Aula 00 Curso: Legislação Específica Agente PF Professor: Leonardo Coelho. Prof. Heraldo Rezende 1 de 40. www.exponencialconcursos.com.



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Transcrição:

Aula 00 Curso: Legislação Específica Agente PF Professor: Leonardo Coelho Prof. Heraldo Rezende 1 de 40

APRESENTAÇÃO Curso: Legislação Específica Agente PF Falaí, galera do bem! É com muita alegria que escrevo este meu primeiro curso no Exponencial. Para os que ainda não me conhecem, sou Auditor da Receita Federal do Estado do Rio de Janeiro, aprovado em 4º lugar no difícil certame de 2013, no qual 7.700 candidatos disputaram 50 vagas e apenas 24 foram aprovados! Estudei freneticamente por 14 meses e fui aprovado em 12 concursos diferentes em 2013, dentre eles: 9º lugar: AFRE SEFAZ/ES 4º lugar: APO SEPLAG/RJ 1º lugar: Oficial de Fazenda SEFAZ/RJ 1º lugar: Temporário ANS TI 6º lugar: Analista de Negócios SERPRO Meu objetivo sempre foi o concurso de Auditor Fiscal do Rio de Janeiro, mas usei como tática motivacional estudar para outros concursos um pouco similares. Nestes 14 meses de estudo fiz 18 provas diferentes, incluindo 3 fiscos estaduais (fui aprovado em dois deles!). Foi um período bem interessante de minha vida, bastante edificante, ainda que muito sofrido. E, sem dúvida, o apoio de minha esposa foi fundamental para conseguir aguentar uma carga tão pesada, pois estudava todos os dias, sem parar, durante uma média de 8 horas diárias, além de ainda trabalhar dando aulas para manter a renda da família. Se você quiser conhecer com mais detalhes a minha trajetória, eu fiz um depoimento bem esmiuçado no site do Exponencial Concursos (http:///depoimento-leonardo-coelho/). Lá você poderá ver um quadro esquemático de horas de estudo, a classificação de matérias e como organizar-se na hora de estudar, além de diversas dicas de materiais e técnicas para estudar com mais eficiência. Eu tive uma vantagem boa na hora de estudar para concursos: dou aulas em faculdades de Engenharia faz um bom tempo e sempre fui um entusiasta do aprendizado sobre o aprendizado. Isto envolve técnicas de estudo, maneiras de assimilar ou até mesmo decorar as coisas que é preciso aprender. E isto me foi fundamental para organizar a maneira de estudar eficientemente para concursos. Boa parte destas técnicas são usadas por mim e nossa equipe nos serviços de coaching e nos materiais do Exponencial Concursos. Se quiser mais detalhes sobre isto, visite nosso site ou fale diretamente comigo no Facebook (https://www.facebook.com/leonardo.coelho.souza). Prof. Leonardo Coelho 2 de 40

Vamos então aos detalhes deste curso. Estamos tratando de um conjunto de leis nesta matéria. Temos, eventualmente, alguns conceitos a serem compreendidos, mas em sua essência, trata-se do entendimento de leis. Por conta disto, o material que construí está extremamente esquematizado e focado, para que você assimile de cara o fundamental da matéria. E restando-lhe tempo, daí você passa aos detalhes e especificidades para seguir para o 100%. Você verá que o suprassumo do material está no formato de mapas mentais, esquemáticos e tabelas. Use isto a seu favor, compilando-os para suas revisões finais. Não aconselho que pule todo o texto e vá direto aos esquemas, mas se estiver super apertado de tempo, é uma estratégia válida, melhor que simplesmente ignorar a matéria. É assim o foco do Exponencial: aprender o que mais importa e, se sobrar tempo, se aprofundar. Se bobear, você será aprovado antes de precisar se aprofundar! O curso será de Teoria e Questões, focado na banca CESPE, sobretudo no estilo Certo e Errado, típico desta banca. É uma prova estratégica, na qual você deve ter uma boa base no estudo para saber não somente acertar, mas ter consciência de que não sabe para evitar um chute que lhe faça perder pontos. Você irá perceber que o meu curso se baseia nas Leis, mas em raras passagens você verá um texto de lei corrido nesta apostila. Isto se deve a um conceito de metodologia que adotamos no Exponencial, não é meramente intencional. Muitas leis são organizadas de forma confusa e prolixa e não é incomum ver uma lei de mais de 100 artigos e perceber que os artigos 10 e 120 tratam do mesmo assunto, mas estão bem distantes no texto da Lei. Ao rearrumar o assunto e tratá-los por temas, torna-se mais fácil absorvermos o conteúdo e correlacionar o aprendizado. Você irá perceber isto ao longo deste material. Cabe ressaltar que, ainda assim, é altamente recomendável que você faça um ou mais leituras da lei: por mais que o professor tenha experiência e esforce-se para tornar o entendimento mais fácil, as bancas tendem a nos surpreender com trechos do tipo copia e cola. E, neste caso, pode ser necessário saber de cor determinados trechos de lei. Para nossa sorte, no entanto, isto tem sido cada vez menos comum nos concursos de ponta. Vamos começar analisando o edital e o histórico desta prova. Histórico e análise das provas de Legislação Específica Agente PF Na tabela a seguir, temos a disposição das questões nos últimos certames. Desde 1998, as provas deste concurso são elaboradas pelo CESPE, Prof. Leonardo Coelho 3 de 40

