Uma Procissão em Comunhão a Nossa Senhora Os Paroquianos de Canidelo, na noite de 29.05.2015 presentearam Nossa Senhora e Nossa Mãe Maria Santíssima, com uma bela e sublime procissão. Foram quatro procissões que saíram calcorreando as ruas de Canidelo, e em união e comunhão estiveram as cinco comunidades que fazem parte de uma só Comunidade a Paróquia de Canidelo. Esta procissão foi a primeira do Reverendíssimo Padre Almiro, como Pároco de Canidelo, e teve a participação de Sua Excelência Reverendíssima Bispo D. João Lavrador, por ocasião da visita de cortesia que fez nesse fim-de-semana à Paróquia. Para melhor eternizar esta procissão, a Paróquia descreve a forma como foi vivida por todas as Comunidades e seus Paroquianos. À Igreja Matriz foram chegando perto das 21h30, hora anunciada da sua saída, pessoas de várias idades, desde idosos, de meia-idade, muitos jovens e casais com crianças que chegavam nos seus carrinhos de bebé, foram enchendo o átrio da Igreja. Alguns cá fora conviviam outros entravam na Igreja para uma oração realizar. Ao chegar das 21h30 as pessoas iniciaram o acender das velas e o andor de Nossa Senhora, revestida de flores brancas, esplendorosa, saiu da Igreja Matriz, ao som da música Mãe Querida, e a todos se juntar e acompanhar na procissão em sua homenagem. O Reverendíssimo Padre Almiro iniciou o discurso, cumprimentando a todos que encontravamse presentes e em particular o Excelentíssimo Reverendíssimo Bispo D. João Lavrador, um cumprimento amigável pela sua presença. Com esta Procissão façamos um brinde a Nossa Senhora a quem Deus escolheu para nos brindar e para nossa Mãe. De seguida deu-se a palavra a D. João Lavrador que a todos saudou e dirigiu o seu primeiro discurso à Paróquia de Canidelo. Iniciou com a menção que Nossa Senhora é Mãe de todos, e que não podemos estar fora de Nossa Senhora. Seguindo-se uma explicação da sua presença na Paróquia de Canidelo, vem como um Irmão, passar um fim-de-semana com amigos a Canidelo, acompanhando a sua vida pastoral, pedido esse feito pelo Bispo do Porto 1
Excelentíssimo Reverendíssimo D. António Francisco, para a pastoral de Gaia Norte. Vem para conhecer as pessoas, ser solidário e acompanhar o seu dia-a-dia. Nada pediu para esse fim-desemana a nível pastoral, apenas um pedido foi feito que foi um encontro com as pessoas. A sua presença é assim como Irmão, partilhando a mesma Fé e esperança, com todas as pessoas, desde crianças, jovens, idosos, doentes ou mesmo com quem tenha perdido um ente querido. Sentindo-nos peregrinos façamos esta procissão das velas, pediu D. João Lavrador. Após os cumprimentos dava-se início à Procissão e contemplação dos Mistérios Dolorosos, por volta das 21h40. Durante toda a Procissão de cada Mistério, as leituras Bíblicas foram feitas pelo casal Francisco e Lina, a Meditação e Oração foram feitas por D. João Lavrador. O Andor de Nossa Senhora foi levado por jovens que se iam revezando a cada paragem. Em cada mistério, as Avé-Marias foram cantadas, os cânticos orientados pelo Dr. Custódio Veríssimo, em cada mistério em louvor a Nossa Senhora, as velas eram levantadas. Primeiro Mistério: A Agonia de Jesus no Monte das Oliveiras. Segundo Mistério: A Flagelação de Jesus. Terceiro Mistério: A coroação de Jesus com espinhos. Quarto Mistério: Jesus a caminho do Calvário e o encontro com a Sua Mãe. Quinto Mistério: A Crucificação e Morte de Jesus. O percurso da Comunidade da Igreja Matriz iniciou na Rua do Paniceiro, para dar entrada na Rua da Escola do Viso, Rua do Viso e para terminar junto ao átrio da Junta de Freguesia deu entrada na Rua António Ferreira Braga Júnior. Já perto do destino final e após rezar a Salve-rainha o Padre Almiro convidou os presentes a fazerem um momento de silêncio por as intenções individuais e anseios particulares. Seguindo-se a Ladainha até chegar à Junta de Freguesia de Canidelo, onde aí já se encontravam as três Comunidades: S. Pedro Lavadores; S. Paio e Nossa Senhora do Amparo. Todas as Comunidades pela mesma causa e sentimento em homenagem a Nossa Senhora iluminaram as ruas de Canidelo. A Comunidade de S. Pedro Lavadores saiu da sua Capela pelas 21h00. Percorreram o seu caminho com e como Maria. 2
