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João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho NIF 118748637 Alfrapark, Edifício G 3.º andar, Estrada de Alfragide, n.º 67, 2610-008 Alfragide Portugal (na qualidade de OFERENTE) PROSPETO DE OFERTA PÚBLICA GERAL E VOLUNTÁRIA DE AQUISIÇÃO DE 33.812.997 AÇÕES, COM O VALOR NOMINAL DE 1,00 CADA, REPRESENTATIVAS DO CAPITAL SOCIAL DA SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, S.A. Sociedade com o Capital Aberto ao Investimento do Público Sede: Estrada de Alfragide n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal Capital social: 169.764.398 Capital próprio individual a 31 de dezembro de 2018: -176.362.000 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Amadora sob o NIPC 503219886 (na qualidade de SOCIEDADE VISADA) Intermediários Financeiros 12 de Junho de 2019

ÍNDICE GLOSSÁRIO... 4 CAPÍTULO 0... 8 ADVERTÊNCIAS / INTRODUÇÃO... 8 0.1 Resumo da oferta... 8 0.2 Efeitos do registo... 15 CAPÍTULO 1... 16 RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO CONTIDA NO PROSPETO... 16 CAPÍTULO 2... 18 DESCRIÇÃO DA OFERTA... 18 2.1. Montante e natureza da operação... 18 2.2. Montante, natureza e categoria dos valores mobiliários objeto da oferta... 20 2.3. Contrapartida oferecida e a sua justificação... 21 2.4. Modo de pagamento da contrapartida... 24 2.5. Caução ou garantia da contrapartida... 24 2.6. Modalidade da Oferta... 24 2.6.1 Condições para o lançamento da Oferta... 25 2.6.2 Pressupostos da decisão de lançamento da Oferta... 25 2.6.3 Despesas e custos a serem suportados pelos destinatários da Oferta... 26 2.6.4 Regime Fiscal... 27 2.7 Assistência... 35 2.8 Objetivos da aquisição... 36 2.9 Declarações de aceitação... 45 2.10 Resultado da Oferta... 46 CAPÍTULO 3... 48 INFORMAÇÕES RELATIVAS AO OFERENTE, PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E ACORDOS PARASSOCIAIS... 48 3.1 Identificação do Oferente... 48 3.2 Imputação de direitos de voto... 48 2

3.3. Participações do Oferente no capital da Sociedade Visada... 49 3.4. Direitos de voto e participações da Sociedade Visada no Oferente... 51 3.5. Acordos parassociais... 51 3.6 Acordos celebrados com os titulares dos órgãos sociais da Sociedade Visada... 51 3.7 Representante para as relações com o mercado... 52 CAPÍTULO 4... 53 OUTRAS INFORMAÇÕES... 53 4.1. Lei aplicável... 53 4.2 Documentação disponível... 53 3

GLOSSÁRIO Neste Prospeto de oferta pública de aquisição de valores mobiliários, os termos e expressões seguidamente indicados, quando iniciados por maiúsculas, têm o significado que aqui lhes é respetivamente atribuído (salvo se do contexto resultar o contrário): «Ações» as Ações ordinárias escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de 1,00 (um Euro), representativas do capital social da Sociedade Visada. As Ações foram admitidas à negociação no Euronext Lisbon, no dia 16 de Junho de 1998, sob o código ISIN PTSAG0AE0004. «Anúncio de Lançamento» o anúncio de lançamento da Oferta, publicado no Sistema de Difusão de Informação da CMVM na presente data, juntamente com o Prospeto. «Anúncio Preliminar» o anúncio preliminar da Oferta, publicado no Sistema de Difusão de Informação da CMVM no dia 30 de Abril de 2019. «CaixaBI» - o Caixa - Banco de Investimento, S.A., com sede na Avenida João XXI, número 63, em Lisboa, registado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único de registo e de pessoa coletiva 501898417, com o capital social de 81.250.000,00 (oitenta e um milhões, duzentos e cinquenta mil euros). «CIRC» o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, conforme alterado. «CIRS» o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro, conforme alterado. «CIS» o Código do Imposto do Selo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, conforme alterado. «CSC» Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Setembro, conforme alterado. «Contrato de Assistência» o contrato celebrado no dia 24 de Abril de 2019 entre o Oferente e os Intermediários Financeiros, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 113.º (Intermediação obrigatória), número 1, alínea b) do CVM. «CMVM» a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. «CVM» o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, conforme alterado. 4

«Data do Anúncio Preliminar» o dia 30 de Abril de 2019. «Data do Prospeto» - a presente data. «Documentos da Oferta» conjuntamente, o Anúncio Preliminar, o Anúncio de Lançamento e o Prospeto. «Euro» ou a unidade monetária com curso legal nos países da União Europeia que adotaram a moeda única nos termos do Tratado da União Europeia. «Euronext Lisbon» o mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. «IAMC» a IAMC Investments and Assets Management Consulting, Lda, (anteriormente denominada SGC, Sociedade Gestora de Participações Sociais S.A.,) com sede na Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal, com o número único de identificação fiscal e de matrícula na Conservatória do Registo Comercial da Amadora 502790164, com o capital social de 50.000,00 (cinquenta mil euros), integralmente realizado. «Interbolsa» a Interbolsa Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. «Intermediários Financeiros» o CaixaBI e o Millennium investment banking, quando referidos em conjunto. «IRC» o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas. «IRS» o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. «IS» o Imposto do Selo. «Liquidação da Oferta» a liquidação física e financeira da Oferta. «Millennium investment banking» o Banco Comercial Português, S.A., com sede na Praça D. João I, n.º 28, 4000-295 Porto, Portugal, registado na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de registo e de pessoa coletiva 501525882, com o capital social, integralmente subscrito e realizado, de 4.725.000.000, agindo através da sua divisão de banca de investimento. «Oferente» João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho, casado, titular do cartão de cidadão n.º 04712174, válido até 08.04.2020, NIF 118748637, com residência profissional em Alfrapark, Edifício G 3.º andar, Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal. «Oferta» a oferta pública geral e voluntária de aquisição a que respeita o presente Prospeto. 5

