LEI MUNICIPAL Nº 1.892, DE 24/08/2001 - Pub. O Fluminense, de 02/11/2001



Documentos relacionados
revogada(o) por: Portaria nº 1868, de 10 de outubro de 2005 atos relacionados: Portaria nº 400, de 06 de dezembro de 1977

Lei , de 9 de dezembro de 1994

Define e Classifica as Instituições Geriátricas no âmbito do Estado de São Paulo e dá providências correlatas

PORTARIA CVS Nº 02, de 11/01/2010

ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO DA ACESSIBILIDADE EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS - ILPI s NAS COMARCAS DO ESTADO DE MG

QUESTIONÁRIO SOBRE ESTRUTURA DA UBS 1. Denise Silveira, Fernando Siqueira, Elaine Tomasi, Anaclaudia Gastal Fassa, Luiz Augusto Facchini

ANEXO 3 ROTEIRO DE INSPEÇÃO DE CLÍNICAS DE IDOSOS E SIMILARES

Normas e Leis para Ocupação de Auditórios e Locais de Reunião. LEI Nº , DE 25 DE JUNHO DE 1992 (São Paulo/SP)

Instrução Normativa 001/2014

Instrução Técnica nº 25/ Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 Armazenamento

Manual de Orientação e Organização sobre a Educação Infantil em Porto Alegre

Prefeitura Municipal de Lagoa Santa

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA PORTARIA Nº 190, DE 28 DE MAIO DE 2008.

PROJETO DE LEI Nº DE 2007 (Do Sr. Pepe Vargas - PT/PR )

DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 593, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009.

C O M A N D O D O C O R P O D E B O M B E I R O S Gabinete do Comandante

ROTEIRO DE INSPEÇÃO CRECHES, BERÇÁRIOS E SIMILARES.

Lei nº 8.111, de 08 de outubro de 2009.

Prefeitura Municipal de Chácara Rua: Heitor Candido, 60 Centro Chácara Minas Gerais Telefax: (32) ;

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DO ESTÁGIOS CURRICULARES OBRIGATÓRIOS E NÃO- OBRIGATÓRIOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNISC

REGULAMENTO GERAL DE UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 121, DE 25 DE JANEIRO DE 2012

considerando a necessidade de diminuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações maternas e do recém-nascido;

RESOLUÇÃO N 54/2009/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, no uso de suas atribuições legais,

RESOLUÇÃO CONAMA nº 334, de 3 de abril de 2003 Publicada no DOU n o 94, de 19 de maio de 2003, Seção 1, páginas 79-80

CONSULTE NOSSA EQUIPE

Manual de Atuação do Promotor de Justiça na Defesa da Pessoa Idosa

NPT 002 ADAPTAÇÃO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EDIFICAÇÕES EXISTENTES E ANTIGAS. Versão: 03 Norma de Procedimento Técnico 8 páginas

Lei n , de 17 de junho de 2014.

ORIENTAÇÕES TECNICAS PARA O PLANEJAMENTO ARQUITETONICO DE UMA CENTRAL DE REGULAÇÃO MÉDICA DE URGÊNCIA SAMU-192

PROJETO DE LEI Nº... (Autoria: Poder Executivo) CAPÍTULO I DA CARREIRA

Capítulo 6 - COMPARTIMENTOS DAS EDIFICAÇÕES

LEI Nº 8.690, DE 19 DE NOVEMBRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

o Vereador que firma o presente vem pelas prerrogativas garantidas na Lei

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. Art. 1.º Esta lei complementar estabelece as exigências quanto a:

LEI Nº 3434, DE 21 DE JULHO DE 1998.

REGULAMENTO DAS BIBLIOTECAS. Art. 2º As Bibliotecas da Univás estão a serviço da comunidade, oferecendo aos usuários:

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VENÂNCIO AIRES-RS

Lei Municipal N.º 1414

REGULAMENTO DO COMPLEXO ESPORTIVO DO GRUPO EDUCACIONAL FUTURÃO (CEGEF)

EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO N. 02/2015

Fixa normas para a educação infantil no Sistema Municipal de Ensino de Belo Horizonte.

Regimento Interno da Comissão Permanente de Perícia Médica, Segurança e Higiene do Trabalho CPMSHT

Portal Nacional de Direito do Trabalho Resolução nº 485 do MPS

CONSIDERANDO o disposto nos arts. 20, inciso II, 22, inciso III, e 24, inciso IV, da Lei nº , de 5 de junho de 2001; e

RESOLUÇÃO Nº DE DE 2012.

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VENÂNCIO AIRES-RS

JOSÉ SERRA ANEXO NORMAS PARA CADASTRAMENTO CENTROS DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA VASCULAR INTRALUMINAL EXTRACARDÍACA

LEI Nº 6559 DE 16 DE OUTUBRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DO IDOSO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Capítulo I DO OBJETO

DECRETO Nº DE 21 DE FEVEREIRO DE 2000

R E S O L U Ç Ã O. Fica aprovado o Regulamento para Atividades Práticas do Curso de Enfermagem, bacharelado, da Faculdade do Maranhão FACAM.

FACITEC - Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA REGIMENTO DA EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA EM DERMATOLOGIA EMC-D

NR-24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA BARRA APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E DOS CONCEITOS NORMATIVOS

ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA

L E I N 7.785, DE 9 DE JANEIRO DE 2014

LEI COMPLEMENTAR Nº 614 de 06 de julho de 2010

L A B O R A T Ó R I O A D A P T S E Escola de Arquitetura da UFMG. ROTEIRO DE INSPEÇÃO DA ACESSIBILIDADE Guia Acessível BH / RIZOMA CONSULTING14

Regimento Interno do Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da Faculdade São Lucas

Decreto Nº de 21/09/2009

PODER EXECUTIVO. Publicado no D.O de DECRETO Nº DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DEPARTAMENTO DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS HUMANOS

Altera e consolida o Plano de Cargos e Salários da Câmara Municipal de Córrego do Ouro, e dá outras providências.

REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DOS CURSOS DO CEFET-SP

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 14, DE 5 DE ABRIL DE 2011.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLUÇÃO CRMV-RJ Nº 47/2015

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.647, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2014

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC DO CURSO DE ENFERMAGEM

RESOLUÇÃO CFM Nº 1772/2005

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei.

EMENDA DE Nº 4-PLEN (SUBSTITUTIVO AO PLC 42/ PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 42 DE 2013)

SUMÁRIO. Elaboração Revisão Aprovado (ou Aprovação) Data aprovação Maturino Rabello Jr Marco Antônio W. Rocha Carmen T. Fantinel

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE NUTRIÇÃO CURRÍCULO 2 I INTRODUÇÃO

CRIA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA, NO ÂMBITO DO SERVIÇO AUTÔNOMO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO - SAMAE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Departamento Geral de Administração e Finanças TERMO DE REFERÊNCIA

MUNICÍPIO DE MORRINHOS Estado de Goiás

OBRIGATORIEDADE DO AVCB DECRETO Nº , DE 31 DE AGOSTO DE 2001.

NORMA TÉCNICA PARA FUNCIONAMENTO DE EMPRESAS DE DESINSETIZAÇÃO E DESRATIZAÇÃO

Requisitos Técnicos para o trabalho seguro em alturas

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

PROJETO DE LEI Nº 101/2014. A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Aprova: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Edição Número 130 de 08/07/2004. Regulamenta o art. 40 da Lei n o , de 1 o de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº. 25 DE 02 DE ABRIL DE 2012.

Câmara Municipal de Volta Redonda Estado do Rio de Janeiro CAPÍTULO XIII DA POLUIÇÃO SONORA

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBÁ GABINETE DO PREFEITO

DECRETO Nº , DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de

EMENTA: Dispõe sobre a Política Municipal de Atenção ao Idoso e da outras providências.

LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986

REGIMENTO DE USO DOS ESPAÇOS E PATRIMÔNIO DA FUNARTE MINAS GERAIS

DECRETO Nº , DE 18 DE SETEMBRO DE 2007.

Projeto de Lei n.º 1.291/2009 pág. 1 PROJETO DE LEI Nº 1.291/2009 SÚMULA: ESTABELECE NORMAS E CRITÉRIOS DE ADEQUAÇÃO PARA ACESSIBILIDADE ÀS PESSOAS

NPT 002 ADAPTAÇÃO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EDIFICAÇÕES EXISTENTES E ANTIGAS

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

MUNICÍPIO DE CAUCAIA

Transcrição:

..:: Imprimir ::.. LEI MUNICIPAL Nº 1.892, DE 24/08/2001 - Pub. O Fluminense, de 02/11/2001 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE NITERÓI, no uso de suas atribuições que lhe confere o artigo 54, parágrafo 7º, da Lei Orgânica do Município de Niterói, PROMULGA a seguinte LEI: Art. 1º Ficam aprovadas as normas e os requisitos de funcionamento de ASILOS, CASA DE REPOUSO E CLÍNICAS GERIÁTRICAS destinadas ao atendimento de pessoas idosas, a serem observados em todo Município. Art. 2º O Conselho Municipal de Assistência Social em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde coordenarão com a Fundação Municipal de Saúde de Niterói, Secretaria Municipal de Integração e Cidadania e as demais esferas de Poder Municipal, Estadual e Federal a fim de garantir o exato cumprimento desta Lei. CAPÍTULO I - DA DEFINIÇÃO Art. 3º Consideram-se como instituições específicas para idosos os estabelecimentos, com denominações diversas, correspondentes aos locais físicos equipados para atender pessoas com 60 (sessenta) ou mais anos de idade, sob regime de internato ou não, mediante pagamento ou não, durante um período indeterminado e que dispõe de um quadro de funcionários para atender às necessidades de cuidados com a saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer dos usuários, bem como, desenvolver outras atividades características de vida institucional. Parágrafo único. É expressamente proibida em asilos, casas de repouso ou clínicas geriátricas a permanência de idosos portadores de doenças graves ou contagiosas que necessitem de assistência médica e de enfermagem durante vinte e quatro horas, salvo se dispuser delas e da aparelhagem exigível. CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO PARTE I - DA ADMINISTRAÇÃO Seção I - Estatutos e Regulamentos Art. 4º Toda instituição de atendimento ao idoso deve ter, obrigatoriamente, Estatuto e Regulamento onde estão explicitados os seus objetivos, a estrutura da sua organização e, também, todo conjunto de normas básicas que regem a instituição. Parágrafo único. Os Estatutos e Regulamentos das instituições de atendimento ao idoso serão analisados pelo Conselho Municipal de Saúde e pelo Conselho Municipal de Assistência Social, para fins de aprovação e registro. Seção II - Direção Técnica Art. 5º Toda instituição de atendimento ao idoso deve contar com um responsável técnico, detentor de título de uma das profissões da área de saúde que responderá pela instituição junto à Fundação Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Integração e Cidadania. Parágrafo único. As instituições de atendimento ao idoso, que têm entre as suas finalidades prestar atenção médico-sanitária aos idosos, devem contar, em seu quadro funcional, com um Coordenador Médico com Especialização em Geriatria e/ou Gerontologia, segundo às normas da Associação Médica Brasileira (AMB). CAPÍTULO III - DO FUNCIONAMENTO Seção I - Do Alvará Art. 6º A concessão de alvará às instituições de atendimento ao idoso será expedida pelo órgão http://www.ceaam.net/ntr/legislacao/leis/2001/l1892.htm 1/6

