CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E DO PARQUE HABITACIONAL DO CONCELHO DO SEIXAL

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CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E DO PARQUE HABITACIONAL DO CONCELHO DO SEIXAL Este documento apresenta apenas um excerto do original.

NOTAS METODOLÓGICAS POPULAÇÃO RESIDENTE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POPULAÇÃO RESIDENTE, EM 2001 E EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE, ENTRE 1991 E 2001 ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO OS GRUPOS ETÁRIOS, EM 2001 E EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO OS GRUPOS ETÁRIOS, ENTRE 1991 E 2001 FAMÍLIAS CLÁSSICAS FAMÍLIAS CLÁSSICAS, EM 2001 E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FAMÍLIAS CLÁSSICAS, ENTRE 1991 E 2001 ALOJAMENTOS DISTRIBUIÇÃO DOS ALOJAMENTOS ALOJAMENTOS, EM 2001 E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALOJAMENTOS, ENTRE 1991 E 2001 ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS, EM 2001 E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS, ENTRE 1991 E 2001 EDIFÍCIOS CLÁSSICOS EDIFÍCIOS CLÁSSICOS EDIFÍCIOS CLÁSSICOS, EM 2001 E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EDIFÍCIOS CLÁSSICOS, ENTRE 1991 E 2001 EDIFÍCIOS CLÁSSICOS SEGUNDO A SUA ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO EDIFÍCIOS CLÁSSICOS SEGUNDO O TIPO DE UTILIZAÇÃO EDIFÍCIOS CLÁSSICOS SEGUNDO O TIPO DE UTILIZAÇÃO, EM 2001 E EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EDIFÍCIOS CLÁSSICOS SEGUNDO O TIPO DE UTILIZAÇÃO, ENTRE 1991 E 2001 EDIFÍCIOS CLÁSSICOS SEGUNDO O NÚMERO DE PAVIMENTOS EDIFÍCIOS CLÁSSICOS SEGUNDO O NÚMERO DE PAVIMENTOS, EM 2001 E EVOLUÇÃO DO NÚMERO D

NOTAS METODOLÓGICAS 1. O estudo "Caracterização da População e do Parque Habitacional do Concelho do Seixal" constitui um instrumento de trabalho onde estão identificadas as principais características da realidade populacional e habitacional do concelho do Seixal, de acordo com os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nos Recenseamentos Gerais da População de 1991 e de 2001. 2. Os resultados fornecidos pelo INE, nomeadamente a Base Geográfica de Referenciação Espacial (BGRE de 1991) e a Base Geográfica de Referenciação de Informação (BGRI de 2001), foram consubstanciados em duas Bases de Dados elaboradas em Access, ligadas à tabela de referenciação territorial (REFTER) a qual permite relacionar as subsecções estatísticas com lugares estatísticos (existem 58 lugares estatísticos definidos para o concelho do Seixal). Verificou-se a necessidade de adaptar os dados de 1991 à realidade de 2001 para efeitos de comparação quer cartográfica quer dos dados alfanuméricos. 3. Para a análise que implica o uso da variável área utilizou-se, ao nível das freguesias e do concelho, o valor da área "administrativa" oficial (9 358,2 ha) fornecido pelo Instituto Português de Cartografia e Cadastro (IPCC). Para o cálculo de densidades, optou-se por utilizar a área de solo, isto é, retirou-se à área total o valor da área do plano de água (Baía e Sapal), conforme se indica no quadro seguinte, dado que ambos poderiam produzir distorções na análise da realidade concelhia. Quadro I - Resumo de áreas do concelho do Seixal, por freguesia Freguesias Área administrativa oficial (ha) total solo plano de água Área em espaços residuais (ha) Aldeia de Paio Pires 1.214,1 1.032,2 181,9 875,1 Amora 2.730,7 2.498,8 231,9 1 124,9 Arrentela 958,2 906,2 52,0 29,0 Corroios 1.691,9 1.535,7 156,2 249,7 Fernão Ferro 2.526,0 2.526,0 0,0 666,5 Seixal 237,3 144,6 92,7 33,6 CONCELHO 9.358,2 8.643,5 714,7 2 978,8 Fonte: IPCC e CMS-PDM. 4. Quanto à estrutura do documento, optou-se por tratar os dados por variável primária (edifícios, alojamentos, indivíduos e famílias), desagregados à freguesia e ao lugar. Optou-se também por, no tratamento dos dados, agregar os 58 lugares estatísticos do concelho do Seixal em dois grupos, conforme se localizem a Norte ou a Sul da Auto-Estrada, devido às marcadas assimetrias detectadas entre estas duas áreas (são 35 lugares situados a norte da Auto-Estrada + parte de 2 lugares divididos; 1.941,2 ha (~22% do total do concelho); são 21 lugares situados a sul da Auto-estrada + parte de 2 lugares divididos; 3.789,1 ha (~44% do total do concelho)).. 5. As variáveis existentes nas bases de dados por nós elaboradas com a informação do INE, mas que não foram analisadas neste primeiro volume são as seguintes: actividade económica, níveis de escolaridade, mobilidade e emprego da população residente; condições de habitabilidade, características tipológicas (número de divisões) e entidade proprietária dos

alojamentos familiares clássicos de residência habitual; edifícios segundo os materiais utilizados na construção. Ao nível do concelho serão também analisados os dados sobre a origem da população. Todas estas variáveis serão tratadas e apresentadas no segundo volume desta primeira fase. POPULAÇÃO RESIDENTE Distribuição da população População residente, em 2001 Em 2001, residiam 150 271 indivíduos no concelho do Seixal na sua maioria nas freguesias de Amora (34%) e Corroios (31%). Cerca de 69,9% do total da população do concelho (105 138 habitantes) reside no conjunto dos lugares que se localizam a norte da Auto-Estrada e que representam 22,3% da área total do território (8709,1 ha - área do concelho sem plano de água). A população que reside no conjunto dos lugares a sul da Auto-Estrada, que representa a cerca de 43,5% da área total do território, corresponde 29,9% (44 971 habitantes) do total do concelho. Em 34,2% do território, que corresponde à área residual, residem apenas 162 indivíduos. O valor da densidade populacional do concelho é de 17,4 ha./ha. Acima deste valor estão as freguesias de: Arrentela, com 31,6 hab./ha; Corroios, com 30,3 hab./ha; e Amora, com 20,4 hab./ha. E abaixo daquele valor estão: Seixal, com 17,3 hab./ha; Aldeia de Paio Pires, com 7,6 hab./ha; e Fernão Ferro, com 4,3 hab./ha. Se a análise incluir apenas as áreas com ocupação urbana (65% do total do concelho), o valor da densidade sobe para 26,2 hab./ha. A Amora passa a ser a freguesia mais densa, com 46,7 hab./ha e Fernão Ferro a de densidade mais baixa, com 6,3 hab./há (quadro n.º 3, em anexo). No conjunto dos lugares a norte da Auto-Estrada a densidade populacional é de 54,2 hab./ha, isto é, cinco vezes superior à do conjunto dos lugares situados a sul daquela via. Quadro II - Distribuição da população residente nos lugares com mais população, dentro de cada freguesia, em 2001 Freguesia Aldeia de Paio Pires População residente (V.A.) 10 937 Amora 50 991 Arrentela 28 609 Corroios 46 475 Lugar População residente (V.A.) Peso da população do lugar na freguesia (%) Aldeia de Paio 5 768 52,7 Casal do Marco 2 840 25,9 Cruz de Pau 13 925 27,3 Paivas 12 124 23,7 Torre da Marinha 8 194 28,6 Qt.ª da Boa Hora 3 535 12,3 Miratejo 11 222 24,1 Corroios 10 358 22,3 Fernão Ferro 10 753 Fernão Ferro 5 512 51,3 Laranjeiras 1 998 18,6 Seixal 2 506 Seixal 2 468 98,5 Fonte: INE, Censos 2001.

