José Carlos Bezerra Superintendente Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria snc@cvm.gov.br

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Transcrição:

José Carlos Bezerra Superintendente Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria snc@cvm.gov.br

As opiniões externadas nesta apresentação são de minha inteira responsabilidade, não refletindo, necessariamente, o entendimento da Comissão de Valores Mobiliários CVM.

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

IFRS 09 Instrumentos Financeiros: Aplicação: 1º janeiro de 2018 Ø Impairment: Conceito de perda incorrida x perda esperada Ø Classificação Ativo Financeiro Deve considerar em parte do modelo de negócio para a gestão dos ativos financeiros Custo amortizado Valor Justo contra Outros Resultados Abrangentes Valor Justo contra Resultado

IFRS 09: Ø Passivo Financeiro: regra geral mensurado ao custo amortizado Ø Exceções: designado inicialmente a VJ contra DRE; passivos financeiros advindos de ativos financeiros transferidos e não elegíveis ao desreconhecimento; contratos de garantia financeira; compromissos para fornecer passivo com taxa de juros abaixo do mercado; contraprestação contingente em uma Combinação de Negócios.

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

IFRS 15 Reconhecimento de Receitas: Aplicação: 1º janeiro de 2018 Principio Fundamental: As receitas somente serão reconhecidas quando ocorrer a transferência de produtos e serviços para o cliente e em montante que reflita a expectativa de recebimento correspondente à transação.

IFRS 15: Principio Fundamental: Ao celebrar um contrato com um cliente, uma entidade obtém direitos de receber uma contraprestação do cliente e assume obrigações de transferir produtos ou serviços ao cliente (obrigações de desempenho/performance). A combinação desses direitos e obrigações de desempenho dá origem a um ativo (líquido) ou a um passivo (líquido) a depender da relação entre os direitos e as obrigações de desempenho remanescentes.

IFRS 15: Principio Fundamental: Passo 1: Identificar o(s) contrato(s) com o cliente Passo 2: Identificar as obrigações de desempenho separadas no contrato Passo 3: Determinar o preço da transação Passo 4: Passo 5: Alocar o preço da transação às obrigações de desempenho separadas Reconhecer a receita quando cada obrigação de desempenho for satisfeita

IFRS 15: Ø Desafio de identificação de Obrigações de Performance. Ø Desafio de mensuração: desafio de precificar arbitrariamente pedaços de uma transação, que estrategicamente foi precificada no seu todo. Ø Formalização da essência: contratos e notas fiscais para cada evento Ø Peculiaridades no ambiente tributário brasileiro podem gerar confitos: split da receita por natureza implica separar fatos geradores de obrigação tributária (ISS x ICMS)

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

Documento de Revisão nº 08 do CPC Deliberação CVM nº 739/2015 Promove alterações pontuais em 18 Pronunciamentos: CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC 21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC 37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45

Revisão 08 CPC Ativo Intangível (CPC 04) Critério de Amortização - Padrão de Consumo de benefícios econômicos: Regra geral: receita gerada por atividade não pode balizar critério de amortização ( 98A) Exceção ( 98A): (i) intangível mensurado com base nas receitas e (ii) demonstração de forte correlação entre consumo de benefícios econômicos e receitas geradas.

Revisão 08 CPC Ativo Intangível (CPC 04) Critério de Amortização - Padrão de Consumo de benefícios econômicos: Critério de amortização ( 98B): deve considerar fator predominante na delimitação da vida útil. Ex: nº de anos, nº de unidades produzidas, montante fixo de receita. Fator predominante no montante das receitas ( 98C) pode ser a base adequada. Ex: concessão para explorar mina de ouro limitada a faturamento acumulado.

Revisão 08 CPC Aplicação do MEP (CPC 18) Permissão para quebra de uniformidade de práticas contábeis ( 36 e 36A): investimento em entidade de investimento pode ser mensurado ao MEP, mantendo avaliação ao valor de justo dos ativos da investida.

