CLASSIFICAÇÃO DE HABITATS PELÁGICOS DA COSTA BRASILEIRA. Aline de Matos Valério Disciplina Análise Espacial de Dados Geográficos 19/12/2013

Documentos relacionados
Classificação de habitats pelágicos da costa brasileira Aline de Matos Valério Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Caixa Postal 515

Classificação de habitats pelágicos da costa brasileira Aline de Matos Valério 1 Milton Kampel 1

Determinação de Ecorregiões Marinhas na Margem Continental Brasileira.

Caracterização da dinâmica da pluma do rio

Maria Fernanda Coló Giannini Carlos Alberto Eiras Garcia

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 27

Projeto MAArE Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Entorno. Protocolos Técnicos MAArE Subárea- Sensoriamento Remoto

Variabilidade do ciclo anual das feições oceanográficas com imagens de cor do oceano e temperatura na região de Cabo Frio - RJ

FISB24 Introdução à Oceanografia Física Descritiva. Mauro Cirano

Variabilidade espaço-temporal da concentração de clorofila-a no Oceano Atlântico Equatorial baseados nos dados do sensor MODIS-AQUA

Plataforma continental: processos químicos

Ilhas de Cabo Verde Islands

Observation of the Douro Estuary Turbid Plume Using High-Resolution MODIS Ocean Color Images. 12 Junho de

Relação entre a precipitação pluvial no Rio Grande do Sul e a Temperatura da Superfície do Mar do Oceano Atlântico

Alterações no padrão de cobertura da terra na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro/RJ nos anos de 1985 e DOMINIQUE PIRES SILVA

Distribuição típica de TS nos Oceanos Globais

SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos

UTILIZAÇÃO DO SENSORIAMENTO REMOTO NO SUPORTE À PESCA ESPORTIVA E INDUSTRIAL NA COSTA BRASILEIRA: SUPERANDO LIMITAÇÕES

COMPORTAMENTO ESPACIAL DA CLOROFILA- A NO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA, RIO SÃO FRANCISCO

Modelagem numérica da circulação marítima na região costeira do Estado de São Paulo

Modelação do Ambiente Marinho

Anais do XVIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto -SBSR

Observação por satélite de um vórtice de núcleo quente na Zona de Confluência Brasil- Malvinas durante a Operação Antártica XXI

MODELAGEM NA ESTIMATIVA DE ÁREA E VOLUME DA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DE CURUAI. Vitor Souza Martins

Derivadores Rastreados por Satélite: uma eficiente ferramenta aplicada à Oceanografia.

Modelagem Biogeoquímica Oceânica no BESM

DISTRIBUIÇÃO DO CAMPO DE TEMPERATURA DO AR SOBRE O OCEANO ATLÂNTICO ADJACENTE À COSTA SUDESTE DO BRASIL

Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Ministério da Ciência e Tecnologia

ESTIMATIVA DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR UTILIZANDO GOES-8 NO CPTEC/INPE

Mapeamento do uso do solo

Avelino Langa

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL PLANO DE TRABALHO DETALHADO

Simulações numéricas da circulação marítima na região costeira do Estado de São Paulo

Anais do XVIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto -SBSR

INFORMATIVO CLIMÁTICO

et al., 1996) e pelo projeto Objectively Analyzed air-sea Flux (OAFlux) ao longo de um

ESTIMATIVAS DE NITROGÊNIO DE SUPERFÍCIE NA BACIA DE CAMPOS RJ, A PARTIR DE DADOS DE TEMPERATURA E CLOROFILA-A OBTIDOS POR SATÉLITE

Variação Sazonal da TSM do Atlântico Equatorial Ocidental a partir do Sensor AVRHH

MORFODINÂMICA DO ESTUÁRIO DO RIO JUQUERIQUERÊ CARAGUATATUBA, SÃO PAULO. Liziara de Mello Valerio Orientador: Prof. Dr.

Oceanografia por Satélites

Sensoriamento Remoto Aplicado Ambientes Aquáticos

Caracterização espectral, físico-química e bio-óptica das águas sob a influência do Rio Amazonas

Fenômeno La Niña de maio de 2007 a abril de 2008 e a precipitação no Rio Grande do Sul

Identificação de zonas de pesca potenciais do Dourado (Coryphaena hippurus) na costa sudeste.

ANÁLISE E TENDÊNCIA ESPECTRAIS DA ALTURA DA SUPERFÍCIE DO MAR NO OCEANO ATLÂNTICO TROPICAL

Estudo da aplicação de filtros de detecção de bordas na identificação da frente termal da Corrente do Brasil

Massas de água. Caracterização das massas de água existentes nos diferentes oceanos. Diagramas T-S.

