NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE CTA 20 DE 11/04/2014 ALCANCE DA NORMA



Documentos relacionados
Estrutura do Parecer. Parecer de Auditoria. Exigências Legais para o Parecer. Exigências Legais para o Parecer. Tipos de Parecer. Parecer Sem Ressalva

Material de apoio. Aula 05 Normas brasileiras de contabilidade Normas técnicas de auditoria independente

Resolução CFC 1418/12 Celso luft Contador CRC/RS Vice Presidente de Fiscalização do CRC/RS

COMEMORAÇÃO DO DIA DO CONTADOR

A nova visão da. Contabilidade Aplicada ao Setor Público

PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Batávia S.A. Indústria de Alimentos

Embratel Participações S.A.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - REGRAS APLICÁVEIS PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

ASPECTOS GERAIS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS

ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa

INSTRUÇÃO CVM Nº 549, DE 24 DE JUNHO DE 2014

Serviço Funerário Bom Pastor Ltda ME Demonstrações contábeis findas em 31 de dezembro de 2014

Demonstrativo da Composição e Diversificação da Carteira

Estimativas Contábeis e Continuidade Operacional

A CONVERGÊNCIA DOS PADRÕES DE CONTABILIDADE APLICADOS NO BRASIL ÀS INTERNATIONAL FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS (IFRS)

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.322/11

ORIENTAÇÃO TÉCNICA GERAL OTG 1000, DE 21 DE OUTUBRO DE 2015

Associação Alphaville Burle Marx. Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31/12/2014

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

Esc 90 Telecomunicações Ltda. Laudo de avaliação do patrimônio líquido contábil em 30 de Junho de 2010 para fins de incorporação

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM

PARECER DE ORIENTAÇÃO CVM Nº 17, DE 15 DE FEVEREIRO DE 1989.

FGP FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS CNPJ: / (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.)

COMUNICADO TÉCNICO IBRACON Nº 02/2013

DR - Empresa de Distribuição e Recepção de TV Ltda. Laudo de avaliação do patrimônio líquido contábil em 30 de Setembro de 2009 para fins de

Perdigão Agroindustrial S.A.

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

INSTRUÇÃO CVM Nº 476, DE 16 DE JANEIRO DE 2009.

Ecoporto Holding S.A. (Anteriormente Denominada Ecoporto Holding Ltda.)

Cyrela Commercial Properties S/A Empreendimentos e Participações Laudo de avaliação contábil

Assunto: Esclarecimentos relacionados à atuação do auditor no âmbito do mercado de valores mobiliários

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

HOLDCO PARTICIPAÇÕES LTDA. Laudo de Avaliação de Patrimônio Líquido Valor Contábil

Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público: Aspectos Relevantes

INSTITUTO COMUNITÁRIO GRANDE FLORIANÓPOLIS - ICOM

DATA BASE: 30 de novembro de 2004

03/03/2016. Objetivos: DL 9295/46 Registrar os profissionais Fiscalizar o exercício da profissão

ITG 1000 ITG 1000 MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.409/12. Aprova a ITG 2002 Entidade sem Finalidade de Lucros.

FUNDAÇÃO DE APOIO AO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS FACPC. Relatório dos auditores independentes

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

Contabilidade Básica do Terceiro Setor. Benildo Rocha Costa

CONTABILIDADE BÁSICA

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 46. Mensuração do Valor Justo

PROJETO SETORIAL CONVÊNIO SOFTEX / APEX

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Henrique de Campos Meirelles

MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO NBC TG 46. Como implementá-lo nas empresas?

Instrumentos Financeiros

PROTOCOLO E JUSTIFICAÇÃO DE INCORPORAÇÃO DE AÇÕES DE EMISSÃO DA ELEVA ALIMENTOS S.A. PELA PERDIGÃO S.A. ELEVA ALIMENTOS S.A. PERDIGÃO S.A.

PANATLANTICA SA /

BROOKFIELD INCORPORAÇÕES S.A. 2ª. EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2010.

JOSÉ HERNANDEZ PEREZ JUNIOR

Basileia III e Gestão de Capital

a importância de um sistema de auditoria independente como suporte indispensável ao órgão regulador;

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 24 DE MARÇO DE 2014

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ CEMEPE INVESTIMENTOS SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

CPC 13 - Adoção Inicial da Lei /07 e da Medida Provisória no. 449/08

Laudo de avaliação do patrimônio líquido contábil apurado por meio dos livros contábeis

LAUDO RJ-0604/ DATA BASE: 31 de dezembro de 2008.

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ DOMMO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

Professor Claudio Zorzo

Zihuatanejo do Brasil Açúcar e Álcool S.A. (Em Recuperação Judicial) C.N.P.J/MF nº /

ITAUTEC S.A. GRUPO ITAUTEC REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE AUDITORIA E DE GESTÃO D RISCOS

A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

EXTRATO DA SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR. CVM nº RJ2013/13481

Lei de Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro

SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR CVM Nº RJ2005/9831

Espaço DIPJ Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ-2013), relativa ao ano-calendário de 2012.

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA - MI NORMA DE AUDITORIA (NOR-902)

INSTRUÇÃO Nº 402, DE 27 DE JANEIRO DE 2004

COAF - RESOLUÇÃO Nº 20, DE 29 DE AGOSTO DE 2012

Coordenação-Geral de Tributação

Fator Veritá Fundo de Investimento Imobiliário (Administrado pelo Banco Fator S.A.)

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX. Contabilistas NBC T 13.2 Aprovação


Ajustes de Avaliação Patrimonial - AAP. Prof. Elvis A. Bim Contabilidade Societária

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO SUBCONTROLADORIA DE INTEGRAÇÃO DE CONTROLES AUDITORIA GERAL

Contabilidade Geral: CRC/SP: Termo de transferência de responsabilidade técnica

Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Demonstrativo das mutações do ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2011

Relação de documentos necessários para requerer o CEBAS?

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.051/05

ANEXO A FERTILIZANTES HERINGER S.A. CNPJ/MF / POLITICA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES RELEVANTES E PRESERVAÇÃO DE SIGILO

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº /200X. NOME DA INSTITUIÇÃO: Ernst & Young Terco (BRADLEI RICARDO MORETTI)

UTP Universidade Tuiuti do Paraná Credenciada por Decreto Presidencial de 07 de julho de 1997 D.O.U nº. 128 de julho de 1997, seção 1 página 14295

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE COMUNICADOS DE AUDITORIA INDEPENDENTE CTAs 01 a 16

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 SOCIEDADE CIVIL FGV DE PREVIDÊNCIA PRIVADA FGV PREVI

Transcrição:

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE CTA 20 DE 11/04/2014 João Alfredo de Souza Ramos Contador CRCES 2289 joaoalfredo@srauditores.com.br Telefone: 27-4009-4666 ALCANCE DA NORMA Trata dos padrões técnicos e profissionais a serem observados pelo contador enquanto auditor ou empresa especializada, ambos denominados avaliadores, para a emissão de laudo de avaliação dos ativos líquidos a valor contábil, ou dos ativos líquidos contábeis ajustados a preços de mercado, com base em demonstrações contábeis completas (Balanço Patrimonial), ou em determinados itens dos ativos e passivos préselecionados. PRERROGATIVA: Exclusiva de Contadores na condição de auditores ou empresa de auditoria. 1

PRINCIPAIS ATOS QUE EXIGEM LAUDO (a) Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 6.404/76): bens incorporados ao capital e à formação do capital (arts. 7º e 8º); aumentos de capital (art. 170); incorporações, cisões e fusões (arts. 227 a 229 e 264); alienação de controle (art. 254-A); constituição de companhia aberta por subscrição particular (art. 88); (b) Comissão de Valores Mobiliários (CVM): Instruções CVM n.º 361/02 e n.º 436/06 - Oferta Pública de Aquisição de Ações; Instruções CVM n.º 319/09 e n.º 320/99 - Incorporação, fusão e cisão envolvendo companhia aberta; (c) Código Civil (Lei n.º 10.406/02): Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão das Sociedades (arts. 1.113 a 1.122). CONCEITOS DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÕES 1 Avaliação pelo valor contábil Mensuração do ativo líquido ou patrimônio líquido de acordo com as praticas contábeis adotadas no Brasil (Item 7 da NBC TG 26-Apresentação das demonstrações contábeis) 2 - Avaliação pelo valor contábil ajustado Mensuração do ativo líquido ou patrimônio líquido pelo valor contábil, acrescido de mais ou menos valia, para obter os valores de mercado dos ativos e passivos (Item 9 da NBC TG 46). 3 Avaliação pelo valor das ações na bolsa Cotação das ações da avaliada na bolsa no dia da avaliação 2

