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Transcrição:

Quedas de UFOs Introdução Eles Também Podem Cair A Humanidade terrestre não sobreviverá mais mil anos se não iniciar a ocupação espacial imediatamente. Stephen Hawking Afalta de uma evidência contundente sobre a existência do Fenômeno UFO é um problema com o qual os ufólogos constantemente se deparam. Temos nos perguntado repetidamente: se os UFOs são reais, onde estão as provas? Por que não existe uma evidência física de sua existência? Por que ainda não encontramos os restos de um deles? A resposta para essas questões é que já encontramos restos de um, dois ou mais. Em 1950, Frank Scully publicou o livro Behind the Flying Saucers (Por Trás dos Discos Voadores), no qual relatava vários casos de acidentes com naves extraterrestres e os projetos ultra-secretos desenvolvidos pelo governo norte-americano para encobrir o assunto. Scully fornecia ainda os nomes de quem estava envolvido nos desastres e revelava onde as quedas tinham acontecido. O grande problema é que não possuía evidências concretas, e suas fontes, quando existiam, não eram confiáveis. Resultado: o livro tornou-se uma grande farsa. A conseqüência disso foi um completo desinteresse da opinião pública pelas histórias de quedas de UFOs. Toda vez que um novo relato surgia, era chamado de mais um caso de Scully. Então surgiu o Caso Roswell, no Novo México, em 1947. Após anos de investigações, vários ufólogos, dentre eles Kevin Randle, Stanton Friedman e Wendelle Stevens, haviam entrevistado centenas 21

Thiago Luiz Ticchetti de testemunhas e revisto diversos documentos relacionados ao caso, à procura de uma explicação para o episódio. Até que chegaram à conclusão de que alguma coisa extraordinária havia acontecido. Dentre os envolvidos estava o general-brigadeiro Thomas J. DuBose, comandante da 8º Comando da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Ele contou que a história dos balões inventada para explicar o Caso Roswell foi o acobertamento da verdade. Em outras palavras, um disco voador realmente tinha caído em Roswell. Com a crença novamente restabelecida, outros eventos surgiram, mas em sua maioria não foram encontradas provas, evidências ou testemunhas com credibilidade. Por outro lado, alguns deles forneciam muito mais informações do que parecia. Um exemplo disso ocorreu em Las Vegas (EUA), em 1962, considerado hoje como mais um caso autêntico de queda de UFOs. Em Kingman, Arizona, centenas de testemunhas afirmaram ter visto um objeto voador não identificado cruzar o Canadá e os Estados Unidos e posteriormente cair. A USAF, como sempre, negou, afirmando tratarse de um meteoro. A polícia local, por sua vez, afirmou que nada havia sido encontrado, e os agentes do Projeto Moon Dust [Poeira lunar], de busca e recuperação de fragmentos de mísseis e satélites, centralizado na Base Aérea de Wright-Patterson, em Dayton, Ohio, foram então acionados. Mas afinal, o que aconteceu? Noutro episódio, desta vez em nosso país, tivemos um dos casos mais espetaculares da Ufologia mundial quando um objeto metálico explodiu sobre a praia de Ubatuba, no litoral paulista, em 1957. Fragmentos dele foram recolhidos e enviados para estudo. O surpreendente é que a Marinha brasileira analisou os fragmentos e alegou que não poderia explicá-los, pois haviam sido destruídos durante suas experiências. Propositadamente? No ano de 1996, o mundo voltou seus olhos e ouvidos para o Brasil. O Exército brasileiro havia capturado estranhos seres, vítimas do acidente de uma nave extraterrestres, que apresentou problemas e caiu na cidade de Varginha (MG) [Vide capítulo 8]. Contudo, muita coisa ainda continua encoberta. Com o aparecimento da Internet, das novas tecnologias de comunicação e da globalização, as notícias rodam o mundo mais rápido do que nunca. Se um UFO cai na China, no mesmo dia várias pessoas tomam conhecimento desse fato. A notícia alastra-se rapidamente. Diferente de 22

