CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS



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~1&i~ ;. \ I. ~",~ ~/ GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ

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RECORRIDA DÉCIMA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL

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SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA CONSELHO DE CONTRIBUINTES

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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GoVERNO 00 EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazetldtl I

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ti.? ,S~ ~ \ ) .,. ~~v GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da FRUndl1, CONTENCIOSOADMINSTRATIVO TRIBUTARIO CONSELHODE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO CARTILHA DO ADVOGADO

ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DA FAZENDA CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO CONSELHO DE CONTRIBUINTES E RECURSOS FISCAIS

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOSTRIBUTÁRIOS

RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº RECORRENTE MUNDIVOX TELECOMUNICAÇÕES LTDA RECORRIDA DÉCIMA SEGUNDA TURMA DA JUNTA DE REVISÃO FISCAL

CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS DO ESTADO DE RORAIMA RESOLUÇÃO Nº

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

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RECURSO- RECURSO VOLUNTÁRIO ACÓRDÃO 4ª JJF Nº /03

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

Em Despacho nº 715/2011/GFIS/SER/ANAC, de 11/05/2011 (fls. 12 do processo

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

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ROZINETE ARAÚJO DE MORAIS GUERRA Conselheira Relatora

DO Ó CATÃO E MARIA JOSÉ LOURENÇO DA SILVA

PRESTAÇÃO DE CONTAS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA MUNICIPAL N

CONSELHO DE RECUROS FISCAIS DO ESTADO DE RORAIMA RESOLUÇÃO Nº

MANOEL ANTONIO GADELHA DIAS PRESIDENTE JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMANDO RELATORA

Tribunal de Contas da União

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS R E L A T Ó R I O

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Transcrição:

Acórdão: 20.622/12/3ª Rito: Sumário PTA/AI: 01.000173236-04 Impugnação: 40.010131727-19 Impugnante: Coobrigados: Proc. S. Passivo: Origem: MRG Modas e Acessórios Ltda - ME IE: 001002176.00-55 Gustavo Oliveira Souza 058.128.426-71 Ana Paula Oliveira Souza CPF: 060.827.196-97 Renato Lopes Costa DF/Ipatinga EMENTA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SÓCIO ENCERRAMENTO IRREGULAR DAS ATIVIDADES. Inclusão dos sócios no polo passivo em decorrência de cancelamento de inscrição por desaparecimento do contribuinte, em atendimento ao disposto na Instrução Normativa SCT nº 001/06. Lançamento rerratificado pelo Fisco para exclusão e inclusão de sócio. MERCADORIA SAÍDA DESACOBERTADA OMISSÃO DE RECEITA CARTÃO DE CRÉDITO E/OU DÉBITO. Constatada saída de mercadorias desacobertadas de documentação fiscal, apuradas por intermédio do confronto entre as vendas realizadas por meio de cartões de crédito/débito, informadas pelas administradoras de cartões, e os valores lançados na Declaração Anual do Simples Nacional (DASN). Corretas as exigências de ICMS, Multa de Revalidação prevista no art. 56, inciso II da Lei nº 6.763/75 e Multa Isolada capitulada no art. 55, inciso II, alínea a da mesma lei. Lançamento parcialmente procedente. Decisão unânime. RELATÓRIO Da Autuação A autuação versa sobre saídas de mercadorias desacobertadas de documentação fiscal, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, apuradas por intermédio do confronto entre as vendas realizadas por meio de cartões de crédito/débito, informadas pelas administradoras de cartões, e os valores lançados na Declaração Anual do Simples Nacional (DASN). Exige-se ICMS, Multa de Revalidação prevista no art. 56, inciso II da Lei nº 6.763/75 e Multa Isolada capitulada no art. 55, inciso II, alínea a da mesma lei. 20.622/12/3ª 1