Também pelas 21h00, saiu da Capela de São Paio, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, em procissão de velas. Muitas pessoas acompanharam a saída desta procissão, com velas na mão e muitas mais se foram incorporando, ao longo do percurso entre a Capela de São Paio e a Junta de Freguesia de Canidelo. O percurso foi o seguinte: Rua Manuel Marques Gomes, Rua da Bélgica, Travessa da Senra, Rua José Maria Alves, Rua da Fitela, Rua das Fábricas e Rua António Ferreira Braga Júnior. A organização da procissão esteve a cargo das Irmãs Oblatas do Coração de Jesus e o terço foi orientado pelo Senhor Padre João, da Congregação dos Dehonianos, que habitualmente preside às celebrações eucarísticas na Capela de São Paio. Cerca das 21h30, saiu da Capela de Nossa Senhora do Amparo. Dado ser uma comunidade pequena, as pessoas que se associaram à procissão não eram muitas mas o fervor e a fé foi enorme. 3
A organização da procissão esteve a cargo da Dona Domingas, actual responsável pela Capela de Nossa Senhora do Amparo, e o terço foi orientado pelo Sr. Waldemar Soares, que costuma presidir às celebrações da Palavra na Capela. Alguns elementos do Agrupamento de Escuteiros de Canidelo integraram a procissão e ajudaram a transportar o andor de Nossa Senhora. O percurso foi o seguinte: Rua da Capela, Travessa das Fontes, Rua da Graça, Rua da Senra, Travessa da Senra, Rua José Maria Alves, Rua da Fitela, Rua das Fábricas e Rua António Ferreira Braga Júnior. A procissão de São Paio foi a primeira a chegar ao largo anexo à Junta de Freguesia de Canidelo. Enquanto esperavam as restantes procissões, os peregrinos foram entoando cânticos de louvor a Nossa Senhora, intercalados por orações e meditações. A segunda procissão a chegar foi a da Capela de Nossa Senhora do Amparo, que se juntou à procissão de São Paio, nas orações e cânticos enquanto esperavam as restantes procissões. 4
Mais tarde, chegou a procissão da Capela de São Pedro de Lavadores, com o grupo de acólitos à frente e as muitas pessoas que quiseram integrar esta homenagem à Mãe Santíssima de Jesus. Estas três peregrinações acolheram a última procissão a chegar, a da Igreja Matriz que incorporava a Comunidade de Schoenstatt e era orientada por Sua Excelência Reverendíssima, o Sr. D. João Lavrador, e pelo nosso pároco, Reverendíssimo Padre Almiro. Todas as Comunidades juntas às 22h40, com as quatro imagens de Nossa Senhora, e recebidas na Junta pela Senhora Presidente do Executivo, Dra. Maria José Gamboa, a Presidente da Assembleia de Freguesia, Dra. Célia Correia, o Senhor Vice-Presidente da Câmara, Eng.º Patrocínio Azevedo, os senhores vereadores da Câmara, Arq.º Valentim Miranda e Dr. Manuel Monteiro, bem como membros do Executivo e da Assembleia de Freguesia. Também pela Comunidade de S. Paio o Padre João se encontrava presente. 5
O Reverendíssimo Padre Almiro deu início ao discurso. As suas primeiras palavras foram dirigidas a todas as Comunidades, agradecendo todas o seu andor, e por todas estarem em comum união como bons filhos de Mãe e Pai. A Nossa Querida Mãe rejubila de ver a Paróquia pela devoção que lhe dedica, que traduz o rosto feminino de Deus, que é verdadeira instância sentido do Amor de Deus. Saudou a todos que se encontravam presentes por este momento de grande ternura e consciência que de futuro só pode ser assim nesta Paróquia, todos unidos, todos amigos, todos irmãos à volta deste Deus fascinante que se traduz em forma feminina em Maria. A Paróquia prestou a homenagem de seguida a que Nossa Senhora merece: os primeiros a foram os Jovens, homenagearam Maria pela sua juventude em ter sido Mãe; e Senhora Jovem pedindo-lhe a bênção; as Crianças de S. Pedro Lavadores, homenageiam Senhora dos pequeninos e Mãe de todas as crianças; Senhora das crianças sem