CÂMARA DE FISCALIZAÇÃO E REGISTRO. REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs



Documentos relacionados
Publicado no D.O.U. nº 84 de 22/04/2015, Seção 1 pag. 78 RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 464, DE 22 DE ABRIL DE 2015

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO CARTILHA DO ADVOGADO

Considerando a necessidade de uniformização de procedimentos na formalização e instrução de processos de fiscalização no Crea-ES.

Parágrafo 2o - O Certificado é assinado pelo presidente do CONRE ou por seu substituto legal.

Considerando o constante no Processo nº / ;

CONSELHO MUNICIPAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO REGIMENTO INTERNO

RESOLUÇÃO CONFE No 87, de 26 de dezembro de 1977.

ANEXO 1 REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E FORO

LEI Nº DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

Capítulo I das Atividades do Conselho

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Estado do Piauí Tribunal de Contas

RESOLUÇÃO N. 114/2013/TCE-RO

Resolução nº 9, de 16 de julho de 1997 (publicada no Diário Oficial da União de )

RESOLUÇÃO NORMATIVA CRA-MG, Nº 005 de 14 de maio de Aprova Regulamento do para a concessão do Prêmio CRA-MG na Estrada.

DECRETO Nº 533, DE 02 DE SETEMBRO DE 1991.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 TCE-TO de 07 de março de Dispõe sobre o processo eletrônico no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins.

Dispõe sobre a concessão de Título de Especialista no âmbito do Conselho Federal de Fonoaudiologia e dá outras providências.

Diário Oficial Imprensa Nacional

RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 390, DE 30 DE SETEMBRO DE 2010

NORMA DE AUTUAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS - NOR 206

UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇO, ENSINO E PESQUISA LTDA - UNISEPE REGIMENTO INTERNO COMISSÃO DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS (CEUA)

Eleição e competências das Comissões de Ética Médica - Resolução: 1657 de 19/12/2002

ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DE EX-ALUNOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL. CAPÍTULO I - Da Associação e finalidades

DECRETO Nº , DE 20 DE MARÇO DE MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

PORTARIA Nº 79, 26 DE maio DE 2015

RESOLUÇÃO N.º 182 DE 09 DE SETEMBRO DE 2005

Regimento Interno da Comissão Permanente de Perícia Médica, Segurança e Higiene do Trabalho CPMSHT

Luiz A. Paranhos Velloso Junior Presidente da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro ID

REGIMENTO INTERNO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU: ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DE CURRÍCULO NA FORMAÇÃO DOCENTE CAPÍTULO 1 DA ORGANIZAÇÃO GERAL

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

REGULAMENTO PROCESSUAL DA BSM

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO (MONOGRAFIA) TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA / UESC

RESOLUÇÃO/PRESI DE 07 DE DEZEMBRO DE 2009.

RESOLUÇÃO Nº 273, de

REGIMENTO DA COMISSÃO PERMANENTE DE PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS MÉDICO HOSPITALARES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO

Nota Técnica nº 446/2010/COGES/DENOP/SRH/MP. ASSUNTO: Averbação de tempo de serviço. Referência: Processo Administrativo nº

RESOLUÇÃO CFFa nº 446, de 26 de abril de 2014 (*)

DECRETO Nº ,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

MINUTA DE PORTARIA v

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DO CURSO DE DIREITO DA FACULDADE DE CASTANHAL TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Faculdade de São Paulo. Regimento Consu

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA N 66, DE 12 DE MAIO DE 2005.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Universidade de Caxias do Sul Programa de Pós-Graduação em Direito Mestrado

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL. RESOLUÇÃO CEPE-UEMS Nº 1.152, de 24 de novembro de 2011.

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃ UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 017/2015 CONSU/UNIFAP

RESOLUÇÃO Nº 003, de 13 de Abril de (Publicado no DODF, Nº 78 de 19 de abril de 2012).

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. RESOLUÇÃO Nº 36, DE 6 DE ABRIL DE 2009 (Alterada pela Resolução nº 51, de 09 de março de 2010)

CT.DSL-DR- /00 Rio de Janeiro, 10 de abril de

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 04 DE NOVEMBRO DE Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo, a Norma de Capacitação de Servidores da APO.

