Nota informativa CÓDIGO DE EXECUÇÃO DAS PENAS E MEDIDAS PRIVATIVAS DA LIBERDADE - alterações DGAJ/DSAJ/DF - 2013 Direção-Geral da Administração da Justiça
CÓDIGO DE EXECUÇÃO DAS PENAS E MEDIDAS PRIVATIVAS DA LIBERDADE - alterações LEI N.º 21/2013, DE 21 DE FEVEREIRO A presente lei entra em vigor a 23 de março de 2013 É revogado o artigo 182.º do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade. O capítulo V do título IV do livro II do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade passa a ter a epígrafe «Liberdade condicional e execução da pena acessória de expulsão». É aditada ao capítulo V do título IV do livro II do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas de Liberdade, a secção IV, com a epígrafe «Execução da pena acessória de expulsão». São aditados os artigos 188.º-A, 188.º-B e 188.º-C Execução da pena de expulsão (Artigo 188.º-A) Aplicada pena acessória de expulsão, o juiz ordena a sua execução logo que: Cumprida 1/2 da pena, nos casos de condenação em pena até 5 anos de prisão, ou, em caso de execução sucessiva de penas, logo que se encontre cumprida metade das penas; Cumpridos 2/3 da pena, nos casos de condenação em pena superior a 5 anos de prisão ou, em caso de execução sucessiva de penas, logo que se encontrem cumpridos dois terços das penas. Por proposta fundamentada do diretor do estabelecimento prisional e com a anuência do condenado, o juiz de execução das penas pode decidir a antecipação da execução da pena acessória de expulsão, logo que cumprido: 1/3 da pena, nos casos de condenação em pena até 5 anos de prisão, ou, 1/2 da pena, nos casos de condenação em pena superior a 5 anos de prisão 2
Audição do recluso e decisão (Artigo 188.º-B) O juiz designa data para audição do condenado, estando presentes o Ministério Público e o defensor. Após a audição do condenado é dada a palavra ao Ministério Público e ao defensor para, querendo, requererem ao juiz a formulação de perguntas ou oferecerem provas e para se pronunciarem sobre a antecipação da execução da pena acessória de expulsão. Seguidamente o juiz profere decisão verbal. A audição do condenado, as provas produzidas oralmente e a decisão são documentadas mediante registo audiovisual ou áudio, ou consignadas no auto quando aqueles meios técnicos não estiverem disponíveis. O dispositivo é sempre ditado para a ata. Notificação da decisão e recurso (Artigo 188.º-C) notificada: A decisão que determine ou recuse a execução da pena de expulsão é ao condenado; ao defensor; e ao Ministério Público. Após trânsito em julgado, a decisão que determine a execução da pena acessória de expulsão é comunicada: aos serviços prisionais; aos serviços de identificação criminal, através de boletim de registo criminal; ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras; e aos demais serviços ou entidades 1 que devam intervir na execução da medida. Solicitada cópia da gravação ou do auto, através de requerimento, do condenado ou do Ministério Público, a mesma é sempre entregue no prazo máximo de 48 horas. A decisão é passível de recurso 2. 1 - Nomeadamente, a entidade patronal. 3
Têm legitimidade para recorrer o Ministério Público e o condenado. O recurso tem efeito suspensivo e reveste natureza urgente, nos termos do artigo 151.º NOTA: A secção de processos do TEP deverá ter o cuidado de: Colocar alarmes no Habilus para o ½ e os 2/3 nos processos de reclusos estrangeiros em que foi aplicada pena acessória de expulsão; Recebida a proposta do diretor do EP, tratá-la como expediente urgente 3 ; Após notificação da decisão ao Ministério Público, ao defensor e ao recluso, aguardar o prazo para a interposição de recurso 30 dias + 3 dias úteis -; Só após expirado o prazo para o efeito 4 se dará cumprimento à decisão, passando mandados, enviando boletim de registo criminal, etc. Esta NOTA INFORMATIVA não dispensa a leitura do diploma legal. 2 - O prazo é de 30 dias n.º1 do art.º 411.º do CPP ex vi art.º 239.º do CEP. 3 Dada a possibilidade de antecipação da execução da pena acessória de expulsão logo que cumprido 1/3 da pena, nos casos de condenação até 5 anos de prisão. 4 Salvo, se houver renúncia ao decurso do mesmo, por parte de quem pode recorrer. 4
Coleção : Textos de apoio Processo Penal Autor: Direção-Geral da Administração da Justiça Divisão de Formação Titulo: Código Execução das Penas e das Medidas Privativas da Liberdade Alteração Lei n.º 21/2013, de 21 de fevereiro Coordenação técnico-pedagógica: Adriana Rodrigues Mês de: Março 2013 Direção-geral da Administração da Justiça - Divisão de Formação Av. D. João II, n.º 1.08.01 D/E piso 10.º, 1994-097 Lisboa, PORTUGAL TEL + 351 21 790 64 21 Fax + 351 21 154 51 02 EMAIL cfoj@mj.pt http://e-learning.mj.pt/dgaj - www.dgaj.mj.pt 5