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Transcrição:

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS DIREÇÃO-GERAL DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL Bruxelas, 20 de março de 2019 REV2 Substitui o aviso REV1, publicado em 1 de fevereiro de 2018 AVISO ÀS PARTES INTERESSADAS SAÍDA DO REINO UNIDO, LEGISLAÇÃO DA UE NO DOMÍNIO ALIMENTAR E NORMAS DA UE EM MATÉRIA DE REGIMES DE QUALIDADE 1 Em 29 de março de 2017, o Reino Unido notificou a sua intenção de se retirar da União, de acordo com o disposto no artigo 50.º do Tratado da União Europeia. Significa isto que, a partir das 00h00 (CET hora da Europa Central) de 30 de março de 2019 («data de saída») 2, o Reino Unido será um «país terceiro» 3. A preparação da saída do Reino Unido não diz respeito apenas à UE e às autoridades nacionais, mas também aos privados. Atendendo à incerteza que prevalece quanto à ratificação do Acordo de Saída, chama-se a atenção de todas as partes interessadas e, em especial, dos operadores económicos, para as consequências jurídicas a ter em conta quando o Reino Unido passar a ser um país terceiro. Sem prejuízo do período de transição previsto no Acordo de Saída 4, a legislação da UE no domínio alimentar 5 e as normas da UE em matéria de regimes de qualidade deixarão 1 2 3 4 5 Incluindo as denominações de origem protegidas (DOP), as indicações geográficas protegidas (IGP), as indicações geográficas de bebidas espirituosas e vinhos aromatizados (IG) e as especialidades tradicionais garantidas (ETG). Ao abrigo do artigo 50.º, n.º 3, do Tratado da União Europeia, o Conselho Europeu, com o acordo do Reino Unido, pode decidir, por unanimidade, que os Tratados deixem de ser aplicáveis numa data posterior. Um país terceiro é um país que não é membro da UE. Ver parte IV do Acordo sobre a saída do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte da União Europeia e da Comunidade Europeia da Energia Atómica (JO C 66 I, de 19.2.2019, p. 1). Ver artigo 3.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de janeiro de 2002, que determina os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios (JO L 31 de 1.2.2002, p. 1). Este aviso diz também respeito à regulamentação da UE sobre produção biológica. Este aviso não diz respeito à introdução na União de remessas pessoais de produtos de origem animal com caráter não comercial que façam parte da bagagem dos viajantes, sejam enviadas a particulares como pequenas encomendas ou sejam encomendadas à distância (por exemplo, por correio, telefone ou Internet) e entregues ao consumidor [ver Regulamento (CE) n.º 206/2009 da Comissão, de 5 de março de 2009, relativo à introdução na Comunidade de remessas pessoais de produtos de origem animal e que altera o Regulamento

de ser aplicáveis ao Reino Unido a partir da data de saída. Este facto terá, nomeadamente, as seguintes consequências 6 : 1. ROTULAGEM E INFORMAÇÃO SOBRE PRODUTOS ALIMENTARES, SAÚDE E MARCAS DE IDENTIFICAÇÃO A legislação da UE no domínio alimentar harmoniza a rotulagem dos produtos alimentares colocados no mercado da UE. As normas aplicáveis constam, em particular, dos seguintes atos legislativos da UE: Regulamento (UE) n.º 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2011, relativo à prestação de informação aos consumidores sobre os géneros alimentícios 7 ; Regulamento (CE) n.º 1924/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezembro de 2006, relativo às alegações nutricionais e de saúde sobre os alimentos 8 ; Regulamento (UE) n.º 609/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de junho de 2013, relativo aos alimentos para lactentes e crianças pequenas, aos alimentos destinados a fins medicinais específicos e aos substitutos integrais da dieta para controlo do peso 9 ; Regulamento (CE) n.º 1829/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de setembro de 2003, relativo a géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados 10, e Regulamento (CE) n.º 1830/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de setembro de 2003, relativo à rastreabilidade e rotulagem de organismos geneticamente modificados e à rastreabilidade dos géneros alimentícios e alimentos para animais produzidos a partir de organismos geneticamente modificados e que altera a Diretiva 2001/18/CE 11 ; Regulamento (UE) n.º 1308/2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas 12 ; (CE) n.º 136/2004 (JO L 77 de 24.3.2009, p. 1)]. No que respeita a esta última questão, ver «Comunicação sobre as viagens entre a UE e o Reino Unido após a saída do Reino Unido da UE» (https://ec.europa.eu/info/sites/info/files/file_import/travelling_pt.pdf). 6 7 8 9 10 11 12 Este aviso abrange também os produtos alimentares provenientes das ilhas anglo-normandas e da Ilha de Man [Regulamento (CEE) n.º 706/73 do Conselho, de 12 de março de 1973, relativo à regulamentação comunitária aplicável às ilhas anglo-normandas e à Ilha de Man no que diz respeito às trocas comerciais de produtos agrícolas (JO L 68 de 15.3.1973, p. 1)]. JO L 304 de 22.11.2011, p. 18. JO L 404 de 30.12.2006, p. 9. JO L 181 de 29.6.2013, p. 35. JO L 268 de 18.10.2003, p. 1. JO L 268 de 18.10.2003, p. 24. JO L 347 de 20.12.2013, p. 671. 2

