A Revolução Inglesa A Revolução inglesa foi um momento significativo na história do capitalismo, na medida em que, ela contribuiu para abrir definitivamente o caminho para a superação dos resquícios feudais, e, portanto, para tornar possível à consolidação do modo de produção capitalista. Ela foi, antes de tudo, um gesto de ousadia de uma classe em ascensão que não hesitou em virar a mesa para atingir os seus objetivos políticos. Na origem dos movimentos revolucionários, encontra-se, sempre um descontentamento radical por parte de amplos setores e grupos sociais que se sentem ameaçados ou prejudicados pela estrutura vigente e pela ordem política que a sustenta. O caso da Inglaterra não foi diferente. Apesar da existência de um parlamento, cujas ordens encontravam-se na Idade média e que representava os interesses da aristocracia, do clero e de parte da burguesia, a Inglaterra era governada por uma monarquia que, desde o século XVI, vinha procurando reforçar seu poder em prejuízo do parlamento. Notadamente, a dinastia de Stuart que assumiu o poder em 1603, com Jaime I, na ânsia de reforçar a autoridade real, entrou em rota de colisão com o parlamento, chegando inclusive a dissolvê-lo. Em suas pretensões, a monarquia era apoiada pelos aristocratas feudais que continuavam a explorar suas terras segundo critérios essencialmente feudais e também pelo clero anglicano, que era a Igreja oficial implantada no século XVI, à época da Reforma protestante. No entanto desde o século XVI, o país assistiu a um grande crescimento do comércio marítimo em nível mundial, tornando-se potência de primeira grandeza. Também as cidades passaram por um grande crescimento. Estas mudanças possibilitaram a expansão dos mercados, estimulando, ao mesmo tempo, a produção de matérias-primas - sobretudo lã - para abastecer a indústria doméstica e as manufaturas têxteis. Paralelamente a estas transformações, desenvolviam-se os cercamentos, isto é, a exploração das terras segundo critérios capitalistas por uma média nobreza, a gentry, ao mesmo tempo em que milhares de camponeses eram expulsos das terras de uso comum. Monarquia britânica - (1603 1727)
Estrutura Religiosa Inglesa Anglicanos: grupo predominante no poder, constituída por uma hierarquia clerical composta pela elite da nobreza. A burguesia, privilegiada pelos monopólios, aderiram ao anglicanismo, procurando fortalecer o absolutismo que o beneficiava. Católicos: eram em grande parte proveniente da nobreza feudal. Defendiam o absolutismo apenas como um instrumento para manutenção dos seus privilégios que ainda restavam. Calvinistas: divididos entre presbiterianos e puritanos. Provenientes da burguesia era maioria entre os membros da Câmara dos Comuns. Histórico da revolução Elizabeth I morre em 1603 - Fim da dinastia Tudor. O descendente mais próximo é Jaime VI (Rei da Escócia). Este assume o poder com o nome de Jaime I dando início a dinastia de Stuart. Governo de Jaime I Fortalecimento do absolutismo com base no *direito divino dos reis. Supremacia da Igreja Anglicana. Perseguição aos católicos e puritanos (calvinistas) Para ampliar o exército, o rei pede verbas ao parlamento, para que este autorizasse o aumento dos impostos. O parlamento veta o aumento de impostos. Em represália Jaime I dissolve o parlamento (1614). A perseguição promoveu a migração em massa para a América do Norte formando as 13 colônias dos EUA. Morte de Jaime I - assume o poder seu filho Carlos I. * DIREITO DIVINO DOS REIS Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Direito divino dos reis é uma doutrina política e religiosa européia do absolutismo político. Tais doutrinas são largamente, mas não somente, associadas ao período medieval e o Antigo Regime, baseado no cristianismo contemporâneo crença que o monarca tem esse direito devido a vontade de Deus, e não devido a vontade de seus súditos, parlamento, a aristocracia ou qualquer outra autoridade competente. Esta doutrina continuou com a reivindicação que qualquer tentativa de depor o monarca ou restringir seus poderes seriam contrárias à vontade de Deus. O direito divino dos reis foi defendido primeiramente por Jean Bodin (1530-1596). Segundo este teórico político francês, os príncipes soberanos (os reis) eram estabelecidos como representantes de Deus para governarem os outros homens. O poder era, pois, legitimado pela religião. Será, no entanto, Jacques Bossuet a consolidar esta
teoria que fundamentaria o absolutismo, de que Luís XIV de França foi um dos mais importantes representantes. Governo de Carlos I Assume o poder sob a condição de assinar a Petição de direitos (1628) - comprometendo-se a não aumentar os impostos sem prévia autorização do parlamento. No ano seguinte, Carlos I dissolve o parlamento. Entre as medidas tomadas por Carlos I, temos a imposição da religião anglicana na Escócia. Os escoceses não aceitam e seus exércitos invadem a Inglaterra. Carlos I recorre ao parlamento para combater os escoceses. O parlamento aceita, entretanto, impõem várias limitações ao rei. Guerra civil (1642-1649) Em 1641 eclodiu uma revolta na Irlanda Católica. O parlamento negou a Carlos I, o comando do exército a menos que este se submetesse ao parlamento. Carlos I não aceita, invade o parlamento e prende seus líderes, isto desencadeia o início de uma guerra civil entre: Cavaleiros X Cabeças redondas Defensores do rei Defensores do parlamento chefiados por Oliver Cromwell Cromwell vence as tropas do rei e assume o poder instituindo a república Puritana. A República de Cromwell (A república Puritana (1649-1660) Principais Medidas: 1. Consolidação do poder burguês com o confisco das terras da Igreja Anglicana; 2. Abolição das obrigações feudais sobre os camponeses; 3. Criação da Comunidade Britânica (Inglaterra, Escócia e Irlanda); 4. Promulgação do Ato de Navegação; Entre as medidas mais importantes temos o ato de navegação - 1651 (pelo qual ficou estabelecido que todas as mercadorias importantes deveriam vir da Inglaterra em navios ingleses ou em navios de seus países de origem). Conseqüências do Ato de Navegação: - Choque com o monopólio holandês. - Estímulo à indústria naval.
Objetivos dos atos de navegação Esse decreto não só estimulou o desenvolvimento econômico, como também reforçou a defesa nacional. Fortalecido, Cromwell dissolveu o parlamento em 1653 e proclamou-se Conde Protetor das repúblicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda e começou a exercer uma ditadura pessoal que durou até 1658, ano de sua morte. Assume o poder seu filho Ricardo que abdicou promovendo a restauração Monárquica. Restauração Monárquica Carlos II assume em 1660, retomando ao trono a família Stuart. Perseguição aos Puritanos. Restauração da Igreja Anglicana. Fez um acordo com o parlamento Características do governo de Carlos II. Acordo com a França: Determinava o acordo que em troca de empréstimos o rei Carlos II. comprometia-se a conceder a liberdade de culto aos católicos. Isto provocou a reação da Igreja Anglicana. Seu sucessor Jaime II. Era católico, colocando seus partidários em importantes cargos políticos na Inglaterra.
Revolução Gloriosa O parlamento decidiu depor o Rei e oferecer a coroa inglesa a Guilherme de Orange (Rei da Holanda). Este era casado com Maria Stuart, filha do 1 casamento de Jaime II. A vinda de Guilherme de Orange para a Inglaterra provocou a fuga de Jaime II. Para França. Este conflito sem derramamento de sangue entre o parlamento e a monarquia foi denominado revolução Gloriosa. Guilherme de Orange foi coroado Rei como Guilherme III. Ele assinou a Declaração De Direitos que determinava: Garantia de liberdade de imprensa individual e propriedade privada. Confirmação do Anglicanismo, religião oficial e tolerância a todos os cultos exceto ao católico; Assegurava ao parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia de liberdade individual e a propriedade privada; Estabelecia o princípio da divisão de poderes (legislativo, executivo e judiciário); Institui uma Monarquia Constitucional Parlamentar na Inglaterra. Conclusão: A Inglaterra foi a 1ª nação européia com a autoridade absoluta do Rei, através do fortalecimento do parlamento. A burguesia se ascendeu ao poder político na Inglaterra, e libera parte do capital acumulado durante o processo de transição do feudalismo para o capitalismo. Investir na Industrialização Inglaterra - nação pioneira Parlamento - Câmara dos lordes (Nobreza) Composto - Câmara dos comuns (Burguesia)