Patagônia Argentina Esquél e Neuquén 4 a 25 de Fevereiro, 2011



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Transcrição:

Patagônia Argentina Esquél e Neuquén 4 a 25 de Fevereiro, 2011 Por: Rogério Batista e Alejandro Antúnez Fotos e revisão: Elizabeth Mazzarolo, João Paulo Schwerz, Ricardo Becker, Rogério Batista e Alejandro Antúnez O Plano e os preparativos Como a maioria das nossas pescarias, esta começou meses atrás, com a definição dos lugares e o planejamento. João Paulo (JP) e Rogério (Jamanta) tomaram conta de grande parte dos detalhes, pois eles ficariam 21 viajando pela patagônia pescando, um plano de longa data que incluía uma viagem de carro desde Porto Alegre. Beth, Ricardo, Alejandro Jr. (Mangolão) e Alejandro pai (Índio) participaríamos só da primeira parte desta viagem. Outro dos objetivos era conhecer novos destinos de pesca além de re-visitar os já conhecidos. Neste ano em particular, tínhamos como objetivo conhecer uma região próxima de ao Parque Nacional dos Alerces, na província de Chubut, região da qual já tínhamos ouvido muito, e que na viagem anterior à Coyhaique não tivemos tempo para dar uma parada e explorar melhor. Mapa 1 Rota S. C. de Bariloche (A) Cholila (B) S.M. de los Andes (C) Fonte: Google maps Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 1 de 17

Desta vez decidimos não exagerar com as distâncias, estaríamos saindo de S.C. de Bariloche Pela Ruta 40 em direção sul, até o lugar escolhido para a hospedagem: As Cabañas Rincón de Wanalen, localizadas na Vila Lago Rivadavia à beira do rio Carrileufú, próxima do povoado de Cholila e do Parque Nacional dos Alerces. Inicialmente, estimamos percorrer este primeiro trecho de aprox. 220Km em 3 a 4 Horas, que acabaram se esticando devido as paradas e as condições das estradas. A Ruta 40 ainda tem trechos sem asfaltar ao sul de Epuyen, além disso, o ultimo trecho pela Rota 71 que vai a Cholila e posteriormente até Vila Lago Rivadavia, e um trecho de estrada de chão. Esta região está dominada por 4 vales: El Blanco, El Cajón, El Rincón e o Rivadavia, com a acesso relativamente fácil ao rios Carrileufú, Tigre, Blanco, Rivadavia e Arrayanese, assim como aos lagos Cholila, Rivadavia e Lago Verde. Nosso interesse era conhecer e pescar nos Rios Rivadavia e Carrileufú, assim como fazer uma das nossas primeiras pescarias (utilizando float-tubes) no Lago Verde. A segunda parte desta primeira etapa seria voltar ao norte até San Martin de los Andes, uma jornada de aproximadamente 400Km partindo de Cholila. Ali ficaríamos hospedados no Torres del Sur, flotariamos durante dois dias o Collón Cura e vadearíamos o Caleufú e parte do Chimehuín (Alto e Baixo). Após esta pescaria, a turma se dividiria novamente, Rogério e João Paulo partiriam em direção ao Norte (Lago-3, Rio Pico e Rio Egano), Ricardo e Beth voltariam para Porto Alegre num vôo que síria do Aeroporto de Cerro Chapelco (Próximo de San Martín de los Andes) com escala em Buenos Aires. Alejandro pai e filho ficariam mais um dia em San Martin e depois voltariam para S.C. Bariloche e São Paulo. A viagem O plano era nos encontrar no aeroporto de S.C. de Bariloche no dia 6 de Fevereiro. Rogério e João Paulo começaram esta viagem 3 dias antes, saindo na Sexta dia 4 de Fevereiro de Porto Alegre numa caminhonete cheia tralha ate o teto, incluindo de mesa, cadeira, barraca, e tudo o que vocês possam imaginar. Foto1 Estréia do nosso logo do logo da Mosca N água, trabalho do João Paulo... Parabéns!! Foto 2 Cansativa viagem de 2 dias... Foto: João Paulo Schwerz Eles mantiveram o objetivo de rodar uma média de 1.200 KMs por dia, chegando a S.C. de Bariloche no inicio da tarde do dia 6 de Fevereiro. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 2 de 17

