ASSENTO DE REUNIÃO. 5ª Reunião do Observatório Nacional dos CIRVER PRESENÇAS. 21 de Julho de 2009



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Transcrição:

5ª Reunião do Observatório Nacional dos CIRVER 21 de Julho de 2009 ASSENTO DE REUNIÃO Local: Câmara Municipal da Chamusca - Centro de Empresas Início: 10h30m Fim: 12h30m PRESENÇAS Nome Eng.º Sérgio C. Bastos Organismo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional Eng.ª Ana Isabel Paulino Agência Portuguesa do Ambiente Eng.ª Natália Faísco Eng.ª Zélia Ana Galinho Eng.ª Maria de Lurdes Sousa Agência Portuguesa do Ambiente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo Autoridade da Concorrência Sr. Sérgio Carrinho Eng.º António Esteves Oliveira Matos Associação Nacional de Municípios Portugueses Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo 1

Eng.º Rui Berkemeier Quercus Associação Nacional de Conservação da Natureza Eng.º Faria e Santos Associação Industrial Portuguesa 2

ABERTURA DOS TRABALHOS Eng.º Sérgio C. Bastos, Presidente do Observatório Nacional dos CIRVER Nota de boas vindas e abertura dos trabalhos; Referiu o objectivo principal da 5ª reunião do Observatório Nacional dos CIRVER (ONC) discussão da situação e evolução dos CIRVER e apresentação da proposta de Regulamento das Unidades de Gestão de Resíduos Perigosos 1 -, e mencionou a posterior visita às instalações dos CIRVER 2 ; Submeteu os assentos das reuniões do ONC (1ª, 2ª, 3ª e 4ª reuniões) à consideração dos membros do ONC. ANÁLISE DA SITUAÇÃO E EVOLUÇÃO DOS CIRVER 1. Ponto de situação das acessibilidades aos CIRVER Referiu que na última reunião do ONC ficou definida a necessidade de apresentar o ponto de situação das acessibilidades aos CIRVER. Comunicou que o Governo abriu concurso para várias concessões, estando prevista uma concessão para o Baixo Alentejo em que não estão contempladas as acessibilidades; e que só a partir de Outubro será aberto concurso para novas concessões, cujos processos demoram 2 a 3 anos; Referiu que é intenção da Estradas de Portugal avançar com as obras em Constância, embora o processo esteja atrasado por falta de verbas. Sr. Sérgio Carrinho Apresentou o ponto de situação de algumas acessibilidades. Assim: - O troço Almeirim-Chamusca do ponto de vista técnico está assumido, com concordância das 3 Câmaras envolvidas sobre o traçado; 1 Versão apresentada ao Observatório Nacional dos CIRVER, em 21 de Julho de 2009. 2 Assento das visitas aos CIRVER em anexo. 3

- O traçado do projecto técnico da A23-Chamusca está em fase de projecto base e a Câmara do Entroncamento apresentou uma proposta de correcção a ser analisada pela Estradas de Portugal; - A reconversão da ponte de Constância não tem contrato assinado com as Câmaras, verificando-se um fluxo de camiões a atravessar as zonas urbanas. Sugeriu remeter ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) e ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional (MAOTDR), uma carta a expor o ponto de situação das acessibilidades. Geral A sugestão de envio da carta obteve a concordância dos membros do ONC, devendo a mesma ser aprovada previamente pelo ONC. Referiu que na última reunião foi considerada a necessidade de serem apresentados elementos técnicos e gráficos e calendarização sobre o ponto de situação das acessibilidades; Considerou que seria oportuno a carta incidir não só sobre os CIRVER mas sobre o Eco-Parque do Relvão em geral. Solicitou ao Sr. Sérgio Carrinho disponibilização de elementos gráficos, técnicos e calendarização referentes às acessibilidades, até final da semana seguinte, para providenciar a elaboração da carta. Sr. Sérgio Carrinho Indicou que apenas consegue disponibilizar documentos macro. 2. Ponto de situação do funcionamento dos CIRVER Comunicou sobre a reestruturação do Departamento de Operações de Gestão de Resíduos, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e consequente substituição da Eng.ª Ana Paula Simão pela Eng.ª Natália Faísco, como representante desta entidade no ONC; 4