competente do Município, após emissão de Laudo Técnico pelo órgão competente da Fundação Municipal de Saúde de Niterói e da Secretaria Municipal de Integração e Cidadania e a aprovação de seu Estatuto e Regulamento pelo Conselho Municipal de Saúde e pelo Conselho Municipal de Assistência Social. 1º Até a data da vigência desta Lei, será concedido registro, em caráter precário, às instituições existentes, que não se enquadram nas normas aqui estabelecidas, sendo concedido prazo de até 06 (seis) meses para as adaptações imprescindíveis ao cumprimento do que é estabelecido nesta Lei, podendo ser renovado por igual prazo, sob pena de interdição. 2º A partir da vigência destas normas, só será concedido registros às novas instituições que cumprirem as presentes disposições. 3º As instituições que se propõem ao atendimento de pacientes (clínicas e hospitais geriátricos) deverão atender ao disposto na Portaria nº 400, de 06 de dezembro de 1977, do Ministério da Saúde. 4º Os órgãos competentes da Fundação Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Integração e Cidadania realizarão inspeções periódicas nas instituições de atendimento ao idoso, mantendo o Conselho Municipal de Saúde e Conselho Municipal de Assistência Social, atualizados com relação aos resultados destas inspeções. 5º O Conselho Municipal de Saúde e o Conselho Municipal de Assistência Social a qualquer momento, desde que haja infringência às normas estabelecidas por esta Lei, relatadas e constatadas em Laudo Técnico do órgão competente da Fundação Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Integração e Cidadania, poderão recomendar ao órgão competente da Prefeitura Municipal de Niterói, a cassação do alvará de funcionamento. CAPÍTULO IV - DO REGISTRO DE INFORMAÇÕES E DADOS Seção I - Do Registro de Admissão Art. 7º Toda instituição de atendimento ao idoso deve manter registro de admissão das pessoas atendidas, constando nome e endereço de um familiar ou do responsável, caso o atendimento não se deva à decisão do próprio idoso. 1º O internamento de idosos na modalidade asilar, caso não se deva à decisão do próprio idoso, só será autorizada após apreciação e emissão de laudo indicativo por equipe interdisciplinar composta, no mínimo, por Médico, Assistente Social e Psicólogo. 2º No ato da internação será apresentado ao idoso ou ao seu responsável o Estatuto e Regulamento da instituição, devendo ficar registrado em instrumento próprio conhecimento e concordância com os mesmos. Art. 8º Ao registro de admissão serão anexadas informações que demonstrem a capacidade funcional e o estado de saúde do indivíduo, a fim de adequar os serviços às necessidades da pessoa atendida. 1º Todo idoso assistido na modalidade asilar será submetido à avaliação periódica de equipe disciplinar. 2º O atendimento de idosos em modalidades não asilares será submetido à avaliação de equipe multidisciplinar, dimensionada de acordo com a especificação do atendimento. 3º Serão anotados neste registro todos os fatos relevantes ocorridos no período de atendimento relacionados à saúde, bem social, direitos previdenciários, alta e/ou óbito. Seção II - Do Prontuário e Do Relatório Art. 9º As instituições que atendem o idoso enfermo devem manter um prontuário de atendimento contendo descrição dos pacientes, ações propedêuticas e terapêuticas. Art. 10. As instituições devem produzir e manter arquivado um relatório mensal, que poderá ser exigido a qualquer momento pela autoridade sanitária competente, contendo o nome e um sumário da situação de cada um dos idosos, no que se refere à saúde e às necessidades sociais, bem como, informações de caráter administrativo. Seção III - Área Física e Instalações Art. 11. A área física destinada ao atendimento de idosos deve ser planejada, levando-se em consideração que uma parcela significativa dos usuários apresenta ou pode vir a apresentar dificuldade de locomoção e maior vulnerabilidade a acidentes. Art. 12. A área física das instalações destinadas ao atendimento de idosos devem propiciar a criação de um ambiente adequado ao tipo de serviço e ao usuário. Art. 13. As instituições para atendimento de idosos deverão funcionar preferencialmente em construções horizontais de caráter pavilhonar. Parágrafo único. Com exceção das instituições já em funcionamento, nenhum registro será feito se http://www.ceaam.net/ntr/legislacao/leis/2001/l1892.htm 2/6