Quedas de UFOs muitos pesquisadores e escritores, o autor fornece neste livro uma longa lista com os materiais necessários para que os leitores possam ter uma referência para suas próprias investigações sobre o Fenômeno UFO. Os casos não foram enfeitados, apenas apresentados de forma jornalística, para dar margem às conclusões do leitor. 23

24 Thiago Luiz Ticchetti

Quedas de UFOs Capítulo 1 O Incidente de Roswell Este é o melhor e mais bem documentado caso ufológico e possui dezenas de testemunhas. Até hoje, ninguém conseguiu dar outra explicação senão a de que uma nave extraterrestre caiu no deserto norte-americano. Leonard Stringfield Desde o início, acreditava-se que o acidente em Roswell ocorreu na noite do dia 02 de julho de 1947. Essa data baseia-se no testemunho de Dan Wilmot, morador de Roswell, que relatou ter visto um objeto em forma de disco sobrevoar a cidade e partir em direção nordeste. Sem outra data, os investigadores assumiram que o objeto observado por Wilmot era o mesmo que havia caído na fazenda de Brazel, um fazendeiro residente a sudeste da cidade de Corona, em Lincoln County, Novo México. Tal suposição estava errada. O avistamento de Wilmot não teve nada a ver com o acidente na propriedade de Brazel, em 02 de julho. Na verdade, os militares já estavam rastreando o objeto antes desta data. Por quatro dias o UFO entrava e saía do espaço aéreo mexicano, ao sul do país. Os radares naquela região e na cidade de Albuquerque detectaram-no e perderam-no na noite do dia 04 de julho. Os militares em Roswell sabiam que o UFO tinha no mínimo descido a menos de 60 km da cidade. Willian Woody, que vivia a leste de Roswell em julho daquele ano, estava na varanda de sua casa, juntamente com seu pai, na noite do dia 04, quando viu um brilhante objeto no céu mergulhar em direção ao solo. Ele disse que era uma luz branca muito brilhante, com linhas vermelhas, e o objeto demorou a cair, diferentemente dos meteoros que já havia observado anteriormente. Não havia nenhuma forma por trás da luz e nenhum som 25

Thiago Luiz Ticchetti foi associado àquilo. Um ou dois dias depois, Woody e seu pai procuraram encontrar o local onde o objeto tinha caído. Dirigiram-se pela Rodovia 285, ao norte de Roswell, mas sempre que tentavam entrar na pista eram impedidos por um cordão de isolamento militar, pois todos os acessos às estradas estavam bloqueados. Somente junto aos primeiros raios de Sol do dia 05 de julho os militares encontraram o local do acidente. Eles isolaram a área, mantendo todos os civis e pessoas não autorizadas afastadas. Durante todo aquele dia recolheram os corpos de cinco vítimas do acidente, vários caminhões carregaram os destroços do objeto e em seguida dirigiram-se para a base militar. No final do dia, já haviam retirado quase tudo da área. No dia seguinte, foram trazidos especialistas em acobertamento. Os militares queriam eliminar qualquer traço visível da queda e da operação de resgate. Na tarde do dia 05 algo inusitado aconteceu. Glenn Dennis, funcionário da Funerária Ballard, recebeu o primeiro de uma série de estranhos telefonemas da base aérea militar. O oficial funerário da base perguntou-lhe sobre o tamanho e os tipos de caixões que poderiam ser lacrados hermeticamente. Dennis respondeu que possuía quatro caixões de 1,20 m, mas que poderia conseguir um menor na cidade de Amarillo. O oficial apenas mencionou que voltaria a ligar para ele. Trinta ou quarenta minutos depois, o oficial ligou novamente e perguntou sobre a preparação dos cadáveres. Ele queria saber como preparar um corpo decomposto e como tratar cadáveres queimados em casos muito traumáticos. Enfim, como preservar um cadáver sem alterar a composição química do sangue ou fluídos. Eu sabia que algo tinha acontecido. Algo para o qual não estavam preparados. Pensei que fosse uma pessoa VIP (muito importante). Então disse-lhes que poderia ir até lá e ajudá-los, mas o oficial falou que a informação era para futuras referências, comentou. Uma hora depois do último telefonema, Dennis voltou a receber outra ligação do oficial, que agora pedia-lhe para que fosse socorrer um militar que havia sofrido um acidente na cidade. O soldado tinha apenas algumas escoriações e o nariz quebrado. Depois do socorro, Dennis dirigiu-se até a base militar de Roswell. Chegando lá, ingressou pelo portão da frente e foi em direção à entrada de emergência do hospital. No local estavam estacionadas três ambulâncias antigas, do tipo caixote, e ao lado de cada uma havia um policial militar. Dennis conduziu o soldado ferido pela rampa de acesso à sala de emergência, 26