Referiu a importância do ONC integrar um representante da Administração da Região Hidrográfica (ARH), entidade que sucedeu às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) em matéria dos recursos hídricos. Geral A sugestão obteve a concordância dos membros do ONC. Referiu a importância dos membros do ONC analisarem e emitirem pareceres sobre os Relatórios Ambientais Anuais (RAA) dos CIRVER, já enviados, como forma de assegurar as respectivas competências e prossecução das suas actividades; Sugeriu a elaboração de um relatório da actividade dos CIRVER, com os contributos dos membros do ONC, para posteriormente submeter à consideração do MAOTDR, e de um relatório não técnico para divulgação pelo público; Referiu a importância dos membros do ONC analisarem e emitirem pareceres sobre a proposta de Regulamento das Unidades de Gestão de Resíduos Perigosos, que será apresentada pela APA e posteriormente enviada aos membros do ONC. Referiu a importância do relatório de divulgação pública não omitir informação; Referiu a importância de ser criado o portal do ONC para divulgação e discussão de informação relacionada com os CIRVER. Comunicou que: - O relatório será divulgado no portal da APA; - É importante a colaboração de todos os membros do ONC para a criação do portal do ONC; Mencionou que os dois CIRVER juntos receberam pouca matéria-prima, que não atingiu as 120 000 toneladas. Sobre este assunto, informou que nos últimos meses de 2008 as autorizações para a transferência de resíduos perigosos destinados a eliminação apenas foram concedidas pelo prazo de 6 meses, e que desde 1 de Janeiro de 2009 a APA objecta estas transferências, pelo que deverá esta situação estar estabilizada. No entanto, a APA tem recepcionado muitos pedidos de transferência de resíduos para valorização, suspeitando-se que alguns possam corresponder a resíduos que vão para eliminação. Neste âmbito 5

planeia-se agendar uma reunião com a Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAOT) para averiguar da possibilidade de controlar estes resíduos após saída do País; Referiu que será possível objectar a transferência de resíduos para valorização se esta questão for devidamente acautelada num plano nacional, estando actualmente a ser elaborado o Plano Nacional de Gestão de Resíduos; Comunicou que o SISAV alertou que as CCDR estão a licenciar indevidamente estruturas destinadas, a título principal, à gestão de resíduos perigosos, tendo a APA exposto esta situação superiormente para que seja enviado um ofício circular às CCDR. Eng.º Faria e Santos Questionou se algum dos CIRVER equacionou a hipótese de importar resíduos de países da União Europeia, e qual a opinião dos membros do ONC relativamente a este assunto. Informou que os CIRVER transmitiram à APA interesse na importação de resíduos para valorização. Eng.º Faria e Santos Considera de aprovar a importação de resíduos, uma vez que Portugal também exporta resíduos e os CIRVER estão em dificuldade, mas desde que cumpridos os requisitos legais aplicáveis. Mencionou que a importação de resíduos só poderá ser realizada se forem cumpridos os requisitos legais aplicáveis, se houver capacidade de tratamento nos CIRVER, e se os resíduos chegarem de países sem capacidade de tratamento. Referiu que em certos casos aprova a expedição de resíduos, com referência aos óleos usados em que a exportação para regeneração é preferível à incineração em Portugal. Sr. Sérgio Carrinho Comunicou que tem acompanhado os CIRVER, e que a diminuição de resíduos ocorrida no actual período de crise levou ao esmagamento dos preços, havendo por isso que desenvolver esforços para minimizar os problemas que se fazem sentir pelos CIRVER; 6