Revisão 08 CPC Evidenciação (CPC 26) A entidade deve balizar-se pela relevância ao agregar informações nas DCs, incluindo as NEs ( 30A). A entidade não deve prestar informações requeridas pelas normas do CPC, quando as mesmas forem irrelevantes ou resultarem em uma divulgação imaterial, ainda que qualificadas como itens de divulgação mínima ( 31).

Revisão 08 CPC Evidenciação (CPC 26) Requer detalhamento na evidenciação de ORAs: segregação entre ORAs da investidora e ORAs das investidas ( 82A). A entidade deve divulgar políticas contábeis significativas e considerar a natureza das suas operações, ao tomar dita decisão ( 117, 119 e 122)

Revisão 08 CPC Ativos Biológicos (CPC 29) Retira do escopo do CPC 29 as plantas portadoras ( 3). Planta portadora é uma planta viva que ( 5): (a) é utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas; (b) é cultivada para produzir frutos por mais de um período; e (c) tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto para eventual venda como sucata.

Revisão 08 CPC Ativos Biológicos (CPC 29) Plantas portadoras, sendo cultivadas, são tratadas tais quais imobilizado em construção. Na aplicação inicial do conceito de plantas portadoras, fica facultada a adoção do deemed cost, em contrapartida a lucros acumulados.

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

Disclosure Initiative: Brasil sai na frente: OCPC 07 (Deliberação CVM 727/2014) Nada mais do que realçar princípios já insculpidos nas IFRS. No entanto, sua aplicação depende da mudança de cultura profissional.

Disclosure Initiative: IASB Fevereiro de 2013: realizado seminário em Londres para discutir os problemas e desafios associados com disclosure; Maio de 2013: IASB publica Feedback Statement com sumário dos principais pontos discutidos no seminário; Junho de 2013: IASB identifica plano com 10 ações para aprimorar disclosures

Disclosure Initiative Plano 10: Fonte: Apresentação Amaro Gomes Board Member IASB XII Seminário CPC de Normas Contábeis Internacionais

Disclosure Initiative Plano 10: Fonte: Apresentação Amaro Gomes Board Member IASB XII Seminário CPC de Normas Contábeis Internacionais

Disclosure Initiative OCPC 07 (IN 7): Após analisar essa situação e considerando que possa levar certo tempo até que o IASB conclua os projetos em andamento relacionados a esse tema e efetue as modificações que podem acelerar esse processo, este Comitê deliberou considerar a emissão desta Orientação a fim de esclarecer e reforçar que, nas demonstrações contábeis e nas respectivas notas explicativas, sejam divulgadas informações relevantes (e apenas elas) que de fato auxiliem os usuários, considerando as normatizações já existentes, sem que os requerimentos mínimos existentes em cada Pronunciamento Contábil emitido por este CPC deixem de ser atendidos.

Disclosure Initiative OCPC 07: Resultados preliminares sobre a evolução da qualidade e da quantidade das NEs no Brasil apresentado pela Professora Edilene Santana Santos (FGV EAESP) no XII Seminário Internacional CPC Normas Contábeis Internacionais:

Disclosure Initiative OCPC 07: As NEs tornaram-se menores? Amostra: 307 empresas não financeiras Período: 2010 a 2014 Quanto ao número de páginas: 63% reduziram 4% não alteraram 33% aumentaram Mediana do número de páginas cai de 60 para 50 (17%)

Disclosure Initiative OCPC 07: As NEs das maiores estão menores? Amostra: 3 maiores empresas de 16 setores (48 empresas) Período: 2010 a 2013 Quanto ao número de páginas: 51% reduziram e 49% permaneceram estáveis Período 2013 e 2014 74% reduziram 6% permaneceram estáveis 19% aumentaram

