Focus Group IV Sustentabilidade Energética na Agricultura e Florestas David Loureiro



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Transcrição:

Focus Group IV Sustentabilidade Energética na Agricultura e Florestas David Loureiro Investigador Auxiliar Laboratório Nacional de Energia e Geologia david.loureiro@lneg.pt

Testemunho 1. Recursos energéticos e objetivos da Eficiência iê i Energética 20 20 20 2. Estufas na UE27: estatísticas técnicas e económicas 3. Aproveitamento de fluidos térmicos em agricultura protegida 4. Valorização térmica de geofluido de baixa entalpia 5. Valorização de efluente térmico industrial 6. Secador Solar para Produtos Naturais 7. Sustentabilidade Energética em Agricultura Protegida no séc. XXI 2

Questões problema 1. Q1 : ESTUFA (sistema complexo energia solar) 2. Q2: OPTIMIZAÇÃO ENERGÉTICA (balanço de energia) 3. Q3: VALORIZAÇÃO ETI (e outros fluidos térmicos) 3

Recursos Energéticos em Portugal Portugal é um país com escassos recursos energéticos endógenos, nomeadamente, dos fósseis que asseguram a generalidade das necessidades energéticas da maioria dos países desenvolvidos (petróleo, carvão e gás). A escassez desses recursos conduz a uma elevada dependência energética do exterior, que, apesar dealgum decréscimo desde 2005 apresentava em 2010 um valor de 76,8%. Estrutura de consumos de energia primária por fontes em Mtep (%) 2005 2005 2010 UE Portugal Portugal Carvão 14,6 12,6 7,5 86,8 % Petróleo 40,2 60,2 49,6 Gás natural 23,5 14,0 19,7 Nuclear 15,7 --- --- FER 6,0 13,2 23,2 76,8 % Importa assim aumentar a contribuição das energias renováveis e simultaneamente a sua ecoeficiência redução do consumo, redução do impacto e a melhoria do valor do produto nos principais setores da economia: energia, transportes, agricultura e indústria.

Radiação Solar Portugal um dos países da Europa com maior disponibilidade Rdi Radiação Solar 2200 3000 h 14 17MJ/m2/dia17MJ/m2/dia Radiação incidente no plano horizontal Horas de Sol anuais

Objectivos da Eficiência Energética A eficiência energética na agricultura europeia é um debate iniciado em 1983, em resposta à crise energética dos anos 70. Mas só recentemente, com as exigências em matéria ambiental como estratégia de resposta ao Aquecimento Global definido na EU, foram definidos objetivos concretos, nomeadamente no pacote ENERGIA CLIMA 20 20 20 para 2020 que incentiva os países a implementarem um conjunto de medidas, entre elas: 1. Melhorar a eficiência energética em todos os sectores de atividade (residencial, i agricultura, ra transportes, t comércio, indústria) i reduzindo d a procura e por isso a consequente diminuição de emissão de gases com efeito de estufa; 2. Desenvolver e implementar a produção de energia térmica e elétrica a partir de fontes renováveis.

Estufas na UE 27: estatísticas técnicas e económicas O sistema agrícola da UE 27 vale cerca de 2,4% do seu consumo final de energia conforme os países, o consumo específico de energia na agricultura varia de 06 0,6 a 81% 8,1% ~ 40% em energia térmica: processos de condicionamento ambiental (estufas e pecuária), secagem e conservação de cereais e produtos florestais ~ 60% repartidos em maquinaria eléctrica e potência motriz Consumo final de energia na agricultura UE27 Estufas Pecuária Secagem cereais 15% 16% 69% EUROSTAT 2010 Consumo específico em estufa [tep/ano/ha] / Holanda : 400 (1800 MWh) França: 200 a 300 (1300 MWh) Portugal/Espanha: 120 a 250 (1100 MWh) 20 a 30% do custo total de factores de produção, nos países do Norte e Centro da UE 27

Estufas na UE 27: estatísticas técnicas e económicas Superfície mundial de estufas ~450.000ha000ha Asia representa 66% do total ~297.000ha Europa e Bacia Mediterrânica ~30% Holanda Portugal 2% Grécia Polónia 3% 4% Superfície de Estufas UE27 Outros 9% Espanha 44% 7% UE 27 (2010) com ~150.000ha França Itália 23% Espanha lidera com 44% 8% Portugal representa apenas 2% EUSOSTAT 2010

Estufas na UE 27: estatísticas técnicas e económicas Portugal tem ~3000 ha Apenas 10 15% utilizam sistema de aquecimento e/ou arrefecimento. Sector agrícola cresceu cerca de 50% na última década Importador de frutos e vegetais (70%) e ornamentais (85% ) ç Sector com potencial para crescer ALTO MINHO (NUT 3) Evolução da superfície do Parque de Estufas em Portugal [ha] Estimativa 2000 2007 2009 (INE) 2013 Entre Douro e Minho 277 386 600 Trás os Montes 43 105 130 Beira Litoral 136 Beira Interior 3 205 290 Ribatejo e Oeste 560 888 980 Alentejo 27 101 360 Algarve 521 461 550 Madeira 32 45 Açores 18 40 TOTAL 1567 2196 2400 2995 Estufas Area [ha] Nº Explorações Horticultura 442 1426 Floricultura 135 376 Ornamentais 24 58 Total 601 1860

