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Transcrição:

Sistemas de Tempo Real: Rômulo Silva de Oliveira Departamento de Automação e Sistemas DAS UFSC romulo@das.ufsc.br http://www.das.ufsc.br/~romulo Maio/2009 1 Sistemas computacionais com requisitos de real: Submetidos a requisitos de natureza ral não triviais Resultados devem estar corretos lógica e ralmente Requisitos definidos pelo ambiente físico O problemaé de real Aspectos rais NÃO estão limitados a uma questão de maior ou menor desempenho Estão diretamente associados com a funcionalidade Sistemas em geral: Fazer o trabalho usando o necessário Sistemas de real: Fazer o trabalho usando o disponível 2 Forte acoplamento de um STR com o seu : Processamento ativado por estímulos do ambiente Interfa ce Senso r Tempos de delimitam s/s - Processamentos devem terminar dentro de prazos (s) - Se terminar fora de prazo sistema falha (falha ral) Sistema Controlador Atuadores Controlado Dados com prazos de validade: Dados desatualizados ou não válidos (outdated data) podem conduzir a resultados ou respostas incorretas Fluxos de controle na execução são definidos pelo ambiente: Impossível em muitas aplicações controlar ou limitar os estímulos provenientes do ambiente 3 4 Mercados Concepções Erradas Telecomunicações Centrais telefônicas, videoconferência, groupware Veículos Automação em aeronaves, automóveis, sondas espaciais Defesa Radar, sonar, sistema guia em mísseis Indústria Controle de processos, robôs, aquisição de dados Financeiro Transações em bolsa, negociação automática Entretenimento Vídeogames, vídeo sob demanda, áudio Tempo real significa execução rápida Controlador semafórico Amostragem de dados Computadores mais rápidos vão resolver todos os problemas Custo Multicore Design do software Sistemas de real são: Pequenos Escritos em linguagem de montagem (assembly) Formados apenas por tratadores de interrupção Compostos por device-drivers 5 6

Conceitos Básicos Tarefa (task) Segmento de código cuja execução possui atributo ral próprio (período,, etc) Exemplo: método em OO, sub-rotina, trecho de um programa Deadline Instante máximo desejado para a conclusão de uma Deadline relativo Em relação ao início da Deadline absoluto Em relação a UTC (relógio da parede) Deadline Hard Perda do pode ter consequências catastróficas Exemplo: abrir válvula em duto de alta pressão Deadline Firm Perda do NÃO tem consequências catastróficas Não existe valor em terminar a após o Exemplo: amostrar periodicamente valor físico Deadline Soft Perda do NÃO tem consequências catastróficas Existe valor em terminar a com atraso Exemplo: movimento de objeto em vídeo game 7 8 Deadline brando (soft) Deadline firme (firm) 9 10 Deadline crítico (hard) Conceitos Básicos Tempo real crítico ( hard real-time ) Falha ral pode resultar em conseqüências catastróficas Necessário garantir requisitos rais em projeto Exemplo: usina nuclear, industria petroquímica, mísseis Tempo real não crítico ( soft real-time ) Requisito ral descreve apenas comportamento desejado Exemplo: multimídia, videogame - infinito 11 12

Previsibilidade Previsibilidade ( predictability ) Está associada a capacidade de poder antecipar, em de projeto, se os processamentos em um STR serão executados dentro de seus prazos especificados Associada a uma previsão determinista todosos s serão respeitados ou a uma antecipação probabilista baseadas em estimativas, probabilidades são associadas a s definindo as possibilidades dos mesmos serem respeitados A necessidade de previsibilidade gera implicações em todos os níveis: linguagens sistemas operacionais comunicação arquitetura do computador etc 13 Tipos de Recorrência Tarefa Periódica Tarefa é ativada a cada P unidades de Instantes de chegada podem ser calculados a partir do inicial Exemplo: controle de processo via laço de realimentação Tarefas Esporádica Instantes de chegada não são conhecidos Existe um intervalo mínimo de entre chegadas Exemplo: atendimento a botão de alarme Tarefa Aperiódica Nada é sabido quanto as ativações da Exemplo: aparecimento de objeto em tela de radar 14 Tipos de Recorrência Propriedades Temporais das Tarefas Período chegada (arrival) liberação (release) de execução (execution time) Intervalo mínimo atraso na liberação (release jitter) início (start time) conclusão (finishing time) (time) Vale tudo Folga = Deadline - Liberação - Tempo de execução Atraso = MAX( 0, Conclusão - Deadline ) Tempo de resposta = Conclusão - Chegada 15 16 STR STR Sistema Simples: Tarefa Única Responde ao M áquina 2 Complexidade da Aplicação Relações de Exclusão Mútua Relações de exclusão mútua entre s Tarefas A e B apresentam exclusão mútua quando NÃO podem executar simultaneamente Exemplos: Estrutura de dados compartilhada Arquivo Controlador de periférico Máquina 1 Sistema Complexo: Grafo de Tarefas Responde ao 17 18

Relações de Precedência Relações de precedência entre s Tarefa A é predecessora da B quando B somente pode iniciar depois que A estiver concluída Neste caso, B é sucessora da A Representado por A > B Exemplo: envio de mensagem de A para B Atividade Conjunto de s interligadas por relações de precedência Representada por um grafo onde - Nodos são as s - Flexas são as relações de precedência Atividade com Relações de Precedência LINEARES T1 T2 T3 Relações de Precedência Atividade com Relações de Precedência ARBITRÁRIAS T2 T4 T1 T3 T5 19 20 Event-Triggered Time-Triggered Event-Triggered x Time-Triggered 21 Event-Triggered x Time-Triggered Dirigido por s (Event-Triggered) Sistema reage a s Evento externo gera interrupção e dispara Pior caso: todos os s acontecem ao mesmo Sistema flexível Determinismo de Dirigido pelo (Time-Triggered) Interrupção de relógio a cada T milisegundos (tick) A cada tick algumas s são executadas Sensores e atuadores são acessados em momentos pré-definidos Não existem interrupções além das do relógio Sistema rígido Determinismo de execução 22 Tipos de Escalonadores Escalonamento ( scheduling ) Identifica a forma como recursos são alocados às s Escalonador ( scheduler ) Componente do sistema responsável pela gerência dos recursos Escala de Execução ( schedule ) Descreve quando cada ocupa cada recurso Escalonamento Estático ( static scheduling ) Utiliza apenas informações disponíveis antes da execução Escalonamento Dinâmico ( dynamic scheduling ) Utiliza informações disponíveis apenas durante a execução 23 Modelos de Tarefas Modelo de Tarefas ( task system ) Descrição das propriedades rais das s no sistema Exemplo: periódicas ou não, com duração conhecida ou não, etc Varia muito de sistema para sistema Ponto de partida para: Análise de escalonabilidade Escolha do suporte Linguagem de programação Sistema operacional Arquitetura do computador Carga de Tarefas ( task load ) Descrição de quais s deverão ser executadas Estática: Limitada e conhecida em projeto Dinâmica: Conhecida somente ao longo da execução 24

Sistemas de Tempo Real Possuem requisitos rais Escalonamento recebe o maior destaque Existem diversas questões a serem consideradas para o escalonamento Resumo Sistemas de Tempo Real possuem diferentes aspectos Escalonamento Modelos e linguagens de programação Protocolos de comunicação Arquitetura de computadores Metodologias de desenvolvimento etc 25