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Transcrição:

MACRONUTRIENTES NA FOLHA DA MAMONEIRA EM SOLO COM DIFERENTES DENSIDADES GLOBAL E ADUBADO COM TORTA DE MAMONA* 1 Napoleão Esberard de Macedo Beltrão; 2 Fabiana Xavier Costa; 1 Liv Soares Severino; 2 Vera Lúcia Antunes de Lima; 2 Frederico Antônio Loureiro Soares; 3 Maria Aline de Oliveira Freire; 2 Amanda Micheline Amador de Lucena; 2 Márcia Maria Bezerra Guimarães, Lúcio Bastos Madeiros 1 1 Embrapa Algodão, napoleão@cnpa.embrapa.br; liv@cnpa.embrapa.br; 2 UFCG, faby.xavier@ig.com.br; fredantonio1@yahoo.com.br, lucioagron@gmail.com; 3 UVA, freire.a@ig.com.br RESUMO - Objetivou-se com este trabalho avaliar os teores dos macronutrientes presentes nas folhas da mamoneira (análise foliar), cultivada em solo compactado artificialmente e adubado com torta de mamona aos 75 dias após o plantio da mamoneira. O experimento teve início no período de 02 de maio de 2005 e se estendeu até 02 de setembro de 2005, em casa-de-vegetação do Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (CNPA/Embrapa), no município de Campina Grande, Estado da Paraíba. Foram utilizadas como unidades experimentais colunas de PVC. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, em esquema de análise fatorial (4 x 4), com três repetições, sendo os fatores: quatro níveis de densidades aparente do ambiente edáfico (1,4; 1,6; 1,8 e 2,0 kg dm -3 ) e quatro doses de torta (0,0; 2,0; 4,0 e 6,0 t ha -1 ). Quando se utilizou torta de mamona em solo compactado, verificou-se que a absorção de nutrientes não foi afetada, com isso, constata-se que a torta de mamona é um adubo orgânico muito eficaz e supera níveis de densidades baixos e especialmente altos. A torta de mamona pode ser considerada como um condicionante do solo, além de fertilizante orgânico. INTRODUÇÃO A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma das mais importantes alternativas agrícolas para semi-árido brasileiro, devido a sua tolerância à seca e adaptação ao clima local. Essa espécie é originária da Ásia, mas pode ser encontrada em estado asselvajado em todo o território brasileiro, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul. De acordo com Beltrão et al. (2003), apesar de apresentar relativa resistência à seca, a mamoneira é exigente em fertilidade do solo e necessita de pelo menos 500 mm de precipitação pluvial bem distribuídos ao longo de seu ciclo, para que produza satisfatoriamente. A mamona possui mais de 10 subprodutos, mas o mais tradicional e importante deles, segundo Savy Filho e Banzatto (1983), é a torta. A mesma tem várias utilidades e por ser rica em proteínas, nitrogênio, fósforo e potássio, torna-se um excelente adubo orgânico.

A resistência do solo à penetração é relacionada com a textura, compactação e umidade do solo. A compactação do solo, natural ou artificial, pode tornar-se uma das causas de insucesso no cultivo das plantas econômicas, no entanto o problema da compactação do solo vem aparecendo sistematicamente nas regiões de Cerrado e em outras, incluindo o semi-árido brasileiro, onde os sistemas convencionais de manejo do solo têm causado desagregação excessiva da camada arável, o encrostamento superficial e a formação de camadas coesas ou compactadas. Com a compactação, ocorrem reduções significativas, principalmente no volume de macroporos, enquanto os microporos permanecem praticamente inalterados (HILLEL, 1982). Isto afeta a infiltração da água no solo, que está relacionada diretamente com a macroporosidade do solo. Os macroporos são também importantes para o crescimento das raízes (WANG et al. 1986) e para o movimento de solutos (BEVEN e GERMANN, 1982). Considerando que há uma grande carência de estudos envolvendo o cultivo da mamoneira em solo artificialmente compactado e adubado com torta de mamona, foi concebido este trabalho, onde objetivou avaliar os teores dos macronutrientes presentes nas folhas da mamoneira (análise foliar), cultivada em solo compactado artificialmente e adubado com torta de mamona aos 75 dias após o plantio da mamona. MATERIAL E MÉTODOS O experimento teve início no período de 02 de maio de 2005 e se estendeu até 02 de setembro de 2005, em casa-de-vegetação, sem controle de ambiente, do Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (CNPA/Embrapa), no município de Campina Grande, estado da Paraíba Brasil. Foi usado como substrato para a condução do experimento material de solo típico (Neossolo Regolítico eutrófico de textura franco-arenoso) do município de Lagoa Seca no Estado da Paraíba, Brasil. Utilizou-se torta de mamona produzida a partir de sementes da cultivar BRS 149 (Nordestina), cultivadas no município de Quixeramobim no estado do Ceará, Brasil. O processo industrial constou de prévio aquecimento da semente e prensagem para extração mecânica do óleo. A cultivar da mamona utilizada foi a BRS 188 (Paraguaçu), safra de 2004/2005 que tem ciclo de 230 dias em condições de sequeiro no semi-árido brasileiro, produzida no município de Garanhuns no estado de Pernambuco, Brasil. As plantas dessa cultivar têm altura média de 1,60m, caule de coloração roxa, com cera, racemo oval, frutos semideiscentes e sementes de coloração preta.

