Aula nº. 41. O inciso III, foi revogado pela Medida Provisória de 04/09/2001.

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Transcrição:

Curso/Disciplina: Noções de Direito Administrativo Aula: Regime Jurídico dos Servidores Públicos Parte V Professor(a): Leandro Velloso Monitor(a): Maria Carolina Ramos Aula nº. 41 Antes de adentrarmos ao estudo do artigo 61e incisos da Lei 8112/90, importante esclarecer que as gratificações e adicionais não são proibidos pelo estatuto de serem fixados por outras leis. Dentro desse assunto, o STF não proíbe que encargos, remunerações, valores, acréscimos pecuniários, gratificações e adicionais que não fazem parte da base do vencimento ou da remuneração, poderão ser constituídos por decreto desde que haja previsão legal. O artigo 61 da Lei 8.112/90 traz o rol de vantagens a que têm direito os funcionários públicos civis da União, suas autarquias e das fundações públicas federais. Ao servidor ocupante de cargo efetivo é devida a retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento, é o que trata o inciso I, do artigo 61. vantagem pecuniária. O inciso II, trata da gratificação natalina, que não será considerada para cálculo de qualquer O inciso III, foi revogado pela Medida Provisória 2.225-45 de 04/09/2001. Fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo, os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida. (artigo 68) O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade, deverá optar por um deles. A lei 8112/90 não garante aposentadoria especial a esses servidores, porém, o STF aprovou a Súmula Vinculante de nº 33, cujo enunciado possui a seguinte redação: SV nº 33: Página1 Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.

O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho (art. 73) e somente será permitido para atender as situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) horas por jornada (art. 74) O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 05 (cinco) horas do dia seguinte, terá valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos (art.75) Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no artigo 73 (artigo 75, parágrafo único). Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente ao um terço da remuneração do período das férias (art. 76). No caso do servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de férias. (art. 76, parágrafo único) É bastante claro o texto do inciso IX, do artigo 61, da Lei 8.112/90, a gratificação por encargo de curso ou concurso, para aqueles servidores que em caráter eventual, ou seja, que não faça parte de suas atribuições normais, se enquadrem numa das quatro hipóteses disciplinadas nos incisos do artigo 76-A, ressaltando-se que tal gratificação também será recebida pelos servidores que participarem de banca examinadora ou de análise de currículos, ou que fiscalizarem, ou participarem da logística de provas de vestibular e concurso público. A gratificação não será incorporada ao salário, ou seja, não contará como vantagem de caráter permanente que compõe a remuneração do servidor. Quanto às férias que não se trata de vantagem ou gratificação, mas sim, direito do servidor. O servidor fará jus à trinta dias de férias que podem ser acumuladas até o máximo de dois períodos no caso de necessidade de serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica 9artigo 77). (parágrafo único). Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos doze meses de exercício servidor. Importante ressaltar que as regras introduzidas pela reforma trabalhista não se aplicam ao Página2 Passaremos a tratar sobre o assunto licença, que é tratada pelo artigo 81 e incisos. A licença por motivo de doença em pessoa da família, tratada no caput artigo 83, poderá ser concedida por doença de cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, padrasto ou madrasta e enteados ou

dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional mediante comprovação por junta médica. A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias podendo ser prorrogada por até trinta dias, mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa dias ( 2º). É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença ( 3º). Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para efetivo dos Poderes Executivo e Legislativo (art. 84). A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração (art. 84, 1º) No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com seu cargo. (art. 84, 2º) De acordo com o artigo 85, ao servidor convocado para o serviço militar, será concedida licença na forma e condições previstas na legislação especifica, o artigo não diz se é com ou sem remuneração, já o seu parágrafo único, prevê que, concluído o serviço militar, o servidor terá até trinta dias sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo. Já a licença para atividade política, o servidor terá direito á ela, porém, sem remuneração, durante o período que mediar entre sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e à espera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. (art. 86) O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito (art.86, 1º). Página3 A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo eletivo, somente pelo período de três meses. (art. 86, 2º). ora transcrevemos: Ao estudar referida matéria, não será demais adicionar o artigo 38 e incisos da CR/88, que

Art.38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I- tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II- investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III- investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV- em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V- para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. O artigo 94, do Estatuto trata do afastamento acima transcrito. Apenas para complementar, o afastamento para exercício de mandato eletivo, é uma permissão ao servidor público da Administração direta, autárquica ou fundacional, quando investido em mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal. Quanto à licença para capacitação (antiga licença prêmio por assiduidade), nos termos do artigo 87, da Lei 8112/90, após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por três meses, para participar de curso de capacitação profissional. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis. A licença para tratar interesses particulares, é ato discricionário da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração (art. 91). A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse da Administração. Página4 É assegurado ao servidor o direito á licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, (considerado tempo de efetivo exercício, exceto promoção por merecimento) conforme disposto em regulamento. (art. 92)

A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez. (art. 92, 2º) Página5

QUESTÕES TST/2012 FCC Analista Judiciário Área Administrativa 1-A licença para capacitação, a licença para tratar de interesses particulares e a licença para o desempenho de mandato classista, no regime da Lei nº 8.112/90, dão-se: A)-com remuneração, sem remuneração e com remuneração. B)-sem remuneração, sem remuneração e sem remuneração. C)-com remuneração, sem remuneração e sem remuneração. D)-com remuneração, com remuneração e com remuneração. E)-sem remuneração, com remuneração e com remuneração. Resposta: letra c CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 CESPE ANALISTA LEGISLATIVO 2-A licença concedida a servidor para tratamento de interesse particular poderá, a qualquer tempo, ser interrompida, tanto a pedido do próprio servidor quanto no interesse do serviço. Certo Errado Resposta: Certo ANAC 2012 CESPE ANALISTA ADMINISTRATIVO ÁREA 2 3-Em relação aos agentes administrativos, julgue o item que se segue: A licença para tratar de interesses particulares não poderá ser concedida ao servidor que estiver em estágio probatório. Página6 Certo Errado Resposta : Certo