Relatório da Reunião da Coordenação Estadual de Entidades da CSP-Conlutas do Rio de Janeiro



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Transcrição:

1 Relatório da Reunião da Coordenação Estadual de Entidades da CSP-Conlutas do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 23 de julho de 2011. Presentes 23 companheiros representantes e observadores das 11 entidades do Movimento sindical e popular: SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE NOVA IGUAÇU E REGIÃO; SINDJUSTIÇA-RJ, SINDSCOPE, Minoria do SEPE-RJ, Minoria do SINDPETRO-RJ, Oposição do SINTUFRJ, Oposição do SINTECT-RJ, Oposição do Sindicato dos Bancários RJ, MTST, Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe e a Frente Nacional de Torcedores (FNT). Pauta: 1. Conjuntura (campanhas salariais, greves e mobilizações); 2. Movimento Popular (Remoções e atividades) 3. Caravana de Representantes das Entidades a CNE 1. Resolução de Conjuntura (campanhas salariais, greves e mobilizações); Considerando: a. Que o governo de Dilma Rousseff segue atacando os trabalhadores com arrocho salarial, inflação e políticas que visam à redução dos direitos dos trabalhadores; b. Que os trabalhadores de várias categorias realizam lutas de resistência em todo o país e também em nosso estado; c. Que neste momento segue a greve dos técnicos administrativos das quatro universidades aqui no Rio, segue a greve da educação estadual com forte enfrentamento e há mobilizações de trabalhadores que já estiveram em greve como os terceirizados da Petrobrás do Norte Fluminense e os petroleiros do Rio de Janeiro; d. Que os bancários, petroleiros, metalúrgicos e os trabalhadores dos correios tem sua data base no segundo semestre, algumas já iniciando a sua campanha salarial e os comerciários de Nova Iguaçu realizam sua campanha salarial emergencial por conta das festas de final de ano; e. Que o governo Sérgio Cabral e Eduardo Paes atacam as comunidades na tentativa de aumentar os lucros das empreiteiras e realizar remoções das comunidades, dos quilombolas com a desculpa de preparar a cidade e o estado para os jogos da Copa e as Olimpíadas;

2 f. Que falta um pouco mais de um mês para a jornada de mobilização de agosto e politicamente está tudo certo e confirmado. O Cartaz e o Manifesto Nacional de convocação da Jornada Nacional de Mobilizações já foram fechados e estão sendo distribuídos nesta reunião; g. Que estas duas convocatórias oficiais das atividades da jornada foram assinadas pela CSP Conlutas, as mais importantes entidades nacionais dos servidores públicos federais (Andes, Sinasefe, Fenasps, Condsef), o MST, o MTL, MTST, Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, a Intersindical, a Anel e o CEPRS; h. Que esta vitória é fundamental para a ampliação na participação e presença das entidades e movimentos nas atividades da jornada e que queremos transformar as atividades da jornada, especialmente o ato nacional em Brasília no dia 24 de agosto, em uma importante manifestação nacional contra o governo Dilma e sua política econômica de arrocho, inflação e privatizações. A Coordenação Estadual de Entidades da CSP-Conlutas RJ resolve: a. Seguir apoiando todas as lutas que se dão neste momento e fazer um esforço para a unificação de calendários e atividades destas mobilizações; b. Apoiar a luta contra o racismo institucional, a homofobia e o machismo: a violência policial, a luta contra as remoções das comunidades e dos quilombolas; c. Cercar de solidariedade à greve dos educadores estaduais e a dos técnicos administrativos das universidades federais; d. Participar e ajudar a construir uma plenária dos Servidores Públicos Federais da base do Andes, Sinasefe, Fenasps, Condsef, o MST, o MTL, o MTST, a Intersindical, a Anel, os servidores estaduais e municipais da saúde, da educação, junto com as demais categorias, entidades e movimentos em luta para a construção de atividades unitárias durante a Jornada Nacional de Lutas, partir do dia 17 até o dia 26 de agosto, como forma de fortalecer as campanhas salariais e o Dia Nacional de Lutas, contra as políticas do governo Dilma, Sérgio Cabral e Eduardo Paes; e. Fazer uma proposta a todas as categorias e movimentos em luta sobre a possibilidade de que esta plenária prepare também a caravana para o Dia Nacional de luta, no dia 24 de agosto, para Brasília. 2. Proposta de resolução sobre o Movimento Popular (remoções e atividades); Considerando: a. Que os governos de Sérgio Cabral e Eduardo Paes realizam uma série de remoções nas comunidades com a desculpa de preparar a cidade para os jogos da Copa e das Olimpíadas; b. Que estas remoções retiram as comunidades dos seus locais de moradia e levam estas famílias para localidades que distam em média 50 km dos seus locais de origem; c. Que estes jogos e mega eventos não são para a maioria dos trabalhadores, do povo e que não deixarão benefícios após seu término para a cidade e o estado, como já ocorreu em outras cidades do mundo que sediaram estes eventos;

3 d. Que neste dia 30 de julho, nesta cidade, vão estar representantes de 183 países, convocados pela FIFA, para realizar o sorteio das chaves dos jogos finais da Copa Mundial de Futebol de 2014; e. Que as comunidades atingidas pelas remoções e as obras faraônicas estão se organizando para realizar neste mesmo dia uma Marcha por uma Copa do Povo (30/07), com concentração a partir das 10 horas, no Largo do Machado; f. Que esta atividade também exige o fim das remoções, uma reforma urbana com a construção de casas dignas sob o controle dos trabalhadores, a garantia de mobilidade urbana e a restauração do Estádio Mário Filho, que está sendo destruído pelos governos de Cabral e Paes; g. Que é possível contar com a presença neste dia (30/07) com a presença de comunidades atingidas pela obras de preparação da Copa que ocorrem na cidade de São Paulo; h. Que o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe organiza um Seminário sobre o Dia Latino Americano de Mulheres Negras precedido de panfletagens, no dia 27 de julho e que este Movimento ainda participa do Congresso Nacional dos Quilombos; i. Que o MTST, o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe e a FNT organizam um Seminário para a construção do Setorial dos Movimentos Populares da CSP-Conlutas RJ no dia 20 de agosto. A Coordenação Estadual de Entidades da CSP-Conlutas RJ resolve: a. Participar, organizar e convocar o Seminário sobre o Dia Latino Americano de Mulheres Negras precedido de panfletagens, no dia 27 de julho e ainda participa do Congresso Nacional dos Quilombos que ocorrerá de 01 a 06 de agosto; b. Participar da Audiência Pública no Ministério Público Federal, no dia 28 de julho, às 14 horas, pela interdição das obras no Estádio Mário Filho (Maracanã), já que se trata de um patrimônio histórico; c. Participar, organizar e convocar a atividade de 30 de julho em unidade com o Comitê Popular da Copa e Olimpíadas pelas reivindicações destes trabalhadores; d. Organizar nesta atividade uma coluna da Central com panfletos, bandeiras, adesivos, faixas e cartazes; e. Que diante da possibilidade de contar com a presença neste dia de comunidades atingidas pela obras de preparação da Copa que ocorrem na cidade de São Paulo entrar em contato com a CSP-Conlutas SP para viabilizar a vinda destes trabalhadores; f. Participar, organizar e convocar o Seminário para a construção do Setorial dos Movimentos Populares da CSP-Conlutas RJ no dia 20 de agosto. 3. Resolução sobre a caravana de representantes para CNE da CSP-Conlutas, em BH Considerando: a. Que a CSP-Conlutas realiza sua reunião ordinária de direção, a Coordenação Nacional de Entidades, nos dias 05, 06 e 07 de agosto, em Belo Horizonte; b. Que esta reunião se dá no momento em que ocorrem várias lutas, greves, mobilizações;

4 c. Que estas lutas de resistência devem se unificar para a construção da Jornada Nacional de Lutas que ocorrerá de 17 a 26 de agosto, com um Ato nacional no dia 24 de agosto, Dia Nacional de Lutas, em Brasília; d. Por tanto que a participação de um grande número de entidades e movimentos torna-se fundamental nesta reunião; e. Que as oposições, os movimentos populares e estudantil tem muita dificuldade de participação em atividades fora do estado por vários dias. A Coordenação Estadual de Entidades da CSP-Conlutas RJ resolve: a. Garantir o aluguel de um ônibus para o transporte da delegação de representantes das entidades e movimentos do Rio de Janeiro na reunião da Coordenação Nacional de Entidades, a partir de um rateio entre as entidades, minorias e oposições desta despesa; b. Convocar todas as entidades e movimentos para que elejam os seus representantes para esta reunião, solicitando o envio de seus nomes e respectivas identidades que comporão a listagem de transporte. Foram aprovadas as seguintes Moções: 1. MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DAS ESCOLAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO O Governo Sérgio Cabral mantém uma relação privilegiada com as empreiteiras, as multinacionais e os bancos. Para os seus amigos não falta dinheiro. São obras faraônicas de utilidade duvidosa. Todos os recursos destinados à educação vão parar nos bolsos das empresas, dos bancos e fundações. Enquanto isso nas escolas faltam professores, funcionários e equipamentos didáticos. Além disso, Cabral se recusa a fazer qualquer tipo de concessão de reajuste ou reposição de perdas salariais para repor o poder aquisitivo dos minguados salários. Um professor concursado, com formação universitária recebe um salário de menos de 700 reais. Um funcionário tem salário menor que o salário mínimo e seu plano de carreira é uma lei não é cumprida. A merendeira ou a bibliotecária tem o mesmo mísero salário. Por tudo isso e com a necessidade dos educadores oferecerem aos seus alunos um ensino de qualidade, a educação estadual entrou em greve a partir de 07 de junho. Estão acampados em frente a SEDUC (Secretaria Estadual de educação) a mais de 10 dias. Cabral promove a mesma política do governo Dilma. A quadrilha que se locupleta com o dinheiro público em Brasília é a mesma do Rio de Janeiro. Tudo veio à tona com a revelação de que Eike Batista, do Grupo EBX, emprestou um jatinho para Cabral festejar o aniversário de Fernando Cavendish, da Delta Construções, na Bahia. Eike e Cavendish são dois dos muitos generais que comandam a pilhagem de recursos públicos no estado fluminense.

5 A sangria de bilhões de reais que vão para o bolso da burguesia só é possível com a política de Cabral de arrocho salarial sobre os servidores, principalmente, a educação. Portanto, há dinheiro para reajustar os salários. Há dinheiro para remunerar com dignidade os aposentados e pensionistas. Tudo isso sem falar na eleição para as direções das escolas, na revitalização do IASERJ, a não extinção das 22 escolas noturnas, o cumprimento do plano de carreira dos funcionários e a regularização da situação dos animadores culturais, entre outras. É nessa situação que Cabral se recusa a reconhecer a greve e atender as justas reivindicações dos educadores fluminenses. Sendo assim, somos solidários com a luta destes trabalhadores. Sua luta é em defesa da educação estadual no Rio de Janeiro. Por isso exigimos que este governo atenda imediatamente todas as reivindicações, faça concurso público para o quadro de professores, funcionários e aumente os investimentos na educação. Não é possível que o Governo Cabral determine que no Rio tenha dinheiro para empreiteiro e não tenha para a educação pública. 2. MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE À GREVE DOS TRABALHADORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS O Brasil é um dos poucos países no mundo onde um segmento da classe trabalhadora os servidores públicos não tem assegurado o direito à negociação coletiva. Os técnicos administrativos das universidades federais, por exemplo, tentam negociar sua pauta de reivindicações com o governo Dilma Rousseff (PT) desde o início do ano. Por isso estes trabalhadores inciaram uma poderosa greve que já dura quase dois meses. Neste momento, a direção majoritária da FASUBRA e as correntes cutistas se esmeram num esforço descomunal para derrotar a greve que enfrenta corajosamente o governo de Dilma Rousseff desde o dia 6 de junho. Foram contra a deflagração da greve e agora tentam derrotá-la. No entanto, a última palavra será dada pela base, que já demonstrou sua revolta se rebelando contra as direções cutistas em vários estados. A CSP-Conlutas reafirma seu apoio à luta do funcionalismo, sobretudo dos trabalhadores em greve nas Universidades Federais, e exige que a direção da CUT reveja sua posição e, ao invés de proteger um governo mergulhado em crises constantes de corrupção, se volte aos interesses dos trabalhadores e trabalhe pela unificação do movimento no sentido de levar a vitória aos trabalhadores das universidades e dos servidores federais em sua luta contra o desmonte do serviço público e em defesa de suas reivindicações.