Do nosso lado, o vôo da Beth e do Ricardo chegou no horário, em contrapartida, o vôo via LAN dos Alejandros sofreu um atraso de mais de 1 hora, mas o fato de ser um vôo direto para Aeroparque acabou compensando e não tivemos maiores prejuízos. Aqui cabe uma recomendação, tente agendar vôos com destino aeroporto Jorge Newbery - Aeroparque (AEP) que é muito mais conveniente para quem faz conexão ou deseja curtir um tempo em Buenos Aires. Após pegar alguns pedidos URGENTES (leia-se compras de pânico...) de material de Fly do Rogério e do João Paulo, fomos jantar para Puerto Madero, no restaurante El Potrilllo... Foto 3 Jantar no restaurante El Potrillo No dia seguinte a Beth e o Ricardo sairiam com destino S.C. de Bariloche num vôo mais cedo e Alejandro pai e filho aproveitaram para conhecer um pouco de Buenos Aires. Toda a turma se encontrou no aeroporto de Bariloche as 18:00. Beth e Ricardo que chegaram antes já estavam com as licenças de pesca compradas, o carro alugado e compras de supermercado. Rogério e João também chegaram sem problemas e estávamos todos prontos para sair em direção ao sul, segundo planejado. Foto 4 Mangolão em El Caminito, curtindo das atrações porteñas A viagem até as Cabañas Rincón de Wanalen demorou aproximadamente 5 horas, muito mais do estimado devido a varias paradas no caminho e as condições da estrada. Mas foi relativamente tranqüila e no fim das contas estávamos de férias!!!!, Isto é, sem estresse. Chegamos as 23:00HH e após preparar uma janta rápida e preparar o equipamento de pesca no chalé, pegamos algumas coordenadas básicas com o dono da pousada: Ricardo Vasta, fomos dormir. Foto 5 Chegada na Cabañas Ricón de Wanalen. Por: Ricardo Becker Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 3 de 17

PARTE I Foto 6 Manhã do primeiro dia de pesca nas Cabañas Rincón de Wanalen Por: Ricardo Becker Dia 1 Arroio Colehual (ou Colehuay) e Rio Rivadavia Dedicamos nosso primeiro dia ao Rio Rivadavia. Após acordar e dar nossa primeira vista ao maravilhoso vale onde fica a pousada, preparamos rapidamente um café da manhã e sanduíches para a jornada. Ricardo Vasta tinha nos adiantado no dia anterior que teríamos que passar pelo controle da guarda florestal, que além de verificar nossas licenças de pesca e de pagar a taxa de acesso ao parque (30 Pesos por pessoa pelos dois dias), também fariam uma inspeção e desinfecção do nosso material de pesca. O Foco é o combate contra a invasão das algas dydimo (Didymosphenia geminata), ficamos prestes para colaborar seguindo as instruções do Guarda Fauna passando nosso waders, botas, float-tubes e varas por soluções de hipoclorito de sódio. Foto 7 Posto de Controle da Guarda Florestal na Porta Norte do Parque Nacional dos Alerces Por: Ricardo Becker Foto 8 Controle de licenças de pesca e taxas de acesso ao parque Foto 9 Controle da alga dydimo, na Porta Norte do Parque dos Alerces Por: João Paulo Schwerz Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 4 de 17

