NOSSA VOZ Boletim Informativo da Chapa da Oposição - ITABERAf - N 9 3



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> NOSSA VOZ Boletim Informativo da Chapa da Oposição - ITABERAf - N 9 3 VAMOS LER NESTE NUMERO A HISTORIA DO NOSSO SINDICATO I- FUNDAÇÃO II- COMEÇO DO TRABALHO III- INTERVENÇÃO IV- CRESCIMENTO DA UNIÃO V- ELEIÇÕES VI- O PLANO DA OPOSIÇÃO

01 APRESENTAÇÃO N9 3 Companheiros, este i o boletim NOSSA VOZ Ne ste boletim, vamos lembrar bem rápido as coisas mais importantes que aconteceram em nosso sindicato desde que foi fundado até hoje. E nós estamos todos esperando que muitas coisas boas estão para acontecer. Mas muitas coisas boas mesmo só vâo acon tecer se nós trabalhadores unir as nossas forças. É isto que a Oposição Sindical esta que- rendo. Vamos nos unir, organizar para construir um sindicato do jeito que nós precisamos e queremos. Vamos nos alembrar de coisas boas que fi^ zemos juntos. Lembrar também das vezes que fomos enganados, que é pra gente não se es- quecer. Vamos fazer mais forte a Oposição e va- mos votar na Chapa 2. Mas o mais importante mesmo é todos nos' se organizar para exigir o que precisamos e queremos. Vamos juntos fazer um sindicato do povo.

02. DIRETORIA EFETIVOS LONGUINHO MACHADO DE BRITO HÉLIO GONÇALVES DE LIMA MÁRCIO EUDES TEIXEIRA SUPLENTES JOSÉ CAETANO DE OLIVEIRA (PERERINHA) DELCIDES MATHIAS JOSÉ LOPES MINEIRO CONSELHO FISCAL EFETIVOS ANTÔNIO JOSÉ DE CASTRO (ULISSES) SAMUEL RODRIGUES VASCONCELOS JOÃO BATISTA ROSA SUPLENTES JOÃO JOSÉ DOS SANTOS ELCIO JOSÉ TEIXEIRA FRANCICOS TAVARES DE SA DELEGADOS REPRESENTANTES EFETIVOS MÁRCIO EUDES TEIXEIRA ANTÔNIO JOSÉ DE CASTRO (ULISSES) SUPLENTES HÉLIO GONÇALVES DE LIMA JOSÉ CAETANO DE OLIVEIRA (PERERINHA) ivbsso Plano de Trabalho l 9 ) Sindicato livre - pelejando de acordo com a vontade da nossa classe. Z 1?) Delegacias sindicais nos patrimônios e lugares mais povoados como: Retiro, Santa Rita, Lobeira, Guerrinha, São Benedito e outros. 3') Melhor Assistência Médica e Dentaria. 4?) Organizar uma FARMÁCIA no Sindicato 5?) Que o Sindicato fique aberto aos sábados, domingos e feriados. 6 9 ) Construir o nosso salão de reuniões e mais depressa possível. 7*) Melhores condições de trabalho. 8 9 ) Lutar para ficar na roça e não ser preciso mudar todo ano. 9') Garantir a defesa dos nossos direitos. E queremos um advogado no nos so Sindicato. IO 9 )Reforma Agrária - de acordo com as decisões do III Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais. II 9 )Por melhores salários 12 9 )Lutar contra a Carestia 13 9 )Por melhores preços dos nossos produtos.

. 03 HISTORIA DO NOSSO SINDICATO I- FUNDAÇÃO O nosso sindicato jâ tem uma idade de quase dez anos. Nesses anos todos muita coisa boa aconteceu. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaberaí foi fundado em 1.971. Os companheiros se movimentaram no município todo, e no dia' da fundação, muitos companheiros se ajuntaram e a festa foi das me- lhores,