mas me ative às provas de 2004 para cá para vermos a tendência mais recente da banca. Análise das Provas de Agente da PF de 2004, 2009 e 2012. Assunto 2004 2009 2012 Total Lei nº 7.102/1983 1 1 Lei nº 10.357/2001 0 Lei nº 6.815/1980 1 1 Lei nº 11.343/2006 2 2 Lei nº 4.898/1965 1 1 Lei nº 9.455/1997 1 1 1 3 Lei nº 8.069/1990 3 1 4 Lei nº 10.826/2003 1 2 3 Lei nº 9.605/1998 1 1 2 Lei nº 8.072/1990 0 Lei nº 10.446/2002 1 1 Repare que duas destas Leis não foram cobradas diretamente. Se você estiver sem tempo para estudar, eu sugeriria que simplesmente pulasse estas aulas e estudasse somente os esquemas apresentados nelas. No entanto, elas tratam de temas abordados em outras leis e, em algumas questões, os conceitos acabam se relacionando a elas também. Portanto, se lhe for possível, não as ignore! Por outro lado, repare que algumas leis são cobradas regularmente. Isto significa uma coisa muito clara: FOCO. Saiba estas especialmente no detalhe. Revise com calma e vá para a prova com todos os esquemas que irei lhe disponibilizar bem frescos em sua memória. Não perca este pontinho precioso! Uma dica para os desesperados com pouco tempo para estudo: a minha última aula será um apanhado de tudo que vimos no curso com os principais esquemas e bizus. Se não vai dar tempo de estudar todo o conteúdo, pule diretamente para esta aula e absorva o que lhe for possível. Obviamente, não recomendo fazer isto se você tem tempo para estudar, pois passar por toda a matéria lhe dará uma base muito mais sólida. Vamos ver como será a estrutura do nosso curso. Prof. Leonardo Coelho 4 de 40

Aula Conteúdo Data 00 1. Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências. 01 2. Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências. 02 3. Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração. 03 4. Lei nº 11.343/2006: institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad); prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências (apenas aspectos penais e processuais penais). 04 5. Lei nº 4.898/1965: direito de representação e processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (apenas aspectos penais e processuais penais). 05 7. Lei nº 8.069/1990: Estatuto da Criança e do Adolescente (apenas aspectos penais e processuais penais). 06 8. Lei nº 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento (apenas aspectos penais e processuais penais). 07 9. Lei nº 9.605/1998: Lei dos Crimes Ambientais (apenas aspectos penais e processuais penais). 21/09/2014 05/10/2014 12/10/2014 19/10/2014 26/10/2014 02/11/2014 09/11/2014 16/11/2014 Prof. Leonardo Coelho 5 de 40

08 6. Lei nº 9.455/1997: define os crimes de tortura e dá outras providências (apenas aspectos penais e processuais penais). 10. Lei nº 8.072/1990: Lei dos Crimes Hediondos. 11. Lei nº 10.446/2002: infrações penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme. Curso: Legislação Específica Agente PF 23/11/2014 09 Revisão e esquemas para véspera de prova. 30/11/2014 Prof. Leonardo Coelho 6 de 40