Escolhemos como ponto de acesso até o Rio Rivadavia o Arroio Colehual. (Ver Ponto C no Mapa 2). Neste lugar é possível deixar os carros e andar durante uns 30-45 minutos (1.5Km de trilha) beirando o A. Colehual, que além de nos permitir um fácil acesso ao Rio Rivadavia, permite aquecer o braço e capturar algumas trutas de pequeno porte (podem esperar surpresas). Ricardo Becker conseguiu capturar uma bela arco-íris neste arroio utilizando uma pequena Stimulator (#12). Foto 8 Aquecendo o braço no A. Colehual Foto 9 Ricardo num trecho do Rio Rivadavia A cor da água do Rio Rivadavia é simplesmente incrível!!, neste ponto o rio fica mais estreito e oferece um córrego bem no meio que interconecta dois poços e um flat. As posições foram rapidamente ocupadas pela turma que começo a pescar em silêncio admirando o lugar e as belas marrons e arco-íris que devido à transparência da água podem ser localizadas de longe (É lógico assumir que elas podem enxergar com a mesma facilidade predadora e particularmente nos, pescadores). Daí a reputação do alto grau de dificuldade deste rio, e das trutas bem educadas, isto é, difíceis de capturar. A pesca não foi fácil, vimos alguns pescadores locais fazendo algumas capturas realmente impressionantes, até que quase no fim do dia o João Paulo conseguiu fisgar uma belíssima marrom com uma mosca emergente. O João Paulo a fisgou no trecho superior do rio, a truta simplesmente começou a nadar procurando os lugares mais profundos e a correnteza no trecho inferior, assim que ambos tivemos que começar uma corrida maluca, O João Paulo com a vara em alto e um tippet 6X pedindo permiso aos pesadores locais para poder passar na frente e não perder o peixe, e o Alejandro atrás com a net, para poder botar a truta dentro assim que possível. Foto 10 Bela marrom, capturada pelo João Paulo, no Rivadavia. Por: Ricardo Becker Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 5 de 17

Foto 11 As cores impressionantes de outro trecho do Rio Rivadavia Foto 12 Trecho superior do Rio Rivadavia A B C D Mapa 2 Região do Parque Nacional dos Alerces: (A) Localização das Cabañas del Rincón Wanalen, (B) Posto de Controle da Guarda Florestal (Porta Norte), (C) Arroio Colehual e acesso ao Rivadavia, (D) Lago Verde Fonte: Google maps Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 6 de 17

Dia 2 Lago Verde O Lago verde (ver localização o Mapa 2, Ponto D) foi o lugar escolhido para o segundo dia. É sabido que o tamanho que atingem as trutas em lagos é muito superior ao dos rios, então estávamos à procura destes gigantes. Além disso, é um lago que a pesar da sua extensão é bastante clamo y ausente de fortes ventos o que permite a explorarão utilizando os float-tubes ou belly-boats. Dado que tínhamos só 3 float-tubes, tivemos que nos revezar e Rogério e eu saímos no primeiro turno da manha e a Beth, e o resto da turma no turno da tarde. Sendo que o pessoal que ficou pescado na beira desde as encostas teve até mais sorte do que nos. Uma observação importante é que os float-tubes em formato de ferradura se mostraram bem mais práticos e funcionais do que os tradicionais em formato de O. Também é importante contar com um bom par de nadadeiras (ou pé-de-pato) que reduzam o esforço para se deslocar em grandes distâncias. Foto 13 Lago Verde Por: Rogério Batista Foto 14 Mangolão no float-tube. O Formato de ferradura é definitivamente o mais recomendado O Ricardo e o João Paulo que partiram logo cedo para pescar desde as encostas, eles conseguiram fisgar uma bela marrom, que por um descuido do João acabou caindo de volta para o lago antes de conseguir tirar uma foto. O João ficou sem jeito, e o Ricardo desconsolado sem a foto, lógico que ninguém acreditou na historia, mas tinha uma foto tirada desde a encosta com o peixe na ponta do tippet do Ricardo. Há especulações sobre o tamanho real do peixe...risos.. Este lugar oferece varias alternativas de hospedagem, incluindo um luxuoso hotel (Lago Verde Wilderness) na beira do lago, e também uma excelente e área de camping. Dado que chegamos com os carros, optamos por ficar num camping que oferecia uma boa área para estacionar, preparar um almoço, descansar e poder sentar para almoçar tranqüilos, além de uma pequena loja bem abastecida e principalmente cerveja gelada para poder suportar o calor do dia (Preço por pessoa/dia 15$ Pesos). Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 7 de 17

