Transdutor: É definido como sendo um dispositivo que recebe energia de um sistema e a transforma, geralmente numa forma diferente.

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Transcrição:

Sensores e Transdutores Transdutor: É definido como sendo um dispositivo que recebe energia de um sistema e a transforma, geralmente numa forma diferente. Sensor : É definido com um dispositivo que é sensível à um fenômeno físico (luz, temperatura, impedância elétrica etc...) e transmite um sinal para um dispositivo de medição ou controle. Como exemplo um transdutor de pressão não inclui apenas um sensor de pressão, mas a rede de compensação requerida para agrupar o sensor e compatibiliza-lo com outros tipos de transdutores. 1

Parâmetros importantes num transdutor: 1) Princípios de operação envolvidos; 2) Tensão / corrente externa aplicada ao sensor para faze-lo funcionar; 3) A saída elétrica do transdutor; 4) A repetitividade do transdutor para reproduzir as mesmas saídas sob as mesmas condições ambientais ; 5) Confiabilidade, resistência a choques mecânicos; 6) Terminais de saída resistentes; 7) A estabilidade do transdutor durante a sua vida útil; 8) O dimensionamento do transdutor deve ser tal que o mesmo não se destrua em condições normais de operação. 2

Fatores que influenciam o tipo do sensor, uso e qualidade da medição. 1) Efeitos de não linearidade; 2) Efeitos de histerese; 3) Efeitos de temperatura; 4) Efeitos de alinhamento de cargas; 5) Calibração; 6) Limitações dos componentes; 7) Tamanho, principalmente para fins fisiológicos. Na especificação de um sensor existe um aspecto que é o condicionamento do sinal. Por vezes um sensor claramente superior, necessita de um sistema de condicionamento muito complexo. Analisando o custo do sistema, MTBF, tamanho etc, pode-se optar por um sensor inferior, mesmo com alguma perda de informação. 3

Sensores de temperatura Temperatura de um corpo é o estado térmico com referência ao poder de comunicar calor a outros corpos. Calor é a energia sendo transferida devido a uma diferença de temperatura. A transferência de calor pode se dar por condução, radiação e convecção. 1) Detectores resistivos de temperatura (RTD) ou bulbos de resistência. Principio: Variação da resistência de certos metais com a temperatura. Para a maioria dos metais, dentro de moderados intervalos de temperatura a variação da resistividade é bastante proporcional à variação da temperatura. R t [ + ( t )] = R. α t 0 1 0 4

A Platina em particular, tem uma excelente estabilidade dentro de um largo intervalo de temperaturas, sendo que um termômetro de bulbo de platina é usado para definir a escala internacional de temperaturas de 183,962 ºC até 630,74 ºC. Na faixa de 0 até 100 ºC os RTDs de Platina têm uma linearidade de ± 0,2% e uma resolução de 0,001 ºC. Dentro do intervalo de 0 até 630 ºC, a equação abaixo é usada para definir a relação entre resistência e temperatura. R T = R 0 (1 + AT A = 3,983 x 10 3 B = 0,586 x 10 + BT 2 ) 1 ( º C) 6 ( º C) 2 Para a Platina Rο é a resistência a 0 ºC. 5

Características das medições com RTD s. Coeficiente de temperatura baixo da Platina = 0,4% / ºC, requer especial atenção a detalhes que normalmente são considerados fontes insignificantes de erro; Terminais do elemento sensor, sujeito a um gradiente de temperatura indefinido. Para minimizar este erro certos RTDs utilizam 3 ou 4 fios de modo a compensar o erro com um circuito especial de medição; Outro aspecto é o efeito de auto aquecimento devido à corrente que flui pelo elemento resistivo. Pode-se diminuir este efeito utilizando-se uma fonte pulsada. 6

Circuitos de conexão Vantagens do uso de RTDs a) Linearidade numa larga faixa de operação; b) Larga faixa de temperatura de operação; c) Possibilidade de operação em altas temperaturas; d) A melhor estabilidade a altas temperaturas. Desvantagens a) Baixa sensibilidade; b) Alto custo; c) Pode ser afetado por resistências de contato, choque ou descarga elétrica; d) Requer 3 ou 4 fios para operação; e) Tamanho não reduzido. Não são aconselháveis para aplicações de resposta rápida ou monitoramento de temperatura em pequenas áreas. 7