Legislação setorial da UE no domínio alimentar, relativa à rotulagem e à prestação de informações nesta matéria, nomeadamente legislação sobre bebidas espirituosas 13, mel 14, extratos de café e extratos de chicória 15, produtos de cacau e de chocolate destinados à alimentação humana 16, determinados açúcares 17, fruta e produtos hortícolas, e fruta e produtos hortícolas transformados 18, sumos de fruta 19, doces e geleias de fruta e citrinadas 20, e certos produtos lácteos 21 ; Regulamento (CE) n.º 834/2007 do Conselho, de 28 de junho de 2007, relativo à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos 22. As normas da UE em matéria de rotulagem aplicam-se a todos os produtos alimentares colocados no mercado da UE, independentemente do seu local de produção. A partir da data de saída, os produtos alimentares colocados no mercado da UE-27 23 terão de cumprir estas normas em conformidade com o artigo 11.º do Regulamento (CE) n.º 178/2002. 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Regulamento (CE) n.º 110/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de janeiro de 2008, relativo à definição, designação, apresentação, rotulagem e proteção das indicações geográficas das bebidas espirituosas (JO L 39 de 13.2.2008, p. 16). Diretiva 2001/110/CE do Conselho, de 20 de dezembro de 2001, relativa ao mel (JO L 10 de 12.1.2002, p. 47). Diretiva 1999/4/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de fevereiro de 1999, relativa aos extratos de café e aos extratos de chicória (JO L 66 de 13.3.1999, p. 26). Diretiva 2000/36/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de junho de 2000, relativa aos produtos de cacau e de chocolate destinados à alimentação humana (JO L 197 de 3.8.2000, p. 19). Diretiva 2001/111/CE do Conselho, de 20 de dezembro de 2001, relativa a determinados açúcares destinados à alimentação humana (JO L 10 de 12.1.2002, p. 53). Regulamento de Execução (UE) n.º 543/2011 da Comissão, de 7 de junho de 2011, que estabelece regras de execução do Regulamento (CE) n.º 1234/2007 do Conselho nos setores das frutas e produtos hortícolas e das frutas e produtos hortícolas transformados (JO L 157 de 15.6.2011, p. 1). Diretiva 2001/112/CE do Conselho, de 20 de dezembro de 2001, relativa aos sumos de frutos e a determinados produtos similares destinados à alimentação humana (JO L 10 de 12.1.2002, p. 58). Diretiva 2001/113/CE do Conselho, de 20 de dezembro de 2001, relativa aos doces e geleias de frutos, citrinadas e creme de castanha destinados à alimentação humana (JO L 10 de 12.1.2002, p. 67). Diretiva 2001/114/CE do Conselho, de 20 de dezembro de 2001, relativa a determinados leites conservados parcial ou totalmente desidratados, destinados à alimentação humana (JO L 15 de 17.1.2002, p. 19). JO L 189 de 20.7.2007, p. 1. O conceito de «colocação no mercado» é definido no artigo 3.º, n.º 8, do Regulamento (CE) n.º 178/2002: «colocação no mercado, a detenção de géneros alimentícios ou de alimentos para animais para efeitos de venda, incluindo a oferta para fins de venda ou qualquer outra forma de transferência, isenta de encargos ou não, bem como a venda, a distribuição e outras formas de transferência propriamente ditas». 3

Consequentemente, nalguns casos, atendendo a que, a partir da data de saída, o Reino Unido passará a ser um país terceiro, a legislação da UE no domínio alimentar pode exigir algumas alterações na rotulagem dos produtos alimentares colocados no mercado da UE-27 a partir da data de saída. Vejam-se alguns exemplos: Indicação obrigatória da origem do produto alimentar, quando aplicável 24 ; Aposição obrigatória, no rótulo, do nome ou da firma e do endereço do importador para a UE-27 de produtos alimentares provenientes do Reino Unido 25 ; Aposição obrigatória das marcas de salubridade ou de identificação, de acordo com o artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 853/2004. A partir da data de saída, as marcas de salubridade 26 ou de identificação 27 deixarão de incluir a abreviatura «CE» 28,29 reservada aos estabelecimentos situados na UE, passando a incluir o nome do país (por extenso ou com o código ISO de duas letras) de localização do estabelecimento e respetivo número de aprovação 30. Aconselham-se os operadores de empresas do setor alimentar a avaliarem a necessidade de eventuais alterações na rotulagem dos produtos alimentares colocados no mercado da UE-27 a partir da data de saída. Nota: Se determinado produto alimentar tiver sido colocado no mercado da UE-27 antes da data de saída, ou seja, se - for detido na UE-27 para efeitos de venda, incluindo a oferta para fins de venda ou qualquer outra forma de transferência, isenta de encargos ou não, ou 24 25 26 27 28 29 30 Ver, por exemplo, aposição das menções «Agricultura UE» ou «Agricultura não UE» nos rótulos, de acordo com o artigo 24.