PROVA Delegado ES (2019)

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Transcrição:

QUESTÃO NUMERO: 01 O Código Penal Brasileiro adotou como fins da pena tanto a visão retributiva quanto a preventiva, assumindo um perfil eclético ou misto. Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime QUESTÃO NUMERO: 3 GABARITO EXTRAOFICIAL: B Os critérios para aferição da inimputabilidade são: 1) critério biológico (utilizado da menoridade); 2) critério psicológico; 3) critério biopsicológico (regra do Código Penal).

QUESTÃO NUMERO: 4 GABARITO EXTRAOFICIAL: C De acordo com o art. 4 do Código Penal que adorou a teoria da atividade para efeitos de determinação do tempo do crime. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. QUESTÃO NUMERO: 11 De acordo com a alínea b do primeiro inciso do artigo sétimo do Código Penal Brasileiro trata-se de hipótese de extraterritorialidade incondicionada da lei penal brasileira. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

QUESTÃO NUMERO: 12 GABARITO EXTRAOFICIAL: E Mélvio supos levianamente que não se realizaria o risco, ou que poderia evitá-lo com sua expertise. Essa não é a postura de quem assume o risco de ocorrência do resultado, logo resta apenas o enquadramento subjetivo na culpa consciente. É de boa recordação que Mélvio responde pela inobservância do dever de garante assumido no início da empreitada: logo trata-se de crime comissivo por omissão. QUESTÃO NUMERO: 13 GABARITO EXTRAOFICIAL: B Indulto/Graça CP, art. 107, II Conceito: O indulto é a indulgência soberana concedida pelo Poder Executivo. Pode ser coletivo ou individual, quando é então chamado de graça. Distinções: O indulto é concedido para pessoas, enquanto a anistia é concedida para fatos. O indulto nada tem a ver com as saídas temporárias do preso (no natal, na páscoa etc., visto que estas últimas apenas visam a proporcionar a integração do preso com a família e a comunidade). Procedimento: Indulto coletivo e individual: o indulto individual precisa ser solicitado ao Presidente da República (o pedido tem tramitação pelo Ministério da Justiça); o coletivo é concedido de ofício, pelo Presidente da República (ou pessoa delegada: Ministro de Estado, Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União), por decreto. Pressuposto: O indulto pressupõe sentença penal irrecorrível. Excepcionalmente pode haver indulto quando a sentença já transitou em julgado apenas para a acusação. Efeitos: o indulto só alcança a execução da pena imposta. Não afeta a sentença penal, que permanece íntegra, sobretudo para efeito da reincidência, antecedentes etc. O indulto, em suma, não rescinde a sentença penal condenatória. Nesse ponto é totalmente distinto da anistia.

Espécies de indulto: há o indulto pleno (ou total) (quando extingue toda a pena imposta) e o indulto parcial. O parcial pode consistir em redução de pena ou em sua comutação (substituição: substituição da prisão por multa, por exemplo). Abrangência: Cabe indulto quanto às medidas de segurança em tese, mas na prática ele não acontece, já que sem exame de cessação da periculosidade não se pode dar por concluída a medida de segurança. O indulto pode alcançar o sursis (ou seja: réu condenado em sursis pode ser beneficiado com o indulto). O indulto da pena de prisão afeta a pena de multa (a não ser que haja ressalva no decreto presidencial, caso contrário a extinção da punibilidade da pena de prisão acaba afetando também a pena de multa). Crimes hediondos: a CF vedou a graça e a anistia para crimes hediondos e equiparados (CF, art. 5.º, XLIII), não mencionando expressamente o indulto. No entanto a Lei dos Crimes Hediondos veda (Lei 8.072/90, art. 2.º). E esse ditame legal é consagrado pelo STF até mesmo para delitos anteriores à edição da lei de crimes hediondos. QUESTÃO NUMERO: 14 O estrito cumprimento do dever legal é adstrito ao comando da lei, não podendo prestar observância a preceitos éticos, morais ou eclesiásticos, além disso deve observar de forma precisa os termos de atuação admitidos no texto normativo. QUESTÃO NUMERO: 15 GABARITO EXTRAOFICIAL: C bens em rota de colisão no estado de necessidade são todos legítimos. Apenas o bem daquele que se defende de injusta agressão é legítimo na legítima defesa.

QUESTÃO NUMERO: 19 GABARITO EXTRAOFICIAL: A tem traz corretamente a hipótese da novatio legis in pejus. O indivíduo quando comete um delito enfrenta a pena prevista para o delito; ninguém pode afirmar com certeza que uma pena maior não iria dissuadi-lo a não delinquir, portanto ele faz jus apenas a sanção correspondente àquela vigente na data do crime (Lei nova é irretroativa + Lei antiga é ultrativa). QUESTÃO NUMERO: 20 GABARITO EXTRAOFICIAL: A a única alternativa que traz, apenas, Princípios relativos ao Direito Penal (e não vinculados a outras área do Direito, à dogmática ou simplesmente expressões que não enunciam nenhum princípio).