Análise de multi-resolução por ondeletas da variabilidade espacial e temporal da pluma de salinidade do Rio Amazonas

INFORMATIVO CLIMÁTICO

Escopo do Grupo de Trabalho 1 Base Científica das Mudanças Climáticas

MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO NOÇÕES SOBRE A ATMOSFERA TERRESTRE

O Projeto Vida na Laje de Santos Subprojeto Oceanografia Física / Hidrodinâmica

O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA. A Terra no Espaço

JOÃO FRANCISCO ILLA FONT ZANELLA 1 GLAUBER ACUNHA GONÇALVES OSMAR MÖLLER JÚNIOR

BOLETIM DE DIAGNÓSTICO CLIMÁTICO NOVEMBRO DE 2011

Palavras- chave: Seamounts, Vitória-Trindade, MD-55, GIS, deepsea, fishes, montes submarinos, SIG, peixes..

VARIABILIDADE SAZONAL DA PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO SUL DO BRASIL

INFORMATIVO CLIMÁTICO

LEAA Laboratório de Estudos em Agricultura e Agrometeorologia RENDIMENTO DE GRÃOS

Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

ALTA DO ATLÂNTICO SUL E SUA INFLUÊNCIA NA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL

Salinity, Ciclo Hidrológico e Clima

INFORMATIVO CLIMÁTICO

DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE OSCILAÇÃO SUL (IOS) E A PRECIPITAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL 1. INTRODUÇÃO

A Radiação solar e efeitos no ecossistema (capítulo 9)

ANÁLISE DOS FLUXOS DE CALOR NA INTERFACE OCEANO- ATMOSFERA A PARTIR DE DADOS DE UM DERIVADOR e REANÁLISE

Estudo da variabilidade temporal da concentração de clorofila estimada por satélite na plataforma continental catarinense: latitude 26º 46 S

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos

IPSENTINEL. Infraestrutura Colaborativa para os dados Sentinel em Portugal

Produção primária fitoplanctônica estimada por satélite na costa sudeste brasileira: comparação de algoritmos. Milton Kampel 1 Salvador A.

INTRODUÇÃO AO SIG. Programa. Referências Bibliográficas. Prof. Luciene Delazari

A RELAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO E DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR EM ANOS DE ALTA E BAIXA QUALIDADE DA UVA NA REGIÃO NORDESTE DO RIO GRANDE DO SUL

PELD-FURG Reunião nr. 4: nov. 2011

IDENTIFICAÇÃO DE ECORREGIÕES EM AMBIENTES COSTEIROS NO ATLÂNTICO SUDOESTE ATRAVÉS DE DADOS OCEANOGRÁFICOS OBTIDOS POR SENSORES ORBITAIS.

Análise do modelo de regressão GWR em águas túrbidas para dados Landsat 5 - TM

INFLUÊNCIA DE LA NIÑA SOBRE A CHUVA NO NORDESTE BRASILEIRO. Alice M. Grimm (1); Simone E. T. Ferraz; Andrea de O. Cardoso

Análise de agrupamento dos dados sedimentológicos da plataforma e talude continentais da Bahia

SIMULAÇÃO DAS CIRCULAÇÕES LOCAIS NO RIO GRANDE DO SUL: FORMAÇÃO E INTERAÇÃO DAS BRISAS NO INTERIOR E REGIÃO COSTEIRA DO ESTADO

UTILIZAÇÃO DE DADOS ORBITAIS MULTISENSOR NA CARACTERIZAÇÃO DE EXSUDAÇÕES NATURAIS DE ÓLEO NO GOLFO DO MÉXICO

Salvar os oceanos. Escola Básica e Secundária de Muralhas do Minho, Valença. A. Lê Conhecer o Oceano princípio 1 e completa as palavras cruzadas.