º do Regulamento (CE) n.º 834/2007 do Conselho, ou aposição das menções «Mistura de méis UE» ou «Mistura de méis não UE» nos méis, de acordo com o artigo 2.º, n.º 4, alínea a), da Diretiva 2001/110/CE do Conselho. Artigo 8.º, n.º 1, e artigo 9.º, n.º 1, alínea h), do Regulamento (UE) n.º 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2011, relativo à prestação de informação aos consumidores sobre os géneros alimentícios (JO L 304 de 22.11.2011, p. 18). Anexo I, secção I, capítulo III, do Regulamento (CE) n.º 854/2004. Anexo II, secção I, do Regulamento (CE) n.º 853/2004. Anexo I, secção I, capítulo III, ponto 3, alínea c), do Regulamento (CE) n.º 854/2004. Anexo II, secção I, parte B, ponto 8, do Regulamento (CE) n.º 853/2004. É possível que os produtos de origem animal tenham aposta marcação (marca de salubridade ou de identificação) em conformidade com a legislação da UE e também com os requisitos de um país terceiro. Contudo, a legislação da UE não permite a dupla marcação dos produtos, que indique um estabelecimento como tendo simultaneamente sede na UE e num país terceiro. 4

- for vendido, distribuído, ou transferido de outra forma para a UE-27 31, as «existências» deste produto alimentar podem continuar a ser vendidas, distribuídas ou transferidas na UE-27 a partir da data de saída sem necessidade de alteração da rotulagem 32. Isto deve ser avaliado em função do produto específico. A regra não se aplica, por exemplo, a tipos de produtos. 2. INGREDIENTES ALIMENTARES, COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS, LIMITES PARA CONTAMINANTES E RESÍDUOS, MATERIAIS EM CONTACTO COM PRODUTOS ALIMENTARES De acordo com a legislação substantiva da UE no domínio alimentar, determinados produtos alimentares só podem ser colocados no mercado depois de aprovados pela Comissão (por exemplo, aditivos alimentares 33, aromatizantes alimentares 34, aromatizantes de fumo 35, vitaminas e minerais utilizados como ingredientes alimentares 36, inclusivamente em suplementos alimentares 37, e produtos alimentares novos 38 ) ou depois de o requerente individual ter obtido uma autorização da Comissão (por exemplo, para géneros alimentícios geneticamente modificados 39 ). 31 Ver definição constante do artigo 3.º, n.º 8, do Regulamento (CE) n.º 178/2002: «colocação no mercado, a detenção de géneros alimentícios ou de alimentos para animais para efeitos de venda, incluindo a oferta para fins de venda ou qualquer outra forma de transferência, isenta de encargos ou não, bem como a venda, a distribuição e outras formas de transferência propriamente ditas». 32 Por exemplo, cumprimento das normas sobre a origem UE do produto ou o ponto de contacto UE do produtor. 33 34 Regulamento (CE) n.º 1333/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro de 2008, relativo aos aditivos alimentares (JO L 354 de 31.12.2008, p. 16). Regulamento (CE) n.º 1334/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro de 2008, relativo aos aromas e a determinados ingredientes alimentares com propriedades aromatizantes utilizados nos e sobre os géneros alimentícios (JO L 354 de 31.12.2008, p. 34). 35 36 Regulamento (CE) n.º 2065/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de novembro de 2003, relativo aos aromatizantes de fumo utilizados ou destinados a serem utilizados nos ou sobre os géneros alimentícios (JO L 309 de 26.11.2003, p. 1). Regulamento (CE) n.º 1925/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezembro de 2006, relativo à adição de vitaminas, minerais e determinadas outras substâncias aos alimentos (JO L 404 de 30.12.2006, p. 26). 37 38 Diretiva 2002/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de junho de 2002, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos suplementos alimentares (JO L 183 de 12.7.2002, p. 51). Regulamento (UE) 2015/2283 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativo a novos alimentos, que altera o Regulamento (UE) n.º 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 327 de 11.12.2015, p. 1). 39 Regulamento (CE) n.º 1829/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de setembro de 2003, relativo a géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados (JO L 268 de 18.10.2003, p. 1). 5

