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Transcrição:

Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 977/XIII/3.ª ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, ALARGANDO AS POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA E LIMITANDO A APLICAÇÃO DA FIGURA DA SUSPENSÃO PROVISÓRIA DE PROCESSO (31.ª ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL) Exposição de motivos Os requisitos de aplicabilidade de uma medida de coação não visam, como é do conhecimento de todos/as, nenhum tipo de punição do arguido. Os seus fins são diferentes dos das penas e nem sequer se confundem com eles, apesar de, por exemplo quando referimos o caso da prisão preventiva, haver uma privação da liberdade. No mesmo sentido, não é demais recordar que também na imposição de uma medida de coação impõe-se levar a cabo uma ponderação de necessidade, adequação e proporcionalidade. Assim, alterar o regime da prisão preventiva exige do legislador um pensamento diferente do da alteração de uma moldura penal. Com este projeto de lei visa-se estender a possibilidade de aplicação da prisão preventiva a uma vasta série de crimes cujos tipos legais tutelam, na sua larga maioria, a autodeterminação sexual ou, como é exemplo o caso da violência doméstica, vários bens jurídicos.

Apresentamos este projeto de lei, pois, à semelhança do que acontece no Código Penal, existe um tratamento diferenciado entre crimes patrimoniais e crimes contra a autodeterminação sexual - desfavorável, na sua dignidade penal, a estes últimos - que carece de sustentação. Efetivamente, torna-se difícil de perceber, e falamos à luz do Código de Processo Penal e dos requisitos das medidas de coação (relembremos, ainda que de forma não detalhada: perigo de fuga, perigo de perturbação do inquérito e perigo de continuidade de atividade criminosa e perturbação da ordem pública), que o julgador possa aplicar a prisão preventiva quando confrontado com indícios de um crime de dano, mas não o possa fazer face a indícios de crimes de prova mais complicada e onde, na esmagadora maioria das vezes, o agressor tem um ascendente brutal sobre a vítima. Nem se diga que existem outras medidas de coação que tornam desnecessária esta extensão que é agora levada a cabo, pois este argumento choca contra o histórico de processos conhecidos em que o agente muitas das vezes incumpre aquilo a que está sujeito e valeria para todos os tipos legais de crime. Além do mais, estende-se esta possibilidade de imposição de prisão preventiva a um vasto leque de crimes cuja taxa de reincidência é bastante elevada, ecoando nestes números as várias mulheres que morreram às mãos de um agressor. Respeitando o princípio da separação de poderes, naturalmente que não se pretende com este projeto de lei dar nenhuma indicação de como deve proceder o poder judicial, mas tão só dar a este poder constitucional todos os meios para que possa imprimir mais justiça aos casos concretos. Neste ensejo, é também da mais elementar justiça que o juízo de oportunidade que é levado a cabo com o instituto da suspensão provisória do processo seja inaplicável a estes tipos legais. A análise dos inquéritos abertos, em matéria de violência doméstica, revela-nos que nos anos de 2015 e 2016 mais de 5000 agressores domésticos, com culpa provada ou assumida foram dispensados de ir a julgamento tendo-lhes sido aplicado o instituto da suspensão provisória do processo (5521). Ficam obrigados a pagar uma indemnização à vítima, ao Estado ou a uma instituição de solidariedade social ou a frequentarem programas ou atividades. Estas injunções como o «pedido de desculpa», «não agressão

à ofendida» ou mesmo «entrega de quantia pecuniária a instituição», sem mais, deveriam ser residuais ou mesmo inaplicáveis. Esta é uma das conclusões do estudo realizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, no âmbito do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa (OPJ) e solicitado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) com o objetivo de avaliar, quantitativa e qualitativamente, as decisões proferidos pelo Ministério Público e pelos Tribunais no âmbito do artigo 152º do Código Penal. De facto, o instituto da suspensão provisória do processo (cfr. artigo 281.º do Código Processo Penal) não pode ser aplicável ao crime de violência doméstica, seja pela perversidade que é o Estado considerar que neste tipo de crimes a vítima está em pé de igualdade com o agressor, seja pelo facto de a reincidência nos crimes ser elevada e, por norma, com episódios de violência cada vez maiores. Recorde-se, que num estudo desenvolvido pela Polícia Judiciária, aos femícidios cometidos na Grande Lisboa entre 2010 e 2015, concluiu-se que um terço das mulheres assassinadas já tinha apresentado queixa de Violência Doméstica. Urge, pois, aperfeiçoar as leis de modo a proteger as vítimas, nomeadamente, limitando riscos desnecessários para a vida daquelas. Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, as Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda, apresentam o seguinte Projeto de Lei: Artigo 1.º Objeto A presente Lei procede ao alargamento dos tipos legais de crime que, respeitados os demais critérios, são suscetíveis de imposição da medida de coação prisão preventiva, alterando o Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 48/95, de 15 de março, e alterado pela Lei Nº 17/87, de 1 de junho, pelos Decretos-Lei Nº 387-E/87,de 29 de dezembro, Decreto-Lei Nº 423/91, de 30 de outubro, Decreto-Lei Nº 343/93, de 1 de outubro, Decreto-Lei Nº 317/95, de 28 de novembro, pelas Leis Nº 59/98, de 25 de agosto, Lei Nº 3/99, de 13 de janeiro, Lei Nº 7/2000, de 27 de maio, pelo Decreto-Lei Nº 320-C/2000, 15 de dezembro, pela Lei Nº 52/2003, de 22 de agosto, pelo Decreto- Lei Nº 324/2003, de 27 de agosto, pela Lei Orgânica Nº 2/2004, 12 de maio, pela Lei Nº

48/2007, de 29 de agosto, pelo Decreto-Lei Nº 34/2008, de 26 de fevereiro, pelas Leis Nº 52/2008, de 28 de agosto, Lei Nº 115/2009, de 12 de outubro, Lei Nº 26/2010, de 30 de agosto, Lei Nº 20/2013, de 21 de fevereiro, pela Lei Orgânica Nº 2/2014, de 6 de agosto, Lei Nº 27/2015, de 14 de abril, Lei Nº 58/2015, de 23 de junho, Lei Nº 130/2015, de 4 de setembro, Lei Nº 1/2016, de 25 de fevereiro, Lei Nº 40-A/2016, de 22 de dezembro, Lei Nº 24/2017, de 24 de maio, Lei Nº 30/2017, de 30 de maio, Lei Nº 114/2017, de 29 de dezembro e Lei Nº 1/2018, de 29 de janeiro. Artigo 2.º Alteração ao Código de Processo Penal São alterados os artigos 202.º e 281.º do Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 48/95, de 15 de março, com as posteriores alterações, que passam a ter a seguinte redação: «Artigo 202.º ( ) 1 ( ): a) ( ); b) ( ); c) ( ); d) Houver fortes indícios de prática de crime doloso de ofensa à integridade física qualificada, furto qualificado, dano qualificado, burla informática e nas comunicações, receptação, falsificação ou contrafacção de documento, atentado à segurança de transporte rodoviário ou dos crimes previstos e punidos pelos artigos 152.º a 152.º-B do Código Penal e artigos 163.º a 179.º do Código Penal, puníveis com pena de prisão de máximo superior a 3 anos. e) ( ); f) ( ). 2 ( ).

Artigo 281.º ( ) 1 ( ). 2 ( ). 3 ( ). 4 ( ). 5 ( ). 6 ( ). 7 Ficam excluídos do presente artigo os processos por crimes de violência doméstica. 8 ( ). 9 ( ).» Artigo 3.º Entrada em vigor A presente Lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Assembleia da República, 13 de agosto de 2018. As Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda,