CIRCULAR N/ REFª: 43/2012 DATA: 31/05/12. Assunto: Protocolo ERSE CCP. Exmos. Senhores,

Documentos relacionados
Perguntas e respostas frequentes. Extinção das Tarifas Reguladas Eletricidade e Gás Natural

A liberalização do mercado de Eletricidade e de Gás Natural o Como e quando mudar de Comercializador

E os consumidores economicamente vulneráveis? O que lhes acontece?

A ERSE e a liberalização do mercado de eletricidade. 26 de Outubro de 2012

do Orçamento Familiar

REDE ENERGIA MANUAL DO PARCEIRO. Mercado Regulado e Mercado Liberalizado de energia

RECOMENDAÇÃO N.º 1/2015 APLICAÇÃO DA TARIFA SOCIAL NA ELETRICIDADE E NO GÁS NATURAL

O MERCADO DA ENERGIA ESTÁ A MUDAR

Tarifa Social na Eletricidade. Aspetos principais

Comunicado. Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014

PREÇOS DE REFERÊNCIA NO MERCADO LIBERALIZADO DE ENERGIA ELÉTRICA E GÁS NATURAL EM PORTUGAL CONTINENTAL

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2016

Mercado liberalizado da eletricidade e do gás natural. Guia Prático: perguntas com respostas

Comunicado. Tarifas de gás natural de julho de 2013 a junho de 2014

DESCONTOS SOCIAIS DE ENERGIA

Comunicado. Proposta de Tarifas e Preços para a Energia Elétrica em 2014

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS DIRETIVA N.º 10/2013

Decreto lei nº25/2013 de 19 de Fevereiro

CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA UNIDADES DE MINIPRODUÇÃO

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS DIRETIVA N.º 6/2014. Tarifas e Preços de Gás Natural para o ano gás

FUNDOS DE COMPENSAÇÃO

Centro Cultural de Belém

REGULAMENTO TARIFÁRIO

ELETRICIDADE ELETRICIDADE 1 DEZEMBRO LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO ELÉTRICO Mudança de comercializador. 3. Contratar o fornecimento

ELETRICIDADE ELETRICIDADE SETEMBRO LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO ELÉTRICO Mudança de comercializador. 3. Contratar o fornecimento

Tem um litígio de consumo?

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS. Parecer

Auditoria nos termos do Regulamento da Qualidade de Serviço Relatório resumo EDP Serviço Universal, S.A.

CIRCULAR. O período de candidaturas decorre entre 1 de dezembro de 2014 e 28 de fevereiro de 2015.

Empresa Geral do Fomento e Dourogás, ACE

PROJECTO DE PORTARIA QUE REGULAMENTA O DECRETO-LEI N.º 134/2009, DE 2 DE JUNHO. Portaria n.º /09,

DOSSIER SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS

QUARTO PROTOCOLO AO ACORDO GERAL SOBRE O COMÉRCIO DE SERVIÇOS

Guia passo a passo. Como se tornar um pequeno produtor certificado FSC

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO Decreto-Lei n.º 171/2007 de 8 de Maio (Alterado pelo Decreto-Lei n.º 88/2008, de 29 de Maio)

MERCADO LIBERALIZADO DE ENERGIA ELÉCTRICA

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA REPARAÇÕES DOMÉSTICAS AO DOMICÍLIO PROGRAMA CAMINHAMIGA

REGULAMENTO TARIFÁRIO DO SETOR DO GÁS NATURAL

ALERTA LEGAL. Decreto-Lei n.º 153/2014, de 20 de outubro

2. Onde posso aderir ao M5O? A adesão ao M5O deve ser feita no formulário disponível no canal Vantagens épt em

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º 3677/2011

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, Lisboa Tel.: Fax:

Saber mais sobre o Serviço Público Essencial da Eletricidade

Legislação MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

REGULAMENTO DA QUALIDADE DE SERVIÇO DO SETOR DO GÁS NATURAL

Proposta de protocolo Benefícios aos associados

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

BOLSAS DE ESTUDO PARA APERFEIÇOAMENTO EM MÚSICA REGULAMENTO. DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º

GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO - MONTANTE ÚNICO

Segunda alteração ao REGULAMENTO Campanha Oferta de 6 meses de subscrição Netflix na compra de um Samsung Galaxy Tab S2

TARIFAS E PREÇOS PARA A ENERGIA ELÉTRICA E OUTROS SERVIÇOS EM 2016

SEJA RESPONSÁVEL EVITE ATRASOS E MULTAS FACILITE A SUA VIDA! 1ª Fase - 1 a 31 de Março de 2014, para rendimentos das categorias A e H;

REGULAMENTO DA BOLSA DE AUDITORES

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 1º, 2º, 3º e 4º. Assunto:

3. Sou Cliente MEO Satélite. Posso aderir ao M4O? Ainda não está disponível a oferta de um pacote M4O para o serviço Satélite.

Novo Regime da Reparação da Eventualidade de Desemprego

GUIA PRÁTICO INSCRIÇÃO E ALTERAÇÃO DE DADOS PESSOA COLETIVA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Guia do Utilizador. Cartão BPI Gold Empresas

A liberalização do sector energético na perspetiva dos consumidores

REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA S. BRAS DE ALPORTEL

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

EDUCAÇÃO PRÉ ESCOLAR. Normas de Funcionamento. da Componente de Apoio à Família (CAF)

PROJETO DE LEI N.º 83/XIII/1.ª ASSEGURA A GRATUITIDADE DA CONTA BASE

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

Legislação. Resumo: Regulamenta a contribuição sobre os sacos de plástico leves.

REGULAMENTO CONCURSO O CLIMA É CONNOSCO

R E G U L A M E N T O

PROGRAMA DE APOIO A ANIMAIS PERTENCENTES A FAMÍLIAS CARENCIADAS

Direito à informação ao consumo seguro. Entidades que supervisionam as empresas/instituições

Decreto Regulamentar n.º 41/90 de 29 de Novembro

1. Qual a legislação que se aplica em matéria de gases fluorados com efeito de estufa na Região?

O presente anúncio no sítio web do TED:

GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO PARA ASSISTÊNCIA A FILHO

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

GUIA PRÁTICO INSCRIÇÃO/ALTERAÇÃO MEMBROS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

Nota: Por enquanto ainda não existem ME s no mercado pelo que ainda não é possível contratar o ME em vez do FCT.

Município de ALMADA Normas e condições de acesso Página 1 de 7

Regulamento. 5. O Concurso 50/50, promovido pelo ACM, IP, lançado pela primeira vez em 2015, assume um carácter experimental.

Aviso do Banco de Portugal n. o 10/2014

C Â M A R A D O S D E P U T A D O S

GUIA PRÁTICO SUBSÍDIO DE ASSISTÊNCIA A FILHOS COM DEFICIÊNCIA OU DOENÇA CRÓNICA

Ministério dos Petróleos

FORMULÁRIO DE CANDIDATURA À REDE DE CONSULTORES

REGULAMENTO MUNICIPAL DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

(85/577/CEE) Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo 100º,

Transcrição:

CIRCULAR N/ REFª: 43/2012 DATA: 31/05/12 Assunto: Protocolo ERSE CCP Exmos. Senhores, Através da circular 40/2012, a CCP deu conhecimento do protocolo celebrado com a ERSE e que teve por objectivo reforçar o nível de conhecimento das empresas relativamente à escolha dos fornecedores de gás e electricidade. Referimos ainda que iríamos disponibilizar a curto prazo um conjunto de elementos informativos bem como a existência de uma linha verde. Neste sentido, vimos informar que a CCP tem já disponível a linha verde, através do número 800 209 131, a qual funcionará todos os dias úteis das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. A CCP irá igualmente disponibilizar no seu site informação e ferramentas de comunicação da ERSE sobre preços de energia, extinção de tarifas e mudança de fornecedores, que irá estar disponível, a partir de dia 01 de Junho. Aproveitamos ainda para disponibilizar as brochuras da ERSE relativas à liberalização, sugerindo uma ampla divulgação das mesmas, bem como da existência da linha verde supra referida. Com os melhores cumprimentos, Ana Vieira Secretária-Geral