Aproveitamento de fluidos térmicos em agricultura protegida Efluentes térmicos industriais (ETI s) de baixa temperatura (< 40ºC) rejeitados por muitas indústrias, (centrais térmicas, celuloses, curtumes,...) que não têm aplicação na maioria dos processos industriais, mas com aplicabilidade direta no condicionamento ambiental de estufas de produção agrícola, piscicultura e mesmo em aquacultura vegetal. Circuito aberto Circuito fechado Aquecimento Urbano Secagem edifícios públicos edifícios privados Madeira, pinhas frutos / legumes Aquecimento de solo Aquecimento Estufas Aquacultura horticultura horticultura Floricultura Plantas autóctones Tilapia, dourada, robalo 0 10 20 30 40 [ºC] Microalgas, camarão

Valorização térmica de geofluido de baixa entalpia 1200 m2 repartidos por 3 estufas para produção hortícola TAQE1 temp. fluido TE1 temp. ar interior Text temp. ar exterior Temp. fluido entre 30 37ºC, permitindo diferenciais de 5 7ºC, mesmo quando a temperatura exterior foi negativa.

Valorização térmica de geofluido de baixa entalpia estimativa anual de aproveitamento de energia térmica de pólos termais

Valorização de efluente térmico industrial (ETI) CENTRAL TERMOELÉCTRICA DE SETÚBAL BALANÇO ENERGÉTICO DE UM GRUPO 250 MW Etapa de processo no Grupo Térmico Poder calorífico do combustível (fuelóleo) E Rendimento Térmico [1] 100 % Produção de Energia Perdas no Condensador [2] 47,91 % 122 MWt Perdas nos Condensados [3] 0,61 % 1,56 MWt Perdas na Caldeira [4] 9,25 % 23,59 MWt Perdas na Turbina AP [5] 0,66 % 1,68 MWt Perdas na Turbina MP [6] 0,16 % 0,41 MWt Perdas na Turbina BP [7] 0,16 % 0,41 MWt Perdas dos Condensados da Turbina AP [8] 0,13 % 0,33 MWt Perdas dos Condensados da Turbina MP [9] 0,13 % 0,33 MWt Central convencional com 4 grupos térmicos de 250 MW a queima de fuelóleo Sistema de refrigeração em circuito aberto com 8.5 m 3 /s (por grupo térmico) (2005) Produção eléctrica 8.760 GWh/ano (2005) Consumo fuelóleo 1.962.240 t/ano Perdas dos Condensados da Turbina BP [10] 0,06 % 0,15 MWt Rendimento teórico Térmico no Grupo Electroprodutor [2] + + [10] [11] 59,07 % 150 MWt Turbina AP (potência ao veio) [12] 11,2 % 70,2 MW Turbina MP (potência ao veio) [13] 16,3 % 102,8 MW Turbina BP (potência ao veio) [14] 13,1 % 82,4 MW Rendimentoteórico teórico Eléctrico nogrupo Electroprodutor [12] + [13] + [14] [15] 40,6 % 255,4 MW 13

Rejeição de calor no sector electroprodutor : valorização de ETI Qualidade e disponibilidade de ETI da CTS Implicações ambientais do ETI no Estuário Sado Flutuações de temperatura durante funcionamento em três escalões de potência: 80, 200 e 250 MW 30 CENTRAL TERMOELECTRICA DE SETÚBAL ua [ºC] emperatura da águ Te 25 20 Ts 200 MW 15 Te 200 MW AT(200) AT(80) AT(250) 10 T (250 MW) Te(80) Ts(80) T (200 MW) Te(200) 5 Ts(200) T (80 MW) Te(250) 0 Ts(250) Médias mensais discretas [1988 1991] do Grupo 4 da CTS Tempo [Hora] 24 18 12 6 0 CTS - Grupo 4: Disponibilidade a 100% (2002) Disponibilidade Temp entrada Temp saída Janeiro [dia] 30 25 20 15 10 5 0 ratura [ºC] Tempe 14

Estação de Propagação de Plantas Autóctones Local: Central Termoelétrica de Setúbal EDP Gestão da Produção de Energia : coordenação geral LNEG Laboratório de Energia : coordenação técnico científica Instalação Piloto [1989 1996] 1996] Estudo de minimização do impacte térmico no estuário do rio Sado do efluente da CTS ; primeiros ensaios de ETI no aquecimento de solo em estufas com culturas hortícolas. Plantas da Arrábida [1999 2007] 1ª fase de desenvolvimento, instalação de novas estufas experimentais e monitorização energética do ETI; propagação de plantas autóctones na área do Parque Natural para reposição de habitats degradados em pedreiras locais. Estação de Propagação de Plantas Autóctones [2008 2013] 2ª fase de desenvolvimento com estratégias de condicionamento ambiental sem aquecimento de ETI; reflorestação de áreas protegidas e missão de apoio às medidas de compensação ambiental da expansão hidroeléctrica do Grupo EDP. 15