«Período de Oferta» o período de tempo durante o qual a Oferta vigorará, que começará às 08h30m do dia 14 de junho de 2019 e terminará às 15h00m do dia 28 de junho de 2019, sem prejuízo de eventual prorrogação do prazo ao abrigo das leis aplicáveis. «PMP» preço médio das cotações ponderado pelo volume (volumes weighted average listing price) durante um período de negociação (i.e. durante um dia, um mês, etc.), publicado na Euronext Lisbon. «Principal» - a Principal - Gestão de Activos e Consultoria Administrativa e Financeira, S.A., com sede na Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal, com o número único de identificação fiscal e de matrícula na Conservatória do Registo Comercial da Amadora 506554678, com o capital social de 50.000,00 (cinquenta mil euros), integralmente realizado. «Prospeto» o presente Prospeto relativo à Oferta. «Regulamento da CMVM n.º 3/2006» o Regulamento n.º 3/2006 da CMVM relativo às Ofertas e Emitentes, conforme alterado. «Regulamento da Interbolsa n.º 2/2016» o Regulamento sobre as regras operacionais gerais de funcionamento dos sistemas centralizados de valores mobiliários e dos sistemas de liquidação geridos pela Interbolsa, conforme alterado. «SAG GEST» ou «Sociedade Visada» a SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, SGPS, S.A., (sociedade aberta) com sede na Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal, com o número único de identificação fiscal e de matrícula na Conservatória do Registo Comercial da Amadora 503219886, com o capital social de 169.764.398,00, integralmente realizado. «Sessão Especial de Mercado Regulamentado» a sessão especial do Mercado Regulamentado Euronext Lisbon, destinada a apurar os resultados da Oferta, que se estima ocorrer no dia 1 de julho de 2019 em hora a designar no aviso a ser publicado pela Euronext Lisbon. «SGC» a SGC - Investimentos, Sociedade Gestora de Participações Sociais S.A., com sede na Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal, com o número único de identificação fiscal e de matrícula na Conservatória do Registo Comercial da Amadora 502790172, com o capital social de 100.000,00, integralmente realizado. «SIVA» - a SIVA Sociedade de Importação de Veículos Automóveis, S.A., com sede na Rua do Comércio, n.º 2, freguesia de Vila Nova da Rainha, concelho da Azambuja, com o número único de identificação fiscal e de matrícula na Conservatória do Registo Civil/Predial/Comercial da Azambuja 6

500 301 522, com o capital social integralmente realizado de 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de euros). «Termo da Oferta» as 15h00m do dia 28 de junho de 2019, último dia do Período da Oferta. «TGIS» a Tabela Geral do Imposto do Selo. Todas as referências a «horas» neste Prospeto serão reportadas à hora de Portugal continental. 7

CAPÍTULO 0 ADVERTÊNCIAS / INTRODUÇÃO 0.1 Resumo da oferta O Oferente O Oferente é João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho, casado, titular do cartão de cidadão n.º 04712174, válido até 08.04.2020, NIF 118748637, com residência profissional em Alfrapark, Edifício G 3.º andar, Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal. A Sociedade Visada A Sociedade Visada é a SAG GEST SOLUÇÕES AUTOMÓVEL GLOBAIS, S.A., (sociedade aberta) com sede na Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal, com o número único de identificação fiscal e de matrícula na Conservatória do Registo Comercial da Amadora 503 219 886, com o capital social de 169.764.398,00, integralmente realizado. Termos da Oferta A Oferta é geral e voluntária, obrigando-se o Oferente, nos termos e condições previstos neste Prospeto e nos demais documentos da Oferta, a adquirir a totalidade das Ações que forem objeto de válida aceitação pelos destinatários da Oferta. O objeto da Oferta é constituído pela totalidade das Ações representativas do Capital Social da Sociedade Visada que na data de encerramento da Oferta se encontrem integralmente realizadas e livres de quaisquer ónus, encargos e responsabilidades, bem como de quaisquer limitações, vinculações ou outras situações jurídicas, nomeadamente quanto aos respetivos direitos patrimoniais e/ou sociais ou à sua transmissibilidade, e que não sejam detidas pelo Oferente ou pelas sociedades IAMC, SGC e Principal e, ainda, as Ações próprias da Sociedade Visada. Na Data do Anúncio Preliminar, o Oferente era titular, diretamente, de 3.915 (três mil novecentas e quinze) Ações, representativas de 0,0023% (zero virgula zero zero dois três por cento) do total de 8

Ações representativas do Capital Social da Sociedade Visada, correspondendo a 0,0026% (zero virgula zero zero dois seis por cento) dos respectivos direitos de voto. Tanto quanto é do conhecimento do Oferente, na data do Anúncio Preliminar, eram-lhe atribuídos, diretamente e nos termos do artigo 20.º (Imputação de direitos de voto), número 1 do CVM, direitos de voto correspondentes a 135.951.401 (cento e trinta e cinco milhões novecentas e cinquenta e um mil e quatrocentas e uma) Ações, representativas de 80,0824% (oitenta virgula zero oito dois quatro por cento) do total de Ações representativas do capital social da Sociedade Visada e a que correspondem 88,8610% (oitenta e oito virgula oito seis um zero por cento) dos direitos de voto. Após a Data do Anúncio Preliminar e até à Data do Prospeto não foram adquiridas pelo Oferente (direta ou indiretamente) ou, tanto quanto é do conhecimento do Oferente, por sociedades cujos direitos de voto lhe sejam imputáveis, quaisquer Ações representativas do Capital Social da Sociedade Visada. À Data do Prospeto, tendo em conta as Ações detidas diretamente pelo Oferente ou por sociedades cujos direitos de voto lhe sejam imputáveis, os valores mobiliários objeto da Oferta são 33.812.997 (trinta e três milhões oitocentos e doze mil novecentas e noventa e sete) Ações, representativas de 19,9176% (dezanove virgula nove um sete seis por cento) do total de Ações representativas do capital social da Sociedade Visada, incluindo as 16.771.015 (dezasseis milhões setecentas e setenta e um mil e quinze) Ações próprias detidas pela Sociedade Visada e pelas suas subsidiárias (correspondentes a 9,8790% (nove virgula oito sete nove zero por cento) do total do capital social da Sociedade Visada). Do referido universo, apenas podem ser objeto de aceitação da Oferta as Ações que, na data de encerramento da Oferta, se encontrem integralmente realizadas e livres de quaisquer ónus, encargos ou outras limitações, nomeadamente quanto aos respetivos direitos patrimoniais, políticos e/ou sociais e/ou à sua transmissibilidade, incluindo quando tais limitações à respetiva transmissibilidade resultem do bloqueio em conta das Ações, efetuado por iniciativa do seu titular, 9

