Gerência do Sistema de Arquivos. Adão de Melo Neto



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Transcrição:

Gerência do Sistema de Arquivos Adão de Melo Neto 1

Gerência do Sistema de Arquivos Organização dos arquivos Estrutura de diretório Gerência de espaço livre Gerência de alocação de espaços em disco Proteção de acesso 2

ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS 3

Arquivos É identificado por meio de um nome. A identificação de um arquivo normalmente é composta por duas partes separadas por um ponto, a parte após o ponto é chamada extensão do arquivo e serve para identificar o seu conteúdo. 4/68

Organização dos Arquivos Define como os dados estão internamente organizados Tipos Não estruturada Indexada 5

Organização dos Arquivos Não estruturada Consiste em uma seqüência não- estruturada de bytes O sistema de alocação não impõe nenhuma estrutura lógica para os dados 6

Organização de Arquivos Indexada O arquivo consiste em um conjunto de registros registro 7

Operações de E/S O sistema de arquivos do Sistema Operacional disponibiliza um conjunto de rotinas que permite às aplicações realizarem operações de E/S 8

ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS 9

Estrutura de diretórios É uma estrutura de dados que contém entradas associadas aos arquivos onde estão informações como localização física, nome, organização e demais atributos. Define como o sistema organiza logicamente os arquivos contidos em um disco. Tipos Nível único Em dois níveis Em árvore 10

Estrutura de diretórios NÍVEL ÚNICO Um único diretório contém todos os arquivos do disco Vantagem: implementação mais simples da estrutura de diretórios Desvantagem: não permite a criação de arquivos com o mesmo nome Estrutura de Informações 11

Estrutura de diretórios em dois níveis Cada usuário pode ter seu diretório particular, sem a preocupação de conhecer os outros arquivos do disco Há um diretório master que indexa todos os diretórios particulares dos usuário, provendo o acesso a cada um. Estrutura de Informações Identificação Proteção Organização Localização física Atributos MASTER FILE DIRECTORY USER FILE DIRECTORY 12

Estrutura de diretórios em dois níveis Estrutura de Informações Identificação Proteção Organização Localização física Atributos MASTER FILE DIRECTORY USER FILE DIRECTORY 13

Estrutura de diretórios em árvore Modelo utilizado hoje em dia em quase todos os sistemas operacionais Cada usuário pode criar vários níveis de diretórios (ou subdiretórios) sendo que cada um pode conter arquivos e subdiretórios 14

Estrutura de diretórios em árvore Identificação Proteção Organização Localização física Atributos Estrutura De Informações MASTER FILE DIRECTORY USER FILE DIRECTORY 15

Estrutura de diretórios em árvore Um arquivo é especificado através de um caminho absoluto, descrevendo todos os diretórios percorridos a partir da raiz (MFD) até o diretório no qual o arquivo está ligado. O caminho do arquivo SOMA.exe é /PAULO/PROGRAMAS. 16

Comandos relativos à Estrutura de Diretórios 17

Comandos relativos à Estrutura de Diretórios 18

Comandos relativos à Estrutura de Diretórios Execute os seguintes comandos: pwd cd / pwd cd /var pwd 19

ESTRUTURA DE DADOS 20

PILHA D C B A FILA D C B A LISTA D C B A EM QUALQUER LOCAL 21

ARVORE E C F B ONDE D SERÁ INSERIDO?

GERÊNCIA DE ESPAÇO LIVRE NO DISCO 23

Gerência do Espaço Livre A criação de arquivos em disco exige que o sistema operacional tenha controle de quais áreas ou blocos no disco estão livre O controle é realizado utilizando alguma estrutura de dados que armazena informações que possibilitam ao sistema gerenciar o espaço livre do disco. Mapa de bits Lista encadeada de blocos livres no disco Tabela de blocos livres 24

Gerência do Espaço Livre Tabela denominada Mapa de bits Cada entrada da tabela é associada a um bloco do disco representado por um bit, que estando com o valor 0 indica que o espaço está livre, e com valor 1 representa o espaço ocupado Gasta muita memória, pois para cada bloco no disco há uma entrada na tabela 25

Gerência do Espaço Livre Lista encadeada de blocos livres no disco Cada bloco possui uma área reservada para armazenar o endereço do próximo bloco livre. Apresenta problemas de lentidão de acesso, devido a constantes buscas seqüenciais na lista. 26

Gerência do Espaço Livre Tabela de blocos livres Mantém uma tabela com o endereço do primeiro bloco de cada segmento e o número de blocos contíguos (livres) que se seguem Lista Encadeada Tabela de Blocos Livres Bloco contador 01 0 05 2 12 0 15 0 27