INFORMATIVO CLIMÁTICO

ESTIMATIVAS DE PRECIPITAÇÃO DERIVADAS DE IMAGENS DO SATÉLITE GOES-8 E DE RADAR METEOROLÓGICO DOPPLER

EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL DIÁRIA UTILIZANDO PRODUTOS DO SENSOR MODIS/TERRA NA BACIA DO RIO PARACATU

INFORMATIVO CLIMÁTICO

POSICIONAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL EM ANOS DE EL NIÑO E LA NIÑA

Comparação da variabilidade da temperatura da superfície do mar estimada pelos sensores remotos AVHRR-NOAA e MODIS-AQUA nas estações da rede Antares

Sensoriamento Remoto no Estudo da Água

PHD-5004 Qualidade da Água

CARACTERIZAÇÃO E MISTURA DE MASSAS DE ÁGUA ANÁLISE TERMOHALINA:

REFLECTÂNCIA ESPECTRAL DA ÁGUA

BOLETIM CLIMÁTICO OUTONO (Início: 20/03/2017 às 07h29min - Término: 21/06/2017 à 01h24min)

ANALISE DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS OBTIDAS ATRAVÉS DE SATÉLITES NO AUMENTO DA DENGUE: ESTUDO DE CASO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, MS.

Processamento de Nível 1B para Nível 2 e comparação das reflectâncias marinhas dos sensores MODIS e MERIS na costa Sudeste do Brasil

1 a Lista de Exercícios

A INFLUÊNCIA DE ALGUMAS VARIÁVEIS ATMOSFÉRICAS A EXTREMOS DE PRODUTIVIDADE DE TRIGO NO RIO GRANDE DO SUL.

Variação espaço-temporal da clorofila-a e temperatura superficial do mar na Bacia de Campos (RJ) Fernanda da Silva Telles 1 Flavia Tavares Delcourt 1

ANÁLISE PRELIMINAR DA ESTRUTURA TERMAL DAS ÁGUAS DOS OCEANOS ATLÂNTICO SUL E AUSTRAL ATRAVÉS DE DADOS DE XBTs

INFORMATIVO CLIMÁTICO

Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais

Transcrição:

CLASSIFICAÇÃO DE HABITATS PELÁGICOS DA COSTA BRASILEIRA Aline de Matos Valério Disciplina Análise Espacial de Dados Geográficos 19/12/2013

SUMÁRIO Introdução Objetivo Materiais e Métodos Resultados Conclusões Sugestões futuras

INTRODUÇÃO Coluna de água: habitat pelágico Organismos dependem de características da massa de água adequadas ao seu ciclo de vida Temperatura, salinidade, clorofila, oxigênio etc... Dependem de batimetria, presença de ventos, aporte de agua doce e efluentes. Oceano não é homogêneo : massas de água Propriedades espaciais permitem a definição de regiões persistentes Longhurst et al. (1995) /Ciotti et al. (2010)/ Castro e Miranda (1998) Habitats variam no tempo e sazonalidade: a oria das bioregionalizações ignoram o componente temporal. Em regiões com alta dinâmica, a mesma posição fixa no oceano pode ser coberta por diferentes habitats, dependendo da estação do ano. Sensoriamento remoto e modelagem: dados sinópticos dados in situ Estratégias de manejo

OBJETIVO Definir a distribuição espaço temporal de habitats pelágicos diferenciáveis na costa brasileira utilizando dados de satélite e modelados.

MATERIAIS Composições mensais de imagens de clorofila e temperatura da superfície do oceano MODIS Aqua 4km Ocean Color Web Climatologia de Nitrato a 100m de profundidade: NOAA: World Ocean Atlas 2009 Batimetria: ETOPO 1 NOAA Produção primária Oregon State / Ocean Color Web Modelo utilizado: CbPM Coeficientes de retroespalhamento para calcular concentração de carbono de fitoplancton npp = carbon * growth rate * f(par) * z_eu (Spectral matching algorithm) Anterior clorofila e eficiência fotossintética: temperatura e transparência da água.

MATERIAIS

MATERIAIS Variável Período disponível Resolução Temporal Resolução Espacial Extensão CHL 1/7/2002-01/07/2012 mensal 4km hdf SST 1/7/2002-01/07/2012 mensal 4km hdf Batimetria atemporal atemporal 1 arc min grd Produção Primária 1/10/1997-01/05/2010 mensal 1km hdf Nitrato 23/05/1950-16/02/2008 Climatologia 1 grau netcdf Período: 2005-2010 0.5 grau Extensão ascii Variáveis recortadas: Latitude: 5 a -35 Longitude: -53 a -33 1 4 7 5 2 5 8 3 6 9

MÉTODOS Software Matlab Dados normalizados de 0 a 1 NaNs foram transformados para o valor -9999 Matrix 3D Considera o tempo e o espaço das variáveis Dendrograma K-médias Mapa de probabilidade

