 0,07 0,00 3 x (4) 0, 0,40 0,40 3 x /0 () 0,06 0,083 0,089 3 x 4/0 (/0) 0,039 0,060 0,068 Bitola AWG fases (F F); e.e. = 0,00 m x 6 0,64 0,574 0,58 x 4 0,386 0,4 0,394 x 0,47 0,78 0,79 x /0 0,4 0,6 0,73 x 4/0 0,078 0,7 0,3 Bitola AWG fase + neutro; e.e. = 0,00 m x 6 (6),680,7,034 x 4 (4),58,33,84 x (4) 0,943,034,006 x /0 () 0,557 0,66 0,677 x 4/0 (/0) 0,30 0,49 0,457 Legenda: e.e espaçamento equivalente. Página 30 Revisão 05 0/03

Tabela 4 Coeficientes de queda de tensão secundária cabo pré-reunido (multiplexado) 0,6/ kv Queda de tensão percentual (%/kva x 00 m) Formação mm V3φ (%) Vφ (%) Vφ (%) fp =,0 fp = 0,9 fp = 0,80 fp =,0 fp = 0,9 fp = 0,80 fp =,0 fp = 0,9 fp = 0,80 3xx35+50 0,07 0,99 0,78 0,43 0,397 0,356,080,043 0,939 3xx50+50 0,53 0,49 0,35 0,307 0,98 0,70 0,90 0,894 0,80 3xx70+50 0,06 0,05 0,097 0, 0, 0,94 0,778 0,764 0,696 3xx95+70 0,076 0,078 0,073 0,53 0,56 0,46 0,547 0,550 0,50 3xx0+70 0,060 0,063 0,060 0, 0,6 0,0 0,4 0,506 0,399 Legenda V3φ (%) coeficiente de queda de tensão trifásico (3 fases + neutro); Vφ (%) coeficiente de queda de tensão bifásico (fase - fase); Vφ (%) coeficiente de queda de tensão monofásico (fase neutro.) Tabela 5 Rede primária - características dos condutores cruzeta de,00 metros Tipo COBRE ALUMÍNIO CA ALUMÍNIO CAA Cruzeta:,00 m; espaçamento equivalente:,33 m Condutor mm AWG/MCM R (50º) Ω/km X L (60Hz) Ω/km 5 0,890 0,469 35 0,60 0,455 70 0,37 0,430 0 0,66 0,40 0,958 0,456 /0 0,479 0,49 4/0 0,30 0,4 336,4 0,90 0,390 477 0,34 0,377 4,597 0,508,050 0,5 /0 0,556 0,497 4/0 0,367 0,46 336,4 0,89 0,378 477 0,34 0,377 Página 3 Revisão 05 0/03

Tabela 6 Rede primária - características dos condutores cruzeta de,40 metros Tipo COBRE ALUMÍNIO CA ALUMÍNIO CAA COBRE Cruzeta:,40 m; espaçamento equivalente:,3 m Condutor mm AWG/MCM R (50º) Ω/km X L (60 Hz) Ω/km 6,485 0,506 4 0,934 0,489 0,593 0,465 /0 0,99 0,44 4/0 0,88 0,43 0,958 0,467 /0 0,479 0,44 4/0 0,30 0,44 336,4 0,90 0,40 477 0,34 0,389 4,597 0,50,050 0,54 /0 0,556 0,509 4/0 0,367 0,47 336,4 0,88 0,39 477 0,34 0,378 5 0,890 0,483 35 0,60 0,468 70 0,37 0,444 0 0,66 0,45 Tabela 7 Rede primária - características dos condutores cabo pré-reunido (multiplexado) com blindagem metálica 8,7/5 kv Formação mm R (60 ºC) Ω/km X L (60 Hz) Ω/km 3xx50+70 0,8 0,80 3xx70+70 0,568 0,60 3xx95+70 0,4 0,5 3xx0+70 0,35 0,04 3xx85+95 0, 0,094 3xx40+95 0,6 0,088 Página 3 Revisão 05 0/03

Tabela 8 Rede protegida compacta características dos cabos cobertos para 3,8 kv e 34,5 kv Classe de tensão kv eção nominal mm Resistência elétrica R Ω/km Reatância indutiva X L Ω/km 50 0,80 0,354 70 0,568 0,30 5 0 0,347 0,795 85 0,08 0,635 40 0,603 0,440 70 0,568 0,3334 36, 0 0,347 0,304 Condições de cálculos: 85 0,08 0,953 a) Resistência elétrica: temperatura do condutor a 90 ºC. b) Reatância indutiva: espaçamentos equivalentes de 80 mm (3,8 kv) e 83 mm (34,5 kv). Página 33 Revisão 05 0/03