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS

PORTARIA Nº 530, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

REGIMENTO INTERNO DO CENTRO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E LINGUAGEM (CEEL)

RESOLUÇÃO N 007/2010 TCE

O PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE TAVARES, ESTADO DA PARAÍBA, usando das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município;

Portaria nº 335, de 30 de maio de 2006 D.O.U de 31/05/2006

FACULDADE SÃO PAULO MANTIDA PELA SOCIEDADE SÃO PAULO DE ENSINO SUPERIOR - SSPES REGULAMENTO DO CONSU

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE-SUS/BH

QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL EM CORROSÃO E PROTEÇÃO

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

TJD - Santa Catarina. II que ao TJD/SC competirá nomear os membros indicados pelas entidades conveniadas,ou designar e nomear tais membros;

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FACULDADE DE MEDICINA DO TRIÂNGULO MINEIRO

O PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, CAPITAL DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

DELIBERAÇÃO Nº 090/14

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU. REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU.

NORMAS PARA EXECUÇÃO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE EXTENSÃO

Universidade Federal de Pernambuco. Regimento Interno do Centro de Informática

ALPHAVILLE TÊNIS CLUBE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

INSTRUÇÃO NORMATIVA GRE Nº 003, DE 18 DE MAIO DE 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE RESOLUÇÃO CONSUN Nº 009/2012

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/ CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.494, de 20 de novembro de O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

PORTARIA Nº 22, DE 1º DE ABRIL DE 2008.

REGIMENTO DO COMITÊ DE ÉTICA NO USO ANIMAL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE MARÍLIA CEUA-FATEC MARILIA

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLUÇÃO CRMV-RJ Nº 47/2015

RESOLUÇÃO CRP-16 Nº 005/2012

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO BIBLIOTECA

FUNDAÇÃO NACIONAL DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL Seção Brasileira do IBBY. Disposições Gerais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE PRÁTICA JURÍDICA I DOS PRINCÍPIOS GERAIS E DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA (NPJ)

MINUTA DE CONVÊNIO PADRÃO

RESOLUÇÃO N.º 001, de 07 de dezembro de 2001.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE MATEMÁTICA CURSO DE MATEMÁTICA REGULAMENTO N 001, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2013

CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA 9ª REGIÃO Serviço Público Federal

Transcrição:

CÂMARA DE FISCALIZAÇÃO E REGISTRO REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs JANEIRO DE 2015

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) C755r Conselho Federal de Administração. Regulamento de fiscalização / Conselho Federal de Administração. -- Brasília : CFA/CRAs, 2014. 24 p. : il. ; 21 cm. 1. Conselho Federal de Administração- Resolução normativa. 2. Fiscalização -Regulamento interno. 3. Processo administrativo. I. Mello, Sebastião Luiz de. (Coord. Geral). II. Araújo, Rui Ribeiro de. (Coord. Específica). III. Conselhos Regionais de Administração. IV. Título. CDU 658 CDD 658.4 Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Luciana Nahuz CRB1nº 1665. 2

APRESENTAÇÃO A fiscalização do exercício profissional é, absolutamente, a principal razão de ser do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Administração. Ela está diretamente ligada à defesa da sociedade, e à preservação das áreas de atuação do profissional de Administração. E foi seguindo essa lógica que a Câmara de Fiscalização e Registro trabalhou desde 2013 ano intitulado Ano da Fiscalização na atualização e aperfeiçoamento do Regulamento de Fiscalização do Sistema CFA/CRAs. A nova versão do Regulamento, aprovada pela Resolução Normativa CFA nº 446, de 19 de maio de 2014, publicada no D.O.U. de 26/05/2014, cria um padrão de procedimentos de fiscalização, a ser seguido pelos 27 Conselhos Regionais de Administração, os quais passam a atuar da mesma maneira, gerando Processos Administrativos Fiscais uniformes, o que facilitará o julgamento dos recursos na segunda instância administrativa, ou seja, pelo Plenário do CFA. Outro objetivo da Câmara de Fiscalização e Registro do CFA ao realizar a revisão e o aperfeiçoamento do Regulamento de Fiscalização do Sistema CFA/ CRAs foi dar maior celeride à tramitação dos processos de fiscalização, e dotar os Agentes Fiscais dos CRAs de maior autonomia, ao possibilitar que estes analisem documentos fornecidos pelos fiscalizados antes da lavratura do Auto de Infração e, caso verifiquem a existência de infração a legislação de regência da profissão de Administrador, lavrem, de imediato, o competente Auto de Infração. Isto tornará o processo fiscalizatório mais dinâmico e eficiente. Com a publicação desta nova versão do Regulamento de Fiscalização, esperamos estar contribuindo com os Conselheiros Federais e Regionais, com os Fiscais dos CRAs e demais interessados, para uma melhor compreensão dos atos que regem a fiscalização da profissão de Administrador, em cumprimento à nossa missão maior a defesa da sociedade. Adm. Sebastião Luiz de Mello Presidente do CFA Adm. Rui Ribeiro de Araújo Diretor de Fiscalização e Registro do CFA 3