Aula 00 Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências Assunto Página 1 SOBRE A LEI 7.102 8 2 ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS 8 3 SISTEMAS DE SEGURANÇA 10 4 SERVIÇOS ENGLOBADOS NA LEI 7.102 13 5 PENALIDADES 17 6 SEGURO 19 7 VIGILANTES 20 8 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 26 9 QUESTÕES COMENTADAS 29 10 LISTA DE EXERCÍCIOS 35 E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis nesta aula: Esquema 1 - Assuntos tratados na Lei 7.102 8 Esquema 2 - Estabelecimentos Financeiros 9 Esquema 3 - Vedações aos estabelecimentos financeiros 9 Esquema 4 - Definição de Sistema de Segurança 11 Esquema 5 - Tratamento diferenciado dado às CSCs 13 Esquema 6 - Quem pode exercer atividades de Vigilância Ostensiva e Transporte de Valores 14 Esquema 7 - Transporte de Numerário para suprimento e recolhimento do movimento diário de estabelecimentos financeiros 14 Esquema 8 - Atividades de Segurança Privada 16 Esquema 9 - Atividades exercidas por Empresas Especializadas Privadas 16 Esquema 10 - Condições essenciais para atuação das Empresas Especializadas Privadas 17 Esquema 11 - Penalidades previstas 18 Esquema 12 - Atividades exercidas por Vigilantes 21 Esquema 13 - Requisitos para exercício da profissão de Vigilante 21 Esquema 14 - Direitos do Vigilante 23 Esquema 15 - Responsabilidade e Propriedade das Armas usadas pelos Vigilantes 24 Esquema 16 - Armas usadas pelo Vigilante 25 Esquema 17 - Competências do Ministério da Justiça 26 Esquema 18 - Competências que devem ser exercidas diretamente pelo Ministério da Justiça 27 Esquema 19 - Penalidades aplicáveis pelo Ministério da Justiça 27 Esquema 20 - Empresas sobre as quais o Ministério da Justiça pode aplicar penalidades (ou, Empresas cujo funcionamento é autorizado pelo Ministério da Justiça) 27 Esquema 21 - Atribuições do Ministério da Justiça que serão exercidas pelo Departamento de Polícia Federal 28 Prof. Leonardo Coelho 7 de 40

Vamos começar os estudos! Lembre-se, NADA RESISTE AO TRABALHO! Dedique-se com garra e a vitória será certa, ainda que demore um pouco. Estaremos juntos por 11 aulas. Em qualquer momento, se sentir necessidade, entre em contato comigo por meio do nosso site do Exponencial. Estarei a postos para sanar quaisquer problemas que enfrentar com esta disciplina. 1. SOBRE A LEI 7.102 1.1. De que trata esta Lei? Já que vamos encarar uma lei de 26 artigos, vale entendermos do que ela trata logo de cara para nos ambientarmos. Veja o esquema abaixo: Lei 7.102 Segurança de Estabelecimentos Financeiros Constituição e funcionamento de empresas particulares de.. Outros assuntos Serviços de Vigilância Transporte de Valores Esquema 1 - Assuntos tratados na Lei 7.102 Ao longo dos próximos itens veremos cada um destes itens no detalhe. Neste momento, devemos apenas compreender que esta lei irá tratar dos elementos mostrados acima. Sigamos. 2. ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS Se esta Lei trata de Estabelecimentos Financeiros (EF), uma pergunta natural é: o que são eles? A própria lei encarrega-se de definir o escopo do que trata como EF. Veja no esquema abaixo: Prof. Leonardo Coelho 8 de 40