Tabela 9 Limites aceitáveis de flutuação de tensão Frequência de flutuações por segundo Flutuação de tensão admissível (%) Frequência de flutuações por minuto Flutuação de tensão admissível (%) Frequência de flutuações por minuto Flutuação de tensão admissível (%) Frequência de flutuações por hora Flutuação de tensão admissível (%) 33,33 4,3 55,0 5 3,3 37 5,40 3 4,8 54, 4 3,35 36 5,4 3 4,04 53,3 3 3,38 35 5,44 30 3,9 5,4 3,4 34 5,47 9 3,78 5,6 3,46 33 5,49 8 3,65 50,9 0 3,50 3 5,5 7 3,5 49,30 9 3,57 3 5,54 6 3,39 48,3 8 3,65 30 5,56 5 3,6 47,3 7 3,75 9 5,59 4 3,3 46,33 6 3,86 8 5,6 3 3,00 45,35 5 4,00 7 5,64,87 44,37 4 4,6 6 5,66,73 43,39 3 4,36 5 5,69 0,59 4,4 4,6 4 5,7 9,45 4,44 5,08 3 5,74 8,33 40,48 5,77 Flutuações 7,0 39,50 5,79 por hora 6,06 38,5 0 5,8 5,93 37,53 59 5,08 9 5,86 4,78 36,55 58 5,09 8 5,9 3,64 35,57 57 5,09 7 5,95,50 34,60 56 5,0 6 6,00,36 33,63 55 5,0 5 6,04 0, 3,66 54 5, 4 6,08 9, 3,70 53 5,3 3 6,3 8,05 30,73 5 5,4 6,7 7,05 9,77 5 5,6 6, 6,06 8,8 50 5,7 0 6,6 5,6 7,85 49 5,9 9 6,30 4, 6,89 48 5,0 8 6,35 3,36 5,9 47 5, 7 6,4,6 4,96 46 5,3 6 6,50,5 3 3,00 45 5,5 5 6,60 3,04 44 5,7 4 6,74 3,08 43 5,8 3 6,90 0 3, 4 5,30 7, 59,6 9 3,5 4 5,3 7,4 58,7 8 3,9 40 5,33 57,8 7 3,3 39 5,35 56,9 6 3,7 38 5,38 Flutuações por minuto Página 34 Revisão 05 0/03

Tabela 0 Temperaturas máximas permitidas para classes de isolação Classe de isolação térmica Temperatura máxima ºC A 05 E 0 B 30 F 55 H 80 C >80 Tabela Limites admissíveis de flutuação de tensão máquina de solda a transformador - resistência a ponto e a projeção Potência kva Flutuação de tensão admissível % Frequência de flutuações por minuto 5 3,00 3,00 6 3, 9,90 7 3, 7,50 8 3,9 5,65 9 3,35 3,90 0 3,40,55,5 3,50 9,90 5 3,65 7,95 7,5 3,80 6,50 0 3,93 5,50 5 4, 4,30 30 4,6 3,55 35 4,36 3,00 40 4,44,70 45 4,5,40 50 4,54,30 Página 35 Revisão 05 0/03

Tabela Limites admissíveis de flutuação de tensão máquina de solda a transformador - resistência a costura Potência kva Flutuação de tensão admissível % Frequência de flutuação por minuto 6 3,65 8,00 0 4,6 4,00 6 4,57,0 0 4,6,00 30 4,93,33 Tabela 3 Limites admissíveis de flutuação de tensão máquina de solda a transformador - resistência de topo a centelhamento Potência kva Flutuação de tensão admissível % Frequência de flutuação por minuto 3 3,78 6,74 4 3,94 5,40 5 4,06 4,65 6 4, 4,5 7 4,6 3,6 8 4,30 3,8 9 4,36 3,00 0 4,44,70,5 4,56,3 5 4,74,74 7,5 4,78,65 0 4,86,47 5 4,98, 30 5,05,06 35 5,0 0,98 40 5,8 0,88 45 5,5 0,80 50 5,30 0,74 55 5,34 0,7 60 5,37 0,67 65 5,40 0,63 70 5,45 0,55 Página 36 Revisão 05 0/03