Analisando ao nível do lugar, cerca de 38% da população do concelho reside em apenas cinco lugares: Cruz de Pau, Miratejo, Paivas, Corroios e Amora. Em geral, dentro de cada freguesia, a população tende a concentrar-se em 1 ou 2 lugares. Evolução da população residente, entre 1991 e 2001 Entre 1991 e 2001 a taxa de variação da população residente no concelho foi de 28,5%. O peso relativo da população residente a sul da Auto-Estrada aumentou de 18,9% em 1991 para 29,9% em 2001, enquanto que a norte daquela via o mesmo valor diminuiu de 81,0% para 69,9%. O crescimento populacional efectivo do conjunto dos lugares situados a sul da Auto- Estrada (22 814 indivíduos) foi mais do dobro do crescimento populacional efectivo do conjunto dos lugares a norte da Auto-Estrada (10 428 indivíduos). Este facto deve-se sobretudo ao crescimento populacional de alguns lugares entre os quais se destaca St.ª Marta do Pinhal que por si só representa 18% do crescimento populacional concelhio. As freguesias cuja taxa de variação da população se situam acima do valor do concelho são: Fernão Ferro, com 170,2%; Aldeia de Paio Pires, com 33,9%; e Corroios, com 31,1%. As freguesias cuja taxa de variação populacional se situa abaixo do valor concelhio são: Arrentela, com 27,7%; Amora, com 14,1%; e Seixal, com 11,5%. Na última década, registou-se um aumento da densidade populacional no concelho que passou de 13,5 para 17,4 habitantes por hectare, com especial incidência na freguesia de Fernão Ferro que subiu de 1,6 para 4,3 hab./ha. Se a análise incluir apenas as áreas com ocupação urbana, verifica-se o aumento da densidade populacional do concelho de 20,4 hab./ha, em 1991 para 26,2 hab./ha, em 2001. Apesar dos maiores acréscimos populacionais se terem verificado a sul da Auto-Estrada (103%), a norte, a densidade populacional continua a aumentar tendo passado de 48,8 hab./ha, em 1991 para 54,2 hab./ha, em 2001, mantendo-se portanto superior à densidade populacional a sul da referida via. Estrutura etária da população residente População residente segundo os grupos etários, em 2001 Ao nível do concelho, verifica-se que a população residente possui características que permitem afirmar que a estrutura etária é jovem, uma vez que o grupo etário dos 0 aos 19 anos representa 23,3% do total da população, o grupo dos 20 aos 65 anos representa 66,7% e o grupo etário com 65 ou mais anos representa apenas 10,1% (na Área Metropolitana de Lisboa, o grupo etário dos 0 aos 19 anos representa 20,8%, o grupo do 20 aos 64 anos representa 63,8% e os indivíduos com mais de 65 anos representam 15,4% do total da população, de acordo com os dados dos Censos 2001). A análise do índice de envelhecimento vem reforçar esta ideia, na medida em que, no Seixal, este índice é bastante inferior ao valor da Área Metropolitana de Lisboa: no concelho existem 60 idosos por cada 100 jovens, enquanto que na AML existem 103 idosos por cada 100 jovens (extraído de INE, Censos 2001). A freguesia do Seixal é a que apresenta a estrutura etária mais envelhecida: o grupo etário dos 0 aos 19 anos representa 18,8% do total da população, enquanto que a percentagem de população idosa (com 65 ou mais anos) é de 23,3%. Nesta freguesia verifica-se uma proporção de 162 idosos por cada 100 jovens. Aldeia Paio Quadro V Resumo dos indicadores de análise por grupos etários, em 2001 Índice de Envelhecimento (1) (%) Índice de Dependência Total (2) (%) Índice de Dependência Jovens (3) (%) Índice de Dependência Idosos (4) (%) Relação de Substituição Gerações (5) 59,49 38,55 24,17 14,38 1,46

Pires Amora 55,47 35,26 22,68 12,58 1,17 Arrentela 58,06 39,01 24,68 14,33 1,32 Corroios 55,14 33,60 21,66 11,94 1,17 Fernão Ferro 94,04 42,76 22,04 20,72 0,95 Seixal 162,05 60,64 23,14 37,50 1,14 Concelho 60,29 36,55 22,80 13,75 1,20 Fonte: INE, Censos 2001. Notas: (1) Pop. com 65 ou + anos x 100 Pop. entre 0 e 14 anos (2) Pop. entre 0 e 14 anos + Pop. com 65 ou + anos x 100 Pop. entre 15 e 64 anos (3) Pop. entre 0 e 14 anos x 100 Pop. entre 15 e 64 anos (4) Pop. com 65 ou + anos x 100 Pop. entre 15 e 64 anos (5) Pop. entre 15 e 39 anos Pop. entre 40 e 64 anos A Amora é a freguesia com mais jovens apresentando 23,6% de indivíduos com idades entre os 0 e os 19 anos. Corroios é a freguesia com menos idosos, uma vez que apenas 8,9% de população tem 65 ou mais anos. São estas as duas freguesias que apresentam a estrutura etária mais jovem e onde o índice de envelhecimento é mais baixo, na proporção de 55 idosos por cada 100 jovens. O índice de dependência total do concelho é de cerca de 37%, o que significa que existe uma relação de um dependente (jovens e idosos) para cada três indivíduos em idade activa. A contribuição do índice de dependência de jovens é superior à do índice de dependência de idosos, na medida em que existe um jovem para cada quatro indivíduos em idade activa e apenas um idoso para cada sete indivíduos em idade activa. A generalidade das freguesias acompanha os valores do índice de dependência total do concelho com excepção de Fernão Ferro e do Seixal onde é, significativamente, superior ao valor do concelho (43% e 61%, respectivamente). Este comportamento deve-se principalmente ao índice de dependência de idosos, que nestas freguesias apresenta valores bastante superiores ao valor concelhio. A freguesia do Seixal é a única onde o índice de dependência de idosos é superior ao índice de dependência de jovens (38% e 23%, respectivamente). Na relação de substituição de gerações (em idade activa), que fornece indicações sobre a capacidade das gerações mais jovens poderem substituir as mais idosas, o valor mínimo para garantir essa substituição é igual 1,00. No concelho do Seixal este índice atinge 1,20 e Fernão Ferro é a única freguesia que não atinge o valor de referência. Evolução da população residente segundo os grupos etários, entre 1991 e 2001 De modo geral, verifica-se que a variação da população do concelho segundo os grupos etários, sugere um envelhecimento uma vez que, por um lado a taxa de variação da população mais jovem, nomeadamente dos 0 aos 19 anos, é negativa, na ordem dos 1,8%, enquanto que, por outro lado, a população com 65 ou mais anos aumenta cerca de 86%. No entanto, importa referir que o envelhecimento verificado no Seixal não foi tão acentuado como na AML e

