LO N : 0003/2015 A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, criada pela Lei Municipal n 368 de 20/05/77, no uso das atribuições que lhe confere a Lei n 6.938, de 31/08/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto n 99.274, de 06/06/90, pelas resoluções do CONSEMA n 288, de 02/10/14 e n 260, de 20/06/11 e com base no processo administrativo n 146055/2014, expede a presente LICENÇA DE OPERAÇÃO nas condições e restrições abaixo especificadas: I Identificação: EMPREENDEDOR: PRIMARY CAREPRODUTOS MEDICINAIS HOSPITALARES E DE SEGURANÇA - ME CPF/CNPJ: 12.210.933/0001-31 ENDEREÇO: AV. PONCHO VERDE, 772 JARDIM DOS LAGOS. 92500-000 GUAÍBA - RS RELATIVA A ATIVIDADE DE: LAVANDERIA PARA ROUPAS E ARTEFATOS INDUSTRIAIS. RAMO DE ATIVIDADE: 3007-10 ÁREA ÚTIL: 196,24 m² ÁREA DO TERRENO: 290,80 m² ÁREA CONSTRUÍDA: 138,28 m² N DE EMPREGADOS: 06 PERÍODO DE FUNCIONAMENTO: 10 horas/dia, 26 dias/mês, 12 meses/ano, funcionamento em 02 turnos. LO N 0003/2015 PÁG: 1/8
II Condições e Restrições: 1 Quanto ao empreendimento: 1.1 esta licença defere à operação de uma Lavanderia Industrial, visando uma capacidade produtiva mensal de 30000 (trinta mil) peças de roupas e equipamentos de proteção individual EPI s armazenados em Sacos Plásticos; 1.2 o Responsável Técnico RT pela operação da estação de tratamento de efluentes líquidos industriais é o Químico Industrial Heldio Rigatti Bassan CRQ n 05200198, conforme Anotação de Função Técnica AFT n 100652; 1.3 o processo industrial que encontra-se operacional consta das seguintes etapas principais: recebimento de uniformes usados e EPI's, lavagem, secagem, passado a ferro, acondicionamento em embalagens e entrega; 1.4 esta licença autoriza a operação dos seguintes equipamentos principais: 01 (uma) secadora elétrica, 01 (uma) secadora a gás, 02 (duas) lavadoras, 01 (uma) centrífuga; 1.5 no caso de qualquer alteração que a empresa pretenda fazer (alteração de processo, implantação de novas linhas de produção, ampliação de área ou de produção, relocalização, etc.) deverá ser providenciado o licenciamento prévio junto ao órgão ambiental competente; 1.6 a empresa deverá projetar e implantar as melhores tecnologias disponíveis para o desenvolvimento da atividade ora licenciada, bem como planejar a adoção de procedimentos que evitem ou minimizem a geração de efluentes, resíduos sólidos e emissões atmosféricas na etapa de operação do empreendimento; 2 Quanto à captação de água e ao efluente líquido INDUSTRIAL: 2.1 a água necessária para o desenvolvimento das atividades deverá ser fornecida pela Companhia Riograndense de Saneamento CORSAN, conforme informações prestadas pelo requerente; 2.2 com relação ao efluente líquido INDUSTRIAL: 2.2.1 o efluente tratado, após cada batelada, deverá ser lançado ao longo do dia, de forma intermitente, com uma vazão máxima de 45 m³/dia de modo a não implicar cargas de choque no corpo receptor, conforme Art. 34, 4 da Resolução CONAMA 357/2005 e 7 da Resolução CONSEMA n 128/2006; 2.2.2 o corpo receptor dos efluentes após tratamento é a REDE PÚBLICA DE ESGOTAMENTO PLUVIAL; 2.2.3 os efluentes líquidos após o tratamento, deverão atender aos seguintes padrões de emissão (conforme Resolução CONSEMA n 128/2006), para o lançamento em corpos hídricos: LO N 0003/2015 PÁG: 2/8
DBO5 DQO Espumas Odor Parâmetro: Óleos e graxas minerais Sólidos sedimentáveis Sólidos suspensos totais Subst. Tensoativas que reagem ao azul de metileno Temperatura Tabela de Parâmetros e Padrão de Emissão: <= 150 mg/l <= 360 mg/l Padrão de Emissão a Ser Atendido: Virtualmente ausentes Livre de odor desagradável <= 10 mg/l <= 1,0 ml/l em teste de 01 (uma) hora em Cone Imhoff <= 155 mg/l <= 2,0 mg/l < 40 C ph entre 6,0 e 9,0 Cor: Não deve provocar alterações visuais significativas no corpo receptor; 2.2.4 os padrões de referência poderão ser reavaliados, conforme Art. 7 da Resolução CONSEMA n 128/2006, em função da definição da vazão de referência do corpo receptor da rede pública; 2.2.5 deverá ser apresentado à Diretoria de Licenciamento Ambiental DLA, o laudo de análise físico-química de seus efluentes líquidos industriais tratados, realizado por laboratório cadastrado junto à Fundação Estadual de Proteção de Ambiental FEPAM, acompanhado do respectivo laudo de coleta, assinado por técnico habilitado, com uma periodicidade semestral, nos meses de janeiro e julho, abrangendo os seguintes parâmetros: DBO5, DQO, espumas, odor, óleos e graxas minerais, sólidos sedimentáveis, sólidos suspensos totais, subst. tensoativas que reagem ao azul de metileno, temperatura, ph; 2.2.6 deverá ser apresentado à DLA laudo de análise físico-química de seus efluentes brutos com periodicidade anual, no mês de dezembro, realizado por laboratório cadastrado junto à FEPAM, abrangendo os seguintes parâmetros: ph, temperatura, DBO5, DQO, sólidos suspensos, sólidos sedimentáveis, óleos, graxas e demais parâmetros relevantes existentes na composição do referido efluente; 2.2.7 deverá ser mantido um responsável técnico pela operação da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos (ETE) com a devida ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) atualizada, bem como deverá ser apresentado relatório técnico assinado pelo respectivo responsável LO N 0003/2015 PÁG: 3/8