A água utilizada na cultura da mamona foi à água de abastecimento do município de Campina Grande do estado da Paraíba Brasil. Foram utilizadas como unidades experimentais colunas de PVC, tendo como medidas 19,5cm de diâmetro inferior e superior e 45cm de altura. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos ao acaso, em esquema de análise fatorial (4 x 4), com 3 repetições, sendo os fatores: quatro níveis de densidades aparentes (solo), ou seja: 1,4; 1,6; 1,8 e 2,0 kg dm -3 e quatro doses de torta, ou seja: 0,0; 2,0; 4,0 e 6,0 t ha -1. Foram testados 16 tratamentos, sendo considerado dentre eles como testemunha a densidade 1,4 kg dm -3 (densidade natural do solo), com a menor dose de torta (0,0 t ha -1 ). Os tratamentos testados foram: T 1 densidade 1,4 kg dm -3, dose 0,0 t ha -1 de torta (testemunha); T 2 - densidade 1,4 kg dm -3, dose 2,0 t ha -1 de torta; T 3 - densidade 1,4 kg dm -3, dose 4,0 t ha -1 de torta; T 4 - densidade 1,4 kg dm -3, dose 6,0 t ha -1 de torta; T 5 - densidade 1,6 kg dm -3, dose 0,0 t ha -1 de torta; T 6 - densidade 1,6 kg dm -3, dose 2,0 t ha -1 de torta; T 7 - densidade 1,6 kg dm -3, dose 4,0 t ha -1 de torta; T 8 - densidade 1,6 kg dm -3, dose 6,0 t ha -1 de torta; T 9 - densidade 1,8 kg dm -3, dose 0,0 t ha -1 de torta; T 10 - densidade 1,8 kg dm -3, dose 2,0 t ha -1 de torta; T 11 - densidade 1,8 kg dm -3, dose 4,0 t ha -1 de torta; T 12 - densidade 1,8 kg dm -3, dose 6,0 t ha -1 de torta ; T 13 - densidade 2,0 kg dm -3, dose 0,0 t ha -1 de torta; T 14 - densidade 2,0 kg dm -3, dose 2,0 t ha -1 de torta; T 15 - densidade 2,0 kg dm -3, dose 4,0 t ha -1 de torta; T 16 - densidade 2,0 kg dm -3, dose 6,0 t ha -1 de torta. A compactação foi feita de forma manual, utilizando-se um pilão de madeira para compactar o solo e, assim atingir os níveis de densidades desejados. Em cada tubo de PVC foi delineado com lápis em sua parede interior 3 linhas para produzir densidades iguais a: 1,6; 1,8 e 2,0 kg dm -3. O nível de densidade mais baixo (1,4 kg dm -3 - densidade natural do solo), não foi compactado, ou seja, o solo foi colocado simplesmente dentro do tubo de PVC e plantamos as sementes. Antes da compactação, o materail do solo foi pesado tomando-se como base a determinação da densidade natural que foi de 1,4 kg dm -3. Para a determinação das densidades testadas multiplicouse o volume da coluna de PVC (14 L) pelas seguintes densidades (1,4; 1,6; 1,8 e 2,0 kg dm -3 ) obtendose os respectivos volumes de solo que foram compactados; 5; 7; 6,54 e 7,3 L/coluna de PVC. A adubação das plantas foi realizada em mistura com o solo antes da compactação adicionando-se as seguintes recomendações: 0,0; 2,0; 4,0 e 6 t ha -1 de matéria orgânica. A fonte utilizada foi à torta de mamona.

