ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS PRECIPITAÇÕES OCORRIDAS NAS BACIAS DOS RIOS MUNDAÚ E PARAÍBA EM JUNHO DE 2010

Documentos relacionados
Alturas mensais de precipitação (mm)

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

ANÁLISE DAS PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS E DOS EVENTOS EXTREMOS OCORRIDOS EM SÃO LUÍZ DO PARAITINGA (SP) E MUNICÍPIOS VIZINHOS

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

CHEIA MÁXIMA PROVÁVEL DO RIO TELES PIRES

DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DE

TABELA PRÁTICA PARA CÁLCULO DOS JUROS DE MORA ICMS ANEXA AO COMUNICADO DA-46/12

GDOC INTERESSADO CPF/CNPJ PLACA

DATA DIA DIAS DO FRAÇÃO DATA DATA HORA DA INÍCIO DO ANO JULIANA SIDERAL T.U. SEMANA DO ANO TRÓPICO

PHA Hidrologia Ambiental. Curva de Permanência

ANO HIDROLÓGICO 2014/2015

Data Moeda Valor Vista Descrição Taxa US$ 07-Jul-00 Real 0,5816 Sem frete - PIS/COFINS (3,65%) NPR 1,81 14-Jul-00 Real 0,5938 Sem frete - PIS/COFINS

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31de Agosto e em 15 de Setembro de 2012.

TABELA PRÁTICA PARA CÁLCULO DOS JUROS DE MORA ICMS ANEXA AO COMUNICADO DA-87/12

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31 de outubro e em 30 de novembro de 2012.

8. permanência de vazão

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31de julho e em 15 de agosto de 2012.

Uso de geotecnologias para análise de eventos extremos no estado do Paraná - período de 2000 a 2008

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31 de outubro e 15 de novembro de 2012.

BOLETIM DE MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Determinação do BH Climatológico. Método de Thornthwaite & Mather (1955)

Safra 2016/2017. Safra 2015/2016

VIII-Castro-Brasil-1 COMPARAÇÃO ENTRE O TEMPO DE RETORNO DA PRECIPITAÇÃO MÁXIMA E O TEMPO DE RETORNO DA VAZÃO GERADA PELO EVENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE GESTÃO E MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS CICLO HIDROLÓGICO

XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DA OCORRÊNCIA DE CHUVA EM UM DIA QUALQUER EM TERESINA/PI

ANÁLISE DA VARIABILIDADE DE PRECIPITAÇÃO EM ÁREA DE PASTAGEM PARA A ÉPOCA CHUVOSA DE 1999 Projeto TRMM/LBA

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 30 de novembro e em 15 de dezembro de 2012.

VARIABILIDADE ESPACIAL DE PRECIPITAÇÕES NO MUNICÍPIO DE CARUARU PE, BRASIL.

Caracterização de anos secos e chuvosos no Alto do Bacia Ipanema utilizando o método dos quantis.

ESTUDO DA VARIABILIDADE DE CHUVAS INTENSAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A DRENAGEM URBANA. por

Figura 1 Distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 30 de junho e em 15 de julho de 2012.

Estatística de Extremos

Relatório Agrometeorológico

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO FINANCEIRA

COMPORTAMENTO DO REGIME PLUVIOMÉTRICO MENSAL PARA CAPITAL ALAGOANA MACEIÓ

ESTUDO DA TENDÊNCIA TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO EM PRESIDENTE PRUDENTE - SP. Vagner Camarini ALVES 1 RESUMO

Figura 1 Evolução da distribuição espacial do índice de seca meteorológica em 31 maio e em 15 junho de 2012.

PREVISIBILIDADE DAS CHUVAS NAS CIDADES PARAIBANAS DE CAJAZEIRAS, POMBAL E SÃO JOSÉ DE PIRANHAS

Outubro de 2014 (o ano da crise)

Chuvas Intensas e Cidades

VARIABILIDADE TEMPORAL DE PRECIPITAÇÕES EM CARUARU PE, BRASIL

Situação de Seca Meteorológica 31 outubro 2015

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS CHUVAS NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE, REGIÃO AGRESTE DA PARAÍBA

Curva de Permanência PHA3307. Hidrologia Aplicada. Aula 12. Prof. Dr. Arisvaldo Vieira Méllo Jr. Prof. Dr. Joaquin Bonecarrere

Dados Estatísticos Portabilidades. Setembro/2013

XI SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE

10o SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CAPTAÇÃO E MANEJO DE ÁGUA DE CHUVA Belém - PA - Brasil CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA EM CISTERNAS RURAIS EM ANOS DE SECA