em conformidade com os termos do artigo 72.º (Bloqueio), número 2, alínea a) do CVM e, ainda, as Ações próprias da Sociedade Visada, incluindo as detidas pelas suas subsidiárias. A Sociedade Visada não tem emitidos quaisquer outros valores mobiliários que confiram direito à subscrição ou aquisição das Ações. A eficácia da Oferta estará sujeita, até ao Termo da Oferta, à aquisição por parte do Oferente, no âmbito da Oferta, de um número de Ações que, acrescidas às Ações detidas pelo Oferente (bem como por outras entidades indicadas como estando relacionadas com o Oferente sob qualquer das circunstâncias elencadas no artigo 20.º (Imputação de direitos de voto), número 1 do CVM) representem, pelo menos, 90% (noventa por cento) dos direitos de voto mais 1 (um) direito de voto na Sociedade Visada e 90% (noventa por cento) da totalidade das Ações representativas do capital social da Sociedade Visada. A Sociedade Visada indicou que procederá à alienação das Ações próprias (as quais incluindo as das suas subsidiárias totalizam 16.771.015 (dezasseis milhões, setecentas e setenta e uma mil e quinze) Ações), pelo que para cumprir as condições de eficácia referidas no parágrafo anterior, será suficiente que na Oferta sejam adquiridas pelo Oferente, além daquelas, mais 65.543 (sessenta e cinco mil quinhentas e quarenta e três) Ações representativas do capital social da Sociedade Visada, correspondentes a 0,0386% (zero virgula zero três oito seis por cento) do capital social e dos correspondentes direitos de voto. A aceitação da Oferta pelos seus destinatários fica sujeita ao cumprimento dos respetivos requisitos legais e regulamentares aplicáveis, incluindo os constantes de lei estrangeira quando os destinatários da Oferta a ela estejam sujeitos. É intenção do Oferente, após a Liquidação da Oferta e dependendo de quais os pressupostos que à data se verifiquem, solicitar (i) a aquisição potestativa das Ações não detidas pelo Oferente, pela IAMC, pela SGC e pela Principal, após a Liquidação da Oferta, com a consequente perda da qualidade de sociedade aberta pela Sociedade Visada, nos termos dos artigos 194.º (Aquisição 10

potestativa) e 195.º (Efeitos) do CVM, ou (ii) a perda da qualidade de sociedade aberta pela Sociedade Visada ao abrigo do artigo 27.º (Requisitos), número 1, alínea a), do CVM, sendo subsequentemente promovida pela IAMC, para quem o Oferente pretende transmitir as Ações após a Liquidação da Oferta e a perda da qualidade de sociedade aberta, nos termos do artigo 490.º (Aquisição tendente ao domínio total) do CSC a aquisição potestativa das Ações, não detidas pelo Oferente, pela IAMC, pela SGC e pela Principal, em ambos os casos na condição da contrapartida devida não ser superior à contrapartida paga na Oferta. É pressuposto da aquisição potestativa referida em (i) acima que, na sequência da Liquidação da Oferta, o Oferente, diretamente ou nos termos do número 1 do artigo 20.º (Imputação de direitos de voto) do CVM, atinja 90% (noventa por cento) dos direitos de voto da Sociedade Visada e 90% (noventa por cento) dos direitos de voto abrangidos pela Oferta. No caso em que, na sequência da Liquidação da Oferta, não estejam preenchidas as condições para a aquisição potestativa referida em (i) acima, prosseguir-se-á com a aquisição potestativa referida em (ii) acima. São pressupostos para a prossecução da aquisição potestativa referida em (ii) acima: 1. A declaração de perda da qualidade de sociedade aberta, nos termos do artigo 27.º (Requisitos), número 1, alínea a) do CVM, a requerer pelo Oferente à CMVM, nos termos do número 2 do mesmo artigo, no caso de, após a Liquidação da Oferta, este passar a deter mais de 90% (noventa por cento) dos direitos de voto da Sociedade Visada; 2. Que a IAMC, para quem o Oferente pretende transmitir as Ações após a Liquidação da Oferta e a perda da qualidade de sociedade aberta, atinja pelo menos 90% (noventa por cento) do capital social da Sociedade Visada e comunique a esta esse facto nos 30 (trinta) dias seguintes àquele em que for atingida a referida participação. 11

Atenta a condição da eficácia da Oferta, pelo menos os pressupostos para legitimar o requerimento da perda da qualidade de sociedade aberta e a subsequente aquisição potestativa referida em (ii) estarão preenchidos com a Liquidação da Oferta. Em qualquer caso, e conforme referido supra, a prossecução da aquisição potestativa e perda da qualidade de sociedade aberta por qualquer das vias elencadas está sujeita à condição de a contrapartida devida não vir a ser superior à contrapartida paga na Oferta. Embora o valor contabilístico das Ações seja negativo de acordo com as demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade Visada à data de 31 de Dezembro de 2018, o Oferente está resolvido a manter, em qualquer dos casos, a contrapartida oferecida na Oferta (i.e. 0,0615 (seis vírgula quinze cêntimos) por Ação). A declaração de perda da qualidade de sociedade aberta implica, nos termos do artigo 29.º (Efeitos) do CVM, a imediata exclusão da negociação das Ações, ficando vedada a sua readmissão no prazo de um ano e torna-se eficaz com a respetiva publicação da decisão favorável da CMVM. Se verificadas as condições para a aquisição potestativa, nos termos referidos em (i) acima, não for oportunamente efetuada pelo Oferente uma oferta de aquisição potestativa das ações da Sociedade Visada não adquiridas na Oferta, cada um dos titulares das ações remanescentes pode, nos três meses subsequentes ao apuramento dos resultados da Oferta, exercer o direito de alienação potestativa, devendo antes, para o efeito, dirigir por escrito ao sócio dominante convite para que, no prazo de 8 (oito) dias, lhe faça proposta de aquisição das suas ações, nos termos do disposto no artigo 196.º (Alienação potestativa) do CVM. Se verificadas as condições para a aquisição potestativa, nos termos referidos em (ii) acima, não for oportunamente efetuada oferta de aquisição das ações da Sociedade Visada não adquiridas na Oferta, cada um dos titulares da ações remanescentes pode, em qualquer altura, exigir por escrito 12