que a taxa de variação do grupo etário dos 0 e aos 4 anos no concelho foi francamente positiva, na ordem dos 29,2%, conforme se indica do quadro seguinte. NOTA: Comparativamente com o Seixal, a Área Metropolitana de Lisboa apresenta um envelhecimento da população bastante mais acentuado, principalmente nos grupos etários mais jovens. Variação da população entre 1991 e 2001, segundo os grupos etários: 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 e mais anos Concelho do 109 (0,8%) 3 836 (20,5%) 22 583 (34,8%) 7 022 (86,6%) Seixal A.M.L. -51 550 (-11,4%) -31 191 (-7,8%) 131 489 (9,6%) 101 063 (32,3%) Quadro VII - Variação populacional, segundo os grupos etários, por freguesia, entre 1991 e 2001 Freguesias 0-4 anos 5-9 anos 10-13 14-19 anos 20-64 65 ou + anos anos anos V.A. % V.A. % V.A. % V.A. % V.A. % V.A. % Aldeia de Paio 290 64,0 43 7,6-95 -17,6-98 -11,2 2 112 41,3 516 83,4 Amora 281 10,4-441 -14,1-861 -27,3-1 -20,3 6 300 22,5 2 075 77,8 Arrentela 433 31,3 72 4,58-123 -8,8-161 039-6,9 4 697 33,4 1 289 77,6 Corroios 601 29,7-52 -2,2-486 -19,1-303 -7,7 9 180 40,8 2 096 101,8 Fernão Ferro 309 142,4 277 99,6 201 81,7 434 107,2 4 457 188,2 1 096 235,7 Seixal 78 121,9 44 53,6-16 -17,4-45 -26,0 258 21,6-60 -9,3 Concelho 1 992 29,16-57 -0,71-1 -17,3 - -9,4 27 36,9 7 012 86,4 Fonte: INE, Censos 91 e 2001. 380 1212 004 Em todas as freguesias o grupo dos 0 aos 4 anos apresenta uma taxa de variação positiva, variando entre os 10%, na Amora e os 142%, em Fernão Ferro. O grupo dos 5 aos 9 anos perde, no concelho, cerca de -0,7% dos indivíduos. As freguesias de Amora e Corroios acompanham esta descida enquanto que as restantes freguesias têm uma variação positiva, entre as quais se destaca Fernão Ferro com um crescimento de cerca de 100%. Nos grupos etários dos 10 aos 13 anos e dos 14 aos 19 anos verificou-se um decréscimo populacional significativo, exceptuando-se a freguesia de Fernão Ferro onde se observam acréscimos acentuados em ambos os grupos. No grupo etário dos 20 aos 64 anos assiste-se a um aumento generalizado de população com destaque para Fernão Ferro. O grupo etário dos indivíduos com 65 ou mais anos é aquele em que assiste ao maior aumento de população, com valores acima dos 75%, destacando-se a freguesia de Fernão Ferro onde esta variação foi acima de 200%. A freguesia do Seixal é a única que perde população neste grupo, cerca de - 9% durante esta década. Em termos de evolução, o peso relativo de cada grupo etário no total da população comportouse do seguinte modo: o peso do grupo etário dos 0 aos 19 anos baixou de 30,5%, em 1991, para 23,3%, em 2001, relativamente ao total da população residente no concelho; a generalidade das freguesias acompanha este decréscimo com excepção da freguesia do Seixal onde este valor aumentou passando de 18,3%, em 1991, para 18,8%, em 2001, contrariando a tendência para a diminuição do número de jovens; o peso do grupo etário dos 20 aos 64 anos aumentou de 62,6%, em 1991, para 66,7%, em 2001, relativamente ao total da população residente no concelho; na generalidade das freguesia o peso relativo deste grupo é semelhante ao do concelho; o peso do grupo etário com 65 ou mais anos aumentou de 6,9%, em 1991, para 10,1%, em 2001, relativamente ao total da população residente no concelho; na generalidade das freguesia o peso relativo deste grupo é semelhante ao concelho com excepção da

freguesia do Seixal onde este valor diminuiu de 28,7%, em 1991, para 23,3%, em 2001, contrariando a tendência para o aumento do número de idosos. Nesta década, a freguesia do Seixal destacou-se quer como a freguesia mais envelhecida quer como a que mais rejuvenesceu. Nesta freguesia, o índice de envelhecimento diminuiu de 245%, em 1991, para 162%, em 2001. O rejuvenescimento está directamente relacionado quer com a redução do valor do índice de dependência de idosos (que passou de 48%, em 1991, para 37%, em 2001) quer com o aumento do valor do índice de dependência de jovens (que passou de 20%, em 1991, para 23%, em 2001). As freguesias de Amora e de Corroios partilharam o estatuto de freguesias mais jovens, apesar de terem sido também as que apresentaram a diminuição mais acentuada do peso relativo do grupo etário dos 0 aos 19 anos. É também nestas freguesias que se verifica o maior aumento do índice de envelhecimento, que passou de cerca de 27%, em 1991, para cerca de 55%, em 2001. Este envelhecimento está relacionado, por um lado, com o aumento do índice de dependência de idosos (cerca de 8%, em 1991, para cerca de 12%, em 2001) e, por outro lado, com a diminuição do índice de dependência de jovens (passou de cerca de 30% em 1991 para cerca de 22% em 2001). Pela relevância que assume na caracterização da população do concelho, deve ser realçado o conjunto de freguesias onde o peso do grupo etário dos 0 aos 4 anos aumentou, nomeadamente, Seixal (passou de 2,9% para 5,7%), Aldeia de Paio Pires (passou de 5,6% para 6,8%) e Amora (passou de 6,2% para 6,4%). Figura III - Pirâmides etárias no concelho do Seixal, em 1991 e em 2001 anos > 85 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 -8000-6000 -4000-2000 0 2000 4000 6000 8000 Homens nº indivíduos Mulheres anos >85 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 -8000-6000 -4000-2000 0 2000 4000 6000 8000 Homens nº indivíduos Mulheres A partir da análise comparativa entre as pirâmides etárias de 1991 e 2001 comprova-se o forte crescimento populacional que o concelho do Seixal sofreu durante a última década; comparando as duas pirâmides, verifica-se que a sua evolução se divide em duas partes: acima dos 50 anos, a evolução estará fundamentalmente relacionada com factores fisiológicos (evolução natural); abaixo dos 50 anos, poderá estar a ser influenciada por movimentos migratórios. Destaca-se o aumento da classe dos 20 aos 29, em relação ao que seria de esperar relativamente a 1991, uma vez que, inesperadamente, esta classe passou a contar com mais cerca de 8 000 indivíduos (figuras n.º 2 a 8, em anexo). A pirâmide etária de 1991 possuía uma estrutura relativamente jovem. A pirâmide etária de 2001, apesar de mostrar uma tendência para o envelhecimento, continua a possuir características de uma pirâmide jovem uma vez que a sua base (entre os 0 e os 14 anos) é mais larga que o seu topo (acima dos 65 anos). Ao longo da década, assistimos a um

