Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho.Muzambinho/MG,

Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DE SUCO E DA QUANTIFICAÇÃO DE SEMENTES DE 19 CLONES DE TANGERINA FREEMONT

EFEITOS DA MUTAÇÃO NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO FRUTO DE TANGERINA FREMONT RESUMO

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTE A FERRUGEM SOB USO DE IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO-MG

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE LARANJA SANGUÍNEA

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE CINCO CULTIVARES DE MARACUJÁ AMARELO NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS

ATRIBUTOS FÍSICOS DE VARIEDADES DE LARANJA DA MICRORREGIÃO DA BORBOREMA

AVALIAÇÃO DO PERÍODO DE COLHEITA DA SAFRA DE INVERNO CULTIVARES DE UVA Vitis labrusca EM MUZAMBINHO MG

QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE Citrus deliciosa Tenore SUBMETIDA A ARMAZENAMENTO REFRIGERADO.

PRODUTIVIDADE DE 2ª SAFRA DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTES A FERRUGEM SOB IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO

QUALIDADE DE MAMÃO TAINUNG 01 PRODUZIDO POR SECAMENTO PARCIAL DO SISTEMA RADICULAR

BOLETIM CLIMÁTICO Nº 69

APLICAÇÃO DE GLIFOSATO NO CONTROLE DA REBROTA DO SORGO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE APLICAÇÃO E DOSE

Ciclo de Produção da Laranjeira Pera D9 no Submédio do Vale do São Francisco, Município de Petrolina, PE

QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMEIRA ÁCIDA TAHITI EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE PLANTAS DE MILHO COM DIFERENTES EVENTOS DE BIOTECNOLOGIA

Adensamento de plantio na citricultura

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

DESEMPENHO NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587 SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

BOLETIM CLIMÁTICO Nº 41

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

BOLETIM CLIMÁTICO Nº 46

FATORES FITOMÉTRICOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B688PW PARA SILAGEM SOB DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA

Ciclo de Produção da Tangerineira Page no Submédio Vale do São Francisco

Desempenho Agronômico de oito Cultivares de Videira (Vitis labrusca l.) após poda em fevereiro de 2012

FATORES BIOMÉTRICOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587PW PARA GRÃO EM DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA PARA MUZAMBINHO/MG

AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MANGA VISANDO O MERCADO DE CONSUMO IN NATURA LAERTE SCANAVACA JUNIOR 1 ; NELSON FONSECA 2

CARACTERIZAÇÃO DOS ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO DE BANANA RESISTENTE À SIGATOKA NEGRA VARIEDADE CAIPIRA

BOLETIM CLIMÁTICO Nº 39

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA PARA A REGIÃO SUL DE MG

BOLETIM CLIMÁTICO Nº 44

BOLETIM CLIMÁTICO Nº 42

AVALIAÇÃO AGRONÔMICA DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) EM CRUZ DAS ALMAS, BAHIA

INFILTRAÇÃO APROXIMADA DE ÁGUA NO SOLO DE TALUDE REVEGETADO COM CAPIM VETIVER EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS

RENDIMENTO DE SUCO E TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS EM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

COMPRIMENTO E MATÉRIA SECA DE PLÂNTULAS DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO COLORIDO SEMEADAS COM E SEM LÍNTER

Avaliação Produtiva e Qualitativa de Diferentes Cultivares de Citros em Combinação Com Limoeiro Cravo em Sistema de Cultivo Solteiro

ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE VARIEDADES DE LARANJA SOB SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICO PARA A CIDADE DE LONTRAS/SC

INCOMPATIBILIDADE DE COMBINAÇÕES COPA E PORTA-ENXERTO DE CITROS

CRESCIMENTO VEGETATIVO DA TANGERINA PONKAN SOBRE DOIS PORTA-ENXERTOS NO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESEMPENHO PRODUTIVO DE SILAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO DKB390 COM DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

INFLUÊNCIA DA COBERTURA MORTA NA PRODUÇÃO DA ALFACE VERÔNICA RESUMO

Comportamento produtivo de cultivares de uva para suco em diferentes porta-enxertos

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

DETERMINAÇÃO DA ÉPOCA DE COLHEITA DA LARANJA VARIEDADE PIRALIMA (Citrus sinensis L. Osbeck) NA REGIÃO DE PELOTAS - RS RESUMO

Híbridos de trifoliata como porta-enxertos para cultivo de laranja doce no estado de São Paulo. André Luiz Fadel. Introdução

ANÁLISES FÍSICAS DE LARANJAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SANTA HELENA DE GOIÁS

CONSUMO DE TRATOR EQUIPADO COM SEMEADORA

AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DO CAFEEIRO RECEPADO, SUBMETIDO A DIFERENTES CULTIVOS INTERCALARES. RESUMO

ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA PLANTA DE CHIA SOB SOMBRITE COM DIFERENTES FONTES DE ADUBO NAS CONDIÇÕES DO SUL DE MINAS GERAIS

Caracterização física e química da lima ácida Tahiti 2000 sobre o porta-enxerto Índio em Petrolina, PE

ASSOCIAÇÕES ENTRE OS COMPONENTES DE RENDIMENTO DE MAMONEIRA PARA AMBIENTE DE BAIXAS ALTITUTES

RECOMENDAÇÃO DA DOSE DE BORO, EM SOLO HIDROMÓRFICO, PARA A CULTURA DO RABANETE.

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS AGRONÔMICOS E INDUSTRIAIS DA PRIMEIRA CANA SOCA NA REGIÃO DE GURUPI-TO

Avaliação da adaptabilidade e estabilidade de 20 híbridos de milho no município de Muzambinho/MG

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

MUDANÇAS NOS ATRIBUTOS FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS DE LARANJA BAÍA DURANTE A MATURAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO DA COR INSTRUMENTAL DE FARINHAS DE MANDIOCA COMERCIALIZADAS EM JANAÚBA, MG

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO UTILIZADOS PARA SILAGEM

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM HÍBRIDOS COMERCIAIS E EXPERIMENTAIS DE MILHO NOS MUNICÍPIOS DE MUZAMBINHO/MG, NOVA PONTE/MG E RIO VERDE/GO

Produtividade de milho convencional 2B587 em diferentes doses de Nitrogênio

POPULAÇÃO DE PLANTAS NA PRODUTIVIDADE DA SILAGEM DE SORGO CULTIVADO NA 2ª SAFRA

Palavras-Chave: Adubação mineral. Adubação orgânica. Cama de Peru. Glycine max.

Avaliação de aspectos produtivos de diferentes cultivares de soja para região de Machado-MG RESUMO

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

CARACTERIZAÇÃO DOS ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO DE BANANA RESISTENTE À SIGATOKA NEGRA VARIEDADE THAP MAEO

CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS E VIDA ÚTIL DE BANANAS ARMAZENAEDAS SOB REFRIGERAÇÃO E SOB CONDIÇÃO AMBIENTE

MELO, Christiane de Oliveira 1 ; NAVES, Ronaldo Veloso 2. Palavras-chave: maracujá amarelo, irrigação.

CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS DE LARANJEIRAS, CULTIVADOS NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO. Apresentação: Pôster

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DO CAFEEIRO A PARTIR DE DIFERENTES ALTURAS DE DECOTE

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

08 POTENCIAL PRODUTIVO DE CULTIVARES DE SOJA

CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE CULTIVARES DE SOJA PARA O SUL DE MINAS GERAIS NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES-MG 1

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Programa de melhoramento de citros do CCSM/IAC Melhoramento de Porta-enxertos

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

CONSERVAÇÃO DE PIMENTA BIQUINHO EM ATMOSFERA NORMAL E MODIFICADA

Características biométricas de cafeeiro intercalado com diferentes sistemas de produção de abacaxizeiro para agricultura familiar do Projeto Jaíba

218 Caracterização dos Frutos de Variedades do Banco Ativo de Germoplasma de Mangueira. da Embrapa Semi-Árido

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

Uso da cama de Peru na substituição parcial ou total da adubação química na cultura da soja¹

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

Avaliação sazonal de fotossíntese e parâmetros fitotécnicos em tangerineiras apirênicas no Sul de Minas Gerais

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

DESEMPENHO DE VARIEDADES DE MANDIOCA DE MESA NO NÚCLEO RURAL JARDIM-DF

Avaliação da produtividade de genótipos de melão nas condições do Submédio do Vale do São Francisco

FATORES MORFOLÓGICOS DO SORGO EM DIFERENTES DENSIDADES POPULACIONAIS EM FUNÇÃO DE DUAS DATAS DE PLANTIO

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO PARA UTILIZAÇÃO COMO SILAGEM

V Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NO PERÍODO OUTONO-INVERNO EM ITAOCARA, RJ*

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

ASPECTOS AGRONÔMICOS E DA QUALIDADE DOS FRUTOS DE GENÓTIPOS DE TANGERINEIRAS E POMELEIROS CULTIVADOS NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO

Desenvolvimento de Cafeeiro aos 3 Meses com Adubação Biológica e Diferentes Preparos de Solo

( ) Recebida para publicação em 3 de fevereiro de ( 2 ) FERRAND, M. Phytotechnie de 1'Hevea brasiliensis. Gembloux, Duculot, p.