que tal oferta lhe seja feita, em prazo não inferior a 30 (trinta) dias, mediante contrapartida em dinheiro nos termos do artigo 490.º (Aquisição tendente ao domínio total), número 5 do CSC. Contrapartida A contrapartida oferecida será paga em numerário e corresponderá a 0,0615 (seis vírgula quinze cêntimos) por cada Ação, sendo o valor total da Oferta de 2.079.499,32 (dois milhões, setenta e nove mil quatrocentos e noventa e nove euros e trinta e dois cêntimos), tendo em consideração as Ações objeto da Oferta. A contrapartida em numerário será creditada em conta dos destinatários da Oferta que a tenham aceitado, prevendo-se que se torne disponível no segundo dia útil após a data da Sessão Especial de Mercado Regulamentado destinada a apurar os resultados da Oferta. Prazo da Oferta A Oferta decorrerá entre as 08h30m do dia 14 de junho de 2019 e as 15h00m do dia 28 de junho de 2019. De acordo com o disposto no número 2 do artigo 183.º (Prazo da oferta) do CVM, o Período da Oferta pode ser prorrogado por decisão da CMVM, por sua iniciativa ou a requerimento do Oferente, em caso de revisão da Oferta, de lançamento de oferta concorrente ou quando a proteção dos interesses dos destinatários o justifique. A operação será executada na Euronext Lisbon, devendo a aceitação da Oferta por parte dos seus destinatários manifestar-se durante o Período da Oferta, através de ordens de venda transmitidas a sociedades corretoras, sociedades financeiras de corretagem ou intermediários financeiros habilitados a prestar o serviço de registo e depósito de valores mobiliários. De acordo com o artigo 126.º (Declarações de aceitação), o número 3 do artigo 133.º (Suspensão da oferta) e o número 6 do artigo 185.º-A (Processo das ofertas concorrentes), todos do CVM, os 13

detentores de Ações que aceitem a Oferta poderão revogar a sua declaração de aceitação através de comunicação escrita dirigida ao intermediário financeiro que recebeu tal declaração: Em geral, até 5 (cinco) dias antes do Termo da Oferta, i.e., até às 15:00 horas do dia 21 de junho de 2019, inclusive; No caso de lançamento de oferta concorrente, até ao último dia do prazo da oferta, i.e., até às 15:00 do dia 28 de junho de 2019; No caso de suspensão da Oferta pela CMVM, até ao quinto dia posterior ao termo da suspensão, com o direito à restituição do que tiver sido entregue. Os intermediários financeiros que venham a receber ordens de aceitação devem comunicar diariamente à Euronext Lisbon as ordens dos seus clientes através do Sistema de Serviços Centrais de Ofertas Públicas, via Serviço de Centralização, entre as 8:00 horas e as 19:00 horas, exceto no caso do último dia do Período da Oferta em que o período de transmissão através dos Serviços Centrais de Ofertas Públicas será entre as 8:00 horas e as 16:30 horas. O resultado da Oferta será apurado em Sessão Especial de Mercado Regulamentado na Euronext Lisbon, que se espera vir a ter lugar no dia 1 de julho de 2019, o primeiro dia útil após o Termo da Oferta, em hora a designar no respetivo Aviso de Sessão Especial de Mercado Regulamentado, a publicar pela Euronext Lisbon, sendo esta entidade responsável pelo apuramento e divulgação dos resultados da Oferta. O resultado da Oferta será publicado no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon e será disponibilizado no sítio da internet da CMVM (www.cmvm.pt). Está previsto que a Liquidação da Oferta ocorra no segundo dia útil seguinte à data da Sessão Especial de Mercado Regulamentado, nos termos do Sistema de Liquidação e Compensação previsto no Regulamento n.º 2/2016 da Interbolsa e de acordo com o previsto no Aviso da Sessão Especial de Mercado Regulamentado, prevendo-se assim que a Liquidação da Oferta venha a ocorrer no dia 3 de julho de 2019. 14

0.2 Efeitos do registo A Oferta foi objeto de registo prévio na CMVM no dia 12 de junho de 2019, com o número 9220. Nos termos do disposto nos números 6 e 7 do artigo 118.º (Decisão) do CVM: «6 - O registo de oferta pública de aquisição implica a aprovação do respetivo prospeto e baseia-se em critérios de legalidade. 7 - A aprovação do prospeto e o registo não envolvem qualquer garantia quanto ao conteúdo da informação, à situação económica ou financeira do oferente, do emitente ou do garante, à viabilidade da oferta ou à qualidade dos valores mobiliários.» Os intermediários financeiros responsáveis pela prestação dos serviços de assistência ao Oferente na preparação, lançamento e execução da Oferta, de acordo com o disposto no artigo 113.º (Intermediação obrigatória), número 1, alínea b) e do artigo 337.º (Assistência), número 2, ambos do CVM, são o CaixaBI e o Millennium investment banking 15

CAPÍTULO 1 RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO CONTIDA NO PROSPETO A forma e o conteúdo do Prospeto obedecem ao preceituado no CVM, ao disposto no Regulamento da CMVM n.º 3/2006 (Ofertas e Emitentes), conforme alterado, e demais legislação e regulamentação aplicáveis. Nos termos do artigo 149.º (Âmbito) do CVM, são responsáveis pelos danos causados pela desconformidade do conteúdo do Prospeto com o disposto no artigo 135.º (Princípios gerais) do CVM, salvo se provarem que agiram sem culpa, as seguintes entidades: (a) João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho, casado, titular do cartão de cidadão n.º 04712174, válido até 08.04.2020, NIF 118748637, com residência profissional em Alfrapark, Edifício G 3.º andar, Estrada de Alfragide, n.º 67, 2614-519 Amadora, Portugal, na qualidade de oferente; (b) O CaixaBI e o Millennium investment banking, na qualidade de intermediários financeiros encarregados de prestar assistência à Oferta. Nos termos do disposto no artigo 149.º (Âmbito), número 2, do CVM, a culpa será apreciada de acordo com elevados padrões de diligência profissional, sendo que nos termos do disposto no número 3 do mesmo preceito, a responsabilidade das pessoas acima referidas é excluída se provarem que o destinatário tinha ou devia ter conhecimento da deficiência de conteúdo do Prospeto à data da emissão da sua declaração contratual de aceitação da Oferta ou em momento em que a respetiva revogação da aceitação ainda era possível. Por força do disposto na alínea a), do artigo 150.º (Responsabilidade objetiva) do CVM, o Oferente responde independentemente de culpa, no caso de responsabilidade dos Intermediários Financeiros, na qualidade de intermediários financeiros responsáveis pela assistência à Oferta. A informação contida neste Prospeto relativa à Sociedade Visada provém exclusivamente ou é baseada em informação disponível publicamente, não verificada pelo Oferente ou pelos Intermediários Financeiros responsáveis pela assistência à Oferta. O Oferente e os Intermediários 16