MONITORIZAMOS CONTRIBUÍMOS O TEMPO O CLIMA A ACTIVIDADE SÍSMICA. PARA UM MUNDO MAIS SEGURO e UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. à frente do nosso tempo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE GRUPO DE ESTUDOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS ENCHENTE DO RIO ACRE EM RIO BRANCO, ABRIL DE 2011 PARECER TÉCNICO

PLUVIOSIDADE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB PARA PLANEJAMENTO AGRÍCOLA E CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Vênus Em Aquário 25 Dez Vênus Em Peixes 18 Jan Vênus Em Áries 12 Fev Vênus Em Touro 8 Mar Vênus Em Gêmeos 4 Abr 1940

EVOLUÇÃO SALARIAL. Categoria: Sindipetro RJ. Petroleiros do Rio de Janeiro. Deflatores: IPCA-IBGE INPC-IBGE. julho de 2012

HIDROLOGIA AULA 14 HIDROLOGIA ESTATÍSTICA. 5 semestre - Engenharia Civil. Profª. Priscila Pini

EMPREGO E SALÁRIO DE SERVIÇOS DE MACEIÓ (AL) - AGOSTO

ESTIMATIVA DA PRECIPITAÇÃO EFETIVA PARA A REGIÃO DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA, BA Apresentação: Pôster

Situação de Seca Meteorológica 31 Outubro 2016

Relatório Agrometeorológico

HIDROLOGIA. Aula vazões mínimas de referência. Prof. Enoque

ANÁLISE TEMPORAL DE PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SERRA GRANDE-PB

Valores de ATR e Preço da Tonelada de Cana-de-açúcar - Consecana do Estado de São Paulo

BOLETIM CLIMATOLÓGICO TRIMESTRAL DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO IAG/USP. - Março a maio de Outono -

ANÁLISE DOS EVENTOS PLUVIAIS EXTREMOS

EMPREGO E SALÁRIO DE SERVIÇOS DE SALVADOR (BA) - AGOSTO

PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE CHUVA NA MICRO REGIÃO DE ILHÉUS- ITABUNA, BAHIA. Hermes Alves de Almeida

RECALL SMITHS LISTA DOS PRODUTOS ENVOLVIDOS, IMPORTADOS AO BRASIL PELA CIRÚRGICA FERNANDES, COM INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS VENDIDOS E EM ESTOQUE

Relatório Agrometeorológico

Estiagem em SC e a agricultura. Cristina Pandolfo, Eng. Agrônoma

Uso do box plot na detecção dos valores extremos mensais de precipitação na região da Bacia do Rio Paraíba.

Dr. Mário Jorge de Souza Gonçalves

Capítulo 12. Precipitações nas capitais

CNC - Divisão Econômica Rio de janeiro

APLICAÇÕES DO SENSORIAMENTO REMOTO NO MEIO AMBIENTE, ASSOCIADO COM DADOS METEOROLÓGICOS. "O CASO DE RORAIMA".

A ÁLISE ESTATÍSTICA DE CHUVAS I TE SAS OCORRIDAS OS MU ICÍPIOS DE BLUME AU E RIO DOS CEDROS, SC, O PERÍODO DE AGOSTO DE 2008 A JA EIRO DE 2009.

Serviço Geológico do Brasil CPRM

Estudo sobre o método dos dias sem chuva para o dimensionamento de reservatórios

42,6 42,0 43,0 40,0 40,3 29,0 30,1 23,4 28,7 27,7 19,5 29,4 23,1 20,5

la,- Conteúdo Disponibilizado e Atualizado site eletrônico do CEIVAP relativas àos dez itens discriminados abaixo:

Estudos de Eventos Extremos de Chuva na Bacia Hidrográfica do Rio Una

BOLETIM CLIMATOLÓGICO TRIMESTRAL DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO IAG/USP. - junho a agosto de Inverno -

ANÁLISE DE EVENTOS CRÍTICOS DE PRECIPITAÇÃO OCORRIDOS NA REGIÃO SERRANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOS DIAS 11 e 12 DE JANEIRO DE 2011

BOLETIM CLIMATOLÓGICO TRIMESTRAL DA ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DO IAG/USP. - março a maio de Outono -

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO E DO NÚMERO DE DIAS DE CHUVA NO MUNICÍPIO DE PETROLINA - PE

ENCHENTE DE 2015 NO RIO ACRE: AQUISIÇÃO DE DADOS E MONITORAMENTO FLOOD OF 2015 IN ACRE RIVER: DATA ACQUISITION AND MONITORING