progressivo estreitamento da base da pirâmide: enquanto que em 1991 o estreitamento observava-se até aos 9 anos, em 2001 esse estreitamento é perceptível até aos 19 anos; no entanto, no concelho do Seixal, observou-se um fenómeno importante de aumento da população dos 0 dos 4 anos (a taxa de variação é de 29,2%). O envelhecimento no topo da pirâmide é notório, e confirma-se observando a taxa de variação da população com 65 ou mais anos (86,4%) registada entre 1991 e 2001. A leitura das pirâmides etárias permite ainda algumas conclusões sobre o índice de masculinidade ( ) do concelho. Verifica-se que Índice de masculinidade = N.º de Homens x 100 N.º de Mulheres existem mais mulheres do que homens tendo, aquele índice, passado de 97%, em 1991, para 96%, em 2001. Esta desproporção acentua-se a partir do grupo etário dos 70 aos 74 anos o que poderá estar relacionado com a maior esperança de vida das mulheres. Nos grupos etários mais jovens existe uma ligeira predominância de homens em relação ao número de mulheres o que se relaciona provavelmente com a natalidade diferencial entre os sexos (o número de nados-vivos masculinos é superior ao de nados-vivos femininos (segundo o INE, em 2001, registaram-se 984 nados-vivos masculinos e 968 femininos). Da observação da estrutura etária de cada freguesia, para 1991 e para 2001, conclui-se que as pirâmides etárias das freguesias de Corroios, Amora e Arrentela apresentam uma estrutura semelhante à do concelho. Na pirâmide de Aldeia de Paio Pires destaca-se apenas o alargamento no grupo dos 25 aos 29 anos cuja variação, na década, representa 21% do crescimento populacional desta freguesia. A pirâmide etária de Fernão Ferro apresenta uma forma rectangular uma vez que a distribuição da população pelos grupos etários é mais homogénea. A análise da evolução demográfica da freguesia de Fernão Ferro, permite encontrar uma explicação para esta configuração relacionada com a provável ocupação intensa com famílias já constituídas, ocorrida durante a última década. A pirâmide etária da freguesia do Seixal apresenta igualmente uma tendência para a forma rectangular provavelmente relacionada com o contínuo decréscimo de população desde a década de 60; por outro lado na década de 90, e contrariando esta tendência, o número de indivíduos na freguesia cresceu 11,5 %. Com base na análise da evolução da estrutura etária ao longo da última década, no concelho do Seixal, tal como na AML, detecta-se uma tendência para que aquela espelhe a conjuntura social, política e económica verificada no País. FAMÍLIAS CLÁSSICAS Famílias clássicas, em 2001 Das 57 477 famílias clássicas do concelho do Seixal, a sua maioria reside nas freguesias de Amora (33,8%) e Corroios (30,5%). Cerca de 71,5% (38 239 famílias) do total das famílias do concelho reside no conjunto dos lugares que se localizam a norte da Auto-Estrada. As famílias que residem no conjunto dos lugares a sul desta via representam apenas 28,4% (15 174 famílias) do total de famílias do concelho. Relativamente à sua composição, 49,7% do total das famílias do concelho tem entre 3 e 4 elementos, 43,1% tem 1 ou 2 elementos e 7% tem 5 ou mais elementos. Das famílias residentes a norte da Auto-Estrada, cerca de 44,9% tem 1 ou 2 elementos, 48,4% tem 3 ou 4 elementos e 6,7% tem 5 ou mais elementos. Das famílias residentes a sul da Auto- Estrada, cerca de 38,7% tem 1 ou 2 elementos, 53,4% tem 3 ou 4 elementos e 7,9% tem 5 ou mais elementos.

Na generalidade das freguesias a distribuição das famílias, de acordo com o número de elementos que as compõem, é semelhante à do concelho, com excepção das freguesias do Seixal, em que a maioria das famílias tem 1 ou 2 elementos, representando 62,3% do total da freguesia e 3,9% tem mais de 5 elementos, e de Fernão Ferro, onde as famílias com 1 ou 2 se equiparam às de 3 ou 4 indivíduos (aproximadamente 45%). Cerca de 33,5% das famílias do concelho têm elementos com menos de 15 anos e 20,2% têm elementos com 65 ou mais anos. As freguesias apresentam o mesmo comportamento do concelho, com excepção da do Seixal onde apenas 23,9% das famílias têm elementos com menos de 15 anos e 40,4% têm elementos com 65 ou mais anos (quadro n.º 5, em anexo). Quadro VIII - Número de famílias, segundo a sua composição, por freguesia, em 2001 Freguesia Total 1 ou 2 pessoas 3 ou 4 pessoas 5 ou mais pessoas V.A. V.A. % V.A. % V.A. % Aldeia de Paio 4 015 1 815 45,2 1 950 48,6 250 6,2 Pires Amora 18 102 7 727 42,7 9 051 50,0 1 324 7,3 Arrentela 10 272 4 498 43,8 5 105 49,7 669 6,5 Corroios 16 325 6 746 41,3 8 420 51,6 1 159 7,1 Fernão Ferro 3 687 1 636 44,4 1 716 46,5 335 9,1 Seixal 1 076 671 62,4 362 33,6 43 4,0 Concelho 53 477 23 093 43,2 26 604 49,7 3 780 7,1 Fonte: INE, Censos 2001. Evolução do número de famílias clássicas, entre 1991 e 2001 Na última década, o número de famílias residentes no concelho (37 442, em 1991 e 53 477, em 2001) cresceu 42,8%. A variação 1991-2001 do número de famílias foi bastante superior à variação da população residente. A variação do número de famílias rondou os 25% a norte da Auto-Estrada (mais 7 596 famílias que representam 47% do crescimento do número de famílias do concelho) enquanto que a sul daquela via a variação atingiu os 124% (mais 8 395 famílias, cujo crescimento contribuiu com 52% para o aumento do número de famílias do concelho). As freguesias cuja taxa de variação do número de famílias clássicas se situa acima do valor do concelho são: Fernão Ferro, com 187%; Aldeia de Paio Pires, com 49,5%; Arrentela, com 47,7%; e Corroios, com 46,7%. As freguesias cuja taxa de variação se situa abaixo do valor médio do concelho são: Amora com 28,7% e Seixal com 13,3% (quadro n.º 5, em anexo). Em relação a esta variável, independentemente da sua variação interna, cada freguesia tem um peso diferente no crescimento do concelho. Corroios é responsável por 32,4% do crescimento do número de famílias do concelho; a Amora por 25,2%, a Arrentela por 18,3%, Fernão Ferro por 15,0%, Aldeia de Paio Pires por 8,3% e Seixal por 0,8%. Relativamente à sua composição, o número de famílias com 1 ou 2 elementos cresceu 94% de 1991 para 2001; o número de famílias com 3 ou 4 elementos cresceu 23% e o número de famílias com 5 ou mais elementos decresceu 0,04%. Verifica-se também que se manteve a tendência para que as famílias residentes a sul da Auto-Estrada sejam constituídas por mais indivíduos do que as residentes a norte daquela via. Quadro X - Variação do número de famílias, segundo a sua composição, por freguesia, entre 1991 e 2001 Freguesias Variação do n.º total de famílias Variação do n.º de famílias segundo a sua composição 1 ou 2 3 ou 4 5 ou mais