Foto 15 Ricardo com uma Marrom, só podemso especular sobre o tamanho real desta truta...rsss Por: João Paulo Schwerz Foto 16 Preparando o almoço, na área de camping Dia 3 - Rio Carrileufú O nome Carrileufú vem do mapuche Aguas Verdes e nasce no Lago Cholilas e desemboca no lago Rivadavia. No terceiro dia decidimos pegar um pouco mais leve. Os dias estavam extremamente quentes e a pescaria ficava boa mesmo só bem cedo de manhã ou no final do dia. Lembre que no verão a luz do dia vai até as 21 horas. Então planejamos uma pescaria mais leve e decidimos pescar o rio que passava exatamente enfrente a pousada, o Carrileufú, que, segundo Ricardo Vasta, não estava exatamente na sua melhor forma: O rio estava baixo e não era época da migração dos Salmões encerrados, principal atração deste rio, mas tinha peixe, e decidimos correr atrás fazendo uma boa pausa ao meio dia para preparar um churrasco, e depois só voltar para o rio a partir das 16:00 ou 17:00 Horas. Foto 17 Cabañas Rincón de Wanalen. Vista desde o chalé, com fácil acesso ao rio Carrileufú ao final do gramado Por: Ricardo Becker Como mencionamos anteriormente a vista desde a pousada é impressionante. E saímos bem cedo logo após o café da manhã para pescar a margem esquerda, mesmo com o nível de água baixo o rio não é fácil de ser atravessado. Deixaríamos a margem direita para o final da tarde quando o Ricardo Vasta poderia nos dar uma carona no barco da pousada. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 8 de 17

A pesca neste rio foi modesta, com uma grande quantidade de pequenas trutas Arco-Íris, com algumas surpresas. Todos tiveram a chance de pescar, o que acabou tornando a manhã muito divertida. Foto 18 Bela truta Arco-Íris fisgada pela Beth no Carrileufú Por: Elizabeth Mazzarolo Foto 19 Alejandro dando uns pinchos no Rio Carrileufú Por: João Paulo Schwerz Foto 20 Travessia do rio com a ajuda do Ricardo Foto 21 Mangolão só no roll-cast, alguns trechos do rio não dão espaço para um back-cast O Período da tarde não foi muito diferente em termos de pescaria, sempre grandes quantidades de pequenas trutas Arco-Íris, mas divisamos alguns bons exemplares que lamentavelmente não conseguimos fisgar. Voltamos mais cedo para o chalé para ir arrumando as tralhas, pois estaríamos saindo no dia seguinte bem cedo rumo a San Martín de los Andes. Após jantar um delicioso frango ao sugo de tomate preparado pelo João Paulo, sentamos do lado de fora para poder apreciar durante a noite o céu estrelado da patagônia, um espetáculo a parte. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 9 de 17

Dia 5 e 6 San Martín de los Andes e Flotada no Collón Cura A viagem de mais de 400Km entre Vila Lago Rivadavia e San Martín de los Andes aconteceu tranquilamente, chegando no começo da tarde, o que nos deu o tempo de visitar alguns flyshops para as compras de emergência e descansar antes da flotada de dois dias. O Alejandro Klap fez a visita de rotina dando as ultimas instruções e dicas para o dia seguinte. As 08:30HH do dia seguinte começamos a viagem até a ponto onde iniciaríamos nossa flotada de dois dias no Collón Cura, um trecho de aproximadamente 25Km de rio. A B Mapa 3 Collón Cura: (A) Inicio da flotada, (B) Termino da flotada Fonte: Google maps O nome de Collón Cura vem do mapuche mascara de pedra e provavelmente esteja relacionado com os vários alcantilados de pedra branca calcária que podemos admirar no percurso do rio, segundo a lenda, este lugar era habitado por um gigante devorador de homes, aos quais alimentava bem ates de serem devorados. Em tudo caso, as trutas estão muito bem alimentadas, e são em geral de grande porte. A flotada começou poucos quilômetros após a ponte da Ruta 234 sobre o Collón Cura, perto da junção com a Ruta 40. O dia começou difícil com pouca ação o que nos obrigou a trocar constantemente de moscas procurando o padrão correto. Beth e Ricardo que estavam com o Foto 22 Inicio da flotada no Collón Cura Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 10 de 17

