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Conselho da União Europeia Bruxelas, 17 de junho de 2019 (OR. en) 10341/19 NOTA de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações n.º doc. ant.: 10258/19 Assunto: CONUN 69 ONU 65 DEVGEN 128 SUSTDEV 95 COJUR 6 COHAFA 56 COHOM 82 COARM 97 ENV 602 FIN 421 CLIMA 161 CYBER 207 CFSP/PESC 486 CSDP/PSDC 301 Ação da UE para reforçar o multilateralismo assente em regras Conclusões do Conselho (17 de junho de 2019) Junto se envia, à atenção das delegações as conclusões do Conselho sobre a ação da UE para reforçar o multilateralismo assente em regras, adotadas pelo Conselho na sua 3700.ª reunião, realizada em 17 de junho de 2019. 10341/19 hs/le 1 RELEX.1.B PT

ANEXO Conclusões do Conselho Ação da UE para reforçar o multilateralismo assente em regras 1. Neste mundo interligado e em rápida mudança, dependemos de uma ordem internacional assente em regras e precisamos de regras estabelecidas de comum acordo e de instituições mundiais eficazes e inclusivas no âmbito do sistema das Nações Unidas (ONU) e para além do mesmo para garantir a paz, a segurança, os direitos humanos, a prosperidade e o desenvolvimento sustentável para todas as pessoas. O direito, os acordos e as regras internacionais estabelecem condições de concorrência equitativas tanto para os países grandes como para os pequenos. Um sistema multilateral eficaz, pertinente e resiliente tem de ser capaz de fazer face às novas realidades mundiais, permanecer fiel às regras e aos princípios da Carta das Nações Unidas e promover a resolução pacífica de litígios entre Estados. 2. A necessidade de promover soluções multilaterais, um princípio fundamental da ação internacional da UE ao abrigo do Tratado da União Europeia, é mais urgente do que nunca. Tal como refletido na Estratégia Global para a Política Externa e de Segurança da UE, o multilateralismo com a ONU no seu centro é uma pedra angular da política externa da UE. É do nosso interesse a existência de um sistema multilateral assente em regras e direitos, que proteja o património comum da humanidade, promova os bens públicos comuns e proporcione benefícios aos cidadãos na Europa e em todo o mundo. A cooperação através de um multilateralismo eficaz continua a ser a melhor forma de promover os interesses nacionais e coletivos. 3. Reiterando que os direitos humanos são universais, indivisíveis e interdependentes e devem ser concretizados em todo o mundo, a UE continuará a promover a ação internacional em matéria de proteção e promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, da dignidade humana, da democracia, do Estado de direito, do progresso social, da solidariedade e da igualdade, incluindo a igualdade de género e os direitos das pessoas pertencentes a minorias. 10341/19 hs/le 2

4. No atual ambiente geopolítico, a UE e os seus Estados-Membros, em estreita cooperação com outros parceiros, intensificarão os esforços para promover e reforçar o multilateralismo. Uma das principais prioridades será reforçar o apoio público ao multilateralismo e à ordem internacional assente em regras, por via da demonstração dos seus resultados aos cidadãos. 5. Sublinhamos a necessidade de continuar a reforçar a cooperação interna e a coesão na UE. Reafirmamos o nosso firme empenho em que a UE fale a uma só voz nas instâncias internacionais pertinentes. 6. A época atual de incerteza a nível mundial e de desafios enfrentados pelo multilateralismo e pela ordem internacional assente em regras exige uma liderança proativa, sólida e responsável da UE na cena multilateral. A UE e os seus Estados-Membros são intervenientes importantes na definição da agenda multilateral, sendo também o maior contribuinte financeiro coletivo para o sistema da ONU. 7. Só podemos enfrentar os grandes desafios mundiais da nossa era, trabalhando em parceria com os outros quer sejam Estados, organizações internacionais e regionais, sociedade civil, setor privado, parceiros sociais, quer outras partes interessadas e apoiando a reforma do sistema multilateral. 10341/19 hs/le 3