Estabelecimentos Financeiros Bancos Caixas Econômicas Curso: Legislação Específica Agente PF Oficiais Privados Sociedades de crédito Associações de poupança Cooperativas de créditos e suas dependências Esquema 2 - Estabelecimentos Financeiros No caso de Bancos, Caixas Econômicas, Sociedades de Crédito e Associações de poupança, ainda devemos considerar como Estabelecimentos Financeiros as suas: Agências; Postos de Atendimento; Subagências; e Seções. Cabe ainda destacar uma importante vedação aos EF: É vedado funcionamento de estabelecimento financeiro em que Há guarda de valores ou movimentação de numerário e não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação Esquema 3 - Vedações aos estabelecimentos financeiros Ressalta-se que a aprovação do Sistema de Segurança dos EF é elaborado pelo Ministério da Justiça. Veremos mais detalhes sobre isto adiante. (CESPE Tec MPU / Apoio Especializado / Segurança / 2010) No que se refere à segurança privada, julgue o item que se segue. Todo estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário deve dispor de sistema de segurança, cuja aprovação depende de parecer favorável elaborado pelo Ministério da Justiça. Resolução: Veja o Esquema 3 da página 8, acima. O EF em que há guarda de valores ou movimentação de numerário deve possuir sistema de segurança. E este Prof. Leonardo Coelho 9 de 40

sistema deve ser aprovado pelo Ministério da Justiça. Portanto, CERTA a afirmação. 2.1 Detalhamento dos Estabelecimentos Financeiros Você não precisa compreender no detalhe a definição que irei lhe passar agora. No entanto, vale uma passada rápida por aqui para contextualizar com o resto da Lei. Veja a seguir. Bancos no âmbito da Lei 7.102, Bancos oficiais são aqueles que recebem capital público. Privados são todos os demais. Caixas Econômicas são empresas públicas e, atualmente, atuam como os bancos. No entanto, as Caixas Econômicas priorizam a concessão de empréstimos e financiamento a programas e projetos de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esportes. A Caixa Econômica Federal (CEF) é o exemplo mais fácil de nos lembrarmos. Ela é responsável por diversos programas como o financiamento habitacional e o atendimento a trabalhadores formais por meio do pagamento do FGTS, PIS e segurodesemprego. Sociedades de Crédito também conhecidas por financeiras. Têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Popularizaram-se bastante faz pouco tempo, tornando-se presente em tudo que é lugar. Associações de poupança Seguem as regras de uma sociedade civil, sendo propriedade comum de seus associados. Suas ações são basicamente direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Apoiam os associados na aquisição de casas próprias. Cooperativas de crédito definidas no item 3.1, adiante. 3. SISTEMAS DE SEGURANÇA Este é um dos temas principais tratados nesta Lei. O Sistema de Segurança é algo definido nela e bem comum no nosso dia a dia. Conforme eu for explicando-o, tente fazer menção ao que viu nas últimas vezes em que foi a uma agência bancária, por exemplo. Você perceberá que os Bancos seguem à risca as determinações desta Lei! O Sistema de Segurança, conforme a Lei 7.102, inclui os itens mostrados no esquema abaixo: Prof. Leonardo Coelho 10 de 40

Sistema de Segurança Pessoas adequadamente preparadas Alarme que permita, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e Cabina blindada com vigilante nela durante todo o expediente para o público Curso: Legislação Específica Agente PF Outro estabelecimento da mesma instituição ou Empresa de vigilância ou Orgão policial mais próximo perseguição Artefatos para retardar ação de criminosos para sua identificação captura Esquema 4 - Definição de Sistema de Segurança Particularmente em relação às cabinas, elas devem continuar sendo vigiadas por vigilantes enquanto houver movimentação de numerário 1 no interior do estabelecimento. Você já deve ter entrado numa agência bancária e reparado nestas cabinas, não? Veremos adiante que a Lei trata dos requisitos para as pessoas adequadamente preparadas. E define também o que é necessário para ser um Vigilante, suas atribuições e características. (CESPE - Tec MPU / Apoio Especializado / Segurança / 2010) No que se refere à segurança privada, julgue o item que se segue. O sistema de segurança em estabelecimento financeiro deve incluir pessoal adequadamente preparado, alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação com outro estabelecimento da instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo, e dispor, pelo menos, de outro mecanismo de segurança, como, por exemplo, equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação de assaltantes. Resolução: Repare no Esquema 4 na página 11. Constituem um Sistema de Segurança: Pessoas adequadamente preparadas Alarme que permita, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e o Outro da mesma instituição ou 1 Numerário é uma forma de referir-se a moeda, dinheiro. Prof. Leonardo Coelho 11 de 40