Situação de Seca Meteorológica 30 Setembro 2016

COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS DA MÉDIA ARITMÉTICA E DE THIESSEN PARA DETERMINAÇÃO DA PLUVIOSIDADE MÉDIA DA SUB-BACIA DO RIO SIRIRI

42,6 42,0 43,0 40,0 40,3 29,0 30,1 23,4 28,7 27,7 19,5 29,4 23,1 20,5

SALA DE SITUAÇÃO PCJ

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E ZONA DE AMORTECIMENTO

DRENAGEM AULA 02 ESTUDOS HIDROLÓGICOS

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTOS DO TRANSPORTE CARGA LOTAÇÃO

Mês de referência JUNHO 2014 INCTL OUT/03 = 100. Muito curto 50 51,05 172,06 6,33 3,50 (0,3003) Curto ,97 174,77 5,81 2,98 (0,1306)

Série 34 E 35 Relatório de Acompanhamento do CRI 31-jan-14

FAZENDO UM BALANÇO DO ORÇAMENTO DE ÁGUA

IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS UC - PT

Vulnerabilidade Associada a Precipitações e Fatores Antropogênicos no Município de Guarujá (SP) - Período de 1965 a 2001

Operação Somos Todos Olímpicos

Indicadores P&D ( Agosto )

As Mudanças Climáticas e sua Influência no Regime Hidrológico

Transcrição:

ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS PRECIPITAÇÕES OCORRIDAS NAS BACIAS DOS RIOS MUNDAÚ E PARAÍBA EM JUNHO DE 2010 Vanesca Sartorelli Medeiros 1 & Mario Thadeu Leme de Barros 2 1 Pesquisadora em Geociências da CPRM - vanescasm@hotmail.com 2 Professor Titular da Escola Politécnica da USP mtbarros@usp.br Novembro de 2012

Introdução Os desastres naturais de caráter hidrometeorológicos, relacionados ao excesso (ou falta) de precipitação, como as inundações (e secas), tem sido bastante frequentes na região NE. Nos anos de 2010, 2011 e 2012, ocorreram inundações que atingiram principalmente populações instaladas nas margens de rios.

Introdução Em junho de 2010, as chuvas que atingiram PE e AL causaram inundações em diversas cidades localizadas nas bacias dos rios Mundaú e Paraíba. Este evento é considerado o mais intenso observado nessas bacias. Dentre as cidades alagoanas atingidas estão Santana do Mundaú, São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Murici e Rio Largo, na bacia hidrográfica do Mundaú, e Quebrangulo, Paulo Jacinto, Viçosa, Capela e Atalaia, na bacia do Paraíba.

Introdução Cenário de destruição em Quebrangulo e União dos Palmares FONTE: Revista Isto é

ObjeOvo Contribuir para o entendimento da magnitude desses eventos, sua ocorrência e estimativa do seu período de retorno Tr com base nas séries históricas obtidas das leituras dos pluviômetros localizados na região.

Área de estudo e localização das estações

Estações UOlizadas Através do SNIRH Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos, da ANA, foram selecionadas 8 estações operadas pela CPRM Código Estação Bacia (Sub- bacia) LaOtude Longitude Alt. (m) Município Dados 935012 Murici - Ponte 39 (Mundaú) - 09:18:49-35:56:59 82 Murici jan/63 a mar/12 39 (Mundaú) - 09:28:03-35:51:23 42 Rio Largo ago/89 a fev/12 39-09:42:59-35:53:30 10 Marechal Deodoro out/90 a mar/12 935056 935057 Fazenda Boa Fortuna Marechal Deodoro 936110 Atalaia 39 (Paraíba) - 09:30:26-36:01:24 54 Atalaia ago/89 a mar/12 936111 Viçosa 39 (Paraíba) - 09:22:45-36:14:57 300 Viçosa jan/89 a jan/12 39 (Mundaú) - 09:00:15-36:03:04 268 39 (Mundaú) - 09:10:08-36:13:11 220 39 (Paraíba) - 09:19:13-36:29:31 220 936112 936114 936115 São José da Laje Santana do Mundaú Quebrangulo São José da Laje Santana do Mundaú Quebrangulo out/90 a mar/12 out/90 a mar/12 out/90 a mai/11

Metodologia Análise dos dados e EstaisOcas Básicas Foi feita a análise das chuvas mensais das estações Cálculo de algumas esta=s>cas básicas das séries Análise dos dados diários de junho de 2010 Cálculo do período de retorno Tr Análise das chuvas máximas registradas na região

Análise das chuvas mensais - Mundaú Precipitação Total Mensal - 936112 - São José da Laje Média 2010 2011 500 400 300 200 Média 600 383 286 306 218 205 189 171 162 151 148 142 120 76 69 78 68 67 84 67 64 59 56 45 100 32 41 29 21 7 0 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Precipitação Total Mensal - 935012 - Murici 400 Precipitação Total Mensal - 936114 - Santana do Mundaú Média 2010 353 356 2011 266 246 234 217 239 216 231 193 175 164 147 158 153 200 124 117 110 110 100 102 92 88 84 73 100 54 65 48 41 39 31 36 22 0 21 0 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 300 2010 2011 496 338 259 219 206 201 189 182 162 147 134 131 200 123 112 89 104 96 66 93 87 80 69 67 61 69 79 47 61 40 30 2 43 26 5 11 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 400 Precipitação Total Mensal 935056 Fazenda Boa Fortuna Média 2010 2011 569 600 500 364 359 400 318 289 250 300 219 242 199 198 185 187 183 132 200 128 113 120 119 102 70 98 97 80 96 88 70 68 80 97 53 48 43 26 100 4 0 0 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Análise das chuvas mensais - Paraíba Precipitação Total Mensal - 936115 - Quebrangulo Média 500 2010 Precipitação Total Mensal - 936111 - Viçosa 2011 428 400 258 258 197 197 197 156 137 200 116 108 87 104 83 56 63 57 51 47 46 35 34 21 20 100 20 18 13 3 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 300 Média 600 2010 Precipitação Total Mensal - 935057 - Marechal Deodoro 2011 Média 499 400 282 249 234 222 168 158 128 126 122 200 109 107 104 99 93 68 84 79 45 75 58 58 62 46 39 31 30 24 0 19 19 9 18 16 11 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2011 300 248 212 250 180 175 174 169 184 200 138 138 131 117 109 150 104 94 66 80 65 59 100 54 48 54 48 42 48 41 40 25 26 26 23 14 50 9 4 4 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Precipitação Total Mensal - 936110 - Atalaia Média 2010 600 2010 2011 480 395 363 328 400 274 244 211 189 201 145 143 126 114 105 82 101 81 102 100 93 200 71 67 65 55 37 40 51 46 42 51 23 8 35 15 2 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 455

EstaisOcas básicas P Pmed das max Pmed Pmed Código Estação Dia da jun/10 max mensal 935012 Murici - Ponte 68,9 5 356,4 46,6 29 266,4 61,9 25 352,7 77,7 239 175,1 217,2 1465 Fazenda Boa 935056 Fortuna 204 5 568,6 97,9 29 318,2 61 25 358,8 101 289 187,4 250,2 1608 935057 Marechal Deodoro 177 5 480,1 149,5 19 455 76,1 25 362,7 105 327,9 201,1 274,3 1.661 936110 Atalaia 200 5 499,3 47,7 19 281,9 64,2 25 249,3 72,3 222,4 108,6 158,1 1057 936111 Viçosa 41,8 19 169,4 34,8 10 247,8 28,6 5 173,9 64,3 211,7 137,6 179,9 1229 936112 São José da Laje 5 338,7 77 29 286,1 49,5 5 306 78,9 217,5 142,2 171,2 1227 98,1 19 495,7 31,4 29 218,5 65,2 5 338 76,7 259 130,7 182,3 1340 5 428,0 62,6 10 197,2 62,2 5 257,9 63,2 196,5 104,5 136,5 969 Santana do 936114 Mundaú 936115 Quebran gulo Pmax 117 Pmax jun/10 abr/11 120 P Dia da P mensal P max max abr/11 mai/11 Dia da mensal max mai/11 mensal jun mensal abr Pmed mensal mai Pmed anual

Chuvas diárias de junho de 2010 Junho de 2010 935012 Precipitação diária (mm) 250 203,7 200 200 177,3 150 120 116,7 100 78,3 68,9 50 935056 Inundações no dia 19 935057 936110 936111 98,1 52,1 72,1 52,2 24,2 66,2 52,1 936112 58,1 39,8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 dia 936114 936115

Distribuição das chuvas máximas diárias em junho de 2010 120 98 69 117 42 200 204 177