Tabela 4 Limites admissíveis de flutuação de tensão máquina de solda a transformador retificador de resistência a ponto e a projeção Potência kva Flutuação de tensão admissível % Frequência de flutuação por minuto 4 3,07,3 5 3,6 7,85 6 3,9 5,54 7 3,36 3,50 8 3,43,7 9 3,50 0,00 0 3,58 8,84 3,66 7,90 3,74 7,0 3 3,8 6,35 4 3,90 5,75 5 3,98 5, 7,5 4,06 4,6 0 4,6 4,00,5 4,5 3,55 5 4,3 3,8 30 4,45,65 35 4,53,36 40 4,58,5 Tabela 5 Limites admissíveis de flutuação de tensão máquina de solda a transformador retificador de resistência a costura Potência kva Flutuação de tensão admissível % Frequência de flutuação por minuto 4,5 3,65 8,00 7,5 4,6 4,00 4,57,0 5 4,6,00 3 4,93,33 Página 37 Revisão 05 0/03

Tabela 6 Impedâncias de transformadores de distribuição Tipo Trifásico Potência kva Impedância Z % 5 kv 36, kv 50 3,5 4,0 50 a 300 4,5 5,0 > 300 4,5 5,0 Monofásico até 00,5 3,0 Página 38 Revisão 05 0/03

ANEXO Página 39 Revisão 05 0/03

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Anexo A Exemplos de aplicação A. Generalidades Apresentamos neste tópico, alguns exemplos, que abrange a ligação de máquina de solda tanto em tensão secundária, como na primária. Ressaltamos que sempre que houver a necessidade de melhorias na rede para viabilizar a ligação desse tipo de equipamento, devem ser avaliadas todas as alternativas sob o aspecto técnico-econômico. Observamos que apesar de haver uma infinidade de tipos de máquinas de solda, a análise técnica do atendimento é análoga, variando apenas em relação a potência do equipamento, variação de tensão admissível, localização e nas eventuais alternativas tecnicamente viáveis de melhoria da rede, que devem ser avaliadas também sob o aspecto econômico. Além da análise da oscilante, deve ser avaliado também se com o aumento de devido à máquina de solda, não haverá necessidade de melhorias complementares à rede. Neste tópico são apresentados quatro exemplos, sendo três referentes à ligação de máquina de solda na rede secundária e um na primária. A. Exemplo : Ligação de máquina de solda a arco simples na rede secundária Um consumidor deseja ligar na rede secundária uma máquina de solda, cujas características e localização estão indicadas abaixo: a) Características do equipamento Máquina de solda a arco simples com transformador para solda com eletrodo revestido; bifásica (F-F). Corrente nominal: 80 A. Fator trabalho F ts : 40%. Tensão nominal: 0 V. Potência de solda para F tn40% : 0 kva. b) Localização Transformador 3Ø - 45 kva 3 800/0-7 V 45 m 3#/0 AWG - CA 3# AWG - CA 0 m Carga Obs.: Na avaliação da queda de tensão, deve-se considerar o circuito radial e a menor distância entre o transformador e a. c) Avaliação da situação atual Página 4 Revisão 05 0/03

c) Cálculo da potência nominal para F tn60% Fts 40 = Ps = 0 8,6 kva F 60 nom-f tn60% = tn c) Cálculo da potência de curto-circuito da máquina de solda = = 8,6 6,3 kva cc nom-f = tn60% c3) Cálculo da queda de tensão no transformador Como a máquina de solda é bifásica, a queda no transformador é calculada pela expressão: cc QTtrafo (%) = Z(%) (%) QT trafo trafo 6,3 = 3,5 45 QT trafo (%) =,54 % c4) Cálculo da queda de tensão na rede Trecho : transformador - ponto Bitola /0 AWG - CA - fp = 0,9 bifásica k = 0,30 L = 45 m L QT (%) = k 00 cc (%) QT = 0,30 QT (%) =,70 % 45 00 6,3 Trecho : ponto - consumidor Bitola AWG - CA - fp = 0,9 bifásico k = 0,47 L = 0 m L QT (%) = k 00 cc (%) QT = 0,47 QT (%) =,36 % 0 00 6,3 c5) Queda de tensão total (transformador + rede) QTtotal (%) = QTtrafo (%) + QT (%) + QT(%) QT total (%) =,54 +,70 +,36 QT total (%) = 5,60 % Página 4 Revisão 05 0/03