o Empresa de vigilância ou Curso: Legislação Específica Agente PF o Órgão policial mais próximo Pelo menos um dos itens o o Equipamentos de filmagem para identificação de assaltantes Artefatos para retardar ação de criminosos para sua perseguição identificação captura o Cabina blindada com vigilante nela durante todo o expediente para o público Portanto, CERTA a afirmativa. 3.1 Cooperativas Singulares de Crédito (CSC) Taí outro conceito que vou lhe explicar, mas dificilmente precisará guardar a definição. Portanto, leia para contextualizar e compreender o que vem adiante. Cooperativas de crédito são tratadas na Lei Complementar (LC) 130 de 2009, que institui o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Sua destinação precípua é prover, por meio da mutualidade, a prestação de serviços financeiros a seus associados, sendo-lhes assegurado o acesso aos instrumentos do mercado financeiro. Mutualidade, neste contexto, refere-se justamente à cooperação entre os integrantes da cooperativa. A LC 130 ainda diz que a captação de recursos e a concessão de créditos e garantias devem ser restritas aos associados, ressalvadas as operações realizadas com outras instituições financeiras e os recursos obtidos de pessoas jurídicas, em caráter eventual, a taxas favorecidas ou isentos de remuneração (afinal, deve haver alguma vantagem para os cooperados, certo?). Ou seja, é uma forma de associação para que os integrantes tenham benefícios na hora de fazer empréstimos. E como qualquer atividade do gênero, é regulada e fiscalizada, sendo regida pelas regras do Sistema Financeiro Nacional. As Cooperativas de Crédito têm diversas classificações, mas vamos nos ater apenas às Singulares, que se caracterizam por prestar serviços financeiros de captação e de crédito apenas aos respectivos associados, podendo receber repasses de outras instituições financeiras e realizar aplicações no mercado financeiro. Toda esta ladainha é para você compreender o que esta lei diz ao tratar de forma diferenciada as CSCs e dependências com reduzida Prof. Leonardo Coelho 12 de 40

circulação financeira (agora volte a ter atenção total!). Para estas entidades, o Poder Executivo pode dar um tratamento diferenciado em relação aos requisitos de segurança, como disposto no esquema: CSCs e dependências com reduzida circulação financeira Dispensa de sistema de segurança se o estabelecimento estiver dentro de um edifício em conformidade com o sistema definido no esquema 4. Elaboração e aprovação de um único plano de segurança por CSC (desde que detalhadas todas as suas dependências) Dispensa de contratação de vigilantes (caso isto inviabilize economicamente o estabelecimento) Esquema 5 - Tratamento diferenciado dado às CSCs item a seguir. (CESPE - APF/2012) A respeito das leis especiais, julgue o Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação financeira, a cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar vigilantes, independentemente de se provar que a contratação inviabilizará economicamente a manutenção do estabelecimento. Resolução: Como vimos há pouco, as CSCs e suas dependências com reduzida circulação financeira possuem tratamento diferenciado, justamente, permitindo-lhe a dispensa de contratação de vigilantes caso isto inviabilize economicamente a manutenção do estabelecimento. Portanto, a afirmativa acima está ERRADA. 4. SERVIÇOS ENGLOBADOS NA LEI 7.102 Esta Lei foi feita para definir regras a serem seguidas por determinadas entidades e empresas, como já vimos um pouco até agora. Para ser mais específico, o legislador definiu as atividades prestadas por estas empresas e que, por conseguinte, são regidas por esta Lei. São elas: Vigilância Ostensiva Transporte de Valores Segurança Privada Prof. Leonardo Coelho 13 de 40