Aldeia de Paio Pires V.A. % V.A. % V.A. % 1 328 937 106 376 23,8 15 6,3 Amora 4 038 3 519 83,6 753 15,1-234 -14,9 Arrentela 2 942 1 949 76,4 1 026 25,1-33 -4,7 Corroios 5 196 3 562 111,8 1 730 25,8-96 -7,5 Fernão Ferro 2 405 1 159 242,9 1 068 164,8 178 114,7 Seixal 126 76 12,7 56 18,3-6 -12,2 Concelho 16 035 11 202 94,2 5 009 23,2-176 -4,4 Fonte: INE, Censos 91 e 2001 ALOJAMENTOS Dada a complexidade das diversas desagregações da variável primária alojamento, optou-se por incluir uma breve descrição dos conceitos a esta associados. No caso das variáveis alojamento, alojamento familiar, alojamento colectivo e alojamento familiar clássico, os conceitos são os definidos pelo INE. Para complementar e facilitar a leitura introduzimos a designação de alojamento familiar não clássico para um conjunto de variáveis (barracas, alojamentos improvisados, etc.) recenseadas pelo INE, mas que neste contexto, seria irrelevante analisar separadamente. Assim, considera-se: Alojamento - "Local distinto e independente que, pelo modo como foi construídos, reconstruído, ampliado ou transformado, se destina à habitação humana (...); ou qualquer outro local que, no momento censitário, estivesse a ser utilizado como residência de pessoas." O alojamento pode ser familiar ou colectivo: Alojamento Familiar - "Unidade de habitação que, pelo modo como foi construída, ou como está a ser utilizada, se destina a alojar, normalmente, apenas uma família." O alojamento familiar pode ser: - Alojamento Familiar Clássico - "Divisão ou conjunto de divisões e seus anexos que, fazendo parte de um edifício com carácter permanente (...) se destina à habitação permanente de uma família (...)." Pelas suas características construtivas e pelo tipo de ocupação a que se destinam, os Alojamentos Familiares Clássicos são aqueles cuja análise se torna mais relevante para este estudo. O alojamento familiar clássico pode estar numa das seguintes situações: - Residência Habitual: alojamento familiar clássico ocupado que constitui a residência principal e habitual de, pelo menos, uma família; - Uso Sazonal ou Secundário (inclui ocupante ausente ): alojamento familiar clássico ocupado que é utilizado periodicamente; - Vago: alojamento familiar clássico que, no momento censitário, se encontra disponível no mercado da habitação. - Alojamento Familiar Não Clássico: incluem-se nesta categoria as barracas, as casas rudimentares de madeira, os alojamentos improvisados, os alojamentos móveis, e ainda todos os locais que, não sendo destinados à habitação, estavam, no momento censitário, a ser utilizados como alojamentos por um ou mais indivíduos.

Alojamento Colectivo - "Local que, pela forma como foi construído ou transformado, se destina a alojar mais que uma família e, no momento censitário, está ocupado por uma ou mais pessoas, independentemente de serem residentes ou apenas presentes." Distribuição dos alojamentos Neste ponto a análise dos alojamentos é desagregada até ao nível da freguesia e das duas grandes área geográficas, norte e sul da auto-estrada. Alojamentos, em 2001 De acordo com o último Recenseamento Geral da População e da Habitação, dos 69 046 alojamentos recenseados no concelho do Seixal, 99,9% são alojamentos familiares, repartidos por alojamentos familiares clássicos (99,4%) e alojamentos familiares não clássicos (0,6%), conforme se indica no quadro seguinte. Quadro XI - Resumo do número de alojamentos existentes no concelho do Seixal, em 2001 Alojamentos 69 046 Familiares 69 010 Colectivos Clássicos Não Clássicos Residência Habitual 68 608 Uso Sazonal ou Secundário Vagos 402 36 52 348 11 079 5 181 Fonte: INE, Censos 2001. No conjunto dos lugares que se localizam a norte da Auto-Estrada encontram-se 46 572 alojamentos, ou seja cerca de 67,5% do total de alojamentos do concelho. Os 22 399 alojamentos localizados nos lugares a sul daquela via, representam apenas 32,4% do total de alojamentos do concelho. A densidade de alojamentos no concelho é de 7,9 alojamentos/ha; no entanto a norte da Auto- Estrada este valor é cerca de seis vezes superior ao registado a sul daquela via (37,5 e 5,9 aloj./ha, respectivamente). Relativamente ao tipo de ocupação, 76,3% dos alojamentos familiares clássicos eram de residência habitual, 16,2% eram de uso sazonal ou secundário e 7,5% estavam vagos. Em todas as freguesias os alojamentos familiares representam mais de 99% do total de alojamentos existentes dado que são apenas 36 os alojamentos colectivos recenseados no concelho. A freguesia do Seixal é a única onde não existem alojamentos colectivos e portanto onde todos os alojamentos existentes são familiares. Todas as freguesias têm uma percentagem de alojamentos familiares clássicos na ordem dos 99% relativamente ao total de alojamentos familiares. Os alojamentos familiares não clássicos encontram-se, predominantemente, nas freguesias de Amora, com 193; Arrentela, com 76; e Fernão Ferro, com 51. Em todas as freguesias predominam os alojamentos familiares clássicos de residência habitual; nas freguesias de Amora, Arrentela, Corroios e Aldeia de Paio Pires a percentagem de

alojamentos familiares clássicos de residência habitual situa-se entre os 78% e os 79%; nas freguesias de Seixal e Fernão Ferro esta percentagem é de 72% e 52%, respectivamente. No concelho, a percentagem de alojamentos familiares clássicos de uso sazonal ou secundário é de 16,2%. Fernão Ferro é a freguesia onde os alojamentos familiares clássicos de uso sazonal ou secundário tem maior peso representando cerca de 40% no conjunto dos alojamentos familiares clássicos da freguesia. A freguesia com menor percentagem de alojamentos com este tipo de ocupação é o Seixal onde estes representam apenas 6% do total de alojamentos familiares clássicos da freguesia. A percentagem dos alojamentos familiares clássicos vagos, por freguesia, situa-se entre os 6% e os 7% do total de alojamentos familiares clássicos, com excepção do Seixal onde estes representam cerca de 21%. Evolução do número de alojamentos, entre 1991 e 2001 Quadro XIII - Resumo da variação do número de alojamentos existentes no concelho do Seixal, entre 1991 e 2001 Alojamentos + 18 704 (37,2%) Familiares + 18 693 (37,2%) Colectivos Clássicos Não Clássicos Residência Habitual + 15 460 (41,9%) + 18 460 (36,8%) Uso Sazonal ou Secundário + 1 626 (17,2%) Vagos + 1 374 (36,1%) + 233 (137,9%) + 11 (44,0%) Fonte: INE, Censos 91 e 2001. Entre 1991 e 2001, as taxas de variação do número de: alojamentos, alojamentos familiares e alojamentos familiares clássicos, cresceram ao mesmo ritmo, ou seja na ordem dos 37%. No caso dos alojamentos familiares não clássicos, pese embora estes continuarem a ter uma fraca expressão no total de alojamentos familiares do concelho, verificou-se um aumento significativo que representa um crescimento de cerca de 138%. A análise do quadro anterior, indicia uma alteração no tipo de ocupação dos alojamentos familiares clássicos. De facto, a taxa de variação dos alojamentos familiares clássicos de residência habitual cresceu acima da taxa de variação dos alojamentos familiares clássicos enquanto que a taxa de variação dos alojamentos de uso sazonal ou secundário aumentou a um ritmo bastante menos significativo. De 1991 para 2001, a norte da Auto-Estrada a taxa de variação do número de alojamentos foi de 23,6% (+ 8 897 aloj.) enquanto que a sul daquela via esta taxa de variação foi de 77,1% (+ 9 749 aloj.). No entanto as assimetrias entre o norte e o sul da Auto-Estrada continuam bastante vincadas: o total de alojamentos situados a norte da Auto-Estrada continua a ser bastante superior ao dos alojamentos existentes a sul alojamentos familiares clássicos, nas freguesias de Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Corroios foi da mesma ordem de grandeza das registadas no concelho, ou seja, um crescimento de cerca de 40%. Nas freguesias de Amora e Seixal estas taxas de variação foram inferiores às do concelho, 25% e 20%, respectivamente; Fernão Ferro destaca-se por apresentar uma taxa de variação muito superior, na ordem dos 65%.