Alejandro Klap obtiveram bons resultados com as emergentes do tipo Cripple (aleijadas), enquanto Alejandro pai e Mangolão continuávam trocando iscas até que acertamos na mosca com uma Pon-Pon. O Collón Cura é um rio difícil, mas a recompensa pode ser muito boa, em resumo, poucas trutas, mas de bom tamanho. A única ameaça é sempre uma virada no tempo, fortes ventos e chuvas são bastante comuns neste rio com múltiplos braços. Paramos em vários pontos para vadear e perdemos muitos piques. Quase todos fisgaram belas Marrons e arco-íris, particularmente Alejandro pai, quem fisgou uma marrom. Um belo exemplar com aproximadamente 3Kg que poderia ter sido um pouco mais gorda.... Fotos 23-26 Trutas Arco-Íris e Marrons capturadas no Collón Cura. Por: Alejandro Antúnez, Alejandro Klap, Rogério Batista e João Paulo Schwerz Logo após o almoço, o tempo deu uma tremenda virada com fortes ventos e chuva. Nossas capas de chuva foram dentro das mochilas na balsa que saiu na frente com os suprimentos e material para o acampamento, isto não é uma boa idéia quando você pesca no Collón Cura!!! O Período da tarde não foi muito diferente ao período da manhã. A pesca se tornou mais difícil devido ao forte vento. Um fato interessante foi ver as Percas (Percichthys trucha um dos peixes nativos destes rios) imitar o comportamento de alimentação das trutas e avançar nas iscas secas. Uma delas errou a mosca seca do Mangolão e na seqüência acabou sendo fisgada pela mosca do pai que estava logo ao lado. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 11 de 17

Dia 6 Segundo dia de flotada no Collón Cura Após uma noite de acampamento o dia começou cedo, ao mesmo ritmo do primeiro dia. Poucas trutas, mas de bom tamanho. Pouco antes do almoço presenciamos um fato interessante, numa corredeira vimos muitas trutas pulando e se alimentando de alevinos, foi um espetáculo a parte ver as Arco-Íris pulando fora da água, uma das trutas capturadas pelo Rogério e o João Paulo tinha a boca cheia de alevinos, e mesmo assim ainda avanço na isca, uma mostra da voracidade destes peixes. Trocamos rapidamente as iscas para Woolly- Buggers verdes, o sucesso foi imediato, e todos capturaram vários exemplares e perdemos outro tanto. Após o almoço o tempo deu outra vez uma tremenda virada e os ventos recomeçaram o que acabou dificultando o restante da pescaria. Fotos 27 e 28 Mais trutas Arco-Íris e Marrons capturadas no Collón Cura. Por: Rogério Batista e Alejandro Klap Dia 7 Vadeando o Caleufú O nome Caleufú vem do mapuche: O outro rio. Ele nasce da confluência do Meliquina e do Filo Hua Hum e após 60Km de percurso desemboca na represa Del Águila, antes da construção da represa suas água desembocavam diretamente no Collón Cura, Para nossa pescaria de vadeo escolhemos um trecho próximo da Casa de Piedra, com um acesso escondido a uns 700 m passando este ponto. É necessário um veículo 4x4, pois a estrada é bastante íngreme passando por uma floresta de pinheiros, mas que nos leva até a beira do rio. Fotos 29 Vadeando o Caleufú Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 12 de 17