Vamos ver adiante mais detalhes a respeito delas. Curso: Legislação Específica Agente PF 4.1 Vigilância Ostensiva e Transporte de Valores Há restrições a respeito de quem pode executar estes serviços, veja abaixo: Empresa especializada contratada Próprio estabelecimento Em estabelecimentos financeiros estaduais Organizado e preparado para isto Sistema de segurança aprovado pelo Ministério da Justiça Se for Pessoal Próprio Aprovados em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça Pode ser desempenhado pelas Polícias Militares (a critério do Governo do Estado) Esquema 6 - Quem pode exercer atividades de Vigilância Ostensiva e Transporte de Valores O próprio estabelecimento pode executar estes serviços, mas para isto precisa estar organizado e preparado para tal, tendo seu Sistema de Segurança com parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça. E se o serviço for feito por pessoal próprio, eles precisam ser aprovados em curso de formação de Vigilante autorizado também pelo Ministério da Justiça. Vale destacar outro detalhe: dependendo do valor de dinheiro transportado (suprimento 2 e recolhimento diário de numerário dos EF), as exigências em relação ao transporte mudam. Na prática, para valores menores, há um relaxamento da regra, como podemos ver no esquema abaixo: Pode ser feito em veículo comum, com 2 vigilantes Obrigatório o uso de veículo da própria instituição ou de empresa especializada 7.000 UFIR 20.000 UFIR Esquema 7 - Transporte de Numerário para suprimento e recolhimento do movimento diário de estabelecimentos financeiros 2 Suprimento é um termo usado para quando a empresa aporta dinheiro no estabelecimento para o início de suas atividades diárias. Um exemplo para facilitar: quando a caixa da Padaria inicia o dia, é importante que haja um dinheirinho para ela iniciar o dia de trabalho, dar trocos, etc. Isto é um suprimento de caixa! Prof. Leonardo Coelho 14 de 40

Este transporte de numerário é algo típico dos EF, tendo em vista suprir (prover dinheiro para operar no dia) ou recolher (pegar o excesso de dinheiro captado no dia). Repare que este é um valor indexado em UFIR, antiga Unidade Fiscal de Referência, extinta em 2000. Este indexador foi criado num período de alta inflação, com o intuito de manter as referências a valores sempre atualizados. Com a extinção dele, os valores foram convertidos para Reais naquela data, por determinação legal. Não cabe determinarmos o valor exato destes valores citados na Lei, mas conhecendo as bancas, não me surpreenderia se perguntassem algo relacionado aos limites expostos no Esquema 7. Portanto, trate de transpor este esqueminha para seu resumo e lembrar-se dele nas vésperas da prova! (CESPE - Tec (BACEN) / Área 2 - Segurança Institucional / 2013) As atividades do sistema financeiro ligadas à movimentação de numerário e dados de movimentação bancária são revestidas de uma série de especificidades, em especial relacionadas à segurança. Acerca desse assunto e considerando a legislação relacionada, julgue o item a seguir. Para a execução de serviços de transporte de numerário no valor de sete a vinte mil unidades fiscais de referência, poderá ser utilizado um veículo comum com dois vigilantes. Resolução: Esta aqui o convenceu a por o Esquema 7 no seu resumo de véspera de prova, correto? Pois bem, basta olhar para ele logo acima que já sabemos que esta afirmativa está corretíssima! (CESPE - EPF/2013) No que tange à segurança de estabelecimentos financeiros, julgue o item abaixo, com base na Lei n.º 7.102/1983. Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância ostensiva, desde que autorizada pelo governador estadual. Resolução: O último item do Esquema 6 nos diz exatamente isto: Em estabelecimentos estaduais, as atividades de Vigilância Ostensiva e Transporte de Valores podem ser desempenhadas pelas Polícias Militares, a critério do Governo do Estado. CORRETA! Prof. Leonardo Coelho 15 de 40

4.2 Segurança Privada Curso: Legislação Específica Agente PF Empresas privadas podem prestar serviços de Segurança. É bastante normal, inclusive. Repare quando vir um carro forte próximo a uma agência bancária, verá que na maioria são empresas privadas prestando serviço para aquele banco. A Lei 7.102 define as atividades que podem ser desenvolvidas por empresas privadas e que são regidas pelas regras que estamos vendo neste material: Transportar valores Garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga Vigilância patrimonial das instituições financeiras e outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas Esquema 8 - Atividades de Segurança Privada É interessante notar que uma mesma empresa pode ser responsável por exercer atividades de Vigilância e Transporte de Valores. Um termo que usarei de agora em diante e é usado por esta Lei é o de empresa especializada. O legislador as tratou como sendo aquelas que prestam serviços de Segurança, Vigilância e/ou Transporte de Valores. Estas empresas, quando forem privadas, podem também prestar atividades de Segurança Privada, conforme mostra o esquema abaixo: Empresas especializadas Podem prestar serviços de segurança privada a Pessoas Residências Entidades sem fins lucrativos Órgãos e Empresas Públicas Estabelecimentos Comerciais Industriais de Prestação de Serviços Esquema 9 - Atividades exercidas por Empresas Especializadas Privadas Alguns detalhes interessantes sobre estas empresas: Prof. Leonardo Coelho 16 de 40