8. Neste contexto, o Conselho conclui que a UE visa promover um sistema multilateral eficaz que apresente resultados na resolução dos atuais e futuros desafios mundiais. O reforço do sistema multilateral basear-se-á em três vertentes de ação: Defender as normas e os acordos internacionais. A UE e os seus Estados-Membros liderarão os esforços de aplicação e defesa das normas e acordos internacionais que proporcionam bens públicos mundiais e protegem as gerações futuras. Entre estes estão o sistema de direitos humanos da ONU, baseado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos tratados internacionais em matéria de direitos humanos, bem como a Convenção Europeia dos Direitos Humanos, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a Agenda 2030 e os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Agenda de Ação de Adis Abeba sobre o Financiamento do Desenvolvimento, o Quadro de Sendai para a Redução dos Riscos de Catástrofe, o Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas, um sistema de comércio aberto, equitativo e assente em regras, incluindo uma Organização Mundial do Comércio (OMC) eficaz, e os princípios da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), em especial os princípios da Ata Final de Helsínquia e da Carta de Paris, os acordos internacionais de não proliferação, desarmamento e controlo de armas, incluindo o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares, bem como iniciativas diplomáticas específicas como o Plano de Ação Conjunto Global sobre o Irão. A UE defenderá e promoverá o respeito pelo direito internacional em matéria de direitos humanos e pelo direito internacional humanitário no contexto dos complexos conflitos e crises atuais. A UE continuará a apoiar o Tribunal Penal Internacional enquanto instrumento importante da comunidade internacional para combater a impunidade e promover uma ordem internacional assente em regras. A UE apoiará o princípio da "responsabilidade de proteger". 10341/19 hs/le 4

Alargar o multilateralismo às novas realidades mundiais. A UE e os seus Estados- -Membros darão provas de liderança na prossecução de uma agenda inovadora em domínios que necessitem de uma governação multilateral reforçada ou em que os novos desafios exijam uma ação coletiva, tirando partido da capacidade normativa, da autonomia e da influência da UE. A aplicação de regras em matéria de proteção de dados e de medidas destinadas a reforçar a cibersegurança demonstram a determinação da UE em estabelecer normas na era digital. A fim de promover a fixação de normas nestes domínios, a UE recorrerá a instâncias como a ONU, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, o Fórum sobre a Governação da Internet, o Conselho da Europa e a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE). As tecnologias transformadoras como a inteligência artificial oferecem oportunidades sem precedentes, que devem ser aproveitadas ativamente, garantindo ao mesmo tempo a existência das apropriadas normas e salvaguardas éticas, jurídicas e em matéria de direitos humanos. Outros exemplos em que é necessária uma ação coletiva são os potenciais novos sistemas de armamento, os novos desafios para o futuro do trabalho, as crises sanitárias mundiais, o ambiente e os recursos naturais, as energias renováveis, os oceanos, a segurança marítima, a luta contra o terrorismo e o espaço exterior. Reformar: tornar as organizações multilaterais adequadas à sua finalidade. A UE e os seus Estados-Membros apoiarão as reformas necessárias e a modernização das instituições multilaterais, como os órgãos e organismos do sistema das Nações Unidas (incluindo a reforma global do Conselho de Segurança da ONU), o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio e o Conselho da Europa, e ajudarão estas instituições a adaptarem-se a um mundo em mudança. Devemos levar a sério as críticas ao funcionamento destas organizações e procurar torná-las mais eficazes, transparentes, democráticas, representativas e responsáveis. A UE continuará a promover a aplicação das reformas do Secretário-Geral da ONU. Para o efeito, é essencial uma cooperação estreita entre as diferentes sedes das Nações Unidas. 10341/19 hs/le 5

9. Em consonância com estes objetivos, a UE e os seus Estados-Membros tomarão as seguintes medidas concretas: Reforçar a rede existente de parcerias da UE e diversificá-la com novas parcerias, inclusive através de uma colaboração temática com os parceiros existentes e com novos parceiros, a fim de promover os interesses da UE ao maximizar as soluções de cooperação para os desafios comuns. Tal implicará um trabalho de proximidade inovador, uma maior responsabilização nos compromissos conjuntos assumidos com os parceiros, bem como sinergias mais fortes entre a ação diplomática bilateral e multilateral da UE com os seus parceiros, nomeadamente através de uma melhor utilização da capacidade de influência da UE em termos de acesso ao mercado interno e à ajuda financeira. Continuar a ter uma posição de liderança mundial e a trabalhar com os parceiros sobre questões essenciais, como a Agenda 2030 e o Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas. O Conselho apoia o trabalho desenvolvido no sentido de alcançar um Pacto Mundial para o Ambiente. Continuar a promover e proteger os direitos humanos, apoiar a democracia, o Estado de direito e a igualdade de género que também contribuem globalmente para garantir a paz e a segurança em todas as instâncias pertinentes, incluindo o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a Assembleia Geral das Nações Unidas, o Conselho de Segurança da ONU, bem como os órgãos instituídos pelos tratados da ONU no domínio dos direitos humanos. A UE continuará a trabalhar com as partes interessadas para reforçar a eficácia e a eficiência do Conselho dos Direitos Humanos, incluindo o seu papel na prevenção das violações dos direitos humanos, e apoiará o mandato e a independência da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos. A UE continuará a apelar a todos os Estados para que concedam aos mecanismos, da ONU e outros, com mandato no domínio dos direitos humanos um acesso sem entraves aos seus territórios. 10341/19 hs/le 6