tratar de construção vertical, salvo se dispuser de rampa de acesso ou elevador para a circulação dos idosos e atender às normas do Corpo de Bombeiros ou da Defesa Civil. Art. 14. As instituições para atendimento de idosos quando dotadas de mais de um plano devem dispor de equipamento adequado, como rampa ou elevador para circulação vertical. Parágrafo único. Quando dotadas de mais de um plano e não dispuserem de rampa ou elevador para circulação vertical, só poderão atender pessoas imobilizadas no leito e com problemas locomotores ou psíquicos no pavimento térreo. Art. 15. Os prédios das instituições para atendimento de idosos deverão dispor de meios que possibilitem o rápido escoamento, em segurança, dos residentes, em casos de emergência, de acordo com as normas estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Seção IV - Dos Acessos Art. 16. Os acessos ao prédio das instituições para atendimento de idosos deverão possuir rampa com inclinação máxima de 5º, largura de 1,50m, dotado de guarda-corpo e corrimão, piso revestido com material não derrapante, que permita o livre rolamento de cadeiras de rodas. Parágrafo único. É exigido o mínimo de dois acessos independentes, sendo um deles para idoso e outro para serviços. Seção V - Das Portas e Das Esquadrias Art. 17. As portas das instituições para atendimento de idosos devem obedecer as seguintes especificações: I - as portas externas e internas do prédio, devem ter vão luz de 0,80m no mínimo, dobradiças externas e soleiras com bordas arredondadas; II - as portas de correr devem ter os trilhos embutidos na soleira e no piso, para permitir a passagem de nível, especialmente para cadeiras de rodas; III - as portas dos sanitários devem abrir para fora e serem instaladas de forma a deixar vãos livres de 0,20m, na parte inferior; IV - as maçanetas das portas não deverão ser do tipo arredondadas ou de qualquer outra forma que dificulte a abertura da mesma. CAPÍTULO V - DA CIRCULAÇÃO INTERNA Seção I - Da Circulação Interna Horizontal Art. 18. Os corredores principais das instituições de atendimento aos idosos a serem instaladas após entrada em vigor desta Lei, devem ter largura mínima de 1,50m. 1º Os corredores devem ser equipados com corrimão em ambos os lados, instalados a 0,80m do piso e distantes 0,05m da parede. 2º Não é permitida a criação de qualquer forma de obstáculos à circulação nos corredores, incluindo bancos, vasos e outros móveis ou equipamentos decorativos. Seção II - Da Circulação Interna Vertical Art. 19. As escadas das instituições de atendimento ao idoso devem obedecer as seguintes especificações: I - as escadas devem ser em lances retos, com largura mínima de 1,20m, dotadas de corrimão em ambos os lados, não devendo existir vão livre entre o piso e o corrimão; II - os espelhos do primeiro e do último degraus devem ser pintados de amarelo, equipados com luz de vigília permanente; III - as portas de contenção devem ser dotadas com molas e travas leves, que as mantenham em posição fechada. Art. 20. As instituições devem instalar rampas em todos os locais onde exista mudança de nível entre dois ambientes, obedecendo às especificações contidas no art. 16 desta Lei. Art. 21. Os elevadores monta-cargas devem obedecer as normas estabelecidas pelos Códigos de Edificações e Posturas do Município em vigor. CAPÍTULO VI - DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS Art. 22. As instalações sanitárias das instituições de atendimento ao idoso devem ser separadas por sexo. http://www.ceaam.net/ntr/legislacao/leis/2001/l1892.htm 3/6

