Relatório de Intercâmbio 1. Dados de identificação: Informações pessoais e acadêmicas: Aline Vieira de Lima +55 83 9986 1705 aline.vieira@gmail.com Programa: PIANI Universidade anfitriã: Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa - ISCTE (Lisboa-Portugal) 2. Quais os pontos positivos e negativos do programa que você fez (graduação no exterior, estágios, etc)? Como pontos claramente positivos, ter cursado 1 ano da minha graduação em Portugal fez uma grande diferença para o meu currículo como pesquisadora e como psicóloga social. Obtive melhora considerável no inglês (conversação), ao precisar interagir com outros intercambistas, de todas as partes do mundo. Como aspecto negativo, fica apenas o tempo curto de 1 ano para aproveitar todas as oportunidades que essa experiência nos traz, e que poderia ser posta em prática no país anfitrião. 3. Quais as maiores dificuldades que você teve? (falta de assistência da universidade anfitriã, língua, custos, moradia, alimentação, cultura, etc). A maior dificuldade foram os custos, certamente. Meus pais supriram todas as minhas necessidades, mas sempre era necessário trabalhar com aquela quantia (cerca de 550 euros por mês), ter jogo de cintura para não fazer faltar nada, nem deixar conta nenhuma para pagar. Posso dizer que tive sorte com os proprietários dos apartamentos onde morei, e foram criados bons laços de amizade. Culturalmente, percebi resistência dos alunos em formar grupos de trabalho/estudo, e um certo cuidado maior dos professores, como se fôssemos alunos especiais. A língua portuguesa gerou certa dificuldade de comunicação no início sim, apesar de ser também a nossa língua, as idiossincrasias são inúmeras e podem afetar na relação inicial com colegas e professores.
4. Anexe ao relatório materiais relevantes e também informações sobre as atividades desenvolvidas no período (no caso de programa de graduação: requerimento de matrícula, avaliação, equivalência de créditos, carga horária, etc). Este material será anexado ao exemplar impresso. 5. Como você avalia a assistência que a UFPB lhe forneceu? Todos os problemas apresentados na candidatura e preparação para viagem foram resolvidos, apesar de ser o primeiro ano da minha universidade anfitriã estar em parceria com a UFPB e sempre surgirem certas dúvidas, tudo correu bem. Dessa forma, acredito que foi uma assistência eficaz. Informações turísticas: 1. Qual o país e a cidade em que você ficou? Supriram ou superaram suas expectativas? Morei em Lisboa, Portugal. Toda a cidade, e até posso dizer que o país, superou as minhas expectativas. Era como viver o sonho, passear num filme. É tudo tão claro, limpo, brilhante, além da preocupação desnecessária com assaltos e violência gratuita nas ruas. 2. Como era a temperatura? Tente comparar com o nosso clima. Em setembro quando cheguei, era início do outono e ainda fazia sol e calor como no verão brasileiro. A partir de outubro, você sente que está na Europa, com toda a chuva, trovoadas, ventos fortes e frio congelante, que pode chegar a 2 negativos em dezembro, mas com uma sensação térmica de pelo menos 10 negativos pelo trabalho do vento. 3. Quais lugares você visitou? Como passei quase 1 ano (11 meses e alguns dias), eu visitei tudo que era possível em Lisboa. No país, cheguei a conhecer outras tantas cidades: Sintra, Óbidos, Porto, Mafra, Fátima, Évora, Coimbra e Batalha. Aldeias e vilarejos que vamos encontrando pelo caminho são relíquias de um mundo que se mostra realmente Velho.