Sistema de captação e distribuição de efluente térmico 170 kw Temperatura de efluente: 22 a 24ºC captação nos canais de rejeição : 10 L/s devolução ao estuário: redução de temperatura de 2 a 4ºC aproveitamento energético de 170 kwt

Parque de Estufas Experimentais 1000 m 2 estufas ; 600 m 2 abrigos ; 1000 m 2 ar livre Estação de bombagem de ETI ; Posto microclimatológico Estufas experimentais equipadas com sistemas de aquecimento no solo o e aéreo (grelhas e asde tubos anelados eados) ) onde decircula cuao efluente térmico [22 24ºC]. Automatização dos sistemas de aquecimento, arejamento, ecran térmico/sombreamento e rega Monitorização microclimática das estufas e abrigo de aclimatação: aquisição iiã e registo it dos parâmetros físicos (termometria t do ar/solo, psicrometria do ar, irradiação solar e radiação térmica) Monitorização energética do caudal de captação de ETI e da distribuição de energia nos circuitos de aquecimento Interface informática em tempo real (acesso remoto via internet) dos parâmetros de monitorização microclimática e energética 17

Monitorização do comportamento térmico das estufas Estufa de germinação Estufa de crescimento Abrigo de Aclimatação Zona de endurecimento

Propagação de plantas autóctones Propagação de ~80.000 plantas Bom desenvolvimento radicular 24 a 48 meses desde germinação ao endurecimento 1ª Fase: Arbutus unedo, Pinus pinea, Juniperus turbinata Quercus coccifera turbinata, Quercus coccifera 2ª Fase : Quercus pyrenaica, Quercus suber, Quercus rotundifolia, Juniperus oxycedrus Pedreiras : sobrevivência ~ 50% Sistema radicular ramificado Poda radicular automática talude recuperado de pedreira Quercus rotundifolia Lam. Azinheira Sustentabilidade Energética do Alto Minho 2014 2020 Ponte de Lima, 3 de Outubro de 2013

Resultados experimentais aquecimento termometria do ar e solo [28/Abril 1/Maio: 2004] Ensaio em circuito fechado Aquecimento Estufas E6 + E7 Caudal 3,15 l/s ; 4 ºC ; 52 kw Diferencial nocturno E7 = 2 a 3 ºC

Secador Solar para Produtos Naturais Projeto SecMad Secagem ao ar livre (4 meses) Secagem eficiente / baixo custo (20 dias) Secagem artificial (4 dias)

Evolução de Conceitos Ar quente madeira Sistemas clássicos madeira humidade humidade

Instalações piloto Volume interior 230 m3 Volume de madeira 75 m3 I Investimento ti t 12 k 12 k Arrabal Leiria (2009) Volume interior Alcácer do Sal (2010) 310 m3 Volume de madeira 100 m3 Investimento Investimento 15 k 15 k Sustentabilidade Energética do Alto Minho 2014 2020 Ponte de Lima, 3 de Outubro de 2013

Sustentabilidade Energética em Agricultura Protegida (no séc. XXI) 1. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM AGRICULTURA PROTEGIDA Adaptação aos fenómenos extremos e contrários resultantes dos cenários previsíveis do Aquecimento Global : seca, ondas de calor, inundação e temporal Modelos avançados de estufa sustentável : eficiência de energia e de água, limites de produção intensificada, uso de fitofármacos e reutilização dos resíduos Materiais de cobertura de duração prolongada: propriedade p s fotocromáticas e de conservação de energia Integração de coberturas fotovoltaicas de substrato flexível : películas finas ou células orgânicas Utilização nos substratos de cultura, de materiais de mudança de fase para atenuação dos extremos de temperatura Monitorização e condicionamento ambiental da estufa sincronizada com a rede de previsão meteorológica local

Sustentabilidade Energética em Agricultura Protegida (no séc. XXI) 2. COMPETITIVIDADE NO MERCADO Acompanhar a tendência dos objetivos da UE 20 20 20, associando a produção em estufa à redução de emissões de GEE; através de maior eficiência energética e de utilização de tecnologias renováveis de energia solar, geotermia valorização de efluentes térmicos. Reajustar a distância e meios de distribuição, tendo em conta a competitividade id d do processo PRODUZIR LOCAL E CONSUMIR LOCAL. Acompanhar as novas solicitações de mercado de estímulo do de produtos nacionais, promoção de hábitos alimentares associados à dieta mediterrânica e à melhoria da qualidade de vida das populações. Ocupar uma posição competitiva no mercado, reduzindo a importação dos produtos das fileiras horto florícolas, garantindo a segurança, estabilidade financeira e a autosuficiência nacional. EM RESUMO, GRANDE POTENCIAL DE INOVAÇÃO

OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO David Loureiro Investigador Auxiliar david.loureiro@lneg.pt