técnico, com periodicidade semestral nos meses de janeiro e julho, descrevendo as condições de operacionais da ETE (problemas ocorridos durante o período, instalação de novos equipamentos, parada da estação ou do processo produtivo, modificações realizadas na ETE, eficiência do sistema de infiltração do efluente, etapas que realizam reciclo/reuso de efluentes, utilizações dos efluentes reutilizados, etc...) acompanhado de levantamento fotográfico; os relatórios técnicos a serem entregues em janeiro devem ser acompanhados da cópia da ART do responsável técnico; 2.2.8 deverão ser mantidos junto ao sistema de tratamento de efluentes líquidos, à disposição da fiscalização da SMAMA, relatórios da operação do mesmo, incluindo análises e medições realizadas, consumo de água, vazões recirculadas, vazões tratadas e lançadas, bem como registros das compras de produtos químicos utilizados para o tratamento, por um período mínimo de dois anos; 2.2.9 deverão ser realizados ensaios de toxicidade aguda, efetuados em organismos teste de três diferentes níveis tróficos, em laboratório cadastrado junto a esta Fundação, para amostra representativa do efluente industrial tratado, visando o atendimento da Resolução CONSEMA no 129/2006; 2.2.10 o efluente industrial tratado deverá atender o padrão de toxicidade conforme Resolução CONSEMA 129/2006, em função da vazão lançada e da vazão mínima do corpo receptor, a partir de 07/12/2010 para o lançamento em corpos hídricos; 2.2.11 deverá ser apresentada anualmente à DLA, até o dia 31 de março, durante o período de vigência desta licença, declaração de carga poluidora, referente ao ano civil anterior, assinada pelo responsável técnico e pelo responsável legal da empresa; 2.2.12 deverão ser informadas à DLA no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, todas as substâncias que podem estar presentes nos efluentes, sob pena de anulação da licença expedida, conforme Artigo 16 da Resolução CONSEMA n 128/2006; 2.3 com relação aos efluentes sanitários, deverá ser cumprido o artigo 20, 2o da Resolução CONSEMA no 128/2006 3 quanto às emissões atmosféricas: 3.1 as atividades a serem exercidas pela empresa, quando da operação, deverão ser conduzidas de forma a não emitirem substâncias odoríferas na atmosfera em quantidades que possam ser perceptíveis fora do limite de sua propriedade; 3.2 não poderá haver emissão de material particulado visível para a atmosfera; 3.3 a empresa deverá manter os equipamentos de controle de emissões atmosféricas operando adequadamente para garantir a sua eficiência de maneira a evitar danos ao meio ambiente e incômodos a população; LO N 0003/2015 PÁG: 4/8
3.4 - os níveis de ruído gerados pela atividade industrial da empresa, quando da operação, deverão atender aos padrões estabelecidos pela NBR 10.151 da ABNT, conforme a Resolução CONAMA n 01/90; 4 quanto aos resíduos sólidos: 4.1 a empresa deverá segregar, identificar, classificar e acondicionar os resíduos sólidos gerados para a armazenagem/disposição provisória na área da empresa, observando a NBR 12.235 e a NBR 11.174, da ABNT, em conformidade com o tipo de resíduo, até posterior destinação final dos mesmos; 4.2 as lâmpadas fluorescentes usadas deverão ser armazenadas íntegras, embaladas individualmente, em papel ou papelão de origem e acondicionadas de forma segura para posterior transporte e empresas que realizem a sua descontaminação; 4.3 deverá ser preenchida e enviada à SMAMA, trimestralmente, nos meses de janeiro, abril, julho e outubro, via digital, a "Planilha de Geração de Resíduos Sólidos" para a totalidade dos resíduos sólidos (a Planilha digital deverá ser requerida junto à DLA); 4.4 a empresa deverá verificar o licenciamento ambiental das empresas para as quais seus resíduos são encaminhados e atentando para o seu cumprimento, pois, conforme o Artigo 9º do Decreto Estadual n.º 38.356 de 01/04/98, a responsabilidade pela destinação adequada dos mesmos é da fonte geradora, independente da contratação de serviços de terceiros; 4.5 - qualquer transferência de resíduos Classe I, a serem gerados na empresa, deverá ser acompanhada do respectivo Manifesto de Transportes de Resíduos MTR, conforme Portaria FEPAM n.