Determinados produtos alimentares devem cumprir requisitos de composição específicos 40, estabelecendo a legislação da UE no domínio alimentar limites para os contaminantes 41,42 e níveis máximos de resíduos de substâncias ativas 43. Os materiais em contacto com produtos alimentares colocados no mercado da UE estão sujeitos às normas da UE 44 e alguns desses materiais são objeto de medidas suplementares específicas. A legislação da UE relativa aos ingredientes alimentares e à composição dos alimentos, bem como a que estabelece limites para os contaminantes e resíduos presentes nos alimentos, aplica-se a todos os produtos alimentares colocados no mercado da UE, independentemente do seu local de produção. O mesmo vale para os materiais em contacto com produtos alimentares 45. 40 41 42 43 44 45 Regulamento (UE) n.º 609/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de junho de 2013, relativo aos alimentos para lactentes e crianças pequenas, aos alimentos destinados a fins medicinais específicos e aos substitutos integrais da dieta para controlo do peso (JO L 181 de 29.6.2013, p. 35). Regulamento (CEE) n.º 315/93 do Conselho, de 8 de fevereiro de 1993, que estabelece procedimentos comunitários para os contaminantes presentes nos géneros alimentícios (JO L 37 de 13.2.1993, p. 1). Diretiva 2009/54/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de junho de 2009, relativa à exploração e à comercialização de águas minerais naturais (JO L 164 de 26.6.2009, p. 45). Regulamento (CE) n.º 396/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de fevereiro de 2005, relativo aos limites máximos de resíduos de pesticidas no interior e à superfície dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais, de origem vegetal ou animal (JO L 70 de 16.3.2005, p. 1). Regulamento (CE) n.º 470/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de maio de 2009, que prevê procedimentos comunitários para o estabelecimento de limites máximos de resíduos de substâncias farmacologicamente ativas nos alimentos de origem animal (JO L 152 de 16.6.2009, p. 11). Regulamento (CE) n.º 1935/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Outubro de 2004, relativo aos materiais e objetos destinados a entrar em contacto com os alimentos (JO L 338 de 13.11.2004, p. 4). Além disso, o direito da UE estabelece as tolerâncias máximas de césio radioativo para determinados produtos agrícolas originários de países terceiros, os quais são controlados quando da importação para a UE. Ver Regulamento (CE) n.º 733/2008 do Conselho, de 15 de julho de 2008, relativo às condições de importação de produtos agrícolas originários de países terceiros na sequência do acidente ocorrido na central nuclear de Chernobil (JO L 201 de 30.7.2008, p. 1), Regulamento (CE) n.º 1609/2000 da Comissão, de 24 de julho de 2000, que estabelece uma lista de produtos excluídos do âmbito de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 737/90 do Conselho relativo às condições de importação de produtos agrícolas originários de países terceiros na sequência do acidente ocorrido na central nuclear de Chernobil (JO L 185 de 25.7.2000, p. 27) e Regulamento (CE) n.º 1635/2006 da Comissão, de 6 de novembro de 2006, que estabelece as regras de execução do Regulamento (CEE) n.º 737/90 do Conselho relativo às condições de importação de produtos agrícolas originários de países terceiros na sequência do acidente ocorrido na central nuclear de Chernobil (JO L 306 de 7.11.2006, p. 3). 6

3. REQUISITO DE ESTABELECIMENTO NA UE A CUMPRIR PELOS OPERADORES DE EMPRESAS DO SETOR ALIMENTAR E PELOS TITULARES DE AUTORIZAÇÕES, OU PELOS SEUS REPRESENTANTES. APRESENTAÇÃO DE PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO DA UE ATRAVÉS DE UM ESTADO-MEMBRO DA UE De acordo com a legislação da UE no domínio alimentar, nalguns casos, os operadores de empresas do setor alimentar e os titulares de autorizações, ou os seus representantes, têm de estar estabelecidos na UE. Vejam-se alguns exemplos: Por força do artigo 4.º, n.º 6, do Regulamento (CE) n.º 1829/2003, relativo a géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados, os requerentes de uma autorização da UE, ou os seus representantes, devem estar estabelecidos na UE. De acordo com o artigo 15.º, n.º 1, alínea c), do Regulamento (CE) n.º 1935/2004, relativo aos materiais e objetos destinados a entrar em contacto com os alimentos, no respeitante aos materiais e objetos ainda não em contacto com alimentos, o fabricante, transformador ou vendedor responsável pela colocação no mercado deve estar estabelecido na UE 46. A partir da data de saída, o facto de se estar estabelecido no Reino Unido implica o não cumprimento destes requisitos. De acordo com a legislação da UE no domínio alimentar, nalguns casos, as autorizações da UE requerem a apresentação de um pedido de autorização à autoridade competente de um Estado-Membro da UE. Vejam-se alguns exemplos: Nos termos do artigo 9.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento (CE) n.º 1935/2004, relativo aos materiais e objetos destinados a entrar em contacto com produtos alimentares, os pedidos de autorização de novas substâncias devem ser apresentados através da autoridade competente de um Estado-Membro da UE. Nos termos do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1829/2003, relativo a géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados, os pedidos de autorização devem ser enviados à Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) através da autoridade competente de um Estado-Membro. A partir da data de saída, deixa de ser possível apresentar tais pedidos através da autoridade competente do Reino Unido. 46 A legislação setorial aplicável aos materiais em contacto com produtos alimentares estabelece requisitos idênticos ou similares. Sobre os materiais cerâmicos em contacto com produtos alimentares, ver artigo 2.º-A, n.º 1, da Diretiva 84/500/CEE do Conselho, de 15 de outubro de 1984, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos objetos cerâmicos destinados a entrar em contacto com os géneros alimentícios (JO L 277 de 20.10.1984, p. 12). 7

4. NORMAS DE PRODUÇÃO ALIMENTAR E DE HIGIENE ALIMENTAR, IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS, PRODUÇÃO BIOLÓGICA, MATERIAIS EM CONTACTO COM PRODUTOS ALIMENTARES A legislação da UE no domínio alimentar estabelece normas sobre a produção, na UE e em países terceiros, de alimentos colocados no mercado da UE. A legislação da UE no domínio alimentar determina ainda a realização de controlos específicos quando da entrada dos produtos alimentares na UE. 4.1. Produtos alimentares de origem animal 47 A partir da data de saída, passa a ser proibido importar produtos alimentares de origem animal do Reino Unido para a UE-27, exceto se forem cumpridos determinados requisitos, incluindo os seguintes: Inclusão do Reino Unido na «lista» da Comissão para fins de saúde pública 48 e animal 49. Para inclusão de um país terceiro na lista, aplicam-se o artigo 6.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento (CE) n.º 853/2004 50, o artigo 11.º do Regulamento (CE) n.º 854/2004 e o artigo 8.º da Diretiva 2002/99/CE do Conselho; Inclusão do estabelecimento situado no Reino Unido a partir do qual são expedidos, obtidos ou preparados os produtos alimentares constantes da «lista» da Comissão para fins de saúde pública. Para inclusão de estabelecimentos na «lista», aplicam-se o artigo 6.º, n.º 1, alínea b), subalínea i), do Regulamento (CE) n.º 853/2004 e o artigo 12.º do Regulamento (CE) n.º 854/2004; Inclusão do Reino Unido na «lista» da Comissão de países com um plano de controlo de resíduos aprovado em conformidade com a Diretiva 96/23/CE 51, no respeitante aos animais e produtos animais nele especificados. Para inclusão de um país terceiro na lista, aplica-se o disposto no capítulo VI da Diretiva 96/23/CE; 47 Para os «produtos compostos» (i.e., produtos alimentares para consumo humano que contêm produtos transformados de origem animal e produtos de origem vegetal), a Decisão 2007/275/CE da Comissão, de 17 de abril de 2007, relativa às listas de animais e produtos que devem ser sujeitos a controlos nos postos de inspeção fronteiriços em conformidade com as Diretivas 91/496/CEE e 97/78/CE do Conselho (JO L 116 de 4.5.2007, p. 9), e o Regulamento (UE) n.º 28/2012 da Comissão, de 11 de janeiro de 2012, que define as exigências de certificação aplicáveis às importações e ao trânsito na União de determinados produtos compostos e que altera a Decisão 2007/275/CE e o Regulamento (CE) n.º 1162/2009 (JO L 12 de 14.1.2012, p. 1), estabelecem regras específicas. 48 49 50 51 Artigo 11.º do Regulamento (CE) n.º 854/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, que estabelece regras específicas de organização dos controlos oficiais de produtos de origem animal destinados ao consumo humano (JO L 139 de 30.4.2004, p. 206). Artigo 8.º da Diretiva 2002/99/CE do Conselho, de 16 de dezembro de 2002, que estabelece as regras de polícia sanitária aplicáveis à produção, transformação, distribuição e introdução de produtos de origem animal destinados ao consumo humano (JO L 18 de 23.1.2003, p. 11). Regulamento (CE) n.º 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, que estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal (JO L 139 de 30.4.2004, p. 55). Diretiva 96/23/CE do Conselho, de 29 de abril de 1996, relativa às medidas de controlo a aplicar a certas substâncias e aos seus resíduos nos animais vivos e respetivos produtos (JO L 125 de 23.5.1996, p. 10). 8

Cumprimento, pelos produtos alimentares importados, de todos os requisitos de higiene alimentar estabelecidos nos artigos 4.º a 6.º do Regulamento (CE) n.º 852/2004 52 e nos artigos 3.º, 4.º, 5.º, 7.º e 8.º do Regulamento (CE) n.º 853/2004 53. A possibilidade de adoção de medidas nacionais para dar cumprimento às normas de higiene alimentar da UE («disposições relativas à flexibilidade»), em conformidade com o artigo 13.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 852/2004, o artigo 10.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 853/2004 e o artigo 17.º, n.º 5, do Regulamento (CE) n.