O Conceito de Prevenção Aplicado a Hotéis



Documentos relacionados
Desenvolvimento de uma emergência de incêndio

Sistemas e equipamentos elétricos

2.2 A Administração do Condomínio dá ênfase às medidas preventivas, assim entendidas as seguintes:

NPT 033 COBERTURA DE SAPÉ, PIAÇAVA E SIMILARES

Cobertura de Sapé, Piaçava e Similares

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 031/DAT/CBMSC) PLANO DE EMERGÊNCIA

Tecnologias de Prevenção e Combate a Incêndios João Gama Godoy

Armazém Planear a construção

Incêndios e Explosões Baseado no original do Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo - da Espanha) -

SISTEMA GLOBAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO.

A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS NAS EDIFICAÇÕES

SISTEMAS PREDIAIS II. Segurança contra Incêndio - Detecção e Alarme

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

REQUISITOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS REF. NBR DA ABNT

Material do curso PPRA EXPERT Apostila do aluno

Centros Sonae Sierra medidas para a prevenção de incêndios. 27-Fev-2015 Aurélio Carvalho

ILUMINAÇÃO DE SEGURANÇA

Segurança em edificações existentes construídas há mais de 15 anos. Eng. Valdemir Romero

Espaço Confinado o que você precisa saber para se proteger de acidentes?

CARTILHA DE ORIENTAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM PEQUENOS ESTABELECIMENTOS

CONJUNTO PORTA CORTA-FOGO

Qualidade de vida laboral

FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO PROJETO TÉCNICO

NPT 029 COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS NATURAL

INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Módulo 2 - Sistemas básicos de proteção passiva contra incêndio

PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA. Rota de Fuga e Análise de Riscos. Maj. QOBM Fernando Raimundo Schunig

NPT 031 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO PARA HELIPONTO E HELIPORTO

Recomendações para instalação de rede interna e de equipamentos a gás.

IT - 32 SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS

RESOLUÇÃO N.º 27 CONSIDERANDO:

MANUAL DO USO DE ELEVADORES ÍNDICE: I Procedimentos e Cuidados

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

IT - 16 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

IT - 35 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS

CAFETEIRA INOX 30 TEMP

FICHA TECNICA CONTRA RISCO DE INCENDIOS EM EDIFICIOS HABITACIONAIS COMERCIAS E INDUSTRIAIS

NR-23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNCIO

INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DA COIFA INFORMAÇÕES GERAIS

Índice geral. Apresentação. Prólogo à 2.ª edição. Sumário. Siglas. Agradecimentos. 1. Introdução. 2. O risco de incêndio

AÇÕES A SEREM SEGUIDAS APÓS A ATIVAÇÃO DO PEL

Palestrantes: Carlos Cotta Rodrigues José Félix Drigo

LAUDO TÉCNICO ESPECÍFICO

Esteiras transportadoras

Fire Prevention STANDARD. LME-12: Upt Rev A

Instalações Prediais. Manutenção

NPT 015 CONTROLE DE FUMAÇA PARTE 8 18 ASPECTOS DE SEGURANÇA DO PROJETO DE SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA

NR-10 MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Controle de Perdas e Meios de Fuga Módulo Único

NORMA TÉCNICA N o 16 SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

Chemguard - Sistemas de Espuma. Sistemas de espuma de alta expansão DESCRIÇÃO: SC-119 MÉTODO DE OPERAÇÃO

NORMA TÉCNICA N o 11 PLANOS DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO

SISTEMAS PREDIAIS II. Automação Predial

Torradeira Tosta Pane Inox

ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

NR 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade ( )

Segurança e Higiene do Trabalho

PROJETOS DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS

Manual de Instrucoes. Carro Termico. o futuro chegou a cozinha. refrigeracao coccao linha modular exposicao distribuicao apoio

NPT 007 SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCOS)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2013

Lâmpadas. Ar Condicionado. Como racionalizar energia eléctrica

Normas de Segurança para o Instituto de Química da UFF

Escolas. Segurança nas. Escolas. nas. Segurança. Escolas. Segurança das Escolas ajudar os órgãos de gestão dos estabelecimentos.