Financeiros não têm conhecimento de quaisquer factos ou circunstâncias que indiciem que qualquer declaração relativa à Sociedade Visada e a qualquer entidade com ela relacionada, contida neste Prospeto, não é verdadeira ou é materialmente enganosa. Adicionalmente, o Oferente e os Intermediários Financeiros responsáveis pela assistência à Oferta não assumem qualquer responsabilidade pelo eventual não cumprimento por parte da Sociedade Visada e/ou de qualquer entidade com ela relacionada, da obrigação de divulgar quaisquer eventos que possam eventualmente ter ocorrido, em virtude dos quais a informação contida neste Prospeto e/ou a informação em que o Oferente e/ou os Intermediários Financeiros se basearam seja suscetível de ser inexata ou enganosa. 17

CAPÍTULO 2 DESCRIÇÃO DA OFERTA 2.1. Montante e natureza da operação A Oferta é geral e voluntária, obrigando-se o Oferente, nos termos e condições previstos neste Prospeto e nos demais documentos da Oferta, a adquirir a totalidade das Ações que forem objeto de válida aceitação pelos destinatários da Oferta. O objeto da Oferta é constituído pela totalidade das Ações representativas do Capital Social da Sociedade Visada, que na data de encerramento da Oferta se encontrem integralmente realizadas, e livres de quaisquer ónus, encargos e responsabilidades, bem como de quaisquer limitações ou vinculações, nomeadamente quanto aos respetivos direitos patrimoniais e/ou, sociais ou à sua transmissibilidade, e que não sejam detidas pelo Oferente ou pelas sociedades IAMC, SGC e Principal e, ainda, as Ações próprias da Sociedade Visada. Na Data do Anúncio Preliminar, o Oferente era titular, diretamente, de 3.915 (três mil novecentas e quinze) Ações, representativas de 0,0023% (zero vírgula zero zero dois três por cento) do total de Ações representativas do capital social da Sociedade Visada. Tanto quanto é do conhecimento do Oferente, na data do Anúncio Preliminar, eram atribuídos ao Oferente, diretamente e nos termos do artigo 20.º (Imputação de direitos de voto), número 1 do CVM, direitos de voto correspondentes a 135.951.401 (cento e trinta e cinco milhões e novecentas e cinquenta e um mil e quatrocentas e uma) Ações, representativas de 80,0824% (oitenta virgula zero oito dois quatro por cento) do total de Ações representativas do capital social da Sociedade Visada e a que correspondem 88,8610% (oitenta e oito virgula oito, seis, um, zero por cento) dos direitos de voto. Após a Data do Anúncio Preliminar e até à Data do Prospeto não foram adquiridas pelo Oferente (direta ou indiretamente) ou, tanto quanto é do conhecimento do Oferente, por sociedades cujos 18

direitos de voto lhe sejam imputáveis, quaisquer Ações representativas do Capital Social da Sociedade Visada. À Data do Prospeto, tendo em conta as Ações detidas diretamente pelo Oferente ou por sociedades cujos direitos de voto lhe sejam imputáveis, os valores mobiliários objeto da Oferta são 33.812.997 (trinta e três milhões oitocentos e doze mil novecentas e noventa e sete) Ações, representativas de 19,9176% (dezanove virgula nove um sete seis por cento) do total de Ações representativas do capital social da Sociedade Visada, incluindo as 16.771.015 (dezasseis milhões setecentas e setenta e uma mil e quinze) Ações próprias detidas pela Sociedade Visada (incluindo 10.200 Ações da Sociedade Visada detidas por subsidiárias desta) correspondentes a 9,8790% (nove virgula oito sete nove zero por cento) do total do capital social da Sociedade Visada. Tendo em consideração a contrapartida oferecida de 0,0615 (seis virgula quinze cêntimos) por cada Ação objeto da Oferta, o valor total da Oferta é de 2.079.499,32 (dois milhões setenta e nove mil quatrocentos e noventa e nove euros e trinta e dois cêntimos). O Oferente obriga-se, com sujeição aos termos previstos nos Documentos da Oferta, a adquirir a totalidade das Ações objeto da Oferta que, até ao Termo da Oferta, forem objeto de válida aceitação pelos seus destinatários. A eficácia da Oferta estará sujeita, até ao Termo da Oferta, à aquisição por parte do Oferente, no âmbito da Oferta, de um número de Ações que, acrescidas às Ações detidas pelo Oferente (bem como por outras entidades indicadas como estando relacionadas com o Oferente sob qualquer das circunstâncias elencadas no artigo 20.º (Imputação de direitos de voto), número 1 do CVM) representem, pelo menos, 90% (noventa por cento) dos direitos de voto mais 1 (um) direito de voto na Sociedade Visada e 90% (noventa por cento) da totalidade das Ações representativas do capital social da Sociedade Visada. A Sociedade Visada indicou que procederá à alienação das Ações próprias (as quais incluindo as das suas subsidiárias totalizam 16.771.015 (dezasseis milhões e setecentas e setenta e uma mil e 19