º 854/2004, deixa de se aplicar ao Reino Unido. Os operadores de empresas do setor alimentar que importam produtos de origem animal devem assegurar que a importação só se realiza se forem satisfeitas as condições acima referidas 54. A partir da data de saída, o cumprimento destes requisitos é verificado à entrada na UE-27, mediante controlos fronteiriços obrigatórios no primeiro ponto de entrada no território da União: Estes produtos alimentares só podem entrar na UE-27 através de «postos de inspeção fronteiriços» aprovados 55 ; As remessas são submetidas a controlos documentais e de identidade, bem como a controlos físicos com uma frequência adequada 56 ; As remessas têm de estar acompanhadas de um certificado em conformidade com a legislação da UE no domínio alimentar 57,58. No que respeita aos produtos de origem animal provenientes de um Estado-Membro da UE-27 em trânsito num país terceiro e com destino a outro Estado-Membro da UE-27, aplicam-se as seguintes regras: Estes produtos só podem voltar a entrar na UE-27 através de um posto de inspeção fronteiriço aprovado; 52 53 54 55 56 57 58 Regulamento (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, relativo à higiene dos géneros alimentícios (JO L 139 de 30.4.2004, p. 1). Regulamento (CE) n.º 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, que estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal (JO L 139 de 30.4.2004, p. 55). Artigo 6.º, n. os 1 a 4, do Regulamento (CE) n.º 853/2004. Decisão 2009/821/CE da Comissão, de 28 de setembro de 2009, que estabelece uma lista de postos de inspeção fronteiriços aprovados, prevê certas regras aplicáveis às inspeções efetuadas pelos peritos veterinários da Comissão e determina as unidades veterinárias no sistema Traces (JO L 296 de 12.11.2009, p. 1). Dependendo dos alimentos em causa, ver Decisão 94/360/CE da Comissão, de 20 de maio de 1994, relativa à frequência reduzida de controlos físicos de remessas de certos produtos a importar de países terceiros (JO L 158 de 25.6.1994, p. 41). Artigo 14.º do Regulamento (CE) n.º 854/2004. Artigo 9.º da Diretiva 2002/99/CE do Conselho, de 16 de dezembro de 2002, que estabelece as regras de polícia sanitária aplicáveis à produção, transformação, distribuição e introdução de produtos de origem animal destinados ao consumo humano (JO L 18 de 23.1.2003, p. 11). 9

As remessas são submetidas a um controlo documental simples para verificar se os produtos são efetivamente provenientes da UE-27 59 ; Estas disposições aplicam-se independentemente das condições que possam vir a ser impostas pelo Reino Unido para os produtos em trânsito no seu território. 4.2. Produtos alimentares de origem não animal Contrariamente aos produtos alimentares de origem animal, a importação de produtos alimentares que não sejam de origem animal não está sujeita ao requisito de elaboração de uma «lista» de países terceiros e de estabelecimentos 60. A realização de controlos oficiais periódicos dos produtos alimentares de origem não animal importados incumbe aos Estados-Membros da UE. Esses controlos são organizados com base nos planos nacionais de controlo plurianuais, em função dos riscos potenciais. Os controlos devem abranger todos os aspetos da legislação no domínio alimentar. Nos casos de risco conhecido ou emergente, podem ser aplicadas normas da UE que estabeleçam um nível reforçado de controlos oficiais nos pontos designados para entrada na União 61. Além disso, para garantir a proteção fitossanitária dos 27 Estados-Membros, aplicam-se as seguintes regras da UE nesta matéria: É proibida a importação de tubérculos de espécies de Solanum L. (batata de consumo) e seus híbridos 62. Quanto às exceções, aplica-se o disposto no anexo III, parte A, ponto 12, da Diretiva 2000/29/CE do Conselho; A importação de determinados frutos e produtos hortícolas está sujeita ao cumprimento de requisitos específicos 63 ; 59 60 61 62 63 Artigo 6.º, n.º 1, da Diretiva 89/662/CEE do Conselho, de 11 de dezembro de 1989, relativa aos controlos veterinários aplicáveis ao comércio intracomunitário, na perspetiva da realização do mercado interno (JO L 395 de 30.12.1989, p. 13), e artigo 7.º, n.º 1, da Diretiva 90/425/CEE do Conselho, de 26 de junho de 1990, relativa aos controlos veterinários aplicáveis ao comércio intra-união de certos animais vivos e produtos, na perspetiva da realização do mercado interno (JO L 224 de 18.8.1990, p. 29). Com exceção dos rebentos, caso em que se aplica um regime específico [ver Regulamento (UE) n.º 210/2013, de 11 de março de 2013, relativo à aprovação de estabelecimentos que produzem rebentos, nos termos do Regulamento (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 68 de 12.3.2013, p. 24)]. Regulamento (CE) n.º 669/2009 da Comissão, de 24 de julho de 2009, que dá execução ao Regulamento (CE) n.º 882/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita aos controlos oficiais reforçados na importação de certos alimentos para animais e géneros alimentícios de origem não animal e que altera a Decisão 2006/504/CE (JO L 194 de 25.7.2009, p. 11). Anexo III, parte A, ponto 12, da Diretiva 2000/29/CE do Conselho, de 8 de maio de 2000, relativa às medidas de proteção contra a introdução na Comunidade de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais e contra a sua propagação no interior da Comunidade (JO L 169 de 10.7.2000, p. 1). Anexo IV, parte A, da Diretiva 2000/29/CE. 10