c6) Comparação com limite admissível de variação de tensão Variação de tensão admissível = 3% (ver E.) Como a queda de tensão total é de 5,60%, portanto superior ao limite admissível; há necessidade de serem implementadas melhorias na rede, a fim de viabilizar a ligação da máquina de solda. d) Avaliação de alternativas de melhorias na rede d) Alternativa ubstituição do transformador por outro de 75 kva; Deslocamento do transformador para o ponto ; Troca de bitola entre o ponto e a para /0 AWG - CA. (%) QT trafo 6,3 = 3,5 75 QT trafo (%) =,5% 6,3 = 0,30 0 00 alt = 0,75 % QTalt (%) (%) QT A queda de tensão total é de,7%, inferior, portanto ao valor admissível de 3%. d) Alternativa Instalação de um transformador de 45 kva em frente à e desmembramento do setor original em dois, com o balanceamento das s dos circuitos. Nessa situação, a queda de tensão a ser computada seria relativa apenas a do transformador; ou seja: QTalt (%) 6,3 = 3,5 45 QTalt (%) =,54 % d3) Análise Considerando que as alternativas apresentadas ( e ) são viáveis tecnicamente, deve ser adotada a que implicar em menores custos para o atendimento. Ressaltamos que há alternativas que podem ser formuladas para viabilizar o atendimento à máquina de solda, mas a escolha deve sempre recair sobre a que melhor atender aos aspectos técnico-econômicos. Devem ser levadas em conta ainda na decisão, as eventuais influências do aumento de no setor secundário, decorrente da ligação da máquina de solda, em termos de carregamento do transformador e queda de tensão na rede. A.3 Exemplo : Ligação de máquina de solda de TIG com oscilador na rede secundária Foi solicitada por um consumidor a realização de um estudo de viabilidade de ligação de uma máquina de solda na rede secundária, cujas características e localizações estão indicadas a seguir: a) Características do equipamento Máquina de solda de TIG em corrente alternada e contínua com oscilador Bifásica (fase-fase) Página 43 Revisão 05 0/03

Corrente nominal 60 A (CA) - 30 A (CC) Tensão nominal - 0 V Potência de curto-circuito -,4 kva b) Localização Transformador 3Ø - 45 kva 3 800/0-7 V 3#/0 AWG - CA 50 m Carga Obs: Na avaliação da queda de tensão deve-se considerar o circuito radial e a menor distância entre o transformador e. c) Avaliação de situação atual c) Cálculo da queda de tensão no transformador QT trafo (%) QT trafo (%) = Z(%) = 3,5 QT trafo (%) = 3,48 % cc trafo,4 45 c) Cálculo da queda de tensão na rede (do transformador a ) Cabo /0 AWG - CA k = 0,30 (fp = 0,9) L = 50 m L QT(%) = k 00 QT(%) = 0,30 QT(%) =,58 % cc 50 00,4 c3) Queda de tensão total (transformador + rede) QTtotal (%) = QTtrafo (%) + QT QT total (%) = 3,48 +,58 QT total (%) = 6,06 % rede (%) Página 44 Revisão 05 0/03

c4) Comparação com o limite de variação de tensão admissível Variação de tensão admissível = 5,5% (ver E.6) Como a queda de tensão total é de 6,06% portanto superior ao limite admissível, há necessidade de implementar melhoria na rede, a fim de viabilizar a ligação da máquina de solda. d) Avaliação de alternativas de melhorias na rede d) Alternativa ubstituição do transformador por um de 75 kva QT trafo (%) QT trafo (%) = Z(%) = 3,5 QT trafo (%) =,09 % cc trafo,4 75 QT total (%) =,09 +,60 QT total (%) = 4,69 % d) Alternativa ubstituição dos condutores da rede entre o transformador e a para 4/0 AWG - CA k = 0,6 (fp = 0,9) L QTrede (%) = k cc 00 (%) QT rede = 0,6 QT rede (%) =,6 % 35 00,4 QTtotal (%) = QTtrafo (%) + QT QT total (%) = 3,48 +,6 QT total (%) = 4,74 % d3) Análise rede (%) Considerando que ambas alternativas são tecnicamente viáveis, deve ser adotada a que implicar em menores custos para o atendimento. Devem ser levadas em conta na decisão, as eventuais influências do aumento de no setor secundário, decorrente da ligação da máquina de solda, em termos de carregamento do transformador e queda de tensão na rede. Página 45 Revisão 05 0/03