Quedas de UFOs e enquanto passava pelas ambulâncias, viu que no interior de uma delas havia pedaços de alguma coisa que não soube definir. Pensou, a princípio, que fossem os destroços de um avião. Na segunda ambulância havia coisas parecidas. Na terceira, no entanto, Dennis acredita que não possuía nada, apesar de um policial militar estar vigiando-a. O agente funerário explicou que durante o resgate de corpos de um acidente aéreo, alguns destroços são colocados nas ambulâncias de maneira rotineira. Por isso, não estava surpreso com o que acabara de observar. E, ainda, que aquelas ambulâncias antigas eram utilizadas para vários fins, inclusive carregar materiais. Dennis tentou aproximar-se de uma delas: O que vi lembrou-me a frente de uma canoa, com uns 95 cm de largura, e estava deitada de lado. Havia algumas inscrições, de uns 6 cm. Pareciam inscrições egípcias. Com o soldado já recebendo os cuidados médicos na sala de emergência, Dennis, que conhecia a maioria dos médicos, decidiu ir tomar um refrigerante no saguão. Enquanto andava pelo corredor, uma das enfermeiras o reconheceu. Ela estava muito apreensiva e perguntou ao rapaz qual a razão de estar ali, sugerindo-lhe que deveria ir embora o mais rápido possível. Depois entrou numa sala e desapareceu. Mas Dennis não saiu de imediato. Um militar, aparentando seus 45 anos, surgiu repentinamente no corredor do hospital e questionou-lhe a razão de sua presença naquele local. Então disse-lhe que trabalhava na Funerária Ballard e que tinha acabado de atender um soldado. Estava indo pegar um refrigerante no saguão e resolvi fazer o comentário: parece que vocês tiveram um acidente aéreo aqui, pois vi alguns destroços nas ambulâncias. Foi quando percebi que havia arranjado problemas. O militar pediu para o rapaz esperar um momento, entrou numa das salas e logo depois saíram dois policiais militares. Ele disse aos policiais para me tirarem dali o mais rápido possível. Quando estávamos saindo, ouvi uma voz pronunciar: eu ainda não terminei com esse filho da p... Tragamno de volta. Dennis retornou e ficou cara-a-cara com o capitão de cabelos ruivos. Havia com ele um sargento, um homem negro, que segurava uma prancheta. O capitão de cabelos ruivos então disse: não houve nenhum acidente aqui. Você não viu nada. Não vai voltar para a cidade e dizer que viu alguma coisa, pois terá sérios problemas. Naquele momento, Dennis ficou muito irritado, ainda mais por ter sido xingado pelo capitão. Mas respondeu ao militar que não poderia fazer nada contra sua pessoa, já que era um civil, e mandou todos para o inferno. Essas foram exatamente as minhas 27