quinze) Ações, pelo que para cumprir as condições de eficácia referidas no parágrafo anterior, será suficiente que na Oferta sejam adquiridas pelo Oferente, além daquelas, mais 65.543 (sessenta e cinco mil quinhentas e quarenta e três) Ações representativas do capital social da Sociedade Visada, correspondentes a 0,0386% (zero virgula zero três oito seis por cento) do capital social e dos correspondentes direitos de voto. O Oferente reserva-se o direito de, por sua livre e discricionária decisão, renunciar à condição de eficácia acima descrita nos termos do disposto no artigo 184.º (Revisão da oferta) do CVM, até cinco dias antes do Termo da Oferta. A aceitação da Oferta pelos seus destinatários fica sujeita ao cumprimento dos respetivos requisitos legais e regulamentares aplicáveis, incluindo os constantes de lei estrangeira quando os destinatários da Oferta a ela estejam sujeitos. 2.2. Montante, natureza e categoria dos valores mobiliários objeto da oferta Os valores mobiliários objeto da Oferta são 33.812.997 (trinta e três milhões oitocentos e doze mil novecentas e noventa e sete) Ações ordinárias escriturais e nominativas, de valor nominal unitário de 1 (um euro), representativas de 19,9176% (dezanove virgula nove um sete seis por cento) do capital social da Sociedade Visada, incluindo as Ações próprias da Sociedade Visada. Tanto quanto é do conhecimento do Oferente, a percentagem de Ações com direitos de voto detidas por si e por outras pessoas ou entidades que se encontrem consigo em alguma das situações previstas no número 1 do artigo 20.º (Imputação de direitos de voto) do CVM, correspondentes a 135.951.401 (cento e trinta e cinco milhões e novecentas e cinquenta e uma mil quatrocentas e uma) Ações, face ao conjunto das Ações representativas do capital social da Sociedade Visada, é de 80,0824% (oitenta virgula zero oito dois quatro por cento), e de 88,8610% (oitenta e oito virgula oito seis um zero por cento) das Ações com direitos de voto. A eficácia da Oferta estará sujeita, até ao Termo da Oferta, à aquisição por parte do Oferente, no âmbito da Oferta, de um número de Ações que, acrescidas às Ações detidas pelo Oferente (bem 20

como por outras entidades indicadas como estando relacionadas com o Oferente sob qualquer das circunstâncias elencadas no artigo 20.º (Imputação de direitos de voto), número 1 do CVM) representem, pelo menos, 90% (noventa por cento) dos direitos de voto mais 1 (um) direito de voto na Sociedade Visada e 90% (noventa por cento) da totalidade das Ações representativas do capital social da Sociedade Visada. A disponibilidade da Oferta e a sua aceitação por pessoas ou entidades não residentes em Portugal poderão ser afetadas pelas leis da jurisdição relevante. Qualquer pessoa não residente em Portugal ou à qual seja aplicável outra legislação que não a portuguesa deverá informar-se sobre os requisitos legais aplicáveis e cumprir tais requisitos. 2.3. Contrapartida oferecida e a sua justificação 2.3.1. Contrapartida oferecida A contrapartida oferecida é de 0,0615 (seis virgula quinze cêntimos) por cada Ação, a pagar em numerário, sendo o valor total da Oferta de 2.079.499,32 (dois milhões setenta e nove mil, quatrocentos e noventa e nove euros e trinta e dois cêntimos), tendo em consideração as Ações objeto da Oferta. 2.3.2. Justificação da contrapartida oferecida Pese embora não se tratar de uma oferta pública obrigatória, a contrapartida oferecida respeita os requisitos previstos no número 1 do artigo 188.º (Contrapartida) do CVM, uma vez que: (i) Tanto quanto é do conhecimento do Oferente, nem o Oferente nem as entidades que com ela se encontram em alguma das situações previstas no artigo 20.º (Imputação de direitos de voto) do CVM, adquiriram Ações nos seis meses imediatamente anteriores à Data do Anúncio Preliminar, nem adquiriram Ações posteriormente a essa data, a preço superior ao da contrapartida oferecida; e (ii) Não é inferior ao preço médio ponderado dos valores mobiliários da mesma categoria que as Ações, transacionados em mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon, nos seis meses imediatamente anteriores à Data do Anúncio Preliminar. 21

1. Prémio face às cotações de mercado recentes das Ações ordinárias No quadro seguinte evidenciam-se os prémios subjacentes ao valor da contrapartida oferecida face ao (i) último preço de fecho à Data do Anúncio Preliminar e ao (ii) preço médio ponderado, nos últimos 6 (seis) meses anteriores à Data do Anúncio Preliminar: Prémio da Contrapartida face à performance da Ação SAG GEST /Ação Prémio Contrapartida da Oferta 0,0615 - Preço de Fecho à Data do Anúncio Preliminar 0,0570 7,89% Preço Médio Ponderado pelo Volume últimos 6 Meses 0,0614 0,15% Fonte: Euronext Lisbon O preço médio ponderado das Ações transacionadas nas sessões de mercado do Euronext Lisbon, entre 31 de outubro de 2018 e 30 de abril de 2019 (data da última sessão de mercado anterior à Data do Anúncio Preliminar), foi de cerca de 0,0614 (seis virgula catorze cêntimos), período no qual foram transacionadas um total de 5.767.881 Ações. Assim sendo, a contrapartida oferecida na Oferta representa um prémio de 0,15% (zero vírgula quinze por cento), em relação ao preço médio ponderado das Ações e um prémio de 7,89% (sete vírgula oitenta e nove por cento) face ao preço de fecho à data do Anúncio Preliminar. O gráfico seguinte representa o preço médio ponderado por Ação e o respetivo volume de transações nos 6 (seis) meses anteriores à Data do Anúncio Preliminar. 22

Fonte: Euronext Lisbon 2. Valor contabilístico das Ações Os capitais próprios da SAG GEST a 31 de dezembro de 2018 (contas consolidadas e auditadas), ascenderam a -179 106,2 milhares de Euros, resultando, portanto, num valor patrimonial por Ação da SAG GEST, no final do exercício de 2018, de -1,171 Euros. Deste modo, conclui-se que a contrapartida oferecida é superior ao valor patrimonial das Ações: 2017 2018 Total do Capital Próprio ('000 ) 7.450,0-179.106,2 Nº Ações (excluíndo ações próprias 1 ) 152.993.383 152.993.383 Valor Contabílistico por ação ( ) 0,049-1,171 Fonte: Demonstrações Financeiras consolidadas e auditadas da SAG GEST (1) A Sociedade Visada detinha um total de 16.771.015 ações próprias no final dos respetivos períodos 23