PLANO DE FUGA EM OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS E EMERGÊNCIAS EM ESCOLAS

ECV 5644 Instalações II

3 Manual de Instruções

Administração de CPD Internet Data Center

3ª Jornadas Electrotécnicas Máquinas e Instalações Eléctricas

Pontos consumo de vapor (economia linhas alta pressão) Almoxarifado Administração Unidade recreativa (gases de combustão) Caldeira

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 27/2011

Distribuição e Venda de Produtos Fitofarmacêuticos

NORMAS DE SEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS DO CURSO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS UNIFEI CAMPUS ITABIRA

A análise de riscos ZHA Zurich Hazard Analysis

Prepare o local para a instalação

DECRETO Nº , DE 28 DE ABRIL DE *(Com as Alterações Introduzidas pelo Decreto nº /98, pub. DOE )

MANUAL DE NORMAS GERAIS E DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

Substituição de Alarmes de Fumo

Nota Técnica. Requisitos Gerais para a armazenagem de óleos usados:

Projecto de SCIE e medidas de autoprotecção em lares de idosos e edifícios hospitalares

Símbolos Gráficos Para Projeto de Segurança Contra Incêndio

Figura Ar sangrado do compressor da APU

Segurança Física e Segurança Lógica. Aécio Costa

ISEP INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA

Estações de carregamento de baterias automotivas e estacionárias

EVAPORADOR ELIMINADOR DE GOTEJAMENTO

Etapas do Manual de Operações de Segurança

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 23/2011

CLIENTE: CYRELA COMMERCIAL PROPOERTIES

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

NORMA TÉCNICA Nº. 19/2012 SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

9SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 18/2015

03/ REV.1 SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. Manual de Instruções

RISCO DE EXPLOSÃO EM SALA DE BATERIAS COMO EVITAR

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NORMA TÉCNICA N 27. Armazenamento em silos

BRIGADA DE INCÊNDIO ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 04/2011

Transcrição:

O Conceito de Prevenção Aplicado a Hotéis Introdução: Confiança, segurança, tranquilidade e conforto Quando uma pessoa confia a sua hospedagem a um hotel, ela não está apenas transferindo a sua casa local onde se sente tranquila, segura e bem-vinda temporariamente para aquela organização, como também está lhe confiando a responsabilidade da sua proteção enquanto ocupante. Com isso, os aspectos de prevenção em hotéis precisam estar fortemente focados no hóspede, onde sua segurança e bem-estar devem se sobrepor à preocupação com os bens materiais. Prédios e construções podem e devem incorporar conceitos específicos que visem a sua integridade em todas as circunstâncias, tornando-os mais seguros e próprios para a atividade hoteleira. É fundamental, contudo, que esses conceitos estejam integrados à própria política de segurança da empresa. O conceito de prevenção se reveste de um significado muito particular, no caso de hotéis, onde o ativo mais valioso a ser preservado é também a sua razão de ser o hóspede. É com este propósito que preparamos este informativo, onde sintetizamos alguns cuidados e recomendações particulares à atividade hoteleira. O Conceito de Prevenção Aplicado a Hotéis Embora os hotéis, de um modo geral, estejam sujeitos aos mesmos riscos e causas de acidentes de outras atividades comerciais, existem fatores específicos que afetam, em maior grau, a segurança das pessoas, dos quais destacamos: o desconhecimento das instalações e dos espaços por parte dos ocupantes; o estado usual de despreocupação dos hóspedes, que estão dormindo ou descontraídos, na maior parte do tempo em que permanecem no hotel; a grande dimensão dos locais com presença de grande número de pessoas; os riscos adicionais representados por congressos, exposições e celebrações. Mesmo óbvios, esses riscos nem sempre são considerados apesar da sua importância na formulação de um conceito de proteção e segurança. Eles influenciam desde o arranjo dos espaços básicos, incluindo as vias de acesso, a mobília e a decoração, até os procedimentos operacionais que norteiam o gerenciamento do hotel. Princípios Básicos de Prevenção Contra Incêndio em Hotéis Apesar de não ser o único risco presente, o incêndio é o mais comum e que tem maior potencial de danos às pessoas e bens, sendo portanto, o tópico principal de qualquer plano de prevenção aplicado a hotéis. O conceito de risco protegido para a atividade hoteleira incorpora quatro princípios básicos que sintetizam as medidas preventivas discutidas neste informativo: 1. Reduzir as fontes de ignição e, com isso, os riscos de um incêndio;