MÉTODOS Dendrograma: cluster hierárquico que procura o valor s próximo por distância euclidiana. Neste trabalho foi calculada a distância média entre os pontos K-média: classificador não supervisionado e não hierárquico. O número de clusters devem ser informados antecipadamente ao determinar as posições iniciais dos centroides dos clusters. Este algoritmo agrupa cada elemento ao cluster do centroide s próximo e recalcula os centros dos clusters a partir dos elementos agrupados (Schowengerdt, 1997). Para estre trabalho, os centroides foram escolhidos a partir de estatísticas da média das 72 datas (período de 2005 a 2010) como por exemplo: média, máximo, desvio padrão, desvio padrão negativo (média desviopad) e mediana. Mapa de probabilidade

RESULTADOS

RESULTADOS Isobatas: 4500 3500 200

RESULTADOS Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5 O domínio da zona costeira é definida por Mittelstaedt (1991) para regiões em que a circulação oceânica é significantemente modificada pela interação da batimetria costeira e o regime de vento. Esse limite costeiro normalmente é dominado por uma frente de quebra de plataforma e inclui regiões com áreas de ressurgência costeiras associadas a eddies anticiclonicos (Longhurst et al., 1995). A corrente costeira do Brasil vai desde a birfurcaçao da Corrente Sul-Equatorial a 10S por toda a costa até uns 42S, onde encontra com a corrente das Malvinas. A massa de água associada a classe 4 provavelmente deve-se a região de ressurgência de Canarias na costa da África (Mackas, et al., 2006).

jan 2006 - jan 2007 - jan 2008 - jan 2009 - jan 2010 - jan jan 2006 - jan 2007 - jan 2008 - jan 2009 - jan 2010 - jan jan 2006 - jan 2007 - jan 2008 - jan 2009 - jan 2010 - jan jan abr jul out 2006 - jan abr jul out 2007 - jan abr jul out 2008 - jan abr jul out 2009 - jan abr jul out 2010 - jan abr jul out jan 2006 - jan 2007 - jan 2008 - jan 2009 - jan 2010 - jan RESULTADOS 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Pixel Classe 1 350 300 250 200 150 100 50 0 Pixel Classe 2 600 500 400 300 200 100 0 Pixel Classe 3 Pixel Classe 4 Pixel Classe 5 700 600 500 400 300 200 100 0 1400 1200 1000 800 600 400 200 0

RESULTADOS

RESULTADOS NPP JAN 2005 TSM JAN 2005 CHL JAN 2005 TODAS EXCETO BATIMETRIA JAN 2005 NITRATO

CONCLUSÕES Kmeans pode diferenciar os habitats pelágicos com base nas variáveis utilizadas 5 Classes Diferenciáveis Classe 1: Pouca contribuição Classe 2: Contribuição do Rio Amazonas Classe 3: Segue a batimetria Classe 4: Massa de água proveniente da Africa Classe 5: Oceano Pouco variação no tamanho de área das 5 classes ao longo do 6 anos. Essas classes persistem ao longo do tempo. Uma tendência positiva e discreta no cluster relacionado a contribuição do Rio Amazonas

SUGESTÕES Classificação pelo método Fuzzy aceita NaN na classificação Utilizar s variáveis como a profundidade da camada de mistura, CDOM, vento e temperatura em outra profundidade

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA Castro, B. M., Brandini, F. P., Pires-Vanin, A. M. S., Miranda, L. B. 2006. Multidisciplinary Oceanographic Processes On the Western Atlantic Continental Shelf Between 4N and 34S, p. 259-293. In: A. R. Robinson & K. Brink (Eds.). The Global Coastal Ocean. Interdisciplinary Regional Studies and Syntheses. The Sea. Harvard University Press. Castro, B. M. & Miranda, L. B. 1998. Physical oceanography of the western Atlantic continental shelf located between 4º N and 34º S coastal segment (4W). The Sea, 11: 209-251. Hobday A.J., Young J.W., Moeseneder C., Dambacher J.M. 2011. Defining dynamic pelagic habitats in oceanic waters off eastern Australia. Deep-Sea Research II 58, 734-745. Longhurst, A., Sathyendranath, S., Platt, T., Caverhill, C., 1995. An estimate of global primary production in the ocean from satellite radiometer data. Journal of Plankton Research 17, 1245 1271. Mackas, D.L., Strub, P.T., Andrew, T., Montecino, V. Eastern Ocean Boundaries Pan-Regional Overview. IN: The Sea: The Global Coastal Ocean Interdisciplinary Regional Studies and Synthesis, 2006. Schowengerdt, R. A. Remote sensing: models and methods for image processing. London: Academic Press, 1997.