EXPEDIENTE Editor: Conselho Federal de Administração (CFA) Coordenação-Geral: Adm. Sebastião Luiz de Mello Presidente do CFA Coordenação Específica: Adm. Rui Ribeiro de Araújo Diretor da Câmara de Fiscalização e Registro Elaboração: Câmara de Fiscalização e Registro (CFR) Projeto gráfico, diagramação e capa: DG. Herson Freitas Revisão: Tloi Revisão Ortográfica Tiragem: 1000 exemplares 2ª edição janeiro de 2015 4

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 03 EXPEDIENTE 04 RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 446, DE 19/05/2014 07 REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs 09 CAPÍTULO I 09 DOS CONSELHOS REGIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO CAPÍTULO II 10 DOS FISCAIS CAPÍTULO III 12 DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL SEÇÃO I 12 DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS SEÇÃO II 12 DA INSTRUÇÃO SEÇÃO III 16 DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS SEÇÃO IV 16 DO JULGAMENTO SEÇÃO V 17 DO RECURSO CAPÍTULO IV 19 DA INSCRIÇÃO DA DÍVIDA CAPÍTULO V 19 DAS SANÇÕES CAPÍTULO VI 20 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS 5

6

RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 446, DE 19 DE MAIO DE 2014 Aprova o REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs O CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO, no uso da competência que lhe é conferida pela Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, pelo Regulamento aprovado pelo Decreto nº 61.934, de 22 de dezembro de 1967, e pelo seu Regimento, aprovado pela Resolução Normativa CFA nº 432, de 08/03/2013, alterado pela Resolução Normativa CFA nº 437, de 19/12/2013, CONSIDERANDO que ao CFA compete orientar e disciplinar o exercício da profissão de Administrador, bem como, dirimir dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais de Administração, conforme previsão do art. 7º, alíneas b e d da Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965; e a Decisão do Plenário na 13ª reunião realizada em 16 de maio de 2014, RESOLVE: Art. 1º. Aprovar o REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs. Art. 2º. Esta Resolução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente, as Resoluções Normativas CFA nº 186, de 27 de setembro de 1996, e a 255, de 19 de abril de 2001. Adm. Sebastião Luiz de Mello CRA-MS Nº 0013 Presidente Publicado no D.O.U. nº 98 de 26/05/2014, Seção 1 p. 170 Republicado no D.O.U. nº 158 de 19/08/2014, Seção 1 p. 81 7

REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs

REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CFA/CRAs CAPÍTULO I DOS CONSELHOS REGIONAIS DE ADMINISTRAÇÃO Art. 1. A fiscalização do exercício da profissão de Administrador exercida pelos Conselhos Regionais de Administração e o processo administrativo fiscal obedecerão ao presente regulamento. Art. 2º. A Unidade de Fiscalização dos Conselhos Regionais de Administração será supervisionada pelo Vice-Presidente de Fiscalização ou pelo Diretor de Fiscalização, eleito pelo Plenário, a quem compete orientar e exigir o cumprimento da legislação, bem como deste Regulamento. Art. 3º. Os Conselhos Regionais de Administração deverão manter, obrigatoriamente, no seu Quadro de Pessoal, no mínimo, um Fiscal, Administrador, para exercer as atividades pertinentes. Art. 4º. Após admissão pelo Conselho Regional, o Fiscal deverá receber treinamento pelo respectivo Conselho contratante. Parágrafo único. É obrigação do Conselho Federal de Administração promover, periodicamente, a capacitação continuada dos Fiscais dos CRAs. Art. 5. O Conselho Regional de Administração encaminhará ao Conselho Federal, até o décimo dia do mês subsequente, Relatório Global de Fiscalização, em formulário digital padronizado pelo CFA. 9