Thiago Luiz Ticchetti palavras. Lembro-me claramente, comentou. O militar de cabelos ruivos então respondeu: Não brinque consigo mesmo, meu jovem. Alguém estará recolhendo seus ossos no deserto. Ou você será uma excelente refeição para os cachorros. Em seguida, conduziram-no para fora do hospital, em direção à sua ambulância e seguiram-no até à funerária. Tudo isso acontecia enquanto Brazel checava suas pastagens e encontrou o campo cheio de destroços metálicos. Ele carregou alguns e foi mostrá-los aos seus vizinhos mais próximos, Floyd e Loretta Proctor. Loretta disse que o metal parecia ser extremamente forte, leve e resistente ao fogo. Para a senhora Proctor, o objeto lembrava plástico, mas era muito mais resistente. O casal sugeriu a Brazel que alertasse o xerife sobre os destroços. Ele então foi até Corona e falou com algumas pessoas. Tudo indica que foi com o xerife ou com militares. Para o fazendeiro, o que havia encontrado podia ser os restos de algum tipo de experimento secreto. No domingo, dia 06 de julho, o fazendeiro fez uma viagem de três horas até Roswell e mostrou ao xerife do município de Chaves, George Wilcox, uma caixa cheia dos estranhos objetos metálicos. Mais tarde, seria determinado pelos militares que os destroços eram parte de uma aeronave acidentada, mas, naquela hora, nem Brazel ou Wilcox sabiam exatamente o que o fazendeiro tinha encontrado. Sabiam apenas que era algo incomum, mas não conseguiram identificar a sua origem. Wilcox então decidiu que o melhor a fazer era alertar os militares e telefonou para o oficial de inteligência do 509º Grupamento de Bombardeiro, major Jesse A. Marcel. Eu estava almoçando quando recebi o telefonema do xerife dizendo que queria conversar comigo. Que estava na delegacia um fazendeiro que tinha lhe contado uma história estranha. Em seguida, disse que tinha encontrado alguma coisa que havia se acidentado e que eles não sabiam do que se tratava. Achei que deveria investigar melhor aquilo. O coronel Willian Blanchard, do 509 Grupamento aconselhou Marcel a ir até a cidade para dar uma olhada no que haviam encontrado. Deveria levar consigo um conhecido seu, agente da Contra-Inteligência. O escolhido foi o capitão Sheridan Cavitt. Ele dirigia o jipe e eu o meu carro. Nós seguimos o caminhão do fazendeiro. Chegamos à fazenda ao anoitecer. Como estava muito tarde para procurarmos algo, decidimos pernoitar por lá. Quando foi entrevisto pelo pesquisador Kevin Randle, Cavitt afirmou que não tinha estado no local. Apenas mencionou que durante a primeira semana de julho de 1947 encontrava-se em viagem. Entretanto, quando entrevistado 28

Quedas de UFOs Cortesia Mapaquest Mapa do estado norte-americano do Novo México indicando a cidade de Roswell, onde em julho de 1947 um UFO acidentou-se e foi resgatado por militares, juntamente com seus tripulantes. O caso até hoje não foi admitido pelo governo dos EUA no final de 1994 pelo coronel da Força Aérea Norte-Americana (USAF), Richard Weaver, Cavitt confirmou que estava envolvido com o caso, mas que, entretanto, não tinha dirigido o jipe sozinho até a fazenda. Na verdade, Cavitt não se lembrava de ter ao menos conhecido Brazel, mas recordava-se de que havia se dirigido para o norte de Roswell. Sem mais nada a fazer, Marcel inspecionou um grande pedaço de metal que Brazel tinha trazido até o seu celeiro. Numa entrevista dada em 1978 para Leonard Stringfield, Marcel comentou que não tinha encontrado sinais de radioatividade no material. Quando viu pela primeira vez os destroços no campo, estava claro que alguma coisa devia ter se chocado contra o solo. Com Cavitt e Brazel, verificou a área e pôde determinar de qual direção o objeto veio e para qual se dirigiu. Havia descoberto um padrão que mostrava onde começavam e onde terminavam as marcas do impacto do objeto. Eles vasculharam a área toda. Marcel disse que os pedaços estavam espalhados por uma grande extensão, que estimou em 200 ou 300 m de comprimento e algumas dezenas de metros de largura. Nós encontramos alguns metais 29