A.4 Exemplo 3: Ligação de máquina de solda de resistência a ponto na rede primária Consulta sobre a viabilidade de ligação na rede primária, de uma máquina de solda a ponto trifásica de 00 kva, situada a,3 km da subestação Limeira IV, em uma indústria suprida na tensão de 3,8 kv, por um alimentador com cabos 336,4 CA. a) Diagrama unifilar /E 336,4 MCM - CA,3 km cc 3Ø-3,8kV = 433 MVA /0 AWG - CA,0 km Transformador: 3,8/0, kv 5 kva Z(%) = 4,5 R336,4 MCM = 0,90 Ω/km X336,4 MCM = 0,40 Ω/km Rede com cruzeta de,40 m Máquina de solda: nom = 00 kva cc = 00 kva fp = 0,70 b) Definição dos valores de base V base = 0, kv = 0,0 MVA = Z base cc ( V ) ( 3,8) base = base base = = 95, Ω 0,0 c) Cálculo da impedância do sistema (x s ) x cc 0,0 = = j0,00046 pu 433 s = cc 3φ-3,8 kv d) Cálculo da impedância do alimentador z R = L Z + jx base L z = 0,00059 + j0,000549 pu z 0,90 + j0,40 = = 95, z = 0,00000 + j0,0004 pu 0,90,3 + j0,40,3 = = 95, e) Cálculo da impedância do transformador do consumidor x Z(%) cc trafo = j pu 00 trafo x trafo = j0,045 0,00 0,5 x trafo = j0,040 pu f) Impedância da ( cosϕ + ϕ) z = r + jx = sen pu z = 0,700 + j0,74 pu Página 46 Revisão 05 0/03

g) Diagrama de impedâncias j xs r + j x r + j x j xtrafo 0 3 4 j 0,00046 0,00059 + j 0,000549 0,000+ j 0,0004 j 0,040 r + j x 0,700 + j 0,74 h) Cálculo da flutuação h) Cálculo da flutuação na barra 4 v 4 = jx s + (r + jx ) + (r r + jx + jx ) + jx trafo + (r + jx ) = v 4 = z z eq ϕ θ c arga eq 45,57º v 4 =,030 47,6º v 4 = 0,9707 -,59º % V 4 = ( 0,9707) 00 V 4 % =,93 % h) Cálculo da flutuação na barra 3 v 3 = z + trafo z eq θ eq θ 3,09 v 3 =,030 v 3 = 0,9988 47,3º 47,6º - 0,03º % V 3 = ( 0,9988) 00 V 3 % = 0, % h3) Cálculo da flutuação na barra v = z + trafo z eq + z θ eq θ,093 v =,030 47,3º 47,6º Página 47 Revisão 05 0/03

v = 0,999-0,03º % V = ( 0,999) 00 V % = 0,09 % h4) Análise Considerando que para esse tipo de máquina de solda, a flutuação de tensão admissível é de 4,54%, em conformidade com a Tabela, a ligação desse equipamento pode ser liberada, uma vez que não devem acarretar perturbações aos demais consumidores atendidos por esse alimentador da subestação Limeira IV. A.5 Exemplo 4: Ligação de duas máquinas de solda na rede secundária, sendo uma a arco simples e outra de resistência a costura Um consumidor deseja ligar na rede secundária, duas máquinas de solda, cujas características e localização estão indicadas a seguir: a) Características do equipamento Máquina de solda a arco simples de potência nominal de 5 kva, bifásica em 0 V; Máquina de solda de resistência à costura, de potência nominal de 5 kva, bifásica em 0 V. b) Localização Transformador 3Ø - 45 kva 3 800/0-7 V 30 m 3#/0 AWG - CA Carga c) Análise da situação atual c) Definição da máquina de maior potência - Máquina - Arco simples = 5 0 kva cc = Flutuação de tensão admissível é de 3% (ver E.). - Máquina - Resistência a costura cc = 5 = 0 kva Flutuação de tensão admissível de acordo com a Tabela é de 4,6% De acordo com o critério estabelecido em 6.6.3, a máquina de solda nº é considerada como a de maior potência e consequentemente o limite de flutuação de tensão admissível nos cálculos é de 3%. c) Cálculo da potência de curto-circuito das máquinas de solda Página 48 Revisão 05 0/03