O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1271 - SEXTA-FEIRA, 21 / JUNHO / 2019 10 mi de reais foi o lucro que o Comitê Organizador da Copa América teve com a bilheteria do jogo de estreia do Brasil, contra a Bolívia Messi vira atrativo maior na Copa América POR REDAÇÃO Adificuldade que a organização da Copa América tem tido para encher os estádios nas duas primeiras rodadas do torneio só não é realidade quando Lionel Messi está em campo. Até agora, os jogos de maior público do torneio que não envolveram a seleção brasileira foram os da Argentina de Messi. O camisa 10, cinco vezes eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo, é o astro que todo torcedor quer ver no Brasil. Até agora, nos dois jogos da Argentina na competição, a média de público foi de 35,1 mil pessoas. Os outros times levaram até agora, em média, 13,3 mil torcedores ao estádio por partida. Só o Brasil, anfitrião da Copa América, tem melhor presença de público: média de 43 mil pessoas. Messi também tem ajudado a encher os cofres do Comitê Organizador da com- 1
petição. Até agora, os dois jogos da Argentina tiveram uma renda bruta de R$ 16 milhões. O de estreia, contra a Colômbia, foi o segundo que mais arrecadou no torneio até agora: R$ 9,3 milhões (só perdeu para a partida de abertura). Já o empate contra o Paraguai, na quarta-feira, gerou R$ 6,7 milhões de arrecadação. No domingo, Messi volta a campo com uma importante missão. A Argentina precisa bater o Qatar para conseguir a classificação para a fase final. O jogo, na Arena do Grêmio, deverá representar um novo recorde de arrecadação, ainda mais sendo realizado num estado que faz fronteira com a Argentina. A previsão é de que diversos torcedores argentinos se desloquem para acompanhar à partida. Com a Copa América chegando ao término da primeira fase, a tendência é que os torcedores tenham mais interesse em acompanhar os jogos. Em 11 partidas realizadas até esta sexta-feira, o campeonato levou cerca de 280 mil torcedores pagantes aos estádios, média de 25,5 mil pessoas por partida. Neste final de semana, com duelos decisivos da fase de grupos, a expectativa é de aumento de público. Se os estádios seguem com dificuldade para lotar, o mesmo não se pode dizer da arrecadação com as partidas. Até agora, a Conmebol já faturou mais de R$ 70 milhões com os jogos. Em média, é cerca de R$ 6,8 mi de renda bruta por partida. O aumento de público é hoje uma das maiores missões da Conmebol na Copa América. Segundo Alejandro Dominguez, presidente da entidade, o baixo público nos estádios é preocupante: "Num país onde se vive o futebol, gostaríamos que as pessoas participassem mais. Tem jogos que têm muita gente, e outros que não têm muito. O balanço até agora é muito positivo, e creio que vai melhorar", afirmou. IMAGEM DA SEMANA TORCIDA BRASILEIRA ASSUME MESSI-MANIA A presença de Messi nos gramados da Copa América tem levado o torcedor brasileiro a adotar a torcida pela Argentina. No Mineirão, torcedor usou a 10 hermana e ainda levou cartaz em que dizia realizar o sonho de ver o "Melhor do Mundo"
OPINIÃO Ídolo é fundamental em qualquer evento POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte Copa América deixa de lado a força O que faz a paixão pelo esporte existir? Por mais que tenhamos o discurso de que as instituições são sempre superiores aos astros, é inegável que o ídolo é fundamental para atrair as pessoas para uma competição. Na Copa América maltratada pelo calendário do futebol brasileiro, em que pouco tempo houve para falarmos sobre a competição antes de ela começar, a presença de Lionel Messi se transformou no grande atrativo para o torcedor. Por mais centenária que seja a disputa, por mais interesse que exista pelo futebol, é o ídolo quem cativa. Esporte mais popular do mundo, o futebol costuma usar pouco a imagem dos jogadores para promover suas competições. Geralmente falamos muito sobre a história dos torneios, buscamos informações sobre os grandes jogos e quase nunca nos apegamos aos ídolos para promover a competição. Essa Copa América talvez seja a última chance que teremos de ver, aqui no Brasil, Messi em campo. É bem provável que, quando o torneio voltar ao país, o camisa 10 da Argentina já esteja aposentado. Nos estádios, o torcedor já deu mostras de que percebeu isso, tanto que tem comparecido com mais afinco aos jogos da Argentina nessas duas primeiras iniciais. O corte de Neymar foi, para a Copa América, um golpe de azar. Poderíamos ter, desfilando pelos gramados brasileiros, os principais jogadores de Barcelona e PSG (já que ainda os "coadjuvantes" uruguaios Suárez e Cavani estão por aqui). O que isso poderia render de pauta para a imprensa e engajamento para a organização? Mas, mesmo sem Neymar, temos por aqui alguns dos maiores jogadores da atualidade. E o que fazem os organizadores da Copa América com essa informação? Os dirigentes esportivos da América do Sul esqueceram a importância de usar o ídolo para promover seus eventos. É algo que deveria ser papel deles e da mídia de ancorarem seus esforços em melhor promover a competição para o público. Seja pelo interesse financeiro direto, seja pelo indireto, gerado pelo aumento do interesse do público em acompanhar o torneio não apenas dentro de campo, mas pela mídia. Mesmo eventos badalados, como a NBA e a NFL, utilizam a história dos jogadores para ampliar o interesse das pessoas em suas competições. Por que os dirigentes sul-americanos não conseguem olhar para o ídolo como um trunfo nesse sentido? Por mais que as competições se tornem gigantes, os ídolos são a essência de qualquer disputa. A Copa América precisa usar mais esse trunfo para crescer na reta final. de Messi, Cavani, Suárez e cia. para concentrar esforços só na competição