Art. 23. As instalações sanitárias devem ser, obrigatoriamente, ocupadas com barras de apoio instaladas a 0,80m do piso e afastadas 0,05m da parede, tanto no lavatório, como no vaso sanitário e no "box" do chuveiro. Art. 24. As instalações sanitárias devem ser localizadas no mesmo pavimento onde permanecerem os idosos atendidos. Parágrafo único. As banheiras de imersão só serão permitidas nas salas de fisioterapia. Seção I - Do Vaso Sanitário Art. 25. O vaso sanitário deve ser instalado sobre um sóculo de 0,15m de largura, na proporção de um vaso sanitário para cada 06 (seis) pessoas. Art. 26. No caso das paredes laterais aos vasos sanitários serem afastadas, deverá ser instalada em ambos os lados do vaso uma estrutura de apoio em substituição às barras instaladas na parede. Art. 27. O chuveiro deve ser instalado em compartimento (box) com dimensões internas compatíveis com banho em posição assentada, dotado obrigatoriamente de água quente. Art. 28. O chuveiro deve ser instalado na proporção de 01 (um) chuveiro para cada 12 (doze) leitos. Seção III - Da Bacia Sanitária (BIDET) Art. 29. A bacia sanitária (BIDET), quando existente, deve ser instalada sobre um sóculo de 0,15m de altura e equipada com a mesma estrutura de apoio descrita para o vaso sanitário no artigo 25. Seção IV - Da Iluminação, Ventilação, Instalações Elétricas e Hidráulicas Art. 30. A iluminação, a ventilação, as instalações elétricas e hidráulicas das instituições de atendimento ao idoso devem obedecer aos padrões mínimos exigidos pelos Códigos de Edificações e Posturas do Município. Parágrafo único. É obrigatória a instalação de luz de vigília nos dormitórios, banheiros, áreas de circulação, no primeiro e no último degraus da escada. Art. 31. Os dormitórios das instituições de atendimento aos idosos devem ter como medida linear mínima 25m. Art. 32. A área mínima para um dormitório é de 6,5m² quando equipado com apenas um leito e de 5m² por leito para até 4 (quatro) leitos, sendo este o número máximo recomendável por dormitório. Art. 33. As instalações com dormitórios acima de 4 (quatro) leitos devem seguir as normas em vigor do Ministério da Saúde para enfermarias. Art. 34. É proibido o uso de camas tipo beliche, camas de armar ou assemelhadas e a instalação de divisórias improvisadas que não respeitem os espaços mínimos ou que prejudiquem a iluminação e a ventilação, conforme estabelecido pelo Código de Edificações e Posturas do Município em vigor. Art. 35. A distância mínima entre 2 (dois) leitos paralelos deve ser de 1,0m e de 1,50m entre 1 (um) leito e outro, fronteiriço. Parágrafo único. Recomenda-se que a distância mínima entre o leito e a parede que lhe seja paralela deva ser de 0,50m. Seção V - Da Sala para o Serviço de Nutrição e Dietética Art. 36. É constituído por cozinha, refeitório e dispensa, sendo que, com área mínima de 1,5m² por pessoa em instituições. Parágrafo único. O refeitório poderá também servir como sala alternativa para realização de atividades recreativas e ocupacionais. Seção VI - Da Recreação e Lazer Art. 37. Todas as instituições deverão contar com área destinada à recreação e ao lazer, inclusive de localização externa, com área mínima de 1m² por leito instalado. Parágrafo único. A área externa para as atividades de recreação e lazer devem ser afastadas das vias de http://www.ceaam.net/ntr/legislacao/leis/2001/l1892.htm 4/6