Dia 8 Vadeando e flotando o Chimehuín Na língua mapuche, Chimehuín significa o lar do chime - um animal mitológico. Bom... a truta está longe de ser um animal mitológico, mas com certeza tem muitas neste rio. Ricardo e Beth tinham embarcado de volta no dia anterior, e neste dia nos separamos em duas turmas. Rogério e João Paulo iriam vadear no Chimehuín baixo. Já a dupla de Alejandro s optaram por flotar o Chimehuín alto com o guia Mauro, coisa que eles não tinham feito antes. Vadeio no Chimehuín Baixo João Paulo (JP) e Rogério (Jamanta) foram matar a saudade de pescar de vadeio no trecho inferior do Chimehuín. Enquanto estavam vestindo as roupas encontraram o Pablo, guia super experiente da patagônia. Ele lhes aconselhou subir o Chimehuín ate uma parte onde tem um fio atravessando o rio. Neste rio havia muitas trutas marrons grandes comendo. Jamanta não conseguiu chegar, devido à lesão no joelho, mas o JP passou à tarde lá, pescando. Ele fisgou muitas trutas grandes e teve um dia fantástico. Jamanta pescou mais embaixo e pegou algumas trutas bonitas. Flotada no Chimehuín Alto Mauro foi novamente o guia do Alejandro pai e Filho, e confessaram que foi uma verdadeira vergonha perder a quantidade de piques que perderam aquele dia. Mangolão teve um excelente dia de pesca capturando varias marrons de bom tamanho. Eles pescaram o dia todo com uma mosca seca chamada de Pon-Pon atada num anzol #10. Bem grande, ao estilo que os guias da patagônia gostam, bem específica para a pesca de grandes trutas. Uma grande quantidade de trutas Marrons acabou rejeitando a mosca, mas as que pegaram foram todas realmente de bom tamanho. Mauro já tinha lhes advertido do comportamento das grandes marrons quando são fisgadas nas corredeiras, elas procuram as grandes pedras para se trancar atrás delas, tornando praticamente impossível tirá-las daí. Foi exatamente o que aconteceu, uma marrom de bom tamanho tomou a isca do Alejandro pai logo na entrada de corredeira e nadou até se esconder atrás de uma grande pedra, a pesar dos esforços para manter ela na superfície, ela utilizou a corrente a seu favor e acabou achando um esconderijo atrás de uma enorme pedra, mesmo Mauro remando contra corrente, e simultaneamente Alejandro tentando puxar ela para fora da superfície, foi impossível tirar-la daquela posição e a isca acabou escapando da boca. Pior ainda, Alejandro pai acabou Fotos 22 e 23 Duas belas marrons no Chimehuín Alto. quebrando uma vara #5 na briga... Enfim, essa truta valia a pena. Só restou ouvir a frase da boca do Mauro Eu falei...elas sabem exatamente o que fazer quando são fisgadas. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 13 de 17

PARTE I I Dia 10 e 11 - Rio Malleo Após a partida da Beth, Ricardo e dos Alejandro s na segunda feira 15 de Fevereiro, JP e Jamanta partiram para seu plano da segunda parte da pescaria. Seguindo uma recomendação do Pablo, eles foram acampar dois dias no Rio Malleo. Segundo o Pablo, tinha uma parte do rio aonde era possível enxergar as trutas se alimentando desde a estrada Dica fantástica!!, trutas enormes comendo atrás do sauce. Baixaram até o rio e superando toda dificuldade fisgaram já quase na escuridão total uma truta marrom enorme, gorda, usando uma Madam-X. Foto 24 Uma marrom gorda capturada no Malleo Foto: Rogério Batista No outro dia, eles foram atrás das mesmas trutas, sendo que, o JP observou que elas estavam comendo gusano. Foi colocar e sacar no primeiro arremesso outra truta marron lindíssima. O mesmo tramo rendeu ainda uma truta arco-íris muito grande e o JP teve uma truta cortando o tippet. Nestes dias ficaram acampando na beira, NA BEIRA MESMO!!, do Rio Malleo, num camping dentro da reserva indígena. Um chuveiro improvisado de água quente e um banheiro utilizável era tudo o que precisaram para ficar bem. O vento os castigou de forma maldosa, levando aquela poeira fina para todo nosso acampamento. Foto 25 Arco-Íris do Malleo Foto: João Paulo Schwerz Foto 26 Atando...no acampamento à beira do Malleo Foto: João Paulo Schwerz Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 14 de 17