Quadro XIV - Variação dos alojamentos familiares clássicos, relativamente ao tipo de ocupação, por freguesia, entre 1991 e 2001 Freguesia Aldeia de Paio Pires Amora Alojamentos familiares clássicos de residência habitual Alojamentos familiares clássicos de uso sazonal ou secundário 1991 2001 Tx. Var. 1991 2001 Tx. Var. Alojamentos familiares clássicos vagos 1991 2001 Tx. Var. 2 651 3 916 47,7% 408 542 32,8% 289 517 78,9% 13 852 Arrentela 7 197 Corroios 11 023 17 509 10 142 16 146 26,4% 2 491 3 030 21,6% 1 453 1 529 5,2% 40,9% 935 1 617 64,2% 942 1 009 7,1% 46,5% 2 743 3 084 12,4% 794 1 313 65,4% Fernão Ferro 1 230 3 565 189,8% 2 683 2 714 1,2% 168 497 195,8% Seixal 935 1 070 14,4% 143 92-35,6% 161 316 96,3% Concelho 36 888 52 348 41,9% 9 453 11 079 17,2% 3 807 5 181 36,1% Fonte: INE, Censos 91 e 2001. Corroios foi a freguesia que registou o maior aumento do número de alojamentos familiares clássicos passando de 14 560, em 1991, para 20 543, em 2001, o que corresponde a uma taxa de variação de 41%. Relativamente ao tipo de ocupação, apesar de a esmagadora maioria destes novos alojamentos constituírem alojamentos de residência habitual, salienta-se que esta freguesia registou a taxa de variação mais elevada de alojamentos vagos, na ordem dos 65,5%; importa ainda referir que mais de metade do aumento do número alojamentos vagos se localiza no lugar de St.ª Marta do Pinhal (339 em 519 alojamentos vagos na freguesia). A Amora apesar de ter tido o segundo maior aumento do número de alojamentos familiares clássicos (4 272) do concelho, isto significou uma variação percentual de apenas 25%. Além disso, esta foi a freguesia com menor taxa de variação do número de alojamentos familiares clássicos vagos. Na freguesia de Arrentela o número de alojamentos familiares clássicos passou de 9 124, em 1991, para 12 768, em 2001, o que corresponde a uma taxa de variação de 40% (quadro n.º 6, em anexo). Destaca-se por ter sido a única freguesia com uma taxa de variação do número dos alojamentos de uso sazonal ou secundário superior à taxa de variação do número de alojamentos familiares clássicos, apesar do peso dos alojamentos com uso sazonal ou secundário continuar a ter uma reduzida expressão (passou de 11%, em 1991, para 12,5%, em 2001, do total de alojamentos familiares clássicos da freguesia). Fernão Ferro foi a quarta freguesia com maior variação do número de alojamentos familiares clássicos passando de 4 081, em 1991, para 6 776, em 2001, o que corresponde a uma taxa de variação de 66%. Foi a freguesia onde se registaram as maiores taxas de variação do número de alojamentos de residência habitual (190%) e do número de alojamentos vagos (195%) e foi também a freguesia com menor taxa de variação do número de alojamentos familiares clássicos de uso sazonal (apenas 1,2%). Detectou-se que, durante a década de 90, ocorreu uma transformação no tipo de ocupação dos alojamentos familiares clássicos que passaram a ser predominantemente de residência habitual (o seu peso aumentou de 30%, em 1991, para 53%, em 2001, do total de alojamentos familiares clássicos da freguesia). Aldeia de Paio Pires, apesar de ter registado a segunda maior taxa de variação do número de alojamentos familiares clássicos (48,5%), em termos absolutos, construiu-se apenas 1 627

alojamentos deste tipo. Destaca-se por ter tido um crescimento de quase 80% do número de alojamentos vagos o que poderá estar relacionado com a existência de várias urbanizações recentes, à época do recenseamento, ainda por ocupar. Seixal foi a freguesia com menor crescimento do número de alojamentos familiares clássicos, quer em valores absolutos (+ 239 alojamentos) quer em percentagem (19%). A freguesia do Seixal caracteriza-se por ter sido a única onde o número de alojamentos de uso sazonal diminuiu (-37%) e ainda por ser a freguesia que, em 2001, registou a maior percentagem de alojamentos vagos (21%). Alojamentos familiares clássicos Alojamentos familiares clássicos, em 2001 Como já foi referido, no concelho do Seixal, os alojamentos familiares clássicos são 68 608 cerca de 99,4% do total de alojamentos familiares. A maioria dos alojamentos familiares clássicos localizava-se nas freguesias de Amora (32,2%) e de Corroios (29,9%). Os lugares de Cruz de Pau, Paivas, Miratejo, Corroios e Amora, todos a norte da Auto-Estrada, concentram 24 964 alojamentos familiares clássicos que representam 36,4% do total de alojamentos deste tipo existentes no concelho. Em geral, dentro das freguesias, os alojamentos familiares clássicos tendem a concentrar-se em 1 ou 2 lugares. Quadro XIV - Distribuição dos alojamentos familiares clássicos nos lugares com maior número de alojamentos familiares clássicos, dentro de cada freguesia, em 2001 Freguesia Aldeia de Paio Pires Alojamentos familiares clássicos (V.A.) Lugar Alojamentos familiares clássicos (V.A.) % de Alojamentos familiares clássicos do lugar na freguesia Aldeia de Paio 2 719 54,7 4 975 Pi Casal do Marco 1 264 25,4 Cruz de Pau 6 240 28,3 Amora 22 068 Paivas 5 114 23,2 Arrentela 12 768 Torre da Marinha 3 761 29,5 Miratejo 4 744 23,1 Corroios 20 543 Corroios 4 628 22,5 Fernão Ferro 6 776 Fernão Ferro 3 299 48,7 Seixal 1 478 Seixal 1 463 99,0 Fonte: INE, Censos 2001. A densidade de alojamentos familiares clássicos do concelho é de 7,9 aloj./ha. Acima do valor da densidade de alojamentos familiares clássicos do concelho estão quatro freguesias: Arrentela, com 14,1 aloj./ha; Corroios, com 13,4 aloj./ha; Seixal, com 10,2 aloj./ha; e Amora, com 8,8 aloj./ha. Abaixo daquele valor de referência estão as freguesias de Aldeia de Paio Pires, com 4,8 aloj./ha e Fernão Ferro, com 2,7 aloj./ha. Se a análise incluir apenas as áreas com ocupação urbana (65% do território) a densidade de alojamentos familiares clássicos do concelho passa a ser de 23,0 aloj./ha e a Amora a freguesia mais densa, com 19,6 aloj./ha. Evolução do número de alojamentos familiares clássicos, entre 1991 e 2001 Na última década, como se pode verificar pela análise do quadro seguinte, a taxa de variação do número de alojamentos, do número de alojamentos familiares e do número de alojamentos familiares clássicos é semelhante.