2. Prevenir a propagação do fogo e da fumaça; 3. Assegurar meios seguros de escape a todos os ocupantes; 4. Facilitar a intervenção das equipes de socorro e dispor de equipamentos adequados para o combate a incêndio. Reduzir os Riscos de Incêndio Significa reduzir as fontes potenciais que possam ocasionar incêndios. A alta incidência de acidentes em instalações elétricas requer cuidados importantes na especificação, bem como na manutenção das instalações e dos equipamentos elétricos. A utilização de materiais de acabamento incombustível é outro fator fundamental em relação à integridade e segurança dos prédios. Causas conhecidas de incêndios em hotéis segundo estatísticas europeias 15% 11% 32% 42% Instalações Elétricas Cozinhas Fumantes Outras Utilizar fatores de segurança mais rigorosos no dimensionamento dos sistemas elétricos. Toda a fiação deve ser necessariamente embutida em conduítes metálicos e protegida de outras tubulações. Conduzir inspeções semanais para prevenir qualquer irregularidade nas instalações; Dar preferência a acabamentos incombustíveis nas unidades habitacionais e áreas sociais, descartando totalmente o uso de materiais plásticos e preferindo sempre cortinas e forrações feitas com fibras anti-chamas (auto-extinguíveis); Eliminar ou reduzir ao mínimo o uso de equipamentos de aquecimento elétrico na cozinha (fritadeiras, fornos e estufas). Se forem absolutamente necessários, equipá-los com controles redundantes para corte de emergência por alta temperatura (termostatos); Não admitir mais de uma central de abastecimento de gás (GLP), evitando a disposição de baterias de cilindros em diferentes locais. A central deve ficar instalada em local ventilado, de fácil acesso e ser continuamente supervisionada;

Limpar semanalmente os filtros das coifas de exaustão da cozinha. Cuidados especiais devem ser tomados para não se utilizar solventes inflamáveis na limpeza dessas coifas, pisos e fogões, mas sim vapor ou água quente com detergente; Evitar a instalação/utilização de aparelhos elétricos portáteis como, aquecedores e ferros elétricos nas unidades habitacionais. Os aparelhos elétricos considerados essenciais como: secador de cabelos e pranchas elétricas para roupas deverão ter sua utilização restringida a locais de instalação previamente definidos. Exemplificando esse tipo de restrição, citamos a instalação de secador de cabelos fixado a paredes do banheiro e com cordão de alimentação diretamente ligado à rede elétrica sem a utilização de tomada/pino; Proibir que se fume nas cozinhas, depósitos, lavanderias e outras áreas de serviços; Usar somente cinzeiros de vidro ou metal nas ocupações internas do hotel, os quais devem ter dimensões e formatos adequados que evitem a queda de cigarro; Equipar o hotel com sistema efetivo de proteção contra descargas atmosféricas. 2. Prevenir a Propagação do Fogo e da Fumaça Há inúmeros fatores que podem favorecer a propagação de um incêndio, razão pela qual é tão importante se incorporar conceitos de separação e compartimentação nas diversas ocupações, com o propósito de isolar e confinar eventuais fogo e fumaça à menor área possível. É sempre importante lembrar que a maioria das mortes ocorridas em incêndios em hotéis tem sido causada por fumaça e gases tóxicos, mais do que pelo incêndio em si. Prevenir a propagação inclui medidas tais como: Áreas de riscos (cozinhas, depósitos, oficinas, casa de caldeiras, lavanderia, etc.) devem ser instaladas em ocupações isoladas das unidades habitacionais, quer seja em prédios distintos ou separadas por paredes corta-fogo (mínimo 2 horas de resistência); Compartimentar corredores maiores de 30m, por meio de portas corta-fogo encaixadas em batentes estanques e equipadas com dispositivos de fechamento automático; Selar túneis e passagens de tubulações (horizontais e verticais) com materiais cortafogo ( fire stopping ) para evitar a propagação através de espaços confinados; Equipar as escadas de emergência com sistemas de pressurização para evitar entrada de fumaça, observando que as portas corta-fogo devem estar encaixadas em batentes estanques e mantidas fechadas por meio de dispositivo automático. Da mesma forma, os apartamentos devem ser equipados com porta à prova de fumaça e resistência ao fogo mínima de 30 minutos;