Tipos e aplicações: Principal é o RTD de Platina conhecido como PT 100; O RTD de Nickel utiliza Nickel puro ou liga de Nickel tal com Balco. São mais baratos e fáceis de manufaturar que os RTDs de Platina. Faixa de utilização de 80 ºC até 300 ºC; O RTD de Cobre requer longos comprimentos de fio o que o tornou obsoleto. Faixa de utilização de 200 ºC até 260 ºC; Nos RTDs de filmes metálicos depositados em materiais isolantes, a relação resistência x temperatura é empírica, devendo ser levantada ponto a ponto uma vez que não existe uma relação teórica estabelecida. 8

Para RTDs de Platina tem-se as características. a) Faixa de utilização: -200 até 850 ºC. Maior linearidade entre 185 ºC até 630 ºC; b) Coeficiente de temperatura: = 0,003983 / ºC (a 0 ºC); c) Auto aquecimento: 0,02 a 0,75 ºC/mW (típico); d) Terminais de Cobre: 2, 3 ou 4 terminais; e) Precisão : ± 0,6 % a 100 ºC; f) Resolução: 0,29 a 0,39 Ω / ºC; g) Drift de aproximadamente 0,01 a 0,1 ºC por ano. Normalmente os RTDs vêm colocados dentro de um encapsulamento metálico, cerâmico ou de vidro. 9

2) Termopares Termopar é um transdutor de temperatura termo-elétrico que desenvolve uma f.e.m. que é função da diferença de temperatura entre dois pontos; Consiste de um par de fios de metais diferentes ligados juntos em uma extremidade (junção sensora ou junção quente) e terminadas na sua outra extremidade por terminais (junção de referência ou junção fria) mantida em uma temperatura igual e constante (temperatura de referência); Quando uma diferença de temperatura existe entre a junção quente e a fria, uma f.e.m. é produzida. O efeito foi descoberto por Thomas J. Seebeck também chamado de efeito Seebeck; 10

2) Termopares Fenômenos relacionados: Efeito Peltier e Efeito Thomson. O efeito Peltier ocorre quando uma corrente flui através de uma junção de condutores diferentes; O efeito Thomson ocorre quando uma corrente flui através de um fio ao longo do qual existe um gradiente de temperatura. Junções: Soldagem com Prata, Latão ou fusão de elementos. O Ponto de fusão da solda limita a máxima temperatura utilizável e inclui outro metal à junção; Outro meio usual é torcer as junções, se bem que este método não garante uma estabilidade durante a sua vida útil. 11

Termopilhas Combinação de diversos termopares de mesmo material conectados em série. Na saída tem-se o valor multiplicado pelo número de termopares. Junções de referência mantidas à mesma temperatura. Medição em ambientes ruidosos: Em geral o termopar está a uma certa distância do elemento de medição. Esta espira é ideal para que se introduza toda sorte de ruídos provenientes da comutação de resistências, motores, ruídos de rádiofreqüência, etc. Difícil a blindagem dos cabos já que são de compensação; Por vezes tem-se sobre tensões entre A e B de até 60 Vpp; Levando em conta que o tempo de resposta requerido é muito pequeno, em relação à inércia térmica dos fornos e caldeiras, pode-se limitar a banda passante. 12

Proteção contra a ruptura do termopar A ruptura do termopar ou do cabo de compensação pode ocasionar complicações dado que a temperatura do sistema controlado poderá elevar-se perigosamente. Medições com termopares O termopar típico tem cerca de 20 a 30 cm de comprimento. É necessário o uso de condutores de união do mesmo material que o termopar para evitar-se a formação de novos termopares. Temperatura da junta fria A temperatura do equipamento é variável e como conseqüência a temperatura da junta fria. Isto é uma fonte considerável de erro. Para evitar este problema existem vários métodos de compensação da junta fria. Compensação mediante termopar auxiliar; Compensação mediante termistor; 13