Estrangeiros estão proibidos de serem proprietários ou administradores delas O Capital Social destas empresas não pode ser menor que 100 mil UFIRs Diretores e demais empregados não podem ter antecedentes criminais registrados O intuito destas restrições, obviamente, é criar um ambiente mais confiável para a atuação de empresas que trabalham num setor altamente delicado. Claro que existe uma forçada de barra para reservar o mercado também, mas deixemos isto de lado e vamos focar no que cai na prova! Para que uma empresa especializada privada possa atuar, é necessário que sejam cumpridas duas condições: Condições essenciais para atuação das Empresas Especializadas Privadas Autorização de funcionamento conforme Lei 7.102 Comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo Estado, Território ou Distrito Federal Esquema 10 - Condições essenciais para atuação das Empresas Especializadas Privadas A autorização de funcionamento citada no Esquema 10 é concedida pelo Ministério da Justiça, conforme veremos adiante. Como outras empresas privadas, as Empresas Especializadas são regidas pela legislação Comercial, Civil, Trabalhista, Previdenciária e Penal. Estas legislações se aplicam a qualquer empresa que use pessoal próprio para execução das atividades que caracterizam uma empresa especializada 3, independentemente do objeto social 4 da empresa. 5. PENALIDADES Pois então, vimos até agora que a Lei 7.102 define regras para EF e Empresas Especializadas. E se estas empresas não cumprirem o que está definido na Lei, o que acontece? Vejamos as penalidades cabíveis: 3 Serviços de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores. 4 O Objeto social de uma empresa é um dos seus elementos constitutivos e vem expresso no seu estatuto ou contrato social. É um texto que define a finalidade de existência da empresa e especifica o que a empresa faz. Prof. Leonardo Coelho 17 de 40

Penalidades Advertência Multa Interdição do estabelecimento Mínimo: 1.000 UFIR Máximo: 20.000 UFIR Esquema 11 - Penalidades previstas Ou seja, há três possibilidades de pena: Advertência, Multa ou Interdição. Repare que elas possuem uma gradação e listei na ordem da menos grave para mais grave. A multa possui valores mínimos e máximos que devem ser memorizados para evitar pegadinhas de prova. Para você que ainda não está acostumado com o perfil do legislador, vale lembrar que as penalidades são aplicadas conforme a gravidade da infração à Lei 7.102, levando em conta a reincidência e a condição econômica do infrator. Estes são conceitos típicos, encontrados em diversas outras leis. A ideia é que infratores reincidentes tenham penalidade mais grave. E que, quanto melhor a condição econômica do infrator, maior sua punição. OBS: não estou aqui para julgar se isto é cumprido ou não, bora passar na prova! (CESPE - Tec (BACEN) / Área 2 - Segurança Institucional / 2013) As atividades do sistema financeiro ligadas à movimentação de numerário e dados de movimentação bancária são revestidas de uma série de especificidades, em especial relacionadas à segurança. Acerca desse assunto e considerando a legislação relacionada, julgue o item a seguir. As penas previstas para estabelecimentos financeiros que descumprirem as normas do sistema de segurança abarcam desde advertência ou multa até a interdição. Resolução: Com o Esquema 11 da página 18 fica fácil. Temos as opções de penalidades: Advertência, Multa ou Interdição. Portanto, CERTA a afirmativa. Prof. Leonardo Coelho 18 de 40