Reforçar o papel da UE na promoção da segurança internacional através da prevenção de conflitos, da mediação, da manutenção da paz e da gestão de crises, com base em meios civis e militares. Para alcançar este objetivo, a UE procurará aumentar a eficácia do diálogo multilateral para a paz e a segurança através de parcerias reforçadas com a ONU, incluindo a Comissão da ONU de Consolidação da Paz, o Banco Mundial, a OTAN, a OSCE e outros intervenientes regionais e sub-regionais. O reforço da política comum de segurança e defesa da UE, inclusivamente através da cooperação estruturada permanente e do Fundo Europeu de Defesa, bem como da plena aplicação do Pacto sobre a Vertente Civil da PCSD, melhorará o conjunto de ferramentas da UE a este respeito e reforçará a sua capacidade para atuar como garante da segurança e de forma autónoma, em consonância com as conclusões pertinentes do Conselho. Tendo presentes as ameaças crescentes para a paz e a segurança internacionais, envidar esforços para promover e reforçar a arquitetura do controlo de armamento, da não proliferação e do desarmamento a nível internacional, e para assegurar o cumprimento efetivo dos compromissos assumidos. Garantir a responsabilização e pôr termo à impunidade é crucial para preservar a integridade das normas estabelecidas. Há que explorar e desenvolver nas instâncias multilaterais adequadas iniciativas destinadas a fazer face a um panorama geral em rápida evolução, que abranjam as armas convencionais, as armas de destruição maciça e as tecnologias emergentes. Reafirmar a aplicação do direito internacional no ciberespaço, através da coordenação de uma posição da UE nos próximos debates sobre questões do ciberespaço no contexto da segurança internacional. A este respeito, promover os esforços da UE para garantir a estabilidade e a prevenção de conflitos no ciberespaço, incluindo a aplicação de normas de conduta responsável dos Estados, o desenvolvimento e a aplicação de medidas regionais geradoras de confiança e a utilização do quadro para uma resposta diplomática conjunta da UE às ciberatividades maliciosas. 10341/19 hs/le 7

Manter a liderança da UE no esforço de preservação e reforço do sistema comercial multilateral baseado em regras, conferindo à OMC um lugar central, em todas as suas funções, a fim de garantir que este sistema possa dar uma resposta eficaz aos atuais desafios do comércio mundial. Promover a cooperação inter-regional enquanto elemento essencial do ordenamento multilateral e colaborar com intervenientes regionais cooperantes com base em interesses mútuos, em particular com a União Africana, a Organização dos Estados Americanos, a Associação das Nações do Sudeste Asiático, a Liga dos Estados Árabes e as organizações sub-regionais, bem como grupos ativos em instâncias multilaterais (por exemplo a Organização da Cooperação Islâmica, o G77 e o Movimento dos Não Alinhados). Empreender medidas concretas adicionais para aprofundar a cooperação trilateral, por exemplo a cooperação União Africana-UE-ONU, sobre temas de interesse comum. Intensificar a cooperação com outros parceiros europeus, em especial com os países candidatos, o Conselho da Europa e a OSCE, e bem assim com organizações e instâncias internacionais tais como o G7, o G20, a OTAN, o Banco Mundial, bancos de desenvolvimento regional, o Fundo Monetário Internacional e a OCDE. A UE continuará a trabalhar com os seus parceiros em todo o mundo a fim de dar uma resposta conjunta à migração e às deslocações forçadas, em consonância com as conclusões pertinentes do Conselho Europeu e do Conselho. Reforçar o empenhamento da UE numa melhor execução da Agenda para as Mulheres, a Paz e a Segurança através da integração e incorporação sistemáticas da perspetiva de género nas políticas da UE, com base numa análise das questões de género e numa melhor recolha de dados repartidos por sexo. O empenhamento da UE deverá passar pelo reconhecimento da igualdade de género e a participação e capacitação das mulheres como condição prévia necessária para dar uma resposta eficaz ao ciclo de paz e conflitos. 10341/19 hs/le 8