A importação dos produtos alimentares enumerados no anexo V da Diretiva 2000/29/CE (alguns dos quais são abrangidos pelos requisitos de importação a que se refere o ponto anterior) obriga à apresentação de um certificado fitossanitário. Esses produtos alimentares estão sujeitos a controlos documentais no ponto de entrada (100 % dos documentos). Estão igualmente sujeitos a controlos de identidade e físicos, embora com uma frequência mínima determinada, de acordo com os riscos que apresentam 64. 4.3. Produtos alimentares irradiados A legislação da UE regula o tratamento dos produtos alimentares com radiação ionizante 65. A partir da data de saída, passa a ser proibida a importação para a UE-27 de produtos alimentares irradiados provenientes do Reino Unido, salvo se as instalações de irradiação situadas naquele país constarem da «lista» da Comissão. Para inclusão de um país terceiro na «lista», aplica-se o artigo 9.º, n.º 2, da Diretiva 1999/2/CE. 4.4. Materiais e objetos de plástico reciclado destinados a entrar em contacto com alimentos De acordo com a legislação da UE, os titulares de autorizações devem comunicar à Comissão as unidades de reciclagem ou de fabrico situadas nos países terceiros onde é realizado o processo de reciclagem de materiais e de objetos de plástico autorizado ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 282/2008 66. 4.5. Produtos que ostentam menções referentes ao método de produção biológica («produtos biológicos») e certificados de produção biológica De acordo com o Regulamento (CE) n.º 834/2007 67, apenas os produtos que satisfazem os requisitos nele estabelecidos podem ostentar menções relativas ao método de produção biológica (por exemplo, biológico, bio, eco, etc.) ou o logótipo da produção biológica da UE. Nos termos do artigo 2.º, alínea n), do artigo 27.º, n.º 4, e do artigo 29.º do Regulamento (CE) n.º 834/2007, a emissão das provas documentais (certificados) necessárias aos operadores para a colocação desses produtos no mercado da UE incumbe às autoridades e aos organismos de controlo dos Estados-Membros da UE. No caso dos produtos biológicos originários de um Estado-Membro da UE-27, a partir da data de saída do Reino Unido, os certificados dos produtos colocados 64 65 66 67 Artigo 13.º-A da Diretiva 2000/29/CE. Diretiva 1999/2/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de fevereiro de 1999, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos alimentos e ingredientes alimentares tratados por radiação ionizante (JO L 66 de 13.3.1999, p. 16). Artigo 10.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 282/2008 da Comissão, de 27 de março de 2008, relativo aos materiais e objetos de plástico reciclado destinados a entrar em contacto com os alimentos e que altera o Regulamento (CE) n.º 2023/2006 (JO L 86 de 28.3.2008, p. 9). Regulamento (CE) n.º 834/2007 do Conselho, de 28 de junho de 2007, relativo à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 2092/91 (JO L 189 de 20.7.2007, p. 1). 11

no mercado da UE-27 emitidos pelas autoridades e pelos organismos de controlo daquele país em conformidade com o artigo 29.º do Regulamento (CE) n.º 834/2007 deixam de ser válidos. No caso dos produtos biológicos originários do Reino Unido importados para o mercado da UE-27 a partir da data de saída, aplicam-se as normas estabelecidas no título VI do Regulamento (CE) n.º 834/2007. Significa isto que os produtos a importar pela UE como biológicos têm de estar acompanhados de um certificado emitido por um organismo reconhecido nos termos do artigo 32.º, n.º 2 (para a importação de produtos conformes), ou do artigo 33.º, n.º 3 (para a importação de produtos equivalentes), do Regulamento (CE) n.º 834/2007 68. Sem esse certificado, os produtos originários do Reino Unido não podem ser importados para o mercado da UE-27 como biológicos. Nota: Se determinado produto biológico tiver já sido colocado no mercado da UE-27 antes da data de saída, ou seja, se - for detido na UE-27 para efeitos de venda, incluindo a oferta para fins de venda ou qualquer outra forma de transferência, isenta de encargos ou não, ou - for vendido, distribuído, ou transferido de outra forma para a UE-27 69, as «existências» deste produto podem continuar a ser vendidas, distribuídas ou transferidas na UE-27 a partir da data de saída, mediante a apresentação de um certificado das autoridades e organismos de controlo do Reino Unido, em conformidade com o artigo 29.º do Regulamento (CE) n.