O processo foi instruído pelo Fisco com o Auto de Início de Ação Fiscal AIAF (fl. 02); Auto de Infração AI (fls. 06/07); Demonstrativo de Correção Monetária e Multas DCMM (fl. 08); Planilhas detalhando vendas apuradas em confronto com vendas informadas (fls. 12/13); Demonstrativo do Crédito Tributário (fls. 14/15); Intimação para informação de detalhamento de vendas efetuadas e cópia de documentos que especifica (fl. 16); Detalhamento mensal das vendas informado pela Autuada em resposta à intimação (fls. 18/19) e Extrato do Simples Nacional (fls. 20/21). Da Impugnação Inconformada, a Impugnante apresenta, tempestivamente e por procurador regularmente constituído, Impugnação às fls. 35/41, com documentos anexados às fls. 42/173, alegando resumidamente que: - não vendeu nenhuma mercadoria desacobertada de nota fiscal e que houve equívoco do Fisco ao analisar os dados e efetivar os cruzamentos; - suas alegações podem ser comprovadas pela planilha mensal (janeiro a julho de 2007 e janeiro a março de 2008) detalhando as notas fiscais emitidas diariamente e cópias das notas fiscais anexadas à sua impugnação; - todas as notas fiscais de saídas que emitiu foram encaminhadas para a empresa que faz sua contabilidade, não havendo nenhuma omissão de sua parte e se houve conduta irregular foi da contabilidade que não teria informado corretamente as vendas e referidas notas fiscais. Requer, ao final, seja acatada sua impugnação para tornar o ora discutido Auto de Infração insubsistente por não ter realizado venda sem emissão de notas fiscais. Da Manifestação Fiscal O Fisco, em bem fundamentada manifestação de fls. 181/184, anexa às fls. 178/180 uma planilha totalizando as notas fiscais emitidas pela Autuada, refuta as alegações da defesa e acrescenta as seguintes informações: - que Inscrição Estadual da Autuada encontra-se cancelada no Cadastro de Contribuintes do Estado de Minas Gerais, por motivo de desaparecimento de contribuinte, desde 09/07/09; - para apuração da saída mensal real, utilizou as informações prestadas pela Autuada na planilha de detalhamento mensal das vendas (fl. 19), apresentada mediante intimação (fl. 16), tendo sido acrescido à mesma os valores informados pelas administradoras de cartões de crédito e ou débito, em substituição àqueles valores constantes da referida planilha sob o mesmo título. O valor encontrado foi confrontado com o lançado no Simples Nacional apurando-se saída de mercadoria desacobertada de documento fiscal; - para o período de janeiro a junho de 2007, o Contribuinte era inscrito no Simples Minas e, considerando que as declarações apresentadas SAPI figuram no SIARE como consistentes e suspensas por motivo de falta de entrega de períodos anteriores, não foi possível consultar os valores de saída naquele sistema, tendo sido 20.622/12/3ª 2