3) Junção semicondutora É sabido que um diodo de junção P-N quando alimentado com uma corrente constante, exibe uma tensão nos terminais que varia linearmente com a temperatura. Diodos de Silício, Germânio ou Arsenieto de Gálio têm sido investigados para utilização em diversas faixas de temperatura. Diodos de Silício e Germânio são utilizados na faixa de 40 ºC até 100 ºC. 14

4) Termistores NTC e PTC O termo termistor provêem de Thermally Sensitive Resistors, que exibem variação da resistência elétrica proporcionalmente a temperatura. São semicondutores cerâmicos que exibem largas mudanças na resistência com a temperatura. São de dois tipos: O NTC que tem coeficiente de temperatura negativo e o PTC que tem coeficiente de temperatura positivo. Vantagens do uso do termistor: Alta sensibilidade; Baixo custo; Larga faixa de valores de resistência; Disponível em tamanhos reduzidos (<0,5 mm) e grande variedade de formas; Rápido tempo de resposta. Desvantagens: Características RxT não lineares; Estreita faixa de temperatura de utilização. 15

Características dos termistores O NTC tem coeficiente de temperatura entre 3 a 5% / ºC, 10 vezes maior que dos RTDs. Curva V x I dos NTCs; Curva R x T para NTCs. Linearização de termistores Colocação de resistor em paralelo; Colocação de resistor em série. Circuitos de medição É medida a corrente que flui pelo mesmo ou a tensão nos terminais; O termistor faz parte de uma ponte de Wheatstone. 16

Sensores de Luz A radiação visível que apresenta a capacidade de excitar o nervo ótico, se encontra entre os comprimentos de 390 a 770 nm. Dentro desta faixa o olho humano percebe uma determinada cor, dependendo do comprimento de onda que o estimulou. Por isto, esta faixa é dividida em várias sub-faixas de acordo com a cor percebida. Sistemas Fotométrico e Radiométrico Medições de radiações eletromagnéticas como uma entidade física é efetuada com grandezas do sistema radiométrico Quando a radiação é percebida pelo olho humano as grandezas são do sistema fotométrico, que utiliza a curva de sensibilidade do olho humano. 17

Grandezas do sistema fotométrico Intensidade Luminosa é a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte puntual num ângulo sólido infinitesimal, é tem como unidade e candela. Luminância é a intensidade luminosa numa dada direção por unidade de área. Equivalente ao brilho a unidade é candela / m². Iluminação ( ou Iluminância) é a densidade de fluxo luminoso numa superfície, expressa como fluxo luminoso por área (uniformemente iluminada) unidade lux ou lúmem / m². Luminosidade é a relação entre o fluxo luminoso e o correspondente fluxo radiante, é expresso em lúmens / Watt. 18

1) Célula Fotoelétrica Converte energia radiante em tensão (corrente) são chamadas de células solares. Os materiais mais usados são: Silício, Arseniato Fosfórico de Gálio, Sulfêto de Cádmio e Selênio. Produz uma tensão de 0,6 V ao sol, não possuindo uma função linear da iluminação com a tensão produzida para circuito aberto. Características Alta velocidade de resposta; Excelente linearidade; Pequena corrente no escuro (baixo ruído); Larga resposta espectral; Robustez mecânica. 19

Resposta Espectral Efeito foto voltaico que ocorre quando a energia dos fotons é maior que o limiar da junção (Eg) corte em 1100 nm. Na fotocélula de Silício a energia de limiar de junção é 1,12 eletron-volts GaAsP 1,8 e.v a 700 nm. A sensibilidade em comprimentos de onda mais curtos é determinada pela espessura da camada P, que aumenta a medida que a espessura diminui. Normalmente este corte é de 300 a 400 nm. Fotocélulas para ultra violeta de camadas P extra finas, podem ter pontos de corte abaixo de 200 nm. 20