6 3. MOÇÃO DE APOIO AOS TRABALHADORES SEM TETO ACORRENTADOS NO MINISTÉRIO DAS CIDADES Mais de 400 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam no último dia 16 de julho uma grande área ociosa em Ceilândia Distrito Federal. Esta ocupação batizada com o nome de Gildo Rocha - foi resultado do fracasso de um longo processo de negociação com o Ministério das Cidades, SPU e Governo do Distrito Federal para solução do problema de moradia dessas famílias. Embora a maior parte das 400 famílias estivessem nas listas de cadastro habitacional (particularmente da CODHAB/DF) há muitos anos, em alguns casos dezenas de anos, o Governo Agnelo (PT) tratou a ocupação no pior estilo direitista: despejo sem ordem judicial, repressão, ameaças via imprensa e fechamento de negociações. Chegou a afirmar publicamente que não admitiria invasões criminosas, referindo-se ao movimento social, e que os invasores serão excluídos do cadastro habitacional e responsabilizados judicialmente. Quem te viu, quem te vê... A este tratamento vergonhoso para um governo que se afirma de esquerda somou-se a ineficiência das negociações conduzidas pelo Governo Federal, que gerencia o maior programa habitacional do país o Minha Casa, Minha Vida através do Ministério das Cidades e pode destinar terra para atendimento habitacional através da SPU. Por isso, o MTST permaneceu acampado por dois dias diante do Palácio do Buriti, sede do Governo do DF, e está desde o dia 20 com mais de 250 pessoas acampadas no Ministério das Cidades, inclusive com 4 companheiros acorrentados. É a demonstração da disposição de resistência até a vitória. A CEE da CSP-Conlutas declara seu total apoio à ocupação do Ministério das Cidades, ao acorrentamento e à luta dos trabalhadores sem-teto. Além disso, repudiamos o tratamento repressivo e a falta de negociação do Governo Agnelo (DF), exigindo o fim da criminalização do MTST por este governo. Exigimos ainda o atendimento imediato das reivindicações: liberação de um terreno e recursos para construção de moradia para as mais de 400 famílias do Acampamento Gildo Rocha, além de um local provisório para abrigo imediato das famílias.

7 4. MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE À LUTA DOS QUILOMBOLAS As organizações, quilombolas, entidades e ativistas negros e sociais reunidos no encontro quilombola negro e popular realizado no dia 16 de julho último, no Quilombo da família Silva, em Porto Alegre, vem perante a população e o povo brasileiro denunciar a grave situação de ataques aos direitos das comunidades quilombolas e fazer uma convocação para a luta e organização. A luta quilombola é secular. Hoje, informalmente, são mais de cinco mil comunidades nos mais variados graus de organização e mobilização pela defesa de seus direitos e em todos estados da federação. As reações contra esse processo de luta e organização do nosso povo vêm mostrando a sua face. A opção de desenvolvimento do Governo Dilma Rousseff exclui a maior parte do povo brasileiro e especificamente o povo negro e os povos indígenas. Esta política de Dilma reflete os interesses dos grandes latifundiários rurais e urbanos, grandes empreiteiras, empresas de papel e celulose e multinacionais contando com cumplicidade das grandes empresas de comunicação (escrita e falada). Há lutas recentes de resistência no Maranhão, Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Somos parte desta luta e nos solidarizamos com as famílias dos quilombolas. Exigimos do Governo Dilma a titulação imediata e sustentabilidade das terras quilombolas! Basta de racismo e assassinatos! Reparação já! Coordenação Estadual de Entidades da CSP-Conlutas Central Sindical e Popular do Rio de Janeiro