04 II- COMEÇO DO TRABALHO No começo, muitos companheiros tinham medo de fazer a carteai rinha e participar do Sindicato. Depois todos enxergaram que o Sindicato ê uma ferramenta de união muit boa prâ defender os direitos da nossa classe. A união foi aumentando, hoje nós jâ somos mais de treis mil (3.000) associa- dos. No começo o nosso sindicato era muito pobre, mas com a união de todos, conseguimos a nossa casa própria, Ambulatório de medico e dentista, convênio com o hospital, laboratório e Defesa dos nossos direitos. PRIMEIRA DIRETORIA Logo que o Sindicato foi reconhecido, nós escolhemos a pri- meira diretoria do Sindicato e foi um tempo muito bom. Quem ê que não se lembra, de Samuel, João Paulino, Antônio Citoni, Antônio Mineiro, Tota e do Dito, sim, esses companheiros jun to com outros, faziam parte da Primeira Diretoria do Sindicato, e ti nha ainda suplentes muito conhecidos como Candinho, Antônio Ulisses e outros. O Seu Dito como todos conhecem foi o presidente. Todo mundo' gostou muito do jeito de trabalho da primeira diretoria. Nesse tempo, tudo que o Sindicato ia fazer era decidido na Assembléia. E quando aparecia um companheiro prejudicado, todos jun- tavam e acudiam. Nesse tempo também, muitos companheiros que foram prejudica- dos pelos patrões foram defendidos pelo Sindicato e receberam seus direitos. DIFICULDADES Mas nem tudo correu bem, porque tinham outros de fora que queriam um sindicato que cuidasse só de doenças e de dentes. E a dificuldade começou foi quando deu um problema com o João Fagundes (conhecido por João Machado). Esse problema aconteceu na^fazenda Lajes do Ubirajara Caiado em Americano do Brasil em 1974. 0 companheiro João Machado sofreu muito. Tomaram a roça dele, mandaram prender na penitenciaria. Neste problema muitos companheiros do Nosso Sindicato deram' o apoio, e trouxeram o João e família prâ morar em Itaberai. E abriram processo contra o Ubirajara, mas a diretoria da FEDERAÇÃO nao quis apoiar porque o Fazendeiro era grande.

> 05 A FEDERAÇÃO e a união dos Sindicatos do Estado. Mas tem muitos diretores que não apoiam o trabalhador nas suas necessidades mai ores. ^ A A Pois ê, a FEDERAÇÃO so levou o processo pra frente depois de muita peleja dos companheiros do nosso Sindicato naquele tempo. Mas enrolaram tanto e mexeram no nosso Sindicato que depois 1 seu João desanimou com a FEDERAÇÃO, e passou o processo para um advo gado particular. Sem apoio da Federação e de mais ninguém, o processo esta ca minhandõ com preguiça sem uma decisão até hoje. Desde esse tempo que nossa primeira diretoria ficou bem fir- me ao lado da classe, começou aparecer outros que não gostaram. III- INTERVENÇÃO qanm manda aqü.1 no òindá.cato òou eu. / '' : Pois e, e foi assim que a primeira diretoria caminhou, com a ajuda de todos conseguimos ate comprar um laboratório que funciona até hoje no nosso sindicato.

06 A Mas chegou o fim do tempo de mandato da primeira diretoria,' e ai i diretoria da FEDERAÇÃO não queria que a diretoria do nosso ' Sindicato continuasse. Então aconteceu uma cois:i interessante. 0 Seu Dito procurou' a Delegacia do Trabalho e a Diretoria da FEDERAÇÃO, prã saber como ' r azia prâ encaminhar as eleições. E eles deram uma orientação dizenio que a lei de eleições tinha mudado. E que com a nova lei não dava mais tempo de fazer eleições. Orientaram o Dito prá esperar mais uns dias e fazer um ofício dizendo que não tinha dado prâ fazer eleições e que precisava ' de mais tempo. 0 Dito fez assim, e eles responderam colocando outras pessoas prâ dirigir o Sindicato. Ai neste caso nos precisamos ver 2 coisas: A primeira c que' a tal lei não tinha mudado ainda: Enganafiam o V-cto. A segunda ê que a DIRETORIA DA FEDERAÇÃO é quem orienta as ' eleições de quase todos os Sindicatos do Estado de Lloiâs. E de todas as eleições que a FEDERAÇÃO orientou, a única que deu errado foi a nossa. Isto aconteceu no inicio de 197S. Vofique. òzkõ. que. &o em lta.bzn.az acontíceu ai>ilm? Daí prã cã, todos os representantes do nosso Sindicato foram escolhidos DE CIMA PARA BAIXO, nomeados pelo Ministério do Trabalho. Isso tem o nome de INTERVENÇÃO: Pois e, neste tempo de intervenção que começou em 26 de fev reiro de 1975 e vai até hoje. NC5S TIVEMOS OS SEGUINTES PRESIDENTES: l 9 ) Irany Silva- funcionário da Delegacia Regional do Traba-' lho. Dirigiu o Sindicato até 15 de Abril de 1975. 2 ) Jorge Estite Soad Bessil, foi funcionário da Prefeitura' Municipal de Itaberaí, junto com Irany Silva e Ivarceres de Fátima ' Alv( r Pacheco. Eles dirigiram o Sindicato desde Abril de 1975 até o começo de 1977. Neste tempo todo, não teve nem reuniões do Sindicato 3') Antônio Beraldo de Morais, que junto com José Rodrigues' Vidigal e Benedito Rosa da Silva, lavradores, foram nomeados DE CIMA PARA BAIXO, e estão dirigindo o Sindicato até hoje.