Quadro XVII - Variação do número de alojamentos, número de alojamentos familiares e número de alojamentos familiares clássicos no concelho, entre 1991 e 2001 Variação 1991-2001 V.A. % N.º Alojamentos 18 704 37,1 N.º Alojamentos Familiares 18 693 37,1 N.º Alojamentos Familiares Clássicos 18 460 36,8 Fonte: INE, Censos 91 e 2001. As freguesias cuja taxa de variação do número de alojamentos familiares clássicos está acima do valor do concelho são: Fernão Ferro (66,0%), Aldeia de Paio Pires (48,6%), Corroios (41,1%) e Arrentela (39,9%). Abaixo daquele valor de referência, encontram-se as freguesias de Amora, com 24,0% e Seixal, com 19,3%. Corroios é a freguesia cujo aumento do número de alojamentos familiares clássicos (32,4%) mais contribui para o crescimento deste tipo de alojamentos, no concelho. A seguir está a freguesia de Amora (23,1%) e a freguesia de Arrentela (com 19,7% do crescimento total). Dos lugares que registaram maior variação do número de alojamentos familiares clássicos, destaca-se St.ª Marta do Pinhal por ter tido um acréscimo de 3 079 alojamentos familiares clássicos. A densidade de alojamentos familiares clássicos do concelho aumentou 2,1 alojamentos familiares clássicos/ha; a freguesia cuja densidade mais aumentou de 1991 para 2001 foi a Arrentela, com mais 4,0 alojamentos familiares clássicos/ha. Aldeia de Paio Pires e o Fernão Ferro foram as freguesias que menos aumentaram, contando em 2001 com mais 1,6 e 1,1 alojamentos familiares clássicos/ha, respectivamente. EDIFÍCIOS CLÁSSICOS A análise que se segue centra-se nos edifícios clássicos porque no Concelho, tanto em 1991 e em 2001, os edifícios não clássicos eram apenas 169 e 205, respectivamente. Edifícios clássicos Edifícios clássicos, em 2001 Dos 25 167 edifícios clássicos existentes no concelho do Seixal, a sua maioria concentra-se nas freguesias de Corroios, com 7 777 edifícios (31%), Fernão Ferro, com 6 379 edifícios (25%) e Amora, com 5 761 edifícios (23%). Cerca de 33,5% (8 436 edifícios) do total de edifícios do concelho situa-se no conjunto dos lugares que se localizam a norte da Auto- Estrada. Os edifícios localizados nos lugares a sul daquela via, correspondem a 66,0% (16 664 edifícios) do total de edifícios do concelho. O significativo número de edifícios que se regista nesta área geográfica resulta do facto da ocupação ser, predominantemente, de moradias. Nos lugares de Cruz de Pau e Amora (os de maior número de habitantes e onde predomina a habitação colectiva) o total dos edifícios representa apenas 8% do total de edifícios do concelho. Porém, nos lugares de Fernão Ferro, Vale de Milhaços, Foros de Amora e Laranjeiras (onde predominam as moradias) o total dos edifícios representa 33,5% do total concelhio. Em geral, dentro das freguesias, os edifícios tendem a concentrar-se em 1 ou 2 lugares.

Quadro XVIII - Distribuição do número de edifícios clássicos nos lugares com maior número de edifícios clássicos, dentro de cada freguesia, em 2001 Freguesia N.º de Edifícios (V.A.) Lugar N.º de Edifícios (V.A.) Edifícios do lugar na freguesia em % Aldeia de Paio Pires 1 291 Aldeia de Paio 578 47,8 Pires Foros de Amora 1 484 25,8 Amora 5 761 Cruz de Pau 1 155 20,0 Pinhal de Frades 872 25,5 Arrentela 3 412 Torre da Marinha 453 13,2 Vale de Milhaços 2 838 36,5 Corroios 7 777 Alto do Moinho 876 11,3 Fernão Ferro 3 059 47,9 Fernão Ferro 6 379 Laranjeiras 1 049 16,5 Seixal 547 Seixal 532 97,3 Fonte: INE, Censos 2001. O valor da densidade de edifícios do concelho é de 2,9 edif./ha. Acima deste valor situam-se as freguesias de Corroios, com 5,1 edif./há; Seixal, com 3,8 edif./há; e Arrentela, com 3,8 edif./ha. Nas freguesias de Fernão Ferro, com 2,5 edif./há; Amora 2,3, edif./há; e Aldeia de Paio Pires, com 1,3 edif./ha a densidade de edifícios encontra-se abaixo do valor concelhio. Se a análise de densidades incluir apenas as áreas com ocupação urbana (65% do território), a densidade de edifícios no concelho sobe para 4,39 edif./ha; Corroios é a freguesia mais densa, com 5,87 edif./ha, e Aldeia de Paio Pires a menos densa, com 2,31 edif./ha. Evolução do número de edifícios clássicos, entre 1991 e 2001 A taxa de variação do número de edifícios do concelho, entre 1991 e 2001, foi de 40,2%. Acima deste valor situa-se apenas freguesia de Fernão Ferro, com 62,5%. Nas restantes freguesias a taxa de variação ficou abaixo do valor do concelho: Arrentela, com 41,8%; Corroios, com 39,3%; Amora, com 31,7%; Aldeia de Paio Pires, com 12,2%; e Seixal, com 8,7%. No conjunto dos lugares a norte da Auto-Estrada o número de edifícios aumentou 16,0% (+1 165 edifícios) enquanto que nos lugares a sul daquela via aquele valor aumentou 56,3% (+6 000 edifícios). O aumento do número de edifícios a sul representa cerca de 83% na variação verificada no concelho. Cada freguesia tem um peso diferente no crescimento do concelho, em termos de edifícios: a freguesia de Fernão Ferro é responsável por 33,9% do crescimento do número de edifícios do concelho, Corroios representa 30,4%, a Amora 19,2%, a Arrentela 13,9%, Aldeia de Paio Pires 1,9% e Seixal 0,6%. De acordo com as freguesias em que se localizam, os lugares com maior peso na variação do número de edifícios entre 1991 e 2001 são os apresentados no seguinte quadro: Quadro XX - Variação do número de edifícios clássicos nos lugares com maior número de edifícios clássicos, dentro das freguesias, entre 1991 e 2001 Freguesia Lugar N.º de Edifícios em 1991 (V.A.) N.º de Edifícios em 2001 (V.A.) Variação do Edifícios por lugar (V.A.) Aldeia de Paio Pi Aldeia de Paio Pires 481 578 97