CAPÍTULO II DOS FISCAIS Art. 6. As atividades de fiscalização serão exercidas por Fiscais integrantes do quadro efetivo de empregados dos Conselhos Regionais de Administração. Art. 7. O quadro de Fiscais dos Conselhos Regionais de Administração será organizado de acordo com suas necessidades administrativas, e de acordo com a dotação orçamentária prevista, sendo que a admissão será através de processo seletivo público, versando seu conteúdo técnico, principalmente, sobre o código de ética, legislação da profissão e Regulamento de Fiscalização. Art. 8. O Fiscal do Conselho Regional de Administração terá as seguintes atribuições: I orientar as pessoas físicas e jurídicas, registradas ou não, sobre o exercício das atividades de Administração, previstas na Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965; II fiscalizar, na área de jurisdição do Conselho Regional, os profissionais registrados, os não registrados e os leigos; os Órgãos Públicos da Administração Direta; as entidades da Administração Pública Indireta; as pessoas jurídicas de direito privado registradas e não registradas; III proceder à lavratura do auto de infração, quando constatar infringência à legislação profissional do Administrador, e emitir relatório quando de outras ilicitudes para encaminhamento às autoridades competentes; IV apresentar relatório mensal das atividades desenvolvidas, bem como ao término de qualquer etapa de fiscalização, quando solicitado; V promover ações de orientação e fiscalização em editais, licitações, concursos públicos e anúncio de empregos nas áreas da Administração. 10

Art. 9. É vedado ao Fiscal dos Conselhos Regionais de Administração: I ser Responsável Técnico por empresa registrada no CRA; II receber qualquer valor pecuniário em nome do Conselho Regional de Administração, bem como emitir recibo; III exercer as atividades do seu cargo sem exibir a Carteira de Identificação Funcional, expedida pelo Conselho Regional; IV lavrar autos de infração, notificações e multas que não estejam previstas na legislação pertinente ao campo de atuação dos Conselhos Regionais de Administração; V participar de atividade político/profissional referente aos cargos eletivos dos Conselhos Federal e Regionais de Administração. Parágrafo único. A Carteira de Identificação Funcional expedida ao Fiscal pelo Conselho Regional de Administração deverá ser devolvida ao CRA no ato da rescisão contratual, nos casos de licenciamento por prazo superior a 60 (sessenta) dias e de suspensão do exercício do cargo, sob as penas da lei, cabendo ao CRA inutilizá-la quando for o caso. 11

CAPÍTULO III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL SEÇÃO I DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS Art. 10. Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma determinada, conterão somente o indispensável à sua finalidade, sem espaço em branco, sem rasuras, devidamente numerados e rubricados. Art. 11. Salvo disposição específica, os atos processuais do Fiscal ou responsável serão praticados no prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser prorrogado por igual período, mediante justificativa fundamentada. Art. 12. Os prazos começam a ser contados no primeiro dia útil subsequente ao da cientificação, incluindo-se o do vencimento. 1 Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal do Conselho em que tramite o processo ou deva ser praticado o ato. 2 Os Conselhos Regionais de Administração poderão prorrogar os prazos ou reabri-los, mediante decisão fundamentada e aprovada pelo Plenário. SEÇÃO II DA INSTRUÇÃO Art. 13. A toda verificação de existência de violação dos dispositivos da legislação pertinente à profissão de Administrador, deve-se instaurar processo para a devida apuração. 12