No dia 16/05/2005, após uma semana do solo compactado e ter atingido sua capacidade de campo, fez-se o plantio, utilizando-se 3 sementes por cova com 3 cm de profundidade em cada coluna de PVC. As variáveis analisadas foram os teores dos macronutrientes presentes nas folhas da mamoneira (análise foliar), padonizadas e com a mesma idade fisiológica. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Utilizou-se o programa estatístico SISVAR ESAL- Lavras - MG. Na Tabela 1 encontra-se o esquema adotado para análise estatística. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a Tabela 2 observam-se os resultados das análises de variâncias referentes aos teores de macronutrientes. Pela variação Adubação (A), constata-se que as variáveis: Nitrogênio (N), Pentoxo de fósforo (P 2 O 5 ), Potássio (K) e Chumbo (Pb) foram significativos ao nível de 0,01 de probabilidade. Isso demonstra que o uso da torta de mamona, mesmo em solos compactados (onde afeta diretamente o teor de nutrientes das folhas) é um excelente adubo orgânico, principalmente por ela ser rica também em NPK e proteínas. Na interação D x A, apenas o Magnésio (Mg) foi significativo ao nível de 0,01 de probabilidade. Na Tabela 3 consta os resultados das médias dos fatores densidade e adubação para as variáveis de macronutrientes. Observando-se as doses de torta de mamona utilizadas (0; 0,2; 0,4 e 0,6 g), denota-se que todas as variáveis diferiram entre si ao nível de 0,01 de probabilidade com exceção do Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Esse fato justifica a grande viabilidade do uso da torta de mamona (independente de um solo compactado ou não) para uma agricultura ecologicamente e economicamente sustentável. CONCLUSÃO A compactação do solo artificial ou natural afeta a absorção de nutrientes nas folhas das plantas, no entanto, no presente trabalho quando se utilizou torta de mamona em doses crescentes (0,0; 2,0; 4,0 e 6,0 t ha -1 ) em solo compactado, verificou-se que a absorção de nutrientes não foi afetada, com isso, constata-se que a torta de mamona é um adubo orgânico muito eficaz e supera níveis de densidades baixos e inclusive altos (1,4; 1,6; 1,8 e 2,0 kg dm -3 ). * Trabalho financiado pela Petrobrás.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BELTRÃO, N.E.M.; ARAÚJO, A.E.; AMARAL, J.A.B.; SEVERINO, L.S.; CARDOSO, G.D.; PEREIRA, J.R. Zoneamento e época de plantio da mamoneira para o Nordeste Brasileiro. Campina Grande. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2003 BEVEN, K. J.; GERMANN, R. F. Macropores and water flow in soils. Water Resources, Washington, v. 18, p. 1311-1325, 1982. HILLEL, D. Introduction to soil physics. San diego: Academic Press, 1982. 264 p. SAVY FILHO, A.;BANZATTO, N.V.;BARBOZA, M.Z.; et. al. Mamona. In: CATI (Campinas, SP). Oleaginosas no estado de São Paulo: análise e diagnóstico. Campinas, 1999. p.29. WANG, J.; HESKETH, J. D.; WOOLLEY, J. T. Preexisting channels and soybean rooting patterns. Soil Science, Baltimore, v. 141, p. 432-437, 1986. Tabela 1. Esquema adotado para análise estatística Resumo da ANOVA Fonte de variação GL Tratamentos 15 -níveis de compactação (nc) 3 - doses de torta (dt) 3 nc x dt 9 Blocos 2 Total 47 Tabela 2. Resumos das análises de variâncias, referentes as variáveis de macronutrientes: Nitrogênio (N), Pentoxo de fósforo (P 2 O 5 ), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Chumbo (Pb) aos 75 dias após o plantio da mamona. Embrapa Algodão/ Campina Grande, Paraíba, 2005. Causa de Quadrado Médio GL Variação N P 2 O 5 K Ca Mg Pb Densidade (D) 9.78ns 1.92ns 5.55ns 13.61ns 1.66ns 377.087ns Adubação A) 244.31** 18.28** 69.71** 6.03ns 17.83ns 9513.73** Interação D x A 113.22ns 1.06ns 1.06ns 26.80ns 19.39** 4421.14ns Bloco 119.67ns 3.66** 3.82ns 74.18** 9.06ns 4670.30ns Resíduo 65.10 0.95 3.07 28.77 8.53 2540.78 CV (%) 35.60 13.64 12.19 48.82 39.57 35.57 Significativo a 0,05 (*) e a 0,01 (**) de probabilidade; ns não significativo pelo teste F. Tabela 3. Valores médios dos fatores densidade e adubação para as variáveis de macronutrientes: Nitrogênio (N), Pentoxido de fósforo (P 2 O 5 ), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Chumbo (Pb) aos 75 dias após o plantio da mamona. Embrapa Algodão/ Campina Grande, Paraíba, 2005.

CV N P 2 O 5 K Ca Mg P.B Densidade 1,4 23.20a 7.70a 14.17a 11.23a 7.375a 145.02a 1,6 21.57a 7.22a 15.25a 9.57 a 7.91a 134.97a 1,8 23.58a 6.97a 14.50a 12.14a 7.07a 147.41a 2,0 22.31a 6.77a 13.62a 11.01a 7.17a 139.37a dms 8,96 1,08 1,95 5,96 3,24 55,98 Adubação 0 17.11a 8.73 c 17.75 c 11.50a 8.14a 107.04a 0,2 22.82ab 7.31 b 14.50 b 10.67a 5.57a 142.67ab 0,4 22.57ab 6.87 b 12.79a b 10.14a 8.017a 141.08ab 0,6 28.16 b 5.75a 12.50a 11.64a 7.81a 175.99 b dms 8,96 1,08 1,95 5,96 3,24 55,98 Em cada coluna, e fator médias seguidas de mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.