Informações sobre custo de vida: 1. Qual o custo da sua viagem (ida e volta)? Dê valores de passagem aérea, taxas de embarque, táxi, etc, (preferencialmente em dólar). A viagem (ida e volta) custou cerca de $1200 dólares, na compra a partir da STB (Student Travel Bureau), com vôo partindo do Recife. Chegando em Lisboa, o gasto com táxi foi de 25 euros, pois fui hospedada por amigos que moravam longe do centro de Lisboa, onde fica o aeroporto. 2. Onde você ficou hospedado? Quanto custou? Você recomenda este alojamento? Dê características do local bem como o endereço, telefone e outras formas de entrar em contato. A primeira hospedagem foi em casa de amigos, e por isso, sem custo adicional. Encontrei alojamento com a assistência do ISCTE, num apartamento nas proximidades do Bairro Alto, na qual o proprietário é altamente recomendado pela sua simpatia e cuidado com os inquilinos. O apartamento com 2 quartos fica na Rua da Alegria, nº 36, 3º direito, ao pé da Avenida da Liberdade (metro Avenida). Ótima localização e fica a 15 minutos do ISCTE, via metro. O contato com o proprietário deve ser feito via ISCTE. 3. Em que locais você fazia suas refeições? Quanto custava um almoço, um lanche, etc? O refeitório da Universidade servia almoço a 2 euros, como ajuda de custo aos universitários, e se comia muito bem. Quando queria mudar, a opção estava nas dependências internas do ISCTE, onde haviam lanchonetes que também serviam almoço no custo máximo de 3,60 euros, com refrigerante/suco/água e sopa. Lanches como baguetes e sanduíches em geral não custavam mais do que 2,50. Fazer o próprio almoço sempre saía mais barato, já que os supermercados sempre tinham os produtos da casa, mais em conta e em maior quantidade, como o Minipreço e o Pingo Doce. 4. Quanto custava a passagem de ônibus, trem, etc, para locomover-se na cidade? Ônibus custava por volta de 1,20 euros (não tenho tanta certeza, pois poucas vezes precisei deste transporte). Trem, dependendo de onde queria ir (como por exemplo, atravessar o Rio Tejo) chegava a custar 3 euros, e o Metro, 0,75 centavos de euro (cêntimos) cada viagem.
5. Quais alternativas você encontrou através de sua experiência no exterior para: a) Alimentação: compras no supermercado? Cozinhou? Quanto custava o leite, o pão, as misturas (presunto, queijo, geléia..)? Cozinhar com certeza foi a melhor opção para dias em que eu não precisava ficar na Universidade. Gastava por volta de 20 euros por semana em compras de supermercado que continham tudo o que era necessário, desde produtos de limpeza à sobremesas e vinho barato. b) Transporte: aluguel de carros? Bicicleta? Caminhada? Caminhada era a melhor pedida, já que Lisboa é uma cidade de pequenas proporções comparada a grandes metrópoles européias. c) Moradia: ficou em albergue? Alugou um apartamento? Encontrou uma pousada ótima? Albergues são ótimos para viagens curtas e para mochilar. Morei em apartamento alugado em vista o longo tempo que fiquei em Lisboa. d) Diversão: existe um point imperdível? Bares? Casas noturnas? Teatro, cinema, música? O meu point imperdível era o Cinema São Jorge, na Avenidade Liberdade, com seus festivais de Cinema de todas as partes do mundo, onde artistas e diretores estavam presentes para palestras e conversas. O Teatro Tivoli também ficava perto da minha casa e tinham ótimas peças em cartaz, especialmente brasileiras. Bares e casas noturnas eram indicados pela assistência da Universidade e promovidos por entusiastas dos programas de intercâmbios, onde sempre tinham ou bebida ou comida de graça (ou quase) e muitos jovens estudantes de todas as partes do mundo. e) Acesso à internet: Cybercafés? Na Universidade? Em bibliotecas? Acessos públicos? No alojamento? Na Universidade o acesso é livre, com muitas salas de computação e computadores novos, além do acesso também nas bibliotecas. Eu também tive Internet em casa, via cabo.
6. Se você estivesse indo viajar agora, que outras informações considera relevante saber? Transcreva-as para os próximos colegas viajarem mais preparados. Procurar conhecer melhor as idiossincrasias da língua portuguesa falada em Portugal, as gírias e as grandes diferenças, para quando pedirem informações, pedir da maneira correta e não precisar sofrer com piadinhas e a velha xenofobia mascarada. Há dicionários de Brasileiro-Português na internet que podem auxiliá-los na comunicação. E nunca é tarde lembrar da boa educação, das palavras por favor, com licença e obrigado que sempre ajudam a conseguir o que quer que seja, e que nós costumamos esquecer quando perguntamos a hora, por exemplo. Isso faz uma diferença importante, especialmente com pessoas de outro país e com uma cultura tão diferente da nossa.