Em pesquisa, Mastercard cerca hábitos de países POR REDAÇÃO BRAHMA CRIA AÇÃO EM QUE FÃ CONHECE MELHOR ATLETA DA DECISÃO A Brahma criou uma ação para ampliar vendas, mapear o hábito de consumo do cliente e, ainda, levar o torcedor para viver uma experiência na final da Copa América. Por meio do Clube n 1, plataforma de relacionamento com torcedores de futebol, a marca criou a ação "Memórias que realmente importam". O vencedor levará mais três amigos para ver a final da Copa América do camarote e, após o jogo, dará o troféu de "Homem do Jogo" ao vencedor. Patrocinadora da Copa América, a Mastercard decidiu fazer um mapeamento dos hábitos de consumo dos torcedores dos países participantes da competição relacionados ao momento de torcer por suas seleções dentro de campo. Em parceria com a empresa de pesquisa Kantar, a marca de cartões de crédito quis conhecer os hábitos dos torcedores em Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru. Entre os resultados obtidos, dois que chamam a atenção são o interesse em acompanhar às partidas em casa (92% das pessoas) e ainda o uso de camisas oficiais para torcer pelos seus países. A Colômbia é o o país que mais adota a camisa da seleção para acompanhar o time nacional (90% das pessoas), seguido pelos brasileiros (89%) e argentinos (80%). Os peruanos estão um pouco abaixo, com 70% de uso da camisa. Os chilenos são os menos "patrióticos" nesse assunto: só 48% usa a camisa da seleção atual bicampeã continental nos jogos. O estudo ainda questionou o que o torcedor faz durante o intervalo das partidas. Para os colombianos, o momento de pausa é também para reabastecimento alimentar: 74% vão para a cozinha pegar comida e bebida. Já os argentinos usam a pausa, em sua maioria, para ir ao banheiro (77%). Os brasileiros, por sua vez, fazem do hábito de acompanhar a seleção um acontecimento social: 62% querem ver os jogos juntos dos amigos. No Peru, a torcida pelo país é um hábito familiar: os mesmos 62% dos entrevistados disseram que reúnem a família para torcer pela equipe nacional. PANINI LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL PARA CELEBRAR COPAS DE JUNHO A editora Panini aproveitou as disputas das Copas América e do Mundo feminina para lançar um guia das duas competições. A revista "Jogão", que é lançada em edições especiais pela editora, tem 25 páginas exclusivas de cada uma das duas competições. Além do conteúdo sobre os torneios, a aposta da editora é de reverenciar dois grandes atletas. A edição tem um card de Pelé e outro de Marta. A edição ainda traz informações sobre os times que jogam as duas competições e também um guia para o torcedor ver os jogos. A revista ainda traz figurinhas dos álbuns oficias das duas competições, ambos feitos pala Panini.
Torneio deixa legado estrutural no Morumbi POR POR ERICH REDAÇÃO BETING Oestádio do Morumbi recebeu, na noite de quarta-feira, o último de três jogos da Copa América. Na próxima semana, o São Paulo voltará a cuidar de seu estádio. E o receberá com algumas melhorias estruturais. Para adequar-se ao padrão exigido pela Conmebol para a Copa América, o Morumbi reformou os estádios, por meio de uma parceria com a Brahma, recebeu uma nova iluminação, teve melhorias na instalação de internet e, ainda, passou a contar com dois telões, com apoio da TCL, patrocinadora do torneio sul-americano. "Estamos bem contentes. Tivemos uma série de itens modernizados, ficamos à frente de outras arenas que foram feitas há quatro anos. Tudo que era muito importante para modernizar o Morumbi, dentro das condições normais, foi feito", disse Eduardo Rebouças, diretor executivo de infraestrutura do Morumbi, ao UOL. O clube não diz quanto investiu para realizar as reformas. Alguns parceiros acabaram auxiliando no custeamento das obras, como Ambev e TCL. Além disso, a Claro instalou 400 antenas para melhorar o sinal de internet no estádio. "Todas as medidas de maior custo vão serão rateadas de uma maneira inteligente. O patrocínio do telão vai pagar. É claro que temos de dispor de um pouco de dinheiro, mas fizemos tudo muito enxuto", completou Rebouças ao UOL. Para ceder o Morumbi para a Copa América, o São Paulo recebeu do Comitê Organizador Local um valor de aluguel do estádio. De acordo com o borderô dos jogos que já foram divulgados até agora, o clube paulista recebeu R$ 350 mil por partida realizada no Morumbi. Isso significa que, ao todo, o clube embolsou R$ 1,05 milhão, além de contar com o legado das melhorias de infraestutura. 5