Prover os sistemas de ar condicionado com dispositivos de desligamento automático, sendo que os dutos idealmente deveriam ter registros de seccionamento. Isso evitará a propagação da fumaça por todo o edifício através de dutos de ar condicionado; Espaço maiores tais como: atrium, anfiteatros e centros de convenções, devem ser providos dos meios adequados para exaustão da fumaça através de clarabóias ou exaustores (conectados ao gerador de emergência); Evitar o uso de espuma de poliestireno expandido (Isopor) e poliuretano no isolamento térmico de dutos de ar, dando preferência à utilização de materiais à base de lã de vidro ou lã de rocha. 3. Assegurar Rotas de Fuga Qualquer plano de escape de emergência requer, inicialmente, um meio eficaz para o desencadeamento do processo, seguido da necessidade de haver rotas seguras para fuga das pessoas e ainda um local para onde possam se dirigir e receber assistência. Para isto um hotel deve dispor de: Um sistema automático de alarme e detecção de incêndio em todas as áreas sociais, sendo também desejável nas unidades habitacionais, com disparo setorial, para evitar o alarme generalizado. Detectores de fumaça (iônicos ou ópticos) são os mais indicados para cumprir essa função, com central de alarme prevista na sala de segurança; Um sistema de voz para alertar e orientar as pessoas sobre procedimento de escape. O mesmo deve ser audível em todas as áreas, inclusive nos apartamentos. A central telefônica deve possuir recursos de despertador simultâneo setorizado; Instruções de emergência (em dois idiomas) fixadas em local visível dentro dos apartamentos; Rotas de fuga sinalizadas em todos os corredores e áreas sociais (restaurantes, salas de convenções, bares e clubes) utilizando, preferencialmente, pictogramas luminosos. Todas as salas com ocupação superior a 20 pessoas devem ter sempre mais de uma saída; As portas de qualquer sala, auditório ou apartamento devem sempre abrir na direção da saída e ser providas de barra anti-pânico; Iluminação de emergência em todos os corredores e saídas dos prédios. Idealmente, o hotel deve dispor de um gerador diesel com partida automática para essa finalidade; O sistema de alarme deve ser testado semanalmente, e o de detecção a cada 3 meses; Treinamento intensivo do plano de evacuação do hotel envolvendo todos os funcionários, os quais devem estar capacitados para saber o que fazer em uma situação