2. Quando é que acabam as tarifas reguladas? A partir de 1 de julho de 2012 acabam as tarifas reguladas para os consumidores de eletricidade em Baixa Tensão Normal com potência contratada igual ou superior a 10,35 kva e para os consumidores de gás natural com um consumo anual superior a 500 m3 e inferior ou igual a 10 000 m3. A partir de 1 de janeiro de 2013 acabam as tarifas reguladas para os consumidores de eletricidade em Baixa Tensão Normal com uma potência contratada inferior a 10,35 kva e para os consumidores de gás natural com um consumo anual inferior ou igual a 500 m3. Deve olhar para a sua fatura de eletricidade ou gás natural e ver em que situação se encontra. 3. O que acontece com a extinção das tarifas reguladas? Os preços de venda de eletricidade e de gás natural aos consumidores finais deixam de ser fixados pela ERSE que, no entanto, continuará a fixar as tarifas de acesso às redes de eletricidade e gás natural, pagas por todos os consumidores, independentemente do seu comercializador de energia. Isto significa que os consumidores devem começar a procurar um comercializador em mercado que lhes forneça eletricidade e gás natural. A extinção das tarifas abrange cerca de 5,6 milhões de consumidores domésticos de eletricidade e cerca de 1,3 milhões de consumidores domésticos de gás natural em Portugal continental que ainda estão a ser fornecidos pelo comercializador de último recurso. Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira mantêm-se as tarifas reguladas de venda a clientes finais por não existirem comercializadores concorrentes. 4. O que é o período transitório? O período transitório entra em vigor a seguir ao dia determinado para a extinção das tarifas reguladas e visa assegurar a passagem gradual dos consumidores que estão no mercado regulado para o mercado livre. Existirão dois períodos transitórios: De 1 de julho de 2012 até 31 de dezembro de 2014 para os consumidores de eletricidade em Baixa Tensão Normal, com uma potência contratada igual ou superior a 10,35 kva e para os de gás natural com um consumo anual superior a 500 m3 e inferior ou igual a 10.000 m3. De 1 de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2015 para os consumidores de eletricidade em Baixa Tensão Normal, com uma potência contratada inferior a 10,35 kva e para os de gás natural com um consumo anual inferior ou igual a 500 m3. Durante o período transitório, a ERSE continuará a fixar, de três em três meses, tarifas transitórias para os consumidores que ainda sejam abastecidos pelo comercializador de último recurso. 5. O que é a tarifa transitória? A tarifa transitória é uma tarifa fixada trimestralmente pela ERSE durante o período transitório, aplicável aos consumidores que continuem a ser abastecidos pelo comercializador de último recurso. 6. Quais os passos para mudar de comercializador? Um consumidor que pretenda mudar de comercializador de energia elétrica ou de gás natural, quer seja no âmbito da extinção de tarifas reguladas, quer seja pela procura de melhores condições de fornecimento, deverá seguir os seguintes passos fundamentais: Conhecer - Saiba quem são os comercializadores e as respetivas condições de oferta. Para avaliar a sua situação, o comercializador pode necessitar de aceder ao seu contador e à sua fatura atual. Comparar - Avalie as diversas propostas dos comercializadores e compare os aspetos comuns, aten dendo também à sua situa ção atual, nomeadamente através do seu histórico de consumo. Escolher - Contacte o comercializador que lhe apresente a melhor proposta. Analise as condições do contrato. As condições contratuais devem ser acordadas entre o comercializador e o cliente. Contratar - Celebre o contrato com o novo comercializador que tratará de todos os procedimentos necessários, incluindo a cessação do seu contrato anterior. O processo de mudança é gratuito e não implica a mudança do contador, ficando concluído quando receber a última fatura do anterior comercializador com os valores do consumo até esse momento. Verificar - Tome nota da data em que o seu novo contrato de fornecimento entra em vigor. Esta data vai ser comunicada pelo seu novo comercializador. Caso isso não aconteça, questione-o sobre a data, para que possa verificar a fatura de fecho do antigo comercializador e o início da nova faturação. 