07 IV- CRESCIMENTO DA UNIÃO Passaram quase 5 anos, com o nosso Sindicato em Intervenção. Nós todos, associados, ê quem paga de tudo com nossas mensalidades. Mas não tivemos neste tempo direito nem de votar para esco- lher a diretoria do Sindicato. Nos a vida jâ é sofrida, e se o nosso Sindicato não defende nos, a vida fica mais sofrida ainda. Por isso temos muito reclame do Sindicato neste tempo. O atendimento medico ficou bem pior do que era antes. Agora, todo mundo reclama que prã arrancar dente perde 2 ou 3 viagens, e ainda tem de ficar na Sede do Sindicato desde meia-noi^ te e mesmo assim, tem dia que jã esta lotado. Muitos preferem gas-' tar Cr$ 300,00 do que ficar esperando. A mesma coisa ê com a doença, agora a doença esta proibida 1 de chegar de noite, sábado e domingo. 0 danado e que a doença não' obedece lei, e cada vez que ela chega fora de hora o companheiro chia em quinhentão. Na defesa dos nossos direitos ê que a dificuldade e maior. Falta prã nos todo tipo de recursos. Depois, e o nosso dinheiro não aparece. Muitas vezes todos' pediram prã fazer um salão de reuniões, e foi até aprovado em assem biéia. Mas veio a resposta que não podia e que não tinha dinheiro. E quanto tempo, ninguém pretou conta onde foi gasto o di- nheiro do nosso Sindicato. So a poucos dias, em junho, é que foi é que foi apresentado as contas, mas foi só por cima, ninguém entendeu onde é mesmo que o dinheiro foi gasto. E é assim que aparecem reclames, mas ninguém dorme não. Muitas vezes todos reclamam, juntos na Assembléia, exigin- do eleições, exigindo melhor assistência médica, e assim por diante Também muitos abaixo-assinados foram feitos até que agora estão che gando as eleições.

08 NASCEU UMA GRANDE UNIÃO Durante todo este tempo, desde a época que nasceu o Sindica to, e durante os tempos de intervenção, uma grande união nasceu no meio de nós - Nasceu a OPOSIÇÃO SINDICAL. Logo que chegou a notícia das eleições, muitos sócios se juntaram e escolhemos 12 representantes para registrar a chapa d" o posi ção. A nossa chapa foi registrada e recebeu o n 9 concorrendo as eleições do Sindicato. 2, e estamos V - ELEIÇÕES EMPO DE CRESCER Nossa união vem aumentando dia a dia, nestes tempos de elei ções, muita gente jâ entrou na união da oposição sindical. Eleições e tempo de trabalhar também, por isto todos que ' são candidatos e muitos que apoiam, estão andando no município, prá tudo que ê canto. A chapa 1 também esta andando, tem ate taxi para' andar. Quem esta pagando as corridas de taxi, ninguém sabe ainda.de ve ser dinheiro do Sindicato. E eles ainda falam que a Chapa 2 não' vai longe porque não tem recursos. Mas a Oposição Sindical e grande, e sabendo que precisa de dinheiro, todos quizeram colaborar e a campanha da Oposição está ' sendo feita, com recursos ajuntado da colaboração em dinheiro e man timentos de muitos companheiros. E nossa união ficou maior. Hoje em quase todo canto, bairros e povoados do município ' tem uma Comissão ou turminha da Oposição. Nossa organização também cresceu.