utilizados, os valores de receita bruta informado ao Simples Nacional a partir de julho de 2007, como consta do quadro 2, do extrato de folhas 20. Informa ainda que o presente AI tem como sujeito passivo a empresa MRG Modas e Acessórios Ltda e como Coobrigados os sócios abaixo identificados, que iniciaram na sociedade em 31/03/06, conforme consulta efetuada no SICAF: - Maria Rosa Oliveira de Souza- CPF 433605996-91-sócia capitalista; - Gustavo Oliveira Souza- CPF 058128426-71-Sócio Administrador. Entretanto, foi constatado que, de acordo com a segunda alteração contratual, de 25/07/06 (fl. 23), a sócia Maria Rosa Oliveira de Souza se retirou da sociedade e foi admitida a sócia Ana Paula Oliveira Souza, CPF 060.827.196-97, (informação não comunicada à Fazenda e não inserida no SICAF) que passou a exercer a administração da empresa. Assim e atendendo o disposto na Instrução Normativa SCT nº 001/06, foi necessário fazer o Termo de Rerratificação de lançamento para a inclusão da sócia acima, informando que foi essa sócia quem apresentou tempestivamente, por meio de procurador regularmente constituído (fl. 42) a impugnação de fls. 35/41. Quanto ao mérito, refuta as alegações da defesa concluindo que se verifica, nesse AI, de acordo com as informações prestadas pelas administradoras de cartões de crédito ou débito e do próprio Contribuinte (fl. 19), que a Impugnante vendeu, no período de 2007 a 2008, mercadorias mediante cartão de crédito ou débito e por meio de outras modalidades que não menciona. Porém, nada vendeu com o pagamento em dinheiro, cheque ou crediário. A Autuada nada aborda sobre este aspecto, limitando-se a informar que não vendeu mercadorias sem documento fiscal. Pede que o lançamento seja julgado procedente. Da Instrução Processual À fl. 185 é processada a rerratificação do lançamento para a exclusão da coobrigação a sócia Maria Rosa Oliveira de Souza e inclusão da sócia administradora Ana Paula Oliveira Souza. Todos os envolvidos foram notificados da rerratificação do lançamento (fls. 193/198), sendo-lhes reaberto prazo de 30 (trinta) dias para pagamento ou nova impugnação. A Autuada apresenta nova Impugnação às fls. 200/206, com as mesmas alegações apresentadas em sua primeira impugnação. Acrescenta apenas que a administração da propriedade sempre foi exercida por Renata Oliveira de Sousa, tanto que a substituiu pela empresa individual. Pede que seja julgado improcedente o lançamento. O Fisco manifesta-se novamente às fls. 208/210, argumentando, quanto à alegação de a administração da empresa sempre foi exercida por Renata Oliveira de Souza, que, em consulta ao SICAF, verifica-se a titularidade de empresa individual com o mesmo nome e endereço, mas que se trata de outra pessoa jurídica com Inscrição Estadual distinta, nº 001062942.00-76, e início de atividade em 12/02/08. Não 20.622/12/3ª 3

vislumbrando nenhum fato novo que motivasse a alteração do feito fiscal, pede pela procedência do lançamento. DECISÃO Versa o presente contencioso sobre saídas de mercadorias desacobertadas de documentação fiscal, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, apuradas pelo confronto entre as vendas realizadas por meio de cartões de crédito/débito, informadas pelas administradoras de cartões, e os valores lançados na Declaração Anual do Simples Nacional (DASN), pelo que se exigiu ICMS, Multa de Revalidação prevista no art. 56, inciso II da Lei nº 6.763/75 e Multa Isolada capitulada no art. 55, inciso II, alínea a da mesma lei. Para apuração da saída mensal real, o Fisco utilizou as informações prestadas pela Autuada na planilha de detalhamento mensal das vendas (fl. 19), apresentada mediante regular intimação (fl. 16), tendo sido acrescido à mesma os valores informados pelas administradoras de cartões de crédito e ou débito, em substituição àqueles valores constantes da referida planilha sob o mesmo título. O valor encontrado foi confrontado com o lançado no Simples Nacional apurando-se saída de mercadoria desacobertada de documento fiscal. O demonstrativo da apuração e crédito tributário estão nas fls. 12/15. Observa-se que para o período de janeiro a junho de 2007, o Contribuinte era inscrito no Simples Minas e, considerando que as declarações apresentadas SAPI figuram no SIARE como consistentes e suspensas por motivo de falta de entrega de períodos anteriores, não foi possível consultar os valores de saída naquele sistema, tendo o Fisco utilizado os valores de receita bruta informada ao Simples Nacional como consta do extrato de fl. 20. Devido ao fato da Autuada encontrar-se com inscrição cancelada no Cadastro de Contribuintes do Estado de Minas Gerais desde 09/07/09, por motivo de desaparecimento de contribuinte, e atendendo o disposto na Instrução Normativa SCT nº 001/06, foram identificados no Auto de Infração, como coobrigados, os sócios Maria Rosa Oliveira de Souza, sócia capitalista, e Gustavo Oliveira Souza, sócio administrador. O próprio Fisco constatou, de acordo com a segunda alteração contratual, de 25/07/06 (fl. 23), que a sócia Maria Rosa Oliveira de Souza se retirara da sociedade e que fora admitida a sócia Ana Paula Oliveira Souza, passando esta a exercer a administração da empresa. Assim, agiu corretamente o Fisco lavrando o Termo de Rerratificação de lançamento para a inclusão da sócia Ana Paula Oliveira Souza, conforme se vê à fl. 185. Verifica-se também que todos os envolvidos foram notificados da rerratificação do lançamento (fls. 193/198), sendo-lhes reaberto prazo de 30 (trinta) dias para pagamento ou nova impugnação. 20.622/12/3ª 4