CONCEITOS DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÕES 4 Avaliação pelo valor econômico financeiro A mensuração por de computada: a) Fluxo de Caixa Descontados Apuração do valor econômico, pelas projeções e pela análise dos resultados futuros ajustados a valor presente, com base em premissas e cenários econômicos. b) Comparativo Apuração do valor econômico, com base entidades de características semelhantes. em dados de REQUISITOS PARA ACEITAÇÃO DO TRABALHO 1 Concordância com os termos do trabalhos e sua execução com o objetivo de emissão do Laudo de Avaliação (NBC TA 210). 2 Independência do Avaliador Se ele presta serviços de auditoria ou consultoria, há impedimento legal. 3 Elaboração do Projeto de Avaliação Mencionar no projeto os critérios que serão utilizados. 4 Definir as responsabilidades do avaliador e da administração da avaliada. 3

LAUDO DE AVALIAÇÃO Principais Itens na Composição do Laudo 1 O Alcance dos Trabalhos Com base nas Normas de Auditoria emanadas do CFC, em especial o que está sendo avaliado e limitações da avaliação, bem como quais os critérios adotados. 2 Responsabilidades Mencionar a responsabilidade do Avaliador e da Administração da Entidade avaliada. 3 Conexão com Trabalhos de Auditoria Mensurar no laudo resultados de auditoria, se houver LAUDO DE AVALIAÇÃO Principais Itens na Composição do Laudo 4 - Análise da integridade dos Ativos e Passivos O avaliador deve afirmar e atestar a existência de todos os itens componentes dos bens, direitos e obrigações da avaliada. 5 Inconsistências Deve ser observado quaisquer inconsistências verificadas pelo avaliador durante os trabalhos de avaliação. 6 Utilização de Especialistas Deve ser mencionado a utilização de outros profissionais, inclusive os seus relatos que farão parte do Laudo, sendo sempre a responsabilidade do avaliador (NBC TA 600 e 620). 4

LAUDO DE AVALIAÇÃO Principais Itens na Composição do Laudo 7 Eventos Subsequentes Mensurar quaisquer operações ou atos futuros, que possam alterar as premissas e conclusões do laudo (NBC TA 560). 8 Incertezas Na condução do trabalhos, o avaliador pode identificar que um evento futuro, terá influência na avaliação. Nessa hipótese, após a conclusão do laudo, deverá ser mencionado um tópico de ênfase ou outros assuntos (NBC TA 706), relatando o fato. 9 Patrimônio Líquido Negativo Quando os passivos superam os ativos, o laudo não poderá ser assinado pelo avaliador ESTRUTURA DO LAUDO DE AVALIAÇÃO Apresentação do Laudo (Estrutura) 1 Destinatário Mencionar os dados da Contratante. 2 Dados do Avaliador ou da Empresa Especializada Qualificação completa, inclusive CRC, CNAI e se empresa, além da qualificação, o CRC, o CNAI e o CRC do avaliador responsável. 3 Objetivo da Avaliação Identificar a destinação da avaliação, o objeto da avaliação e a data base. 5

ESTRUTURA DO LAUDO DE AVALIAÇÃO Apresentação do Laudo (Estrutura) 4 Responsabilidade da Administração Informar que as demonstrações contábeis completas (Balanço Patrimonial) ou parciais, bem como os ajustes de qualquer natureza, serão de responsabilidade da administração. 5 Responsabilidade do Auditor Deve ser informado que a sua responsabilidade é limitada ao escopo do trabalho e, se houver, que utilizou trabalhos de auditoria de outros auditores. 6 Conclusão O laudo deve ser conclusivo sobre o objeto avaliado, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil ou mediante ajustes na escrituração. ESTRUTURA DO LAUDO DE AVALIAÇÃO Apresentação do Laudo (Estrutura) 7 Local e data de emissão Deve corresponder a data do encerramento dos trabalhos. 8 Identificação do avaliador Da mesma forma da indicação que consta dos trabalhos de auditoria 9 Anexos que acompanharão o Laudo a) Demonstrações Contábeis completas (Balanço Patrimonial) ou parcial avaliadas, e dos ajustes a valor de mercado, quando aplicável. b) Notas explicativas sobre as práticas contábeis utilizadas na avaliação. 6

OBRIGADO 7