Precipitação diária (mm) Chuvas diárias de abril e maio de 2011 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Não há relatos de inundação Abril de 2011 935012 149,5 62,6 45,3 38,6 138,1 935056 97,9 935057 77 936110 47,7 37,1 936111 9,7 0,9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Dia 936112 936114 936115 Precipitação diária (mm) Maio de 2011 80 70 60 50 40 30 20 10 0 76,1 65,2 62,2 935056 59,3 52,5 36,7 31,6 25,4 36,1 935057 36,3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 936110 936111 12,1 5,6 Dia 935012 936112 936114 936115

EsOmaOva dos Períodos de Retorno Tr As chuvas máximas foram ordenadas de forma decrescente, foi calculada a posição de plotagem, o Tr A posição de plotagem qi foi calculada através da fórmula de Cunnane qi = ( i 0,40) / ( N + 0,2 ) Onde i é a ordem de classificação e N o tamanho da série O período de retorno (Tr) é obtido através do inverso da probabilidade de ocorrência (que corresponde à posição de plotagem da série empírica) Tr = 1 / ( qi )

Períodos de Retorno Tr Tr Pmax Data (anos) 2011 (Cunanne) Tr (anos) Data Código Estação P max 2010 935012 Murici - Ponte 68,9 2 05/jun 61,9 1 25/mai 935056 Fazenda Boa Fortuna 203,7 37 05/jun 97,9 3 29/abr 935057 Marechal Deodoro 177,1 35 05/jun 149,5 8 19/abr 936110 Atalaia 200 37 05/jun 64,2 2 25/mai 936111 Viçosa 41,8 1 19/jun 48,8 2 04/ago 936112 São José da Laje 120 13 05/jun 77 3 29/abr 936114 Santana do Mundaú 98,1 5 19/jun 65,2 2 05/mai 936115 116,7 35 05/jun 62,6 2 05/mai Quebrangulo (Cunanne)

Precipitações máximas diárias por ano hidrológico Precipitações máximas diárias por ano hidrológico (mm) 935012 935056 935057 936110 936111 936112 936114 936115 250 231,5 Precipitação (mm) 200 199 162,8 156,8 150 203,7 189,9 200 158,5 149,5 143,6 100 50 0 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 Ano Hidrológico 1995 2000 2005 2010 2015

Os cinco maiores eventos de máximas diárias P max Ano diária 935012 1963 143,6 1994 140,3 1997 134,4 2002 130,6 2008 117,4 936111 1994 137,7 2003 101,5 2000 99,5 1997 98,7 2009 78,4 P max Ano diária 935056 2010 203,7 2000 199 2008 189,9 1997 162,8 1996 126,9 936112 1992 231,5 2010 120 1997 110 2000 95,5 2001 84 P max Ano diária 935057 2010 177,1 1994 156,8 2011 149,5 2004 145,5 2009 138,5 936114 2004 142 2008 123,3 2000 121 1994 100,2 2010 98,1 P max Ano diária 936110 2010 200 2004 158,5 2009 130 2006 98,1 1997 95,8 936115 2010 116,7 2000 94,4 1996 87,8 1991 87,1 2002 81,7

Conclusões Os eventos críticos de junho de 2010 correspondem às máximas chuvas diárias históricas registradas desde que se iniciaram as leituras em quatro dos oito postos utilizados: Fazenda Boa Fortuna (203,7 mm), Atalaia (200 mm), Marechal Deodoro (177,1 mm) e Quebrangulo (116,7 mm), com Trs variando de 35 a 37 anos. Em São José da Laje, onde choveu de 120 mm, o Tr foi de 13 anos. Nos demais postos, as chuvas não foram tão elevadas, com Trs que variam de 1 a 5 anos. Acredita-se que a catástrofe de 2010 tenha sido desencadeada pelo elevado volume precipitado no dia 5, combinado com o período chuvoso nos dias 17, 18 e 19 desse mesmo mês, quando ocorreram as inundações.

Conclusões No ano de 2011 as chuvas foram menos intensas que as de 2010, sendo a máxima registrada na estação Marechal Deodoro, 149,5 mm e Tr de 8 anos. Os volumes acumulados nos meses de abril e maio de 2011 foram elevados, mas não suficientes para causar inundações nesses municípios. Apesar de as chuvas de 2010 serem elevadíssimas, outros valores elevados já haviam sido registrados nessas estações, indicando que esses eventos são característicos da região.

Obrigada! Vanesca Sartorelli Medeiros Pesquisadora em Geociências da CPRM vanesca.medeiros@cprm.gov.br Mario Thadeu Leme de Barros Professor Titular da Escola Politécnica da USP mtbarros@usp.br