09 E discussão também cresceu, uns dizem que vão votar na chapa 1 outros vão votar na chapa 2. 0 povo esta dizendo que a maioria vai votar na chapa 2. 0 povo falou, tá falado. VI - 0 PLANO DA OPOSIÇÃO O Sindicato e nós trabalhadores unidos, e isto ê a princi-' pai coisa que queremos. Queremos um sindicato que seja a união das nossas forças ' para melhorar as condições de viver. A força da nossa classe e muito grande, e se nois juntar esta força, nos vamos conseguir de tudo que precisamos. 0 plano de trabalho da Oposição esta na página 2. Então vamos explicar melhor cada ponto. Queremos explicar também que este plano não ê uma promessa, ' conforme o Presidente do Sindicato está falando nas assembléias, e ' diz ele que nós não vamos dar conta disto. Então convém explicar, que nem chapa 1 nem a 2, sozinha vai conseguir fazer nada. Mas o trabalho da chapa 2 é feito com o esforço de todos.quem vai fazer é todos associados, a diretoria vai só obedecer as decisões bom lembrar que nosso plano foi tirado dos reclames dos com panheiros.

10 - Uamoò então explicai o plano: CONSTRUIR UM SINDICATO LIVRE Nós todos enxergamos que precisamos de um sindicato livre on- de ninguém de fora da classe fica mandando. Por isto nos estamos buscando junto com todos os companheiros organizar um sindicalismo que peleje conforme a precisão e vontade de todos os companheiros. Esta' foi a principal decisão do 3'? Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais. Esse congresso aconteceu em maio deste ano e tinha mais de 1500 trabalhadores representando Sindicatos do Brasil inteiro, o nosso com panheiro Antônio José de Castro (Ulisses) esteve lá representando nós. DELEGACIAS SINDICAIS Muitos companheiros que moram longe reclamam que estão sentin do muita dificuldades de participar das Assembléias do Sindicato. Mui^ tos companheiro so vem na casa do nosso sindicato quando precisam de atendimento, ou quando vem pagar a mensalidade. Isto ê muito importan te mas não é tudo. 0 sindicato não é saúde, nem so pagamento de mensa lidados. A ferramenta melhor para resolver o problema da participação 1 de quem mora longe ê a Delegacia Sindical. Todo lugar que tem mais de trinta associados juntos seria bom organizar uma. Prá ver como organi_ zar direitinho, ê só pedir o livrinho n' 1 da CONTAG, prâ diretoria ' do sindicato ou se lã não tiver peçam prós companheiros da chapa 2. A Delegacia Sindical ê um jeito do sindicato se enraizar em todos os cantos do Município. O sindicato ê que nem arvore, quanto mais profundas são as ra ízes, mais forte e vida mais longa terã. MELHOR ASSISTÊNCIA MÉDICA E DENTÁRIA Tratamento das doenças, hospital, tratamento de dentes, são ' direitos que todos nos temos. Nos pagamos o Funrural é prâ ter estes 1 direitos. De tudo que ê produção da terra e que é vendido, um tanto ' por cento, que vai de 2 e meio até 41 vai pro FUNRURAL, que é pra eus tear estas despesas de médico, hospital, dentista, indenização de aci dentes de trabalho, aposentadoria, auxilio funeral... Quem é que planta e colhe e produz de tudo? é nós lavradores. Por isto esse direito nós temos porque pagamos. Só que o reclame aqui de todos os trabalhadores é de que a ' assistência não tâ atendendo nossas necessidades do jeito que precisa mos