6. SEGURO Os serviços dos EF possuem um risco grande. É natural que eles recorram a alguma seguradora para reduzir o risco de roubo e furto de numerário. Entretanto, a Lei 7.102 impôs que as Apólices de Seguro sejam emitidas em favor de EF somente se o EF seguir as regras desta Lei. Além disto, se o EF não seguir esta Lei e ainda assim for emitida apólice, estas não terão cobertura de resseguro pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). E como é feito no caso de seguro de motoristas cuidadosos, os EF que possuem mecanismos de proteção extras, além dos mínimos exigidos pela Lei 7.102, receberão descontos sobre o prêmio do Seguro. Ok, ok, se você não manja nada de Seguros, deve ter dado aquela viajada! Vou dar mais detalhes sobre isto que acabamos de ver. Agora, se você já tem certo domínio do assunto e compreendeu o que eu disse acima, pode pular a explicação a seguir e ir direto para o item 6 desta apostila, pois o que havia de importante sobre Seguros nesta Lei já foi visto. O mercado de Seguros vem crescendo substancialmente no Brasil. Em outros países, como os EUA, é um mercado bem maior, as pessoas fazem seguro para tudo que é coisa, tudo mesmo! No Brasil, é muito comum fazermos seguro de automóveis e de vida. A ideia do seguro é reaver o valor financeiro do bem perdido. Assim, se eu faço o seguro do meu carro e ele é roubado, irei receber de volta o valor estimado deste meu carro. Quando da assinatura do contrato com a Seguradora, nós assinamos um documento chamado Apólice. A Apólice do Seguro é um instrumento contratual, pelo qual o segurado (o dono do carro, por exemplo) repassa à seguradora a responsabilidade pelos riscos estabelecidos neste contrato, que possam vir a ocorrer. A apólice, como outros contratos, possui diversas cláusulas a respeito do contrato, responsabilidades, direitos e coberturas abrangidas no seguro. No momento que você firma a Apólice do Seguro, você paga um valor à Seguradora, chamado Prêmio. O prêmio é o valor que a seguradora cobra para bancar o risco elencado no contrato do seguro. Quando ocorre um acidente por exemplo, você bate com o carro e precisa acionar a seguradora, chamamos este evento de Sinistro. Um sinistro é todo evento previsto e coberto pelo seguro e cujos prejuízos serão assumidos pela seguradora. No momento em que ocorre o sinistro e acionamos a seguradora, é comum haver a cobrança da chamada Franquia. A franquia é um valor, normalmente um percentual do valor do bem segurado, que o segurado Prof. Leonardo Coelho 19 de 40

paga à seguradora no momento de acioná-la por conta de um sinistro. É como se nós assumíssemos parte da responsabilidade pelos riscos, junto com a seguradora. Dependendo do contrato, este valor pode ser bem significativo. É comum, por exemplo, que no caso de pequenas avarias em automóveis, a pessoa prefira não acionar o seguro, pois só o valor da franquia já é maior que o valor do conserto! Acontece que as Seguradoras também estão numa situação arriscada. Imaginem uma Seguradora que faça seguro residencial na região de Nova Orleans, nos EUA. Imagine que a maioria dos clientes desta seguradora esteja nesta região. Agora imagine a situação desta empresa depois do dia 29 de agosto de 2005 quando o furacão Katrina devastou essa região. O que aconteceria a esta empresa? Provavelmente, ela teria um prejuízo enorme pagando pela destruição deste furacão. Pois bem, para reduzir um pouco este risco, as Seguradoras recorrem ao chamado Resseguro, que é o seguro do seguro. As instituições chamadas Resseguradoras fazem seguro de seguros, ou seja, dividem os riscos com as seguradoras, indenizando-as pelos danos que podem vir a ocorrer em decorrência de suas apólices de seguro. No Brasil, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é a principal empresa que opera no setor - ela foi estatal por um bom tempo, sendo privatizada em 2013. 7. VIGILANTES Já vimos as empresas tratadas na Lei 7.102. Vimos algumas regras para que elas operem. Agora veremos as regras para os profissionais que nelas trabalham, especificamente, os vigilantes. Você já deve ter entrado numa agência bancária e ter ficado preso numa daquelas portas detectores de metal. Quem nunca? Pois bem, aquele carinha que vem revistar sua mochila e liberar sua passagem é um Vigilante que segue as regras que veremos agora. Um vigilante é um empregado que exerce as atividades de: Prof. Leonardo Coelho 20 de 40