1º O processo inicia-se com a juntada de ofícios, intimação, notificação e/ou auto de infração. 2º O Fiscal que concluir pela existência de violação de preceito da legislação, deve proceder à autuação do infrator, sob pena de responsabilidade administrativa. Art. 14. O auto de infração conterá obrigatoriamente: I número de ordem; II qualificação do autuado; III local e data da lavratura; IV a descrição circunstanciada do fato punível; V a capitulação do fato, mediante citação do dispositivo legal infringido e do que lhe comine a sanção; VI o valor da multa exigida; VII o prazo para recolhimento do exigido, com a indicação de que no mesmo prazo poderá ser apresentada a defesa; VIII a indicação do local onde será instaurado o processo, recolhida a multa ou apresentada a defesa; IX a assinatura do Fiscal, seguida de nome legível e número de registro no CRA; e X o número do processo administrativo de fiscalização. 1º O auto de infração será lavrado em 2 (duas) vias, sendo a primeira entregue ao autuado, e a segunda, anexada ao processo. 2º Lavrado o auto de infração e devidamente entregue ao autuado, não poderá ele ser inutilizado nem sustado no curso do respectivo procedimento, devendo o Fiscal apresentá-lo à autoridade competente, mesmo se incidir em erro material ou outro qualquer. 13

3º O auto de infração será registrado com a indicação sumária de seus elementos característicos, em cadastro próprio, eletrônico, de modo a assegurar o controle de seu processamento. Art. 15. Quando a parte apresentar informações ou documentos em procedimentos anteriores à lavratura do auto de infração, estes serão analisados pelo Fiscal. 1º Verificada a existência de infração à legislação, o Fiscal lavrará, de imediato, o auto de infração competente. 2º Se o Fiscal concluir pela não ocorrência de infração a legislação, encaminhará o processo ao Plenário, para decisão. Art. 16. A parte poderá apresentar defesa, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita. Parágrafo único. O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento da obrigação que lhe deu causa, nem prejudicará a ação judicial. (1) Art. 17. Os interessados podem apresentar suas petições e documentos que as instruírem, em duas vias impressas, a fim de que uma delas lhe seja devolvida devidamente autenticada pelo CRA, valendo como comprovante de entrega das petições e dos documentos. 1º Os requerimentos, defesas, recursos e demais petições endereçadas aos CRAs, ou ao CFA, somente serão aceitos quando assinados pelo próprio fiscalizado ou no caso de pessoa jurídica, por seu representante legal. 2º Quando os documentos forem assinados por procuradores, deverão estar acompanhados do competente instrumento de mandato (procuração). Art. 18. Poderá o autuado requerer a audiência com apresentação de testemunhas e requerer as diligências que entender necessárias à elucidação do ato faltoso, cabendo, porém, ao Conselho Regional julgar a necessidade de tais provas, fundamentando tal decisão. (1) Alterado pela Resolução Normativa CFA nº 449, de 13 de agosto de 2014 14

Art. 19. Apresentada, ou não, defesa dentro do prazo, a Unidade de Fiscalização prestará informações sobre o processo. Art. 20. Das informações de que trata o artigo anterior deverão constar necessariamente: I se a defesa é tempestiva ou não; II se é ou não registrado e em que situação se encontra no Conselho Regional; III se exerce ou explora atividade básica e típica do profissional Administrador; IV se é ou não reincidente. Parágrafo único. Considera-se reincidente para os efeitos deste Regulamento, as pessoas físicas e jurídicas que possuam antecedentes fiscais à mesma prática punível, em processos com decisão definitiva do Plenário. Art. 21. A Unidade de Fiscalização, após a instrução do processo, o encaminhará ao Presidente do Conselho Regional de Administração, que determinará, de ofício ou a requerimento do autuado, a realização das diligências, indeferindo as que considerarem impertinentes ou impraticáveis. Art. 22. Cumpridas ou dispensadas as diligências, o Presidente do Conselho Regional designará o Conselheiro Relator. Art. 23. O Conselheiro Relator designado apresentará parecer fundamentado, com a exposição dos fatos, conclusão e voto, indicando a infração cometida e a respectiva penalidade ou pedido de arquivamento do processo, conforme o caso. 15

SEÇÃO III DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Art. 24. As notificações e o auto de infração serão entregues diretamente à parte ou seu representante legal, ou enviados pela via postal com aviso de recebimento. 1º Em todos os casos o comprovante de entrega deverá ser anexado ao processo. 2º Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento da notificação ou do auto de infração o fato deverá ser registrado no processo. SEÇÃO IV DO JULGAMENTO Art. 25. O julgamento do processo compete, originalmente, em primeira instância administrativa, ao Plenário do Conselho Regional de Administração, instruído o processo com parecer do Conselheiro designado como Relator. Art. 26. Emitido o parecer do Conselheiro Relator, o Presidente do Conselho Regional colocará em pauta, para julgamento, os autos do processo administrativo fiscal. 1º Se o Plenário concluir pela existência da infração, manterá a penalidade imposta pelo Auto de Infração, e comunicará ao autuado, acerca das providências a serem adotadas. 2º Se o Plenário concluir pela inexistência de infração, os autos serão arquivados, fazendo-se comunicação ao autuado. 16