Qualidade e vida útil de melão amarelo cultivado com diferentes tipos de coberturas do solo e uso de manta agrotêxtil: terceiro ciclo de avaliação

INTERFERÊNCIA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS NA FITOMETRIA DE PLANTAS DE SORGO DE 2ª SAFRA

Transcrição:

6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 a 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE FRUTOS DE 19 CLONES DE TANGERINA FREEMONT Álvaro R. SALOMAO 1 ; Madelene G. SOUSA 2 ; Paulo S. SOUZA 3 ; Rafael B. FERREIRA 4 ; Gustavo Dias GUIMARAES 5 RESUMO Objetivou-se avaliar o desenvolvimento de 19 clones de tangerina Fremont obtidos por mutação somática. O experimento está implantado no Setor de Fruticultura do IFSULDEMINAS Câmpus Muzambinho, no delineamento de blocos casualizados, com cinco repetições e 20 tratamentos, sendo 19 clones de tangerina Fremont e uma planta controle que não sofreu mutação. Para a análise foram colhidos três frutos em cada repetição, cortados ao meio, e com a ajuda de um colorímetro, a coloração interna dos frutos de tangerina Fremont era aferida, avaliando-se também a espessura de casca dos mesmos. Palavras chave: Freemont; coloração; mutação; citros INTRODUÇÃO O Brasil é um dos maiores produtores de citros e esse crescimento se deve ao grande mercado de exportação de suco mundial. Em relação à tangerina o Brasil é o maior produtor mundial com aproximadamente 54 mil hectares plantados e uma produção de 1,1 milhão de toneladas (FAO, 2012). Com o aumento da produtividade cresce também o aparecimento de diversas pragas e doenças. Com isso cresce a demanda de pesquisas para o desenvolvimento de novas variedades resistentes. O Centro de Citricultura, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), possui um ativo programa de melhoramento de tangerinas e pesquisas desenvolvidas dentro deste, nas quais encontraram variedades de tangerinas resistentes à mancha marrom de alternaria, destacando-se a Fremont (ROMA, 2012). 1 Muzambinho.Muzambinho/MG, e-mail: alvimsalomao@gmail.com 2 Muzambinho.Muzambinho/MG e-mail: madelene90@hotmail.com; 3 Muzambinho.Muzambinho/MG, e-mail: paulo.souza@ifsuldeminas.edu.br 4 Muzambinho.Muzambinho/MG e-mail: aprigio_bibiano@hotmail.com 5 Muzambinho.Muzambinho/MG, e-mail: 12121002036@muz.ifsuldeminas.edu.br

A tangerina Fremont é originada de cruzamentos das tangerinas Clementina e Ponkan (Citrus clementina hort. extan x Citrus reticulata Blanco), realizado por P.C Reece, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em Orlando, Flórida, e depois selecionado por J.R. Furr, na Califórnia, antes de ser liberado em 1964. Apresenta plantas de porte médio, com boa produtividade. Frutos de maturação precoce a meia estação, tamanho médio, forma oblata, casca lisa e ligeiramente frouxa. Massa média de 103g, com média de 13 sementes por fruto, casca e polpa de coloração alaranjada forte; 51% de rendimento em suco; sólidos solúveis de 12,0 ºBrix; acidez de 1,0% e ratio de 11,9 (PIO et al., 2005), tendo como finalidade principal o consumo in natura, demandando uma melhor qualidade do que a indústria, pois o consumidor direto seleciona as frutas de melhor aparência. Neste sentido, objetiva-se avaliar o desenvolvimento de 19 clones de tangerina Fremont obtidos por mutação somática. MATERIAL E MÉTODOS O experimento está instalado no Setor de Fruticultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Câmpus Muzambinho. A localidade de Muzambinho está ao sul de Minas Gerais. O experimento está localizado pelas coordenadas de latitude: 21º 20` 59,94``S e longitude: 46º 31`34,82``W, com uma média de 1013 metros de altitude. Em relação à classificação climática, segundo Thornthwaite (1948) a região é B4rB 2a, e em relação a Köppen a classificação climática é Cwb tropical de altitude com temperaturas médias anuais em torno de 18ºC e precipitação média anual de 1605 milímetros (APARECIDO e SOUZA, 2013). O plantio foi realizado no dia 14 de março de 2012 no espaçamento de 6,0 x2,5 m. O manejo de plantas daninhas, pragas e doenças foram realizados de acordo com as necessidades do cultivo visando o melhor desempenho fitotécnico. Foram colhidos três frutos em cada repetição, sendo os mesmos cortados ao meio com auxilio de uma faca. Após foi utilizado o colorímetro (Figura 1) para verificação da cor interna do fruto, que tendo como finalidade o consumo in natura deve ter cor atraente ao consumidor. Foram feitas seis leituras uma em cada parte dos frutos.