rolamento de veículos, banhadas pela luz solar, principalmente no período da manhã, possuir arborização e mobiliário específico para acomodação dos idosos. Seção VII - Área para Atividades de Reabilitação Art. 38. Todas as instituições que se propõem a executar ações visando à reabilitação funcional e cognitiva devem possuir instalações específicas e área para atividades de reabilitação. 1º A área para atividades de reabilitação deve ter dimensões mínimas de 30m², ser dotada de pia com bancada, sanitário próximo, mobiliário e equipamentos específicos. 2º As dimensões e equipamentos da área para atividades de reabilitação devem ser estipulados por profissionais legalmente habilitados, inscritos no conselho de profissionais da área específica. CAPÍTULO VIII - LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO Art. 39. As dependências das instituições devem ser mantidas dentro de rigorosas condições de higiene e asseio para evitar riscos à saúde dos idosos atendidos. Art. 40. Todo o lixo deverá ser acondicionado em sacos plásticos apropriados, conforme norma técnica da ABNT. Art. 41. As instituições devem contar com lixeira ou abrigo de lixo externo à edificação para armazenamento dos resíduos até a coleta municipal. CAPÍTULO IX - DOS TIPOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Art. 42. As paredes e tetos das instituições de atendimento ao idoso devem possuir revestimento lavável de cores claras, permitindo limpeza e desinfecção. Parágrafo único. Não é permitida a instalação de paredes de material inflamável com o objetivo de dividirem ambientes. Art. 43. Os revestimentos dos pisos devem ser preferencialmente monocromáticos e de material de fácil limpeza e antiderrapante, nas áreas de circulação, banheiros, refeitórios e cozinha. CAPÍTULO X - DO MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS BÁSICOS Art. 44. A disposição do mobiliário deve possibilitar fácil circulação e minimizar o risco de acidentes e incêndio. Art. 45. Nas instalações sanitárias e na cabeceira de cada leito ocupado por residente com dificuldade de locomoção, deverá ser instalado um botão de campainha ao alcance da mão. Art. 46. É indispensável a instalação de telefone comunitário para uso dos idosos bem como o acesso a outros meios de comunicação, como: correio, televisão, rádio, etc. Art. 47. É obrigatória a instalação de extintor de incêndio em cada ala ou corredor, de acordo com as normas do Corpo de Bombeiros. CAPÍTULO XI - DOS RECURSOS HUMANOS Art. 48. As instituições de atendimento ao idoso em geral devem contar com profissionais devidamente habilitados para responder pelas áreas abaixo relacionadas: I - assistência médica; II - assistência odontológica; III - assistência de enfermagem; IV - assistência nutricional; V - assistência psicológica; VI - assistência farmacêutica; VII - atividades de lazer; VIII - atividades de reabilitação (fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia) e; IX - serviço social, apoio jurídico e administrativo e serviços gerais. Art. 49. O dimensionamento da equipe multiprofissional, necessária à assistência ao idoso institucionalizado, deverá se basear nos critérios abaixo relacionados: I - nas necessidades da população atendida; II - na disponibilidade de recursos humanos regionais ou locais; http://www.ceaam.net/ntr/legislacao/leis/2001/l1892.htm 5/6

III - nos critérios dos respectivos Conselhos Regionais Profissionais. CAPÍTULO XII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 50. O Conselho Municipal de Saúde e o Conselho Municipal de Assistência Social, atendendo a proposições da Fundação Municipal de Saúde ou da Secretaria Municipal de Integração e Cidadania poderão tomar as medidas que entenderem necessárias para assegurar a preservação da saúde dos idosos, tais como para evitar a disseminação de doenças transmissíveis ou para acessar perturbação a terceiros. Art. 51. Esta Lei entra em vigor, na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. PROJETO DE LEI Nº 306/2000 Autor: Rodrigo Neves Barreto Câmara Municipal de Niterói, em 24 de agosto de 2001. Plínio Comte Leite Bittencourt Presidente http://www.ceaam.net/ntr/legislacao/leis/2001/l1892.htm 6/6