º 34/2009 e realizada por veículos licenciados pela FEPAM para Fontes Móveis com potencial de poluição ambiental; 4.6 a empresa deverá manter à disposição da fiscalização da SMAMA, comprovante de venda de todos os resíduos sólidos que forem vendidos e comprovante de recebimento por terceiros de todos os resíduos que forem doados com as respectivas quantidades por um período de 02 (dois) anos; 4.7 a empresa deverá observar o cumprimento do Art 12 do Decreto Estadual n 38356, de 01 de abril de 1998, que dispõe sobre a gestão de resíduos sólidos, referente ao Manifesto de Transporte de Resíduos MTR, conforme portaria FEPAM n 47-95/98, publicada no DOE em 29/12/98; 4.8 caso a empresa necessite enviar resíduos sólidos CLASSE I para outros Estados, a empresa deverá solicitar AUTORIZAÇÃO PARA REMESSA DE RESÍDUOS junto à FEPAM, devendo protocolar processo administrativo junto à FEPAM, contendo a documentação disponível em: www.fepam.rs.gov.br, Licenciamento Ambienta/Instruções Licenciamento/Autorizações/Encaminhamento de Resíduos Sólidos Perigosos; 5 quanto aos óleos lubrificantes: LO N 0003/2015 PÁG: 5/8
5.1 todo o óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser coletado e destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino; conforme determina a Resolução CONAMA n 362, de 23 de junho de 2005, Art 1, 3 e 12 ; 5.2 fica proibida a destinação de embalagens plásticas de óleos lubrificantes pós-consumo em aterros urbanos, aterros industriais ou incineração no Estado do Rio Grande do Sul, devendo as mesmas serem destinadas à reciclagem, a ser realizada pelos fabricantes e distribuidores (atacadistas), conforme a portaria SEMA/FEPAM n 001/2003, publicada no DOE de 13/05/2003; 5.3 caso a empresa adquira óleo lubrificante em embalagens plásticas apenas no comércio varejista, deverá fazer a devolução voluntária no ponto de compra. O comércio varejista de óleos lubrificantes (lojas, supermercados, etc.) não realiza coleta das embalagens, mas é ponto de coleta dos seus fornecedores imediatos; 6 quanto aos riscos industriais: 6.1 a empresa deverá manter atualizado o Alvará do Corpo de Bombeiros de Guaíba, atestando a conformidade do Plano de Prevenção Contra Incêndios - PPCI com as Normas em vigor durante o período de validade desta licença; 6.3 a empresa deverá realizar a manutenção periódica dos equipamentos de segurança, de modo a assegurar sua operacionalidade; 6.4 em caso de emergência ambiental no estado do Rio Grande do Sul, deverá ser contatada a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler FEPAM, através do Fone (51) 9982-7840 (24h); 6.5 em caso de emergência ambiental dentro dos limites do município de Guaíba (RS), deverá ser contatada a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente SMAMA, através do PABX (51) 34801255 (24h); 7 quanto a publicidade desta licença: 7.1 deverá ser instalada e mantida no local de acesso ao empreendimento placa sinalizadora modelo SMAMA com indicação do Nome do Empreendedor, atividade desenvolvida, e número da Licença Ambiental vigente; LO N 0003/2015 PÁG: 6/8
III Documentos a apresentar para a renovação da Licença de Operação: 1- requerimento assinado pelo proprietário ou seu representante legal, solicitando a renovação da Licença de Operação através do protocolo de atendimento geral desta prefeitura; 3 cópia desta licença; 4 o formulário ILAI Informações para Licenciamento de Atividades Industriais devidamente preenchido e atualizado em todos os seus itens (o formulário encontra-se disponível na homepage da Prefeitura Municipal de Guaíba: www.guaiba.rs.gov.br, em Secretarias, Agricultura e Meio Ambiente, Formulários); 5 comprovante do pagamento dos custos dos Serviços de Licenciamento Ambiental conforme a Lei n 2585/10, de 25/04/11. LO N 0003/2015 PÁG: 7/8
Havendo alteração nos atos constitutivos, a empresa deverá apresentar, imediatamente, cópia da mesma à SMAMA, sob pena do empreendedor acima identificado continuar com a responsabilidade sobre a atividade/empreendimento licenciada por este documento. Este documento licenciatório perderá a sua validade caso os dados fornecidos pelo empreendedor não correspondam à realidade, ou algum prazo estabelecido nas condições acima seja descumprido. Esta licença não dispensa nem substitui quaisquer alvarás ou certidões de qualquer natureza exigidos pela legislação Federal, Estadual ou Municipal, nem exclui as demais licenças ambientais. Esta licença deverá estar disponível no local da atividade licenciada para efeito da fiscalização. Data de emissão: Guaíba, 15 de janeiro de 2015. Este documento licenciatório é válido para as condições acima até: 15 de janeiro de 2019. De acordo: LO N 0003/2015 PÁG: 8/8