2.4. Modo de pagamento da contrapartida A contrapartida oferecida será paga em numerário, por crédito em conta dos destinatários da Oferta que a tenham aceitado. Prevê-se que a liquidação financeira da operação ocorra no 2.º (segundo) dia útil seguinte ao da Sessão Especial de Mercado Regulamentado destinada ao apuramento dos resultados da Oferta, que se estima ocorrer no dia 1 de julho de 2019 em hora a designar no aviso a ser publicado pela Euronext Lisbon. 2.5. Caução ou garantia da contrapartida Nos termos do número 2, do artigo 177.º (Contrapartida) do CVM, estão depositados numa conta expressamente consignada junto do Banco Comercial Português, S.A. os fundos necessários para o pagamento da totalidade da contrapartida da Oferta. 2.6. Modalidade da Oferta A Oferta é geral e voluntária e abrange a totalidade das Ações que, de acordo com os Documentos da Oferta, podem ser objeto de válida aceitação por parte dos destinatários da Oferta, até ao Termo da Oferta. Em face do número de Ações detidas diretamente pelo Oferente ou por sociedades cujos direitos de voto lhe sejam imputáveis na Sociedade Visada à data do presente Prospeto, os valores mobiliários objeto da Oferta são 33.812.997 (trinta e três milhões e oitocentas e doze mil e novecentas e noventa e sete) Ações, representativas de 19,9176% (dezanove virgula nove um sete seis por cento) do total de Ações representativas do capital social da Sociedade Visada, incluindo as Ações próprias da Sociedade Visada e suas subsidiárias. A eficácia da Oferta estará sujeita, até ao Termo da Oferta, à aquisição por parte do Oferente, no âmbito da Oferta, de um número de Ações que, acrescidas às Ações detidas pelo Oferente (bem como por outras entidades indicadas como estando relacionadas com o Oferente sob qualquer das 24

circunstâncias elencadas no artigo 20.º (Imputação de direitos de voto), número 1 do CVM) representem, pelo menos, 90% (noventa por cento) dos direitos de voto mais 1 (um) direito de voto na Sociedade Visada e 90% (noventa por cento) da totalidade das Ações representativas do capital social da Sociedade Visada. O Oferente reserva-se o direito de, por sua livre e discricionária decisão, renunciar à condição de eficácia acima descrita, nos termos do disposto no artigo 184.º (Revisão da oferta) do CVM, até 5 (cinco) dias antes do Termo da Oferta. 2.6.1 Condições para o lançamento da Oferta O Anúncio Preliminar estabeleceu como condição para o lançamento da Oferta a obtenção do registo prévio da Oferta junto da CMVM, nos termos do artigo 114.º (Aprovação do prospeto e registo prévio), número 2 do CVM, o qual já se encontra efetuado. O lançamento da Oferta não está subordinado à verificação de qualquer outra condição. 2.6.2 Pressupostos da decisão de lançamento da Oferta Para os efeitos do disposto no artigo 128.º (Alteração das circunstâncias) do CVM, o Oferente declara expressamente que, tal como referido no Anúncio Preliminar e no Anúncio de Lançamento, a decisão de lançar a Oferta se fundou no pressuposto de que, entre a data do Anúncio Preliminar e Termo da Oferta, não ocorreu, nem ocorrerá: (a) declaração de insolvência da Sociedade Visada ou de sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Sociedade Visada; (b) prática de quaisquer atos, pela Sociedade Visada ou por sociedades em relação de domínio ou de grupo que consubstanciem um incumprimento do disposto no artigo 181.º (Deveres da sociedade visada), número 5, alínea d) do CVM. É ainda pressuposto da Oferta para todos os efeitos, designadamente os previstos no artigo 128.º (Alteração das circunstâncias) do CVM, a não ocorrência de qualquer alteração substancial nos mercados financeiros nacionais ou internacionais e nas suas instituições financeiras, não assumida 25

nos cenários oficiais divulgados pelas autoridades da Zona Euro e que tenha um impacto substancial negativo na Oferta ou na Sociedade Visada (numa base consolidada), excedendo os riscos que lhe são inerentes. A decisão de lançamento da Oferta baseou-se ainda, para todos os efeitos, designadamente os previstos no artigo 128.º (Alteração das circunstâncias) do CVM, no pressuposto de que, até ao Termo da Oferta, não ocorrerá: (a) qualquer evento não imputável à Oferente que seja suscetível de determinar um aumento da contrapartida proposta da Oferta; (b) qualquer facto não imputável ao Oferente que seja suscetível de afetar a livre disposição dos fundos comprometidos para a Liquidação da Oferta e que não seja suscetível de ser corrigido em tempo útil. Com sujeição a autorização da CMVM, nos termos do artigo 128.º (Alteração das circunstâncias) do CVM, que deve ser requerida num período de tempo razoável, a Oferta poderá ser modificada ou revogada pelo Oferente caso se verifique alteração imprevisível e substancial das circunstâncias que, de modo cognoscível pelos destinatários, hajam fundado a decisão de lançamento da oferta, excedendo os riscos a esta inerentes. Em virtude do lançamento da Oferta, o Oferente não renuncia a quaisquer direitos, designadamente o direito a requerer à CMVM a modificação ou revogação da Oferta (sem que sejam aqui efetuadas quaisquer previsões sobre a tomada de uma decisão favorável pela CMVM quanto a tal pedido), que lhes assista por factos ou atos incoerentes com os pressupostos contidos nos Documentos da Oferta, em especial aqueles cujos efeitos ou consequências ainda não se tenham verificado completamente ou não fossem conhecidos em toda a sua extensão pelo Oferente na data em que os Documentos da Oferta foram publicados. 2.6.3 Despesas e custos a serem suportados pelos destinatários da Oferta Serão da conta dos destinatários da Oferta todos os encargos inerentes à venda das Ações, designadamente as comissões devidas pela realização das transações em Sessão Especial do Mercado Regulamentado, as comissões de corretagem, os quais deverão ser indicados pelos 26

intermediários financeiros no momento da entrega das ordens de venda, bem como os impostos que couberem na situação tributável do vendedor. Os preçários de intermediação financeira estão disponíveis para consulta no sítio de Internet da CMVM (www.cmvm.pt). 2.6.4 Regime Fiscal O texto abaixo é um sumário do regime fiscal português, vigente à data do presente Prospeto, em relação a certos aspetos relevantes da tributação em Portugal do rendimento (incluindo os ganhos obtidos com a sua transmissão onerosa e ou aquisição gratuita) de Ações emitidas pela Sociedade Visada. Tratando-se de um resumo, o enquadramento descrito é necessariamente genérico e não exaustivo, pelo que não dispensa a consulta da legislação aplicável, nomeadamente quanto aos aspetos aqui não refletidos, encontrando-se ainda a lei, a sua regulamentação, a prática administrativa, jurisprudência e as demais fontes relevantes, sujeitos a alterações, incluindo, nos limites impostos pela Constituição da República Portuguesa, alterações que poderão ter caráter retroativo. Não foram tomados em consideração regimes transitórios ou especiais eventualmente aplicáveis, designadamente os aplicáveis a determinados titulares das Ações. As consequências fiscais podem ainda variar de acordo com as disposições previstas em instrumentos jurídicos internacionais relevantes e em vigor, incluindo, mas sem limitar, Convenções para Evitar a Dupla Tributação («Convenções») celebradas por Portugal ou de que Portugal é parte. Os destinatários da Oferta deverão consultar os seus assessores fiscais no que diz respeito às consequências fiscais em Portugal ou outras da compra, titularidade ou alienação das Ações, incluindo as consequências legais e fiscais em jurisdições estrangeiras. 27