7. Um consumidor que mude para o mercado livre pode voltar ao comercializador de último recurso? Poderá mudar até à data de extinção das tarifas, ou seja, até ao início de cada um dos períodos transitórios. A partir de 1 de julho de 2012 e de 1 de janeiro de 2013, de acordo com os segmentos de clientes definidos, todos os novos contratos de fornecimento de eletricidade e gás natural serão obrigatoriamente celebrados em regime de mercado, com exceção dos clientes economicamente vulneráveis que poderão sempre optar por ser abastecidos por um comercializador de último recurso. 8. As tarifas bi-horárias e tri-horárias vão acabar? A ERSE como responsável pela publicação das tarifas de acesso irá manter as opções tarifárias atualmente em vigor, inclusive as tarifas de acesso bi-horárias e tri-horárias, aplicadas aos consumidores em Baixa Tensão Normal. As tarifas reguladas de venda a clientes finais bi-horárias e tri horárias vão manter-se, e serão fixadas pela ERSE, enquanto durar o período transitório para os clientes que não tenham procedido à escolha de um comercializador de mercado. É expectável que, à medida que o processo de liberalização se for consolidando, os comercializadores de mercado incluam nas suas ofertas comerciais tarifas bi-horárias e tarifas tri-horárias, assim como outras opções tarifárias inovadoras. 9. O que acontece aos consumidores economicamente vulneráveis? Com a extinção das tarifas reguladas de venda a clientes finais serão introduzidos mecanismos de salvaguarda dos consumidores economicamente vulneráveis. Estes consumidores mantêm o direito de serem fornecidos pelo comercializador de último recurso, com uma tarifa regulada pela ERSE. Se optarem por contratar energia no mercado, mantêm o direito aos descontos legalmente previstos e consagrados nas tarifas sociais de eletricidade e gás natural e no ASECE Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia. São considerados consumidores economicamente vulneráveis todos os que sejam beneficiários de uma das seguin tes prestações sociais: Complemento solidário para idosos Rendimento social de inserção Subsídio social de desemprego 1.º Escalão do abono de família Pensão social de invalidez. Para beneficiarem da tarifa social e do ASECE terão ainda que possuir um contrato de fornecimento em seu nome, destinado exclusivamente a uso doméstico em habitação permanente e com: Uma potência contratada até 4,6kV no caso da eletricidade. Consumo anual inferior ou igual a 500 m3 no caso do gás natural. 10. Em que consiste a tarifa social e o ASECE e a quem solicitar a sua aplicação? A tarifa social resulta da aplicação de um desconto cujo valor é calculado pela ERSE, tendo em conta o limite máximo de variação fixado pelo governo. O ASECE traduz-se num desconto na fatura de eletricidade e de gás natural fixado diretamente pelo Governo. Os clientes economicamente vulneráveis que pretendam beneficiar da tarifa social e do ASECE Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia devem solicitar a sua aplicação junto dos respetivos comercializadores de eletricidade e gás natural, sejam comercializadores de último recurso sejam comercializadores em regime de mercado. São os comercializadores que, a pedido do cliente verificam junto das instituições de segurança social competentes, se o mesmo é beneficiário de alguma das prestações sociais previstas na lei para efeitos de atribuição da tarifa social e do ASECE.