Figura 2: Colorímetro utilizado durante a avaliação A leitura resulta em três valores médios, sendo denominados L, a e b, estes são utilizados para efetuar um calculo que resultará no Croma e Hue. O Croma é a relação entre os valores de a* e b*, onde se obtém a cor real do objeto analisado, no caso a polpa da tangerina. Hue-Angle é o ângulo formado entre a* e b*, indicando a saturação da cor do objeto (HARDER et al, 2007). Em relação à espessura de casca, a mesma foi aferida com o auxilio de um paquímetro digital (Figura 2), medindo-se todas as metades dos frutos. Figura 2: Paquímetro digital utilizado durante a avaliação Os resultados das avaliações foram submetidos a análise de variância, pelo teste F, quando houve significância, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de significância, por meio do software Sisvar (FERREIRA, 2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO Observa-se na Tabela 1, que esta relacionada com a espessura de casca dos frutos que os resultados não foram estatisticamente significativos, mas se analisando os dado, verifica-se que os frutos provenientes das plantas 14 e 13 foram o que apresentaram a menor espessura de casca, sendo este

um fator bem relevante quando se trata de frutos para mesa, já o fruto da planta 5 foi o que apresentou a casca mais espessa não sendo desejado esta característica. Tabela 1: Espessura de casca e coloração interna (Hue e Cromaticidade) dos frutos provenientes de 19 clones de tangerina Freemont*. Tratamentos Espessura de casca (mm) Fator Hue Fator Cromaticidade 1 2,79 a 86,77 a 35,36 a 2 3,07 a 88,36 a 29,80 a 3 2,57 a 85,55 a 35,37 a 4 3,27 a 87,16 a 32,06 a 5 3,90 a 88,41 a 29,22 a 6 3,02 a 85,10 a 36,22 a 7 3,61 a 86,36 a 31,96 a 8 2,64 a 87,10 a 32,72 a 9 2,93 a 89,41 b 33,22 a 10 3,08 a 88,23 a 32,25 a 11 2,86 a 84,10 a 34,30 a 12 3,23 a 86,73 a 34,78 a 13 2,49 a 82,48 a 24,52 a 14 2,38 a 84,62 a 36,35 a 15 3,25 a 86,15 a 32,12 a 16 3,08 a 86,57 a 33,67 a 17 3,56 a 88,91 a 32,00 a 18 2,59 a 85,74 a 35,61 a 19 2,80 a 86,33 a 35,20 a 20 3,19 a 86,79 a 32,70 a *Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferenciam estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Verifica-se ainda na Tabela 1, que os frutos apresentaram cor interna que variou do laranja para o amarelo, não se observando mudanças significativas, com exceção da planta 9 que apresentou maior ângulo Hue, indicando ter uma cor de polpa mais amarela do que as demais. Em relação à quantidade de pigmentos, analisada pela cromaticidade, não se observou diferenças estatísticas entre os materiais. Estes valores indicam que menor intensidade na coloração. Em ambos os fatores analisados a testemunha (planta 20), não apresentou discrepância em relação as demais.

CONCLUSÃO Pode-se concluir após a analise estatística que não tivemos resultados significativos em relação a espessura de casca, e a cromaticidade, mesmo que os frutos sejam oriundos de plantas geneticamente diferentes entre si. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS APARECIDO, L. E. O.; SOUZA, P. S. Boletim Climático Nº5 Agosto/2013. HARDER, M. N. C.; BRAZACA, S. G. C. Avaliação quantitativa por colorímetro digital da cor do ovo de galinhas poedeiras alimentadas com urucum (Bixaorellana). Revista Portuguesa Ciências Veterinárias, Piracicaba, SP. 2007 FAO FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. FAOSTAT: Statistical database. Disponível em: <http://faostat.fao.org/site/567/default.aspx>2012. Acesso em: Agosto de 2014 FERREIRA, D. F. Sisvar: um sistema computacional de análise estatística. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.35, n.6, 2011 PIO, R. M.; FIGUEIREDO, J. O.; STUCHI, E. S.; CARDOSO, S. A. B.; Variedades Copas. In: MATTOS JUNIOR, D.; NEGRI, J. D.; PIO, R. M.; POMPEU JUNIOR, J. (Ed.) Citros. Cordeiropolis: IAC: Fumolog,2005. p. 37-60. ROMA, M. M.;AZEVEDO, F. A.; PACHECO, C. A.; SCHINOR E. H.; BASTIANEL, M. TANGERINA FREMONT: NOVA VARIEDADE PARA O MERCADO DE CITROS IN NATURA.Jaguariúna, SP. 2012