Thiago Luiz Ticchetti e os recolhemos. Para ele era algo fabricado. Eu queria queimar um pedaço daquilo, mas só tinha um isqueiro comigo... Então o acendi e coloquei embaixo de uma porção, mas o objeto nem sequer ficou escuro. Marcel também descreveu estruturas em forma de I, tão sólidas que não era possível dobrá-las ou quebrá-las, mas que não se pareciam com metal. Eu me lembro que tinham uns 6 cm de comprimento por 0,25 cm de espessura. A maior de todas possuía cerca de 120 cm e não tinha peso algum. Você nem percebia que estava segurando uma delas!, exclamou. Também contou ao investigador Stringfield que havia encontrado vários fragmentos metálicos, parecidos com pergaminhos. Quando questionado se havia marcas nos objetos, respondeu afirmativamente. Algumas delas eram indecifráveis. Eu nunca tinha visto nada igual antes. Não sei se foram decifrados ou não. Ao longo de alguns deles havia pequenos desenhos de duas cores... Como escrita chinesa. Mas nada com o que você pudesse comparar. Cavitt, por outro lado, negou em suas primeiras entrevistas com os pesquisadores Kevin Randle e Don Schmitt que esteve presente no local do incidente. Continuou dizendo que não sabia porque Marcel tinha dito que estivera em sua presença. Mas quando entrevistado por um coronel da USAF, Cavitt não só confirmou que havia estado no local, como também que, no instante que viu os destroços, percebeu que eram de um balão. Não explicou, no entanto, porque nunca havia mencionado isso anteriormente a Marcel, ou então porque passou um dia inteiro no campo cheio de pedaços de um balão. Marcel disse que ele e Cavitt recolheram o máximo de material que puderam. Embora tenham carregado muita coisa, a maior parte ainda ficou espalhada na área. Marcel então mandou Cavitt de volta à base e retornou ao local do acidente para recolher mais destroços, enchendo o seu carro. Antes disso, porém, passou em casa. Contou mais tarde que ficou tão impressionado com os destroços que quis que sua família também visse aquilo, mesmo que tivesse que acordá-los. Ficou claro que aqueles pedaços não eram parte de nenhum tipo de míssil, avião ou balão meteorológico. Eu nunca vi nada igual. Não sabia o que estava recolhendo. E ainda não sei... Aquilo não podia ser parte de um avião ou de um balão, e mesmo que fosse de um balão não poderia ser poroso como era. Já vi foguetes sendo lançados da Base de Testes de White Sands e definitivamente aquilo não era parte de um foguete, míssil ou avião. 30

Quedas de UFOs Ilustrações Cortesia Kevin Randle Segundo testemunhas, o UFO acidentado em Roswell encontrava-se nesta posição quando foi descoberto. Diferentemente do que pensavam os ufólogos, o UFO não era discóide (detalhe). Note a semelhança entre o objeto e os atuais aviões secretos norte-americanos Seu filho, Jesse Marcel Júnior, lembra-se de ter sido acordado por seu pai tarde da noite. Sob hipnose, conduzida posteriormente pelo doutor John Watkins, em maio de 1990, Jesse Júnior contou que estava confuso por ter sido acordado àquela hora. Ele então levantou-se e o seguiu até o carro, para pegarem uma caixa cheia de fragmentos metálicos. De volta, pai e filho espalharam os pedaços no chão da cozinha, tentando encaixar alguns deles, como se fossem um enorme quebra-cabeças. Os objetos tomaram quase todo o piso, desde a porta dos fundos até o corredor. Jesse Júnior descreveu chapas e vigas em forma de I e alguns pequenos pedaços que pareciam plásticos, de cor escura, mais finos que as chapas, só que muito fortes. Pareciam baquelite [Nome comercial de um plástico termofixo obtido pelo aquecimento, sob pressão, de uma mistura de fenol e formol]. Enquanto tentavam juntar as peças, a esposa de Marcel, Viaud, pegou uma das pequenas vigas e comentou: Tem alguma coisa escrita nisso. Sob hipnose, Jesse Júnior relatou que aquilo 31