Art. 27. As decisões do Plenário devem ser tomadas tendo por base o parecer fundamentado de um Conselheiro designado como Relator. Parágrafo único. A decisão do Plenário do Conselho Regional será comunicada ao fiscalizado na forma do art. 24 deste Regulamento. Art. 28. O não recolhimento da multa e a não interposição de recurso no prazo determinado no art. 30 deste Regulamento, faz com que a decisão do Conselho Regional se torne definitiva, devendo ser executada. Art. 29. Todas as ocorrências referentes às multas, penalidades e incidentes processuais deverão constar no processo administrativo fiscal dos infratores. SEÇÃO V DO RECURSO Art. 30. Caberá recurso ao Conselho Federal de Administração, das decisões dos Conselhos Regionais, com efeito suspensivo, dentro de 10 (dez) dias, contados na forma do art. 12 deste Regulamento. 1º O recurso será entregue pelo interessado, contra recibo, ao Conselho Regional de Administração, que o encaminhará, juntamente com o processo de fiscalização, ao Conselho Federal de Administração, por meio físico ou eletrônico. 2º Quando da apresentação do recurso, o recorrente ficará sujeito ao pagamento da taxa de remessa e retorno. 17

18

CAPÍTULO IV DA INSCRIÇÃO DA DÍVIDA Art. 31. Não sendo recolhido o débito apresentado na notificação, a multa será inscrita em Dívida Ativa, sendo extraída certidão, devendo ser processada a respectiva cobrança administrativa e judicial. Parágrafo único. A Presidência do Conselho Regional de Administração é responsável pela cobrança da Dívida Ativa, que deverá ser executada no exercício financeiro que couber, conforme orientações contidas nas Resoluções Normativas do CFA. CAPÍTULO V DAS SANÇÕES Art. 32. A competência originária para aplicar sanção aos infratores da legislação da profissão de Administrador é do Conselho Regional de Administração onde ocorrer o fato punível. Art. 33. A aplicação das sanções estabelecidas na legislação específica da profissão de Administrador não afasta a possibilidade de imputação de outras penas previstas em lei. Art. 34. Aos infratores dos dispositivos da legislação regulamentadora da profissão de Administrador serão aplicadas as multas previstas em Resolução Normativa aprovada e publicada pelo Conselho Federal de Administração. 19

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 35. As decisões do Conselho Federal de Administração serão cumpridas pelos Conselhos Regionais no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da data de ciência das mesmas. Art. 36. O CRA poderá encaminhar ao Conselho Federal de Administração, por meio eletrônico, os processos administrativos de fiscalização e outros em grau de recurso. Art. 37. As regras deste Regulamento aplicam-se, também, aos Tecnólogos e a outros Bacharéis em determinada área da Administração. Art. 38. Os casos omissos neste Regulamento serão decididos pelo Plenário do Conselho Federal de Administração, segundo a interpretação e integração da norma vigente, aplicável à espécie e, na omissão da lei, decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Art. 39. Nos processos administrativos de fiscalização da profissão de Administrador, os CRAs utilizarão os formulários básicos de Intimação, Auto de Infração e Notificação de Débito, padronizados pelo CFA, conforme anexos I, II e III. Parágrafo único. Os formulários de que trata este artigo serão assinados pelo Fiscal do CRA. Art. 40. Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente, as Resoluções Normativas CFA nºs 186, de 27 de setembro de 1996 e 255, de 19 de abril de 2001. 20

Aprovado pelo Plenário do CFA na 13ª reunião, realizada em 16 de maio de 2014, conforme Resolução Normativa CFA nº 446, de 19/05/2014. Adm. Sebastião Luiz de Mello Presidente do CFA CRA-MS Nº 013 21

22

23

facebook.com/cfaadm instagram.com/cfaadm www.cfa.org.br www.radioadm.org.br 24h de notícias de qualidade CÂMARA DE FISCALIZAÇÃO E REGISTRO 24