Neste acampamento, eles tiveram a sorte de encontrar um velho amigo, o guia de pesca Eduardo Dona. Ele lhes deu uma dica preciosa, que no Rio Pico podia estar subindo salmão e que a região era muito boa para pescar. Arrumaram as tralhas, e partiram para andar 850 KMs em direção ao famoso Rio Pico. Dia 12 - Lago-3 O destino era o camping existente no Lago-3. Ali acamparam por 4 dias, realmente, uma pescaria completamente diferente. No primeiro dia de pesca tentaram a sorte no Lago-3 com seus float-tubes. Pegaram algumas trutas pequenas e viram trutas muito grandes comendo. No outro dia, contrataram uma flotada. O guia os levou cedo da manha, por volta das 8:30AM. A opção foi pelo uso de linhas de afundamento extra rápido e iscas grandes, atadas num anzol #4. Na primeira hora de pesca entrou a primeira arco-íris grande, mais que 2 Kgs. Na manha apanharam 3 belas trutas, todas com iscas Woolly Bugger pretas, com um detalhe em vermelho na cabeça e pata goma. Durante a tarde, fisgaram mais algumas trutas grandes ate que no final do dia o JP pegou uma MUITO grande. Dia 13 Rio Pico No outro dia, eles tentaram a sorte no Rio Pico. Bom, os salmões não estavam lá, o Jamanta apenas viu um pulando fora d água, e mais nada. Porem, o Rio Pico premiou a viagem com uma pesca incrível. Um rio um pouco mais turvo do que estamos acostumados, mas com a possibilidade de enxergar claramente as trutas comendo e pescar no visual. O resultado foi um dia de pesca lindo, com trutas muito bonitas capturadas, e com algumas trutas grandes que fugiram. Foto 27, 28 e 29 Arco-íris no Lago-3 Foto: Rogério Batista e João Paulo Schwerz Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 15 de 17

Foto 30 Rio Pico Foto: Rogério Batista Foto 31 Troféu no Lago-3 Foto: Rogério Batista Dia 14 De volta para o Lago-3 Antes de abandonar a região, eles voltaram atrás das grandes trutas do Lago-3, desta vez para pescar numas pedras bem próximas do camping. Jamanta teve um mono-filamento de fluorcabono, 23 roto por uma truta e o JP cravou o troféu da pescaria. Uma truta de seus 5 Kg talvez. Começaram a subir em direção ao norte, e antes de pegar definitivamente o caminho de volta, tentamos a sorte no Lago Engano. Objetivo era de pegar as famosas Trutas Fontinalis deste lago, que segundo dizem, ão enormes. Não tiveram nenhum pique. A pescaria e assim, temos sempre que ter motivos para voltar, para nos superar, para pescar melhor. A região de Esquél nos tratou muito bem, a pesca e bem mais nativa, com menos pressão de pesca, a infra-estrutura e bem mais precária, mas fomos incrivelmente bem tratados onde ficamos. Voltamos com muitas trutas e com a certeza da volta. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 16 de 17

Iscas Secas: Pon-Pon (#10 e #8) MADAM X (#12 e #10) Stimulator (#12, #10) March Adams Parachute (#12) Chernobyl (#10, #8 e #6) Streamers: Woolly Bugger Verde Oliva (#6-#8) Coordenadas GPS Para mais informações veia nossa página http://www.moscanagua.com.br/?page_id=462 Cabañas del Rincón de Wanalen: S 42 33.359 /W 71 35. 932 Lago Verde: S 42 43.185 / W 71 43.777 Camping Lago-3: S 44 14.985 / W 71 34.567 Acesso o Rio Pico: S 44 15.045 / W 071 39.236 Cabaña los Toldos (Rio Pico): S 44 14.771 / W 71 34.091 Porto Alegre e São Paulo, 28 de Fevereiro de 2011. Patagônia Argentina 2011 Esquél e Neuquén - Página 17 de 17