Thiago Luiz Ticchetti era de cor púrpura, estranha, com formas geométricas, como círculos. Os símbolos eram brilhantes e pequenos, menor do que uma unha. Havia várias figuras separadas. Para ele, era um disco voador. Eu perguntei ao meu pai o que era um disco voador, pois não tinha conhecimento. Quando acabaram de examinar o material, Jesse Júnior ajudou seu pai a colocá-los de volta na caixa e de novo no carro. Marcel estava pronto para retornar a base. Ao chegar, encontrou-se com Blanchard e mostroulhe os destroços, explicando-lhe que não conseguiu identificar qual era a sua origem. Na manhã do dia 08 de julho, o coronel Blanchard mandou-o para Roswell, para conversar com o general Ramey, comandante da 8ª Força Aérea. O comandante disse-me para voar até o Campo Aéreo de Wright-Patterson, em Ohio, mas, chegando lá, não encontrei o general Ramey. Segundo Robert Porter, tripulante do vôo para Fort Worth, só havia quatro pequenas caixas no avião. A tripulação fez a pré-checagem do vôo num B-29 e um carro trouxe o material. A caixa maior tinha 120 cm de comprimento por 10 cm espessura e uma forma triangular. As outras três possuíam o tamanho de caixas de sapato e eram muito leves. Uma vez que elas já estavam dentro do avião, a tripulação foi impedida de se aproximar do compartimento de bagagens. Ao chegarem à Base Aérea do Exército em Fort Worth, Porter e outro recruta receberam ordem para permanecer no avião até que soldados se postassem. Quando isso foi feito, a tripulação foi liberada para o almoço. Em seguida, as caixas foram transferidas para um avião B-25, que partiu para a Base Aérea de Wright Field. Quando Porter e os outros militares voltaram ao avião, disseram-lhes que dentro da caixa havia pedaços de um balão meteorológico, mas que não deviam comentar com ninguém sobre o vôo. Walter Haut, oficial de relações públicas da Base de Roswell, ao conversar com Marcel anos depois do evento, disse-lhe que ele tinha levado alguns pedaços dos destroços até o escritório de Ramey, para que ele dar uma olhada. O material foi colocado em cima da mesa do general. Ele então pediu para que Marcel mostrar o local exato da área do acidente, depois os dois foram até uma sala no final do corredor. Quando retornaram, os destroços que estavam em cima da mesa tinham sumido e um balão meteorológico encontrava-se espalhado no chão. Algumas fotos de Marcel ajoelhado próximo aos restos do balão foram tiradas pelo major Charles A. Cashon, relações públicas de Fort Worth. 32

Quedas de UFOs Cortesia Kevin Randle Imagem de um oficial da Força Aérea Norte-Americana (USAF) segurando um pedaço do UFO acidentado em 1947 no Novo México, com estranhas inscrições. Esta fotografia aparece em vários livros sobre o caso, mas ainda não foi autenticada Marcel deixou o escritório por alguns minutos. Enquanto estava fora, o repórter do jornal Fort Worth Star-Telegram, J. Bond Johnson, entrevistou o general Ramey. De acordo com Johnson... eu posei com Ramey ao lado dos destroços. Naquela hora ele me disse que o que foi encontrado não era um disco voador e sim um balão meteorológico, afirmou o general. Johnson é o autor de quatro fotografias do episódio, divulgadas pelo mundo todo. De volta à redação do jornal, ele escreveu a história, que foi publicada no dia seguinte. No último parágrafo aparecia: Depois de ver os destroços, Ramey declarou que aquilo era um balão meteorológico. O oficial meteorológico confirmou isso. No final daquela noite, Ramey deu uma entrevista coletiva sobre o evento. Embora Marcel estivesse presente, ele foi impedido de falar sobre o assunto. Os repórteres queriam entrevistá-lo, mas somente o general comentou sobre o episódio. Presente à coletiva também estava o sub-tenente Irving Newton, um oficial de Meteorologia da Base Aérea do Exército em Fort Worth. Ele ficou sozinho na sua sala quando Ramey mandou que viesse ao seu escritório. 33