Amora Arrentela Casal do Marco 148 229 81 Foros da Amora 941 1 484 543 Belverde 415 669 254 Pinhal Conde da 46 277 231 CPinhal h de Frades 427 872 445 Casal do Marco 183 297 114 Vale de Milhaços 2 151 2 838 687 Corroios Verdizela 290 583 293 Corroios 527 742 215 St.ª Marta do Pinhal 1 216 215 Fernão Ferro 2 288 3 059 771 Fernão Ferro Laranjeiras 436 1 049 613 Redondos 408 864 456 Pinhal do General 394 841 447 Seixal Seixal 487 532 45 Fonte: INE, Censos 91 e 2001. Em geral, os lugares que tiveram maior aumento do número de edifícios correspondem a áreas predominantemente de habitação unifamiliar, localizadas, na grande maioria, a sul da Auto- Estrada, nomeadamente nos lugares de Fernão Ferro, Vale de Milhaços, Laranjeiras e Foros de Amora (totalizando +2 614 edifícios construídos, que representam 36% do aumento do número de edifícios no concelho, na última década). No concelho, a densidade de edifícios aumentou na última década, passando de 2,1 para 2,9 edifícios por hectare. Este acréscimo deu-se sobretudo em função do grande aumento do número de edifícios nos lugares situados a sul da Auto-Estrada cuja densidade ultrapassou a densidade de edifícios do conjunto de lugares situados a norte daquela via. Edifícios clássicos segundo a sua época de construção A análise que se segue, é feita com base nos resultados dos Censos 2001 que indicam o número de edifícios de acordo com a sua época de construção. Quadro XXI - Número de edifícios clássicos existentes, segundo a sua época de construção em 2001 Freguesia 1960 1970 1981 1991 2001 Aldeia de Paio Pires 346 157 271 244 273 Amora 551 565 1 574 1 889 1 182 Arrentela 545 416 649 998 804 Corroios 207 597 1 586 3 280 2 107 Fernão Ferro 53 239 1 137 2 691 2 259 Seixal 377 43 18 23 86 Concelho 2 079 2 017 5 235 9 125 6 711 Fonte: INE, Censos 1960, 1970, 1981, 1991 e 2001. Até meados ao início dos anos 60 do século passado, a maioria dos cerca de 2 000 edifícios, do concelho do Seixal, foram construídos na zona ribeirinha, agora considerada o norte da

Auto-Estrada. A construção a sul desta via só começou a ter alguma expressão a partir da década de 60, época em que foi construída aquela infra-estrutura viária. O número de edifícios construídos entre 1970 e 1980 nos lugares situados a sul da Auto-Estrada supera o dos construídos a norte desta via, neste mesmo período. Esta tendência mantém-se durante a década seguinte, e em 1991, o total de edifícios existentes a sul da Auto-Estrada é já superior ao total dos existentes a norte (na proporção de 59,4% para 40,5%, respectivamente). Durante a década de 90, 83,5% dos edifícios do concelho foram construídos a sul da Auto- Estrada, onde actualmente se localizam 66,2% dos edifícios aí existentes. No entanto, nesta área geográfica, foi na década de 80 que se construíram mais edifícios (7 447) ou seja, 44,7% do total de edifícios actualmente aqui existentes. A construção de edifícios a norte da Auto- Estrada ocorreu sobretudo na década de 70, quando se construíram 2 454 edifícios, que representam 29,1% do total de edifícios actualmente existentes nesta área geográfica. Ao nível concelhio, a década de 80 foi a que registou maior construção de edifícios tendo o número de edifícios clássicos crescido 128%. Dos edifícios existentes em 2001, 36% (9 125 edifícios) tinham sido construídos entre 1981 e 1990, e 27% (6 711 edifícios) foram construídos entre 1991 e 2001.De acordo com o indicado no quadro anterior, 84% dos edifícios construídos no concelho são posteriores a 1970, o que pode indicar que o parque habitacional é relativamente novo (quadro n.º 9, em anexo). Edifícios clássicos segundo o tipo de utilização Edifícios clássicos segundo o tipo de utilização, em 2001 Em 2001, dos 25 167 edifícios existentes no concelho, aproximadamente 90% (22 636 edifícios) são de uso exclusivamente residencial; nas freguesias este valor varia entre os 80% e os 93%. Cerca de 32% dos edifícios exclusivamente residenciais localizam-se na freguesia de Corroios. Tanto a norte como a sul da Auto-Estrada predominavam os edifícios exclusivamente residenciais; verifica-se, no entanto, que no conjunto dos lugares situados a norte daquela via, o número de edifícios principalmente residenciais representava 18,5%, enquanto que nos lugares a sul este valor é de apenas 5,8%. Edifícios Clássicos Segundo o Número de Pavimentos Edifícios clássicos segundo o número de pavimentos, em 2001 No concelho do Seixal, 74,7% dos edifícios do concelho têm 1 ou 2 pavimentos (18 821 edifícios); 17,2% (4 334 edifícios) têm 3 ou 4 pavimentos e 8,1% (2 012 edifícios) têm 5 ou mais pavimentos. No conjunto dos lugares situados a norte da Auto-Estrada 50,8% (4 286) dos edifícios têm 1 ou 2 pavimentos, 28,4% (2 395 edifícios) têm 3 ou 4 pavimentos e 20,8% (1 755 edifícios) têm 5 ou mais pavimentos. No conjunto dos lugares situados a sul da Auto-Estrada o cenário é significativamente diferente uma vez que a percentagem de edifícios com 1 ou 2 pavimentos é bastante superior à do concelho representando 86,8% (14 470 edifícios); 11,6% (1 937) dos edifícios têm 3 ou 4 pavimentos e apenas 1,5% (257 edifícios) têm 5 ou mais pavimentos. A distribuição percentual dos edifícios segundo o número de pavimentos é semelhante na generalidade das freguesias. No entanto Fernão Ferro destaca-se por ser a freguesia onde 96% dos edifícios tem 1 ou 2 pavimentos e 3,9% têm 3 ou 4 pavimentos. A Amora destaca-se por ser a freguesia onde 14% dos edifícios têm 5 ou mais pavimentos. Cerca de 81% (15 188) do total de edifícios do concelho com 1 e 2 pavimentos estão nas freguesias de Fernão Ferro, Corroios e Amora; 71,7% (3 111) do total de edifícios do concelho com 3 e 4 pavimentos estão nas freguesias de Corroios e Amora e 90,8% (1 827) do total de edifícios do concelho com 5 ou mais pavimentos estão nas freguesias de Amora, Corroios e Arrentela (quadro n.º 10, anexo). Existem vários lugares onde o número de edifícios com 1 ou 2 pavimentos ultrapassa os 90%, nomeadamente, Belverde, Fernão Ferro, Laranjeiras, Lobateira, Marisol, Pinhal Conde da