Lar, sem pais, crianças doentes, sem pão, de todas, oferecendo flores; as mulheres prestaram uma homenagem justa à Nossa Senhora do Sim; os homens tem Maria Mulher como horizonte do humano e divino assim prestaram homenagem; tantos homens e tantas mulheres da Paróquia que gostariam de terem calcorreado as ruas na Procissão mas que não o puderam fazer por estarem doentes, e por isso impossibilitados, mas também eles prestaram a homenagem, à Nossa Senhora do Alívio e Amparo. Após estas sentidas homenagens, o Padre Almiro dirigiu uma palavra de agradecimento, a quem tornou esta procissão num encanto e à Junta pela sua Presidente da Junta Dra. Maria José Gamboa e todo o seu Executivo que se encontrava presente, por terem recebido e aberto as portas. Agradeceu de seguida o Senhor Bispo D. João Lavrador, o Pastor responsável pela pastoral de Gaia Norte, por ter presenteado a Paróquia pela sua presença nesta procissão que jamais a Paróquia esquecerá, guardando sempre grata memória, dando de seguida a palavra a Vossa Excelentíssima Reverendíssima D. João Lavrador. D. João Lavrador iniciou por saudar a autarquia. Há uma separação, uma autonomia nos dias de hoje, que não tem de ser Cristão para se prestar um serviço público, mas sim que se reflicta no bem praticado para todos. 6
Manifestou o agrado de ver quatro imagens de Nossa Senhora, quatro andores. Estavam assim as cinco Comunidades em comunhão. A mesma Senhora com várias imagens e todas dirigidas à mesma Nossa Senhora, Mãe de Jesus, Nossa Senhora de Nazaré, e que tem um nome, consoante as necessidades das pessoas, referia D. João Lavrador podíamos quase dizer que Nossa Senhora tem tantas evocações, quantos os habitantes do mundo. Explicou que Nossa Senhora é a mesma Senhora em todas as evocações e Mãe de todos e cada um de nós. Exemplificou para explicação, imaginemos cinco filhos, em que cada um trazia uma fotografia da sua mãe, seriam cinco fotos diferentes mas a mãe é a mesma, mas era motivo de alegria para cada filho e um motivo de se reconheceram mais filhos, porque cada um justificava que eram filhos da mesma mãe, por isso tinham o direito de trazer a fotografia de sua mãe. Assim ressalta, que nós cada vez mais temos de ir crescendo nesta consciência que todos estamos a venerar Nossa Senhora, Mãe de Jesus, a Mãe de Deus e a Mãe da Igreja, a Mãe desta Comunidade, desta família, Mãe de todos nós e de cada um de nós. Então Nossa Senhora estános a convidar a sermos verdadeiramente Irmãos, e em que cada um de nós vamos levar dentro do coração a imagem de Nossa Senhora, para que cada dia quando nos cruzarmos em casa, com a família, cada um possamos reconhecer esta fraternidade, ou então quando nos cruzarmos nas ruas da Paróquia, encontrar pessoas mais pobres, outras com mais aforro, outras doentes, em que somos todos filhos da mesma Mãe e que faça parte da nossa vida do nosso dia-a-dia. Seguiu-se a Oração final e a bênção do Bispo sobre os presentes. Após o Adeus a Nossa Senhora as pessoas dispersaram para as suas casas, perto das 23h15, de certo levando Nossa Senhora no coração como pediu o D. João Lavrador. Algumas pessoas com as suas velas acesas regressaram as suas casas, com os seus olhares de luz, que se poderia observar a cada passagem de quem esteve na Procissão. Ao longo da procissão algumas de pessoas foram-se juntando à procissão, em cada Comunidade. As casas iluminadas com as velas acesas, com as pessoas à porta ou à janela, saudavam Maria à sua passagem. De salientar uma presença notada e despercebida durante toda a procissão, procurando sempre uma boa posição com a sua objetiva, nos proporcionar um álbum de imagens para sempre recordarmos, o Senhor Vítor Salvador, a ele se deveu a reportagem fotográfica da Igreja Matriz. Assim como a reportagem da Engª Conceição Alves pela Capela S. Paio e seu marido pela Capela Nossa Senhor Amparo. As palavras descritas e as imagens em álbum fotográfico ficam para sempre relembrar a memória desta singela e jubilosa Procissão. 7