GERÊNCIA DE ALOCAÇÃO DE ESPAÇO EM DISCO (HD) 28

Gerência de Alocação de espaço em disco A gerência de espaços alocados aos arquivos é de fundamental importância em um sistema de arquivos Alocação contígua Alocação encadeada Alocação indexada 29

Gerência de Alocação de espaço em disco (Alocação Contígua) Armazena o arquivo em blocos seqüencialmente dispostos no disco O arquivo é localizado através do endereço do primeiro bloco de sua extensão em blocos Principal problema: falta de espaço livre para novos arquivos que deve ser contínua 30

Gerência de Alocação de espaço em disco (Alocação Contígua) Alto índice de fragmentação no disco Best-fit; worst-fit e first-fit para definir onde o arquivo será alocado O problema da fragmentação pode ser contornado através de rotinas que reorganizem todos os arquivos no disco de maneira que só exista um único elemento de blocos livres 31

Gerência de Alocação de espaço em disco (Alocação Encadeada) O arquivo é organizado como um conjunto de blocos ligados logicamente no disco, independentemente da localização física, onde cada bloco possui um ponteiro para o bloco seguinte. A fragmentação não representa um problema na alocação encadeada, pois os blocos livres para alocação não necessitam estar necessariamente contíguos. Início do arquivo A. TXT 32

Gerência de Alocação de espaço em disco (Alocação Encadeada) Desvantagem: só permite o acesso seqüencial ao bloco de arquivos (quebra do arquivo em vários pedaços) o que aumenta o tempo de acesso, além da perda de espaço nos blocos com o armazenamento dos ponteiros 33

Gerência de Alocação de espaço em disco (Alocação Indexada) Soluciona a limitação da alocação encadeada no que diz respeito ao acesso, pois permite o acesso direto aos blocos do arquivo. Conseguido mantendo ponteiros de todos os blocos do arquivo em uma única estrutura chamada bloco de índice. Além de permitir o acesso direto aos blocos, não utiliza informações de controle nos blocos de dados. 34

PROTEÇÃO DE ACESSO 35

Proteção de Acesso Considerando que arquivos e diretórios são compartilhados por vários usuários, é fundamental que mecanismos de proteção sejam implementados para garantir sua integridade e proteção Senha de acesso Grupo de usuários Lista de controle de acesso 36

Proteção de Acesso (Senha de Acesso) Mecanismo simples de implementação Duas desvantagens: Não é possível determinar quais as operações podem ser executadas nos arquivos Se for compartilhado, todos os usuários que o utilizam devem conhecer a senha de acesso. 37

Proteção de Acesso (Grupo de Usuários) Utilizada em muitos sistemas operacionais (LINUX) Consiste em associar a cada usuário a um grupo Implementa três níveis de proteção : OWNER (dono), GROUP (grupo) e ALL (todos) Na criação do arquivo o usuário especifica se o arquivo pode ser acessado somente pelo criador, pelo grupo ou por todos os usuários, além de definir que tipos de acesso podem ser realizados (leitura, escrita, execução e eliminação) 38

Proteção de Acesso (Grupo de Usuários) Digite ls la e identifique usuários e grupo de usuários 39

SISTEMAS DE ARQUIVOS FAT 32 e EXT2 40

DISCO Os discos rígidos são compostos por vários discos internos, onde cada um deles é dividido em círculos concêntricos chamados de trilhas, e nestas trilhas temos uma certa quantidade de setores..um cluster é um conjunto de setores BLOCO = CLUSTER = UNIDADE DE ALOCAÇÃO 41

FAT 32 Partições de até 2 TB Tamanho de arquivos de 4 GB Nome dos arquivos passou com 256 caracteres. O desperdício em disco foi sensivelmente reduzido. O FAT16 utilizava clusters de até 64 KB enquanto o FAT32 pode utilizar clusters de 4 KB. Se um arquivo ocupa 4 KB de espaço, tanto no FAT16 como no FAT32 a ocupação será de 1 cluster Tem a desvantagem de ser 6% mais lenta que FAT16. Não possui recursos de segurança como o NTFS. Utiliza uma cópia backup da tabela de alocação como sistema de segurança para corrupções de arquivos. 42

NTFS O NTFS (New Technology. File System) é um sistema de arquivos que surgiu com o lançamento do Windows NT. Em caso de falhas, como o desligamento repentino do computador, o NTFS é capaz de reverter os dados à condição anterior ao incidente. Ele suporta redundância de dados, isto é, replicação, como o que é feito por sistemas RAID, por exemplo. 43

NTFS. 44