Disclosure Initiative OCPC 07: Melhorou o índice de disclosure? População: 3 maiores empresas de 16 setores (48 empresas) Amostra: 18 empresas com redução 30% (2014 x 2010) Índice de disclosure por CPC CPC 01 Impairment - 2010 = 13% / 2014 = 45% CPC 04 Intangíveis - 2010 = 29% / 2014 = 64% CPC 05 Partes Relac. - 2010 = 15% / 2014 = 41% CPC 15 Comb.Negócios - 2010 = 14% / 2014 = 16% CPC 25 Prov. e Conting. - 2010 = 40% / 2014 = 35% CPC 40 Instrum.Financ. - 2010 = 49% / 2014 = 28% CPC 45 Particip.Societ. - 2010 = 38% / 2014 = 18%

Disclosure Initiative OCPC 07: Melhorou o índice de disclosure geral? População: 3 maiores empresas de 16 setores (48 empresas) Amostra: 18 empresas com redução 30% (2014 x 2010) Índice de disclosure Geral: Em 2010: 28% Em 2014: 35% NEs mais enxutas e mais transparentes em cerca de 25%

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

PLANO DE TRABALHO DO IASB: Estágio Elaboração da norma Projeto Contratos de seguros Leasing Audiência pública (Exposure Draft) Estrutura Conceitual (até 25/11/2015) Iniciativa de Disclosure Pronunciamento sobre Materialidade (até 26/02/2016) Minutas a serem publicadas no 2º semestre de 2016 Iniciativa de Disclosure Mudanças em Políticas Contábeis e Estimativas Atividades reguladas Macrohedge Discussion Paper a ser publicado até o final do 2º trimestre de 2016 Iniciativa de Disclosure Princípios de Disclosure

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

Agenda consultation Prazo 31/12/2015 Possibilidade de influir na forma como o IASB prioriza e equilibra seu trabalho. Primeira consulta em 2011. Feedback sobre se o IASB identificou corretamente as questões mais importantes em seu programa de pesquisa e se é necessário qualquer ajuste na forma como o programa é priorizado.

Atualidades das IFRS/CPC/CVM: Ø IFRS 09 Ø IFRS 15 Ø Documento de Revisão nº 08 do CPC Ø Disclosure Initiative Ø Plano de trabalho do IASB para 2016 Ø Agenda Consultation Ø Ofício Circular 2016

Ofício Circular SNC/SEP 2016: Algumas operações peculiares: securitização de fornecedores : confirming ; forfait, risco sacado ; venda de participação societária para FIP fechado com lançamento de put, cujo preço de exercício contempla spread ;

Ofício Circular SNC/SEP 2016: Operações de forfait : Descrição: Um banco financia clientes de uma dada companhia em operações comerciais de compra e venda de mercadorias ou de bens de capital. Forma: Compra a prazo de um fornecedor. Essência: Obtenção de financiamento para aquisição de mercadorias ou bens de capital Consequências: Deixa de reconhecer despesas financeiras em resultado, pois além de não reconhecer o passivo oneroso, não ajusta a valor presente o passivo com fornecedores, sem a devida segregação de juros embutidos na operação.

Ofício Circular SNC/SEP 2016: Venda de participação societária com lançamento de opção de venda embutida: Descrição: O controlador (holding/subholding) de uma cia. Operacional aliena para um FIP fechado e exclusivo (banco), ações da cia. Operacional. O FIP adquire (torna-se titular) uma opção de venda (put) sobre a mesma participação societária, cujo lançador é a cia. Holding/subholding. O FIP mantém as ações em carteira por um dado período, findo o qual coloca o lote de ações no mercado.

Ofício Circular SNC/SEP 2016: Na venda, se abaixo do preço de exercício fixado na put (preço de compra corrigido pela variação do CDI mais um spread) a cia. holding/subholding restitui a diferença ao FIP. Se acima, o lucro é compartilhado entre controlador e FIP. Os dividendos distribuídos são deduzidos nos juros cobrados pelo FIP. Forma: Venda de participação societária. Essência: transação de financiamento com ativo dado em garantia (ações).

Obrigado! José Carlos Bezerra Superintendente Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria snc@cvm.gov.br