2.6.4.1 Pessoas singulares residentes em Portugal Ganhos realizados na transmissão onerosa de Ações da Sociedade Visada O saldo anual positivo entre as mais-valias e as menos-valias realizadas resultante da alienação das Ações está sujeito a tributação em sede de IRS à taxa especial de 28% (artigo 72.º (Taxas especiais), número 1, alínea c) do CIRS), sem prejuízo do seu englobamento por opção dos respetivos titulares (artigo 72.º (Taxas especiais), número 8 do CIRS). Uma vez exercida a opção pelo englobamento, o saldo positivo entre as mais-valias e menos valias será agregado com os restantes rendimentos, ficando sujeito a tributação às taxas gerais progressivas de IRS com um máximo de 48% (artigo 68.º (Taxas gerais) do CIRS), acrescidas de uma taxa adicional de solidariedade de 2,5% sobre a parte do rendimento coletável que exceda os 80.000,00 até 250.000,00 e de 5% sobre o rendimento coletável que exceda 250.000,00 (artigo 68.º-A (Taxa adicional de solidariedade) do CIRS). Para apuramento do saldo, positivo ou negativo, mencionado nos parágrafos anteriores não relevam as perdas apuradas quando a contraparte da operação estiver sujeita no país, território ou região em que se encontre domiciliada para efeitos fiscais a um regime fiscal claramente mais favorável, tal como definido nos termos dos números 1 e 5 do artigo 63.º-D (Países, territórios ou regiões com um regime fiscal claramente mais favorável) da Lei Geral Tributária (artigo 43.º (Maisvalias), número 5 do CIRS). Rendimentos das Ações da Sociedade Visada Os rendimentos das Ações qualificam-se como rendimentos de capitais sujeitos a tributação em sede de IRS à taxa de 28% mediante retenção na fonte de natureza liberatória, salvo quando o seu titular opte pelo respetivo englobamento (artigo 71.º (Taxas liberatórias), número 1, alínea a) e número 8 do CIRS). 28

Sendo exercida a opção pelo englobamento, os rendimentos das Ações ficarão sujeitos às taxas gerais progressivas de IRS com um máximo de 48%, acrescidas de uma taxa adicional de solidariedade de 2,5% sobre a parte do rendimento coletável que exceda os 80.000,00 e até 250.000,00 e de 5% sobre a parte do rendimento coletável que exceda os 250.000,00 (artigos 68.º (Taxas gerais) e 68.º-A (Taxa adicional de solidariedade) do CIRS). Em caso de englobamento, o imposto retido na fonte é considerado como um pagamento por conta do imposto devido a final, ficando ainda o sujeito passivo obrigado a englobar, na respetiva declaração anual de rendimentos, a totalidade dos restantes rendimentos da mesma natureza auferidos no mesmo ano (artigo 22.º (Englobamento), número 5 do CIRS). A taxa de retenção na fonte é de 35% e tem natureza liberatória nos seguintes casos (artigo 71.º (Taxas liberatórias), número 16, alínea a) do CIRS) quando os rendimentos sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados, exceto quando seja identificado o beneficiário efetivo, termos em que se aplicam as regras gerais. Aquisição de Ações a título gratuito A aquisição de Ações a título gratuito (por morte ou em vida) encontra-se sujeita a IS à taxa de 10% (artigo 1.º (Incidência objetiva), número 3, alínea c) do CIS, e verba 1.2 da TGIS). Cônjuges, unidos de facto, ascendentes ou descendentes beneficiam de isenção de IS em tais aquisições (artigo 6.º (Isenções subjetivas), alínea e) do CIS). 2.6.4.2 Pessoas singulares não residentes em Portugal Ganhos realizados na transmissão onerosa de Ações da Sociedade Visada As mais-valias realizadas por pessoas singulares não residentes em Portugal com a transmissão onerosa de Ações encontram-se isentas de IRS, salvo no caso de pessoa singular com domicílio em país, território ou região qualificado como Paraíso Fiscal de acordo com a lista aprovada pela 29

Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, na sua redação atual (artigo 27.º (Mais-valias realizadas por não residentes) do Estatuto dos Benefícios Fiscais). O saldo anual positivo entre as mais-valias e menos-valias realizadas em Portugal por sujeitos passivos não residentes que não beneficiem da isenção acima referida encontra-se sujeito a IRS à taxa especial de 28% (artigo 72.º (Taxas especiais), número 1, alínea c) do CIRS), ficando o seu titular obrigado à apresentação da respetiva declaração anual de rendimentos na qual se incluam tais ganhos. Para apuramento do saldo, positivo ou negativo, mencionado nos parágrafos anteriores não relevam as perdas apuradas quando a contraparte da operação estiver sujeita no país, território ou região em que se encontre domiciliada para efeitos fiscais a um regime fiscal claramente mais favorável, tal como definido nos termos dos números 1 e 5 do artigo 63.º-D (Países, territórios ou regiões com um regime fiscal claramente mais favorável) da Lei Geral Tributária (artigo 43.º (Maisvalias), número 5 do CIRS). Em geral, nos termos das Convenções em que Portugal é signatário, o Estado da fonte (Portugal) é habitualmente limitado na sua competência para tributar as referidas mais-valias, mas as regras aplicáveis das Convenções deverão ser confirmadas caso a caso. Rendimentos das Ações da Sociedade Visada Os rendimentos das Ações auferidos por pessoas singulares não residentes por entidades residentes em Portugal encontram-se sujeitos a IRS mediante retenção na fonte à taxa liberatória de 28% (artigo 71.º (Taxas liberatórias), número 1, alínea a) do CIRS). A retenção na fonte acima referida poderá ser reduzida ou mesmo eliminada nos termos de uma Convenção celebrada entre Portugal e o país de residência do beneficiário dos rendimentos, desde que os requisitos formais legalmente impostos, previstas no artigo 101.º-C (Dispensa de retenção na fonte e reembolso de imposto relativo a rendimentos auferidos por não residentes) do CIRS, se encontrem verificados. 30