2) Fotoresistor LDR Chamado de Fotoresistor ou LDR (Light Dependent Resistor); Construção de filme extra fino de Silício, Germânio ou Sulfêto Metálico; Quando exposto a certos tipos de energia radiante o fenômeno fotocondutivo é observado, isto é decréscimo de resistência; Valor absoluto da resistência depende do nível de iluminação do material fotocondutivo, da espessura da área superficial, da geometria do material sensível, da geometria dos eletrodos e da composição espectral da luz incidente. Materiais mais usados Sulfêto de Cádmio (CdS) Selenato de Cádmio (CdSe) que possui sensibilidade espectral semelhante ao espectro visível, exibem alta sensibilidade a variações de luminosidade. 21

Sensibilidade e Resposta Espectral A sensibilidade é a relação entre a intensidade de luz incidente e a resistência; Depende do comprimento da onda da luz incidente; A sensibilidade é função do comprimento de onda; Resposta espectral; Fotoresistor de de Sulfeto de Cádmio (CdS) tem resposta espectral próxima do olho humano; O Selenato de Cádmio (CdSe) tem pico de sensibilidade em 720 nm próximo ao infra vermelho; Para o infra vermelho são usados: Sulfeto de Chumbo (PbS); Selenato de Chumbo (PbSe). Cuja resposta situa-se entre 2000 a 2500 nm. 22

Tempo de Resposta Tempo de subida é o ponto onde a condutância sobe a 63%; Tempo de descida é o ponto onde a condutância desce a 37%. O tempo de subida diminui conforme a resistência de saída; Tempo de resposta depende de: Nível de iluminação; Resistência da carga; Temperatura ambiente; Condições pré históricas. Constante de tempo típica para o CdSe é 10ms, para o CdS 100 ms. Efeito pré histórico Quando um fotoresistor é mantido no escuro por um certo período de tempo antes do uso, sua condutância será maior do que um fotoresistor mantido num certo nível de iluminação; Maior no CdS; Significativo para utilizações a níveis de luz menores do que 1 Lux. 23

3) Fotodiodo e Fototransistor O comportamento elétrico de diodos semicondutores e transistores são normalmente afetados quando luz é incidida sobre sua junção; Quando em polarização direta o fotodiodo atua como um dispositivo fotovoltaico. A energia dos fotons incidentes na junção causa a formação de mais pares eletron-lacuna na junção o que resulta num aumento da barreira de potencial através da junção; O pico de resposta espectral se situa perto de 1000 nm para fotodiodos de Silício e próximo de 1600 nm para sensores de Germânio. A constante de tempo é tipicamente menor do que 1 µ s. 24

Sensores de Força e Pressão Medições de força / deformação envolvem mudanças muito pequenas de comprimento das amostras. Isso é complicado por causa do efeito da temperatura, que produz expansões e contrações muito maiores do que as causadas pelas forças a serem medidas. Assim os sistemas de medição devem compensar os efeitos das temperaturas. O Strain Gage consiste de um material condutivo de espessura reduzida na forma de um fio, que deve ser colado no material onde quer-se medir a força ou deformação. 25

O Strain Gage conectado como parte de um circuito ponte, pode ter o efeito da temperatura minimizado usando-se outro Strain Gage idêntico na ponte como compensação. Com isto pode-se compensar a variação das dimensões com a temperatura, como também a variação da resistência com a temperatura. Para extensômetros metálicos as pequenas variações da resistência a serem medidas, são proporcionais às deformações, assim variações de 0,1%, são da mesma ordem de grandeza das resistências das conexões. O uso de extensômetros a semicondutor torna as medições mais fáceis, pelas resistências maiores dos semicondutores. 26

Strain Gage à base de cristais (extensômetros piesoelétrico), medem variações rápidas de deformação. A interferometria a laser é outro método de medida de deformações, que apresenta vantagens não só na sensibilidade. O princípio baseia-se na somatória de ondas que conforme a coincidência ou não das fases, podem produzir amplitudes maiores ou menores. Caso as ondas sejam provenientes de duas fontes, um movimento de uma das fontes igual a metade de um comprimento de onda é suficiente para mudar a interferência de construtiva para destrutiva ou vice versa. Para a luz vermelha de comprimento de 700 n m, isto é 0,0007 mm, deslocamentos de metade desta distância podem ser medidos. 27