11 Problema de médico e dentista é o maior reclame dos sócios do nosso sindicato. Bom, sindicato não ê Funrural, mas nós temos que lutar juntos prá ter de verdade um direito que pagamos. Por isto, a Oposição Sindical, esta disposta a lutar prâ ter uma melhoria neste atendimento. Vamos lutar juntos prâ melhorar. Neste ponto do FUNRURAL, é bom lembrar que a aposentadoria ' ' não ê um presente que recebemos, mas sim, uma pequena devolução do nosso suor.derramado a vida inteira. ORGANIZAR UMA FARMÁCIA NO SINDICATO Remédio esta muito caro. Conseguir uma receita anda difícil. Depois que arranja a receita, como é que arranja o remédio? Só se fizer igual naquela musica: 0 caboclo adoece Mão tem jeito de tuatã. Panha ^olka e Kaiz fai* todo t-ípo de chã. Aòi-im me-ómo 4em dlnhella ffiocufia. o Hospital Ele não vat atendido?on.qae não pode paga VfiocuKa o òeu dlnelto ktkavíò do FUWRURAL Sa-c de lã &5 com a receita Remédio não tem ptã dã SÓ òe úetivea a receita E dã ph.o doente toma Esta é uma coisa que não é fácil, mas não é impossível, basta juntar nois tudo e se organizar que nois consegue. Tem muito sindicato no Brasil, que já conseguiram uma pequena farmácia, foi so juntar' os companheiros e conseguiram. Se outros conseguiram nós também podemos conseguir. É, que nem o plano do Sindicato ficar aberto todos os dias.bas^ ta nois se unir e ver o jeito.

12 t SALÃO DE REUNIõES Esta sim, é uma coisa que precisamos o mais depressa que pu- der. Pode ser um salão simples, feito ate em MUTIRÃO. Mas que seja nosso. Depois se for preciso nois se ajunta e melhora o salão. MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO 0 jeito de nois trabalhar, anda meio duro. Tem dia que tem serviço, outro dia já não tem. 0 problema maior ainda, e que não se encontra trabalho, e quando encontra e na maior dificuldade. Roça, tá so acabando, cada ' dia e mais capim que entra no lugar das roças, e aí está danado por-' que onde entra capim sai a roça e entra o boi e sai o trabalhador. É por isto que as invasões das beiras de Itaberai estão crescendo cada dia mais. E a maior parte de nos sem terra, tem que mudar de lugar todo ano, é por causa deste problema. Tem até lei que ajuda um pouco, mas não está sendo respeitada. E nós estamos acostumados a pensar que so tem lei prâ nos respeitar. E as leis pro rico respeitar eles compram com dinheiro. So que, nós estamos lutando e precisamos fazer do nosso Sindicato um lugar prá nóis se unir e descobrir o jeito de arranjar uma for ça grande prá melhorar as condições de trabalho. Ter segurança de roça e morada, e conseguir a terra em nossas' mãos. POR MELHORES SALÁRIOS Os trabalhadores da cidade já estão fazendo greve, prâ me lho-' rar o ganhame.

13 E nõ6 aqui? Sesiã que, o que. ganhamo* pofi dia. de tn.aba.lho eó-tã ' dando pfiã v-lve.*.? Dizem por aí que muitos companheiros jâ estão ganhando 70 a 80 cruzeiros por dia. Muitos ainda estão ganhando 50 a 60 cruzeiros. Será que dâ? E se fosse 100 cruzeiros ainda é pouco, trabalhar o dia inteirinho, prá comprar um quilo de carne, ê duro não e? - Juntando tudo isto, O QUE A GENTE GANHA E POUCO, 0 QUE NOS' VENDEMOS É BARATO MAS O QUE NÕS COMPRA E CARO. - Por isto, nos da Oposição Sindical, convidamos todos os com panheiros, prã nós se unir no nosso Sindicato, e lutar juntos prá re solver estes problemas da nossa classe. - E muito problema prã um dia so, mas devagar, resolvendo um de cada vez, vai chegar o dia de nos resolver o problemão. - So que tem gente que não acredita. Ate a diretoria atual do nosso Sindicato fala que não tem jeito de resolver certos problemas. E muito triste que eles pensam assim, mas eles so pensam assim porque não confiam na força de todos nos. FINAL Bom companheiros, as eleições estão chegando e vão passar. Mas a nossa luta do dia dia continua. E nois precisa arranjar mais jeitos de se defender das nossas' dificuldades. uni ao Vamos lutar pela vitoria nas eleições. Mas vamos lutar pro nosso Sindicato ficar bem forte na nossa A Oposição Sindical deve crescer cada dia mais. OPOSIÇÃO SINDICAL-ITABERAI SETEfIBRO 1979. VOTE NA OPOSIÇÃO