º 834/2007. Isto deve ser avaliado em função do produto específico. A regra não se aplica, por exemplo, a tipos de produtos. Os produtos biológicos originários de um país terceiro que não seja o Reino Unido podem continuar a ser colocados no mercado da UE-27 a partir da data de saída como produtos biológicos com base em certificados emitidos pelos organismos atualmente reconhecidos nos termos do artigo 33.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 834/2007 para o país terceiro em causa, nomeadamente se o organismo reconhecido for um organismo estabelecido no Reino Unido 70. 68 69 70 Deixou de ser possível elaborar uma «lista» do Reino Unido em conformidade com o artigo 33.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 834/2007 [artigo 8.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1235/2008 da Comissão, de 8 de dezembro de 2008, que estabelece normas de execução do Regulamento (CE) n.º 834/2007 do Conselho no que respeita ao regime de importação de produtos biológicos de países terceiros (JO L 334 de 12.12.2008, p. 25)]. Ver artigo 2.º, alínea j), do Regulamento (CE) n.º 834/2007 e a definição constante do artigo 3.º, n.º 8, do Regulamento (CE) n.º 178/2002: «colocação no mercado, a detenção de géneros alimentícios ou de alimentos para animais para efeitos de venda, incluindo a oferta para fins de venda ou qualquer outra forma de transferência, isenta de encargos ou não, bem como a venda, a distribuição e outras formas de transferência propriamente ditas». Atualmente, o único caso é o de um organismo estabelecido no Reino Unido; ver anexo IV do Regulamento (CE) n.º 1235/2008. 12

5. NORMAS DA UE EM MATÉRIA DE REGIMES DE QUALIDADE Os regimes de qualidade da UE protegem os nomes de produtos específicos de modo a promover as suas características únicas, associadas à sua origem geográfica e ao saber-fazer tradicional. Os nomes dos produtos podem beneficiar de uma «indicação geográfica» (IG) se tiverem uma relação específica com o local de produção. As normas aplicáveis constam, em particular, dos seguintes atos legislativos da UE: Regulamento (UE) n.º 1151/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de novembro de 2012, relativo aos regimes de qualidade dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios 71 (no que respeita às denominações de origem protegidas, às indicações geográficas protegidas e às especialidades tradicionais garantidas); Regulamento (UE) n.º 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas 72 (no que respeita às denominações de origem protegida e às indicações geográficas protegidas); Regulamento (CE) n.º 110/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de janeiro de 2008, relativo à definição, designação, apresentação, rotulagem e proteção das indicações geográficas das bebidas espirituosas 73 e Regulamento (UE) n.º 251/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativo à definição, designação, apresentação, rotulagem e proteção das indicações geográficas dos produtos vitivinícolas aromatizados 74 (no que respeita às indicações geográficas). A partir da data de saída, a legislação da UE que protege as denominações de origem protegidas, as indicações geográficas protegidas, as indicações geográficas e as especialidades tradicionais garantidas, deixará de produzir efeitos no Reino Unido. Os direitos concedidos em conformidade com a legislação da União acima mencionada para proteção das denominações de origem protegidas, das indicações geográficas protegidas, das indicações geográficas e das especialidades tradicionais garantidas, na data de saída ou após esta data, só serão aplicáveis nos Estados-Membros da UE-27. Em consequência da saída do Reino Unido da União, as denominações de origem protegidas, as indicações geográficas protegidas, as indicações geográficas e as especialidades tradicionais garantidas, registadas e protegidas em conformidade com a legislação da União acima mencionada, poderão não estar protegidas no Reino Unido sem interrupção. Assim, os titulares de direitos interessados devem verificar se é necessário procurar meios alternativos de garantir a proteção das 71 72 73 74 JO L 343 de 14.12.2012, p. 1. JO L 347 de 20.12.2013, p. 671. JO L 39 de 13.2.2008, p. 16. JO L 84 de 20.3.2014, p. 14. 13

denominações geográficas em causa no Reino Unido, em conformidade com a legislação deste país. Os sítios Web da Comissão sobre importações de produtos alimentares (https://ec.europa.eu/food/safety/official_controls/legislation/imports_en), agricultura biológica (https://ec.europa.eu/agriculture/organic/index_en) e regimes de qualidade (https://ec.europa.eu/info/food-farming-fisheries/food-safety-andquality/certification/quality-labels_en) contêm informações gerais sobre a legislação da UE no domínio alimentar aplicável às importações de produtos alimentares e à agricultura biológica. Estas páginas serão atualizadas com mais informações sempre que necessário. Comissão Europeia Direção-Geral da Saúde e da Segurança dos Alimentos Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural 14