de emergência. Isto inclui simulações de escape a cada 6 meses para atualização do plano. Especial atenção deve ser dada à equipe da recepção a interface mais importante entre o hotel e os hóspedes, que deve estar muito bem preparada para orientar sobre os procedimentos de emergência. 4. Facilitar o Combate a Incêndio Todo hotel deve dispor de proteções a incêndio que garantam a estabilidade do edifício pelo tempo necessário para a total evacuação de seus ocupantes. Isto inclui desde o acesso facilitado às equipes de auxílio até os recursos necessários para o controle do fogo e da fumaça. Os critérios de proteção são definidos em função do tipo e do arranjo das construções, sendo mais rigorosos para edifícios elevados e menos para construções horizontalizadas. Idealmente, os seguintes recursos de proteção devem ser considerados: Sistemas automáticos de sprinklers nas unidades habitacionais e nas áreas sociais e de serviços. Podem ser seletivos, mas absolutamente prioritários para cozinhas e depósitos; Uma rede de incêndio com reserva de água exclusiva (mínimo de 2 horas de combate ao fogo) e hidrantes posicionados nos corredores, acessos a escadas e hall de todos os prédios do hotel; Extintores manuais de incêndio instalados em todas as ocupações, de forma a serem acessíveis em distâncias nunca superiores a 15 metros; Geradores de emergência para manter operacionais os sistemas de escape e de proteção, sendo indispensáveis para prédios elevados acima de 4 pisos; Vias exclusivas e desbloqueadas de acesso a bombeiros e equipes de resgate, que não devem conflitar com as rotas de fuga. Edifícios com mais de 4 pisos devem disponibilizar um dos elevadores exclusivamente para os bombeiros, o qual deverá estar conectado ao gerador de emergência; Plano de contingência por escrito, atualizado e endossado pela gerência do hotel; Treinamento dos funcionários, capacitando-os para as primeiras ações de combate ao incêndio. Mecânicos, operadores de máquinas e pessoal de cozinha requerem treinamento especial voltado às suas áreas de risco. Conclusão Através deste informativo procuramos enfatizar os problemas de segurança contra incêndios em hotéis, trazendo alguns conceitos básicos de proteção aplicáveis à atividade. Acreditamos que muitas empresas hoteleiras possam melhorar consideravelmente o seu padrão de segurança sem grandes investimentos, reduzindo consequentemente o potencial de exposição aos riscos

de incêndio. A implantação de um plano de ação para melhoria do risco associado a uma boa formação do pessoal operacional pode ser um passo decisivo na busca da situação ideal. Referências NFPA 101 Code for Safety to Life from Fire in Buildings and Structures. Chapter 16 and 17 Hotel and Dormitories, 1991 Edition NFPA Fire Protection Handbook 18th Edition, 1997 Section 7 Confining Fires Section 8 Evacuation of Occupants. CFPA Confederation of Fire Protection Association Europe Fire Safety in Hotels, 1994 Edition 13 th International Risk Engineering Training Course 1995, Zurich Insurance Group. Chapter 5 / Module 1 Fire and Explosion Behavior of Building Construction

Zurich Brasil Seguros Av. Jornalista Roberto Marinho, 85-23º andar Brooklin Novo 04576-010 São Paulo, SP Brasil Publicação do Departamento de Risk Engineering da Zurich Brasil Seguros S.A. Edição Digital nº 02 - Atualizada em Dezembro/2012 Para receber outros informativos ou obter maiores informações, contatar o Departamento de Risk Engineering da Zurich. E-mail: engenharia.riscos@br.zurich.com A informação contida nesta publicação foi compilada pela Zurich a partir de fontes consideradas confiáveis em caráter puramente informativo. Todas as políticas e procedimentos aqui contidos devem servir como guia para a criação de políticas e procedimentos próprios, através da adaptação destes para a adequação às vossas operações. Toda e qualquer informação aqui contida não constitui aconselhamento legal, logo, vosso departamento legal deve ser consultado no desenvolvimento de políticas e procedimentos próprios. Não garantimos a precisão da informação aqui contida nem quaisquer resultados e não assumimos responsabilidade em relação à aplicação das políticas e procedimentos, incluindo informação, métodos e recomendações de segurança aqui contidos. Não é o propósito deste documento conter todo procedimento de segurança ou requerimento legal necessário. Esta publicação não está atrelada a nenhum produto em específico, e tampouco a adoção destas políticas e procedimentos garante a aceitação do seguro ou a cobertura sob qualquer apólice de seguro.