Comunicou que não tem objecções à importação de resíduos para os CIRVER devendo, no entanto, esta questão ser devidamente analisada para evitar situações como as registadas recentemente em Itália e Inglaterra, que desonram os países. Eng.ª Maria de Lurdes Sousa Questionou se os resíduos a importar vêm para valorização e de que forma é controlado o movimento transfronteiriço dos resíduos; Referiu a existência de outras unidades no País preparadas para tratar resíduos perigosos. e Eng.º Faria e Santos Indicaram que essas unidades tratam resíduos específicos. Comunicou que os resíduos a importar terão como destino a valorização; Referiu que, além da APA, a IGAOT controla os movimentos de resíduos por mar e por terra, e que o regime de responsabilidade ambiental, publicado através do Decreto-Lei n.º 147/2008, de 29 de Julho, está em fase de implementação e também permitirá o controlo dos movimentos de resíduos. Sr. Sérgio Carrinho Comunicou que tem acesso aos circuitos das viagens dos resíduos perigosos. Eng.º Faria e Santos Indicou que está a ser criada uma plataforma entre a APA e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) que permite estudar o circuito dos resíduos perigosos. Salientou a importância da APA no controlo dos movimentos transfronteiriços, que numa fase inicial deve acompanhar rigorosamente estes movimentos. Questionou se, esgotada a capacidade máxima dos aterros onde estão a ser depositadas as cinzas volantes dos incineradores da Lipor e Valorsul, estas serão encaminhadas para os CIRVER ou se serão concedidas licenças para a construção de novos aterros. 7

Eng.ª Maria de Lurdes Sousa Referiu haver cinzas volantes a serem utilizadas para a produção de betão, em alternativa à deposição em aterro. Eng.ª Natália Faísco Comunicou que essas cinzas provêem de centrais termoeléctricas; Referiu que foi feita uma análise superficial aos RAA dos CIRVER, para os quais se esperam os contributos dos membros do ONC, e cujos principais resultados são apresentados de seguida. Agência Portuguesa do Ambiente Apresentou os principais resultados obtidos da análise dos RAA dos CIRVER SISAV e ECODEAL. Referiu que: - A ECODEAL está em falta em diversas exigências da Licença Ambiental; - O SISAV recorre a maior quantidade de combustíveis fósseis do que a ECODEAL; - Nos RAA há parâmetros monitorizados que apresentam concentrações muito próximas dos Valores Limite de Emissão (VLE) e, sendo os CIRVER instalações em que se aplicam as Melhores Tecnologias Disponíveis (MTD), esta situação não deveria ocorrer. Eng.º Faria e Santos Discordou com a afirmação de que as concentrações medidas não podem estar tão próximas dos VLE, pois a exigência é que estejam abaixo dos VLE. Comunicou que a aplicação de MTD pressupõe que a instalação esteja na vanguarda da tecnologia utilizada, pelo que os valores dos parâmetros medidos não se devem aproximar tanto dos VLE; Sugeriu a apresentação num quadro resumo dos resultados das monitorizações e respectivos VLE estipulados. Eng.ª Zélia Galinho Indicou que os VLE são estipulados nas Licenças Ambientais, em que são integradas as MTD, pelo que é admissível que os resultados das monitorizações estejam próximos dos VLE. 8

Referiu a necessidade de solicitar parecer à ARH de Lisboa e Vale do Tejo sobre os RAA, em matéria do domínio hídrico; Reforçou a necessidade de obter parecer dos membros do ONC para os RAA. Eng.º António Matos Referiu a necessidade de obter informação dos casos de acidentes registados resultantes da actividade dos CIRVER, junto do Centro de Saúde local. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE REGULAMENTO DAS UNIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS Agência Portuguesa do Ambiente Apresentou a proposta de Regulamento das Unidades de Gestão de Resíduos Perigosos. Sr. Sérgio Carrinho Referiu que o relatório a elaborar sobre o ponto de situação da actividade dos CIRVER não deve ser extremamente sintético para fácil compreensão do público em geral. Eng.º António Matos Fez referência a uma reunião extra-onc, em que ficou definida a necessidade do CIRVER SISAV ter serviços médicos internos. Reforçou a necessidade do envio de pareceres aos RAA, e solicitou o envio de pareceres à proposta de Regulamento das Unidades de Gestão de Resíduos Perigosos; Indicou que será proposta à tutela a integração da ARH de Lisboa e Vale do Tejo no ONC; Sugeriu propor à tutela uma periodicidade semestral para as reuniões do ONC, sem prejuízo de se realizarem reuniões extraordinárias e de a qualquer momento ser revista a periodicidade proposta. 9

Geral Concordância ao envio dos pareceres até ao dia 4 de Agosto de 2009, e à realização das reuniões do ONC em Maio e Outubro/Novembro de cada ano. ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS Eng.º Sérgio C. Bastos, Presidente do Observatório Nacional dos CIRVER Fim: 12h30m Nota de encerramento dos trabalhos. 10