Alegou a Autuada, em sua segunda impugnação, a administração da empresa sempre foi exercida por Renata Oliveira de Souza, mas, em consulta ao SICAF, verifica-se que se trata de titularidade de empresa individual com o mesmo nome e endereço, mas de outra pessoa jurídica com Inscrição Estadual distinta, nº 001062942.00-76, com início de atividade em 12/02/08, não fazendo sentido as alegações. Em sua defesa, argumenta a Autuada que não vendeu mercadorias desacobertadas de documento fiscal e relaciona mensalmente todas as notas fiscais emitidas. Pode-se verificar que, totalizadas as notas fiscais emitidas (fls. 178/180), o somatório muitas vezes coincide com aquele informado na planilha de detalhamento como outros (fl. 19), sem discriminação da forma de venda. Entretanto, o que se verifica nesse Auto de Infração, de acordo com as informações prestadas pelas Administradoras de cartões de crédito ou débito e do próprio Contribuinte (fl. 19) é que a Autuada vendeu, no período de 2007 a 2008, mercadorias mediante cartão de crédito ou débito e mediante outras modalidades que não menciona. Porém, nada vendeu com o pagamento em dinheiro, cheque ou crediário. O contribuinte, em sua defesa, nada aborda sobre este aspecto, limitando-se a informar que não vendeu mercadorias sem documento fiscal, e não trouxe nenhum fato novo que pudesse modificar o presente lançamento. Desse modo, correta a conclusão do Fisco de que ocorreram saídas desacobertadas de documentação fiscal, conforme demonstrado às fls. 12/15. Caracterizadas as infringências, corretas as exigências de ICMS, Multa de Revalidação prevista no art. 56, inciso II da Lei nº 6.763/75 e Multa Isolada capitulada no art. 55, inciso II, alínea a da mesma lei, abaixo transcritas: Art. 55 - As multas para as quais se adotarão os critérios a que se referem os incisos II a IV do art. 53 desta Lei são as seguintes: (...) II - por dar saída a mercadoria, entregá-la, transportá-la, recebê-la, tê-la em estoque ou depósito desacobertada de documento fiscal, salvo na hipótese do art. 40 desta Lei - 40% (quarenta por cento) do valor da operação, reduzindo-se a 20% (vinte por cento) nos seguintes casos: a) quando as infrações a que se refere este inciso forem apuradas pelo Fisco, com base exclusivamente em documentos e nos lançamentos efetuados na escrita comercial ou fiscal do contribuinte; (...) Art. 56 - Nos casos previstos no inciso III do artigo 53, serão os seguintes os valores das multas: (...) II - havendo ação fiscal, a multa será de 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto, 20.622/12/3ª 5

observadas as hipóteses de reduções previstas nos 9º e 10 do art. 53. Diante do exposto, ACORDA a 3ª Câmara de Julgamento do CC/MG, à unanimidade, em julgar parcialmente procedente o lançamento, nos termos da reformulação do crédito tributário efetuada pelo Fisco às fls. 185. Participaram do julgamento, além dos signatários, os Conselheiros Orias Batista Freitas (Revisor) e Luciana Mundim de Mattos Paixão. Sala das Sessões, 11 de setembro de 2012. José Luiz Drumond Presidente René de Oliveira e Sousa Júnior Relator T 20.622/12/3ª 6