Reforçar as parcerias com os jovens e respetivas organizações, designadamente na execução da Agenda 2030, inclusive na luta contra as alterações climáticas, bem como no contributo para a paz e segurança e na promoção do trabalho digno. Aprofundar a nossa abordagem multissetorial do multilateralismo, através de uma participação mais eficaz da sociedade civil, dos defensores dos direitos humanos, das ONG, dos média, do setor privado e dos parceiros sociais, das comunidades culturais e empresariais, incluindo o setor da tecnologia, o mundo académico e a administração local, que dão um contributo importante para a definição de respostas mundiais. Promover a mobilização de financiamento da UE e dos seus Estados-Membros para o sistema multilateral a nível mundial, regional e nacional, com vista a apoiar as prioridades estratégicas acordadas, incluindo as prioridades em matéria de cooperação para o desenvolvimento, no respeito dos critérios de ajuda pública ao desenvolvimento e dos princípios da eficácia da ajuda ao desenvolvimento. Envidar esforços no sentido de definir uma abordagem mais estratégica do financiamento voluntário de qualidade, por parte da UE e dos seus Estados-Membros, dos principais fundos, programas e agências especializadas da ONU. Dar prioridade ao apoio previsível e plurianual às ações da ONU desenvolvidas por várias agências, inclusive através de financiamento de base e de fundos comuns interagências, se adequado. Apoiar o apelo do Secretário-Geral da ONU para que cada Estado membro da ONU cumpra atempada e integralmente as suas obrigações financeiras para com a organização, de modo a que as finanças da ONU possam voltar a ter uma base sólida e sustentável. A UE e os seus Estados-Membros, na qualidade de importantes doadores de ajuda humanitária, continuarão a defender o respeito pelos princípios humanitários, a trabalhar tendo em vista tornar a resposta humanitária mais eficaz e eficiente, e a apoiar os esforços envidados no sentido de alargar o círculo de doadores no sistema internacional, na perspetiva de um financiamento humanitário adequado. 10341/19 hs/le 9

Prosseguir e intensificar a estreita cooperação europeia no Conselho de Segurança das Nações Unidas e em questões relacionadas com o Conselho de Segurança, com base nos mecanismos existentes e nas melhores práticas. A UE continuará a promover e facilitar os esforços de concertação entre os seus Estados-Membros que também são membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, bem como o intercâmbio de informações entre eles, os outros Estados membros e a alta representante da UE. Intensificar a coordenação dos Estados-Membros da UE na Assembleia-Geral da ONU e em todo o sistema da ONU, com base nos trabalhos em curso e nas melhores práticas nestes domínios. Apoiar a candidatura a altos cargos em organizações multilaterais de pessoas que tenham experiência, sejam altamente qualificadas e estejam empenhadas numa gestão eficaz, nomeadamente candidatos/as dos Estados-Membros da UE, se for caso disso. Intensificar a diplomacia pública para promover o multilateralismo, aproveitando oportunidades como o 75.º aniversário da ONU, o 40.º aniversário da ONU em Viena, o 50.º aniversário da entrada em vigor do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares, o 25.º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim e o 20.º aniversário da Agenda para as Mulheres, a Paz e a Segurança em 2020. A UE e os Estados-Membros melhorarão a coordenação e a transmissão de mensagens em eventos importantes como a semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas e terão um novo discurso positivo sobre os direitos humanos universais, tal como ilustrado pela iniciativa "Histórias exemplares em matéria de direitos humanos". Estabelecer contactos com parceiros e instâncias que tenham iniciado ou reforçado iniciativas sobre conectividade, a fim de promover a abordagem da UE em matéria de infraestruturas sustentáveis, inclusivas, transparentes e de elevada qualidade. 10. Ao reunirem as suas experiências, financiamento e recursos, a UE e os seus Estados-Membros trabalharão em estreita colaboração e partilharão os encargos, dando mostras de unidade e solidariedade para projetar a presença da UE a nível mundial e pôr em prática esta agenda para o multilateralismo. 10341/19 hs/le 10

11. A aplicação das presentes conclusões do Conselho é uma tarefa comum e uma responsabilidade partilhada das instituições da UE e dos Estados-Membros. Com base no empenhamento da UE no multilateralismo, as instituições da UE e os Estados- -Membros traduzirão conjuntamente em ações concretas as propostas apresentadas no ponto 9. O Conselho acompanhará periodicamente a aplicação das presentes conclusões com base no contributo da alta representante, da Comissão e dos Estados-Membros, e em 2020 fará o balanço dos progressos globais realizados tendo em vista elaborar novas propostas concretas, se necessário. 10341/19 hs/le 11