Thiago Luiz Ticchetti Newton comentou que havia sido solicitado a ele que identificasse os destroços espalhados no chão e que fora alertado por um coronel que... o pessoal de Roswell acha que encontraram um disco voador, mas o general acredita que seja um balão meteorológico. Ele quer que você dê uma olhada nisso. Newton chegou e encontrou um balão espalhado no chão. Estava quase totalmente destruído. O general Ramey perguntou-me o que achava que era e eu lhe respondi. Parecia que queria ridicularizar Marcel por não ter conseguido identificar um simples balão. Depois que Newton identificou os destroços, Ramey ordenou que um vôo especial fosse cancelado. Ninguém deveria ir para a Base Aérea de Wright Field. Ainda assim, soube-se que um documento do FBI, datado do dia 08 de julho, relatava que um disco e um balão estão sendo transferidos para Wright Field, em um vôo especial. O documento também revelava que o major Curtin Kirton havia informado que o objeto assemelhava-se a um balão meteorológico para grandes altitudes, com um refletor de radar. Com o final da coletiva para a Imprensa, Marcel foi dispensado e mandado de volta a Roswell. Embora Ramey tivesse cancelado o vôo especial, aparentemente houve outros vôos para Wright Field. Este local era, à época, o centro dos laboratórios e locais de pesquisas das Forças Armadas. Se fosse descoberta alguma coisa incomum, aquele era o lugar ideal para os cientistas a estudarem. O general Arthur Exon afirmou que os destroços foram, sim, para Wright Field. Ele servia na base como tenente-coronel e lembrava-se dos vôos que chegavam a toda hora naquela data. A idéia de que o balão seria o acobertamento surgiu com o general brigadeiro Thomas DuBose. Em julho de 1947, DuBose era o comandante do 8ª Comando da Força Aérea. Aquilo foi uma história para acobertar o caso. Era a que queríamos que o público e a imprensa acreditassem, afirmou. Os militares tentaram convencer a imprensa de que o objeto encontrado próximo a Roswell não era nada mais do que um balão, mas os oficiais que estavam a cargo disso na época confirmaram que tudo não passava de uma grande mentira. Os militares em Roswell também tentaram enterrar os fatos. Frank Joyce, repórter da estação de rádio KGFL, de Roswell, falou com Brazel no domingo, após encontrar os destroços. Ele não revelou o conteúdo da conversa, mas afirmou que não era a primeira vez que discorriam sobre o incidente. No entanto, a conversa que tiveram na primeira e na segunda vez teve um tom bem diferente desta última. 34

Quedas de UFOs Cortesia Kevin Randle Foto do local onde foram encontrados o UFO e seus tripulantes. Mesmo na vastidão do deserto ao redor da pequenina Roswell, os ufólogos conseguiram determinar com exatidão que esta área seria o local de impacto da nave extraterrestre Joyce contou que Brazel foi até a estação de rádio à noite escoltado por militares. Enquanto esperavam do lado de fora, Brazel entrou na sala de rádio onde Joyce estava trabalhando. Por um momento não disse uma palavra. Ele se agachou e apoiou as costas na parede. Para Joyce, Brazel estava muito estressado. Apenas disse que se não cooperasse, as coisas não saíram bem. Depois contou a sua nova versão, agora envolvendo o balão e os membros da sua família, que também tocaram nos destroços. Joyce articulou que essa história não era a mesma que ele havia contado anteriormente, mas Brazel insistiu nessa nova versão. Depois de longos minutos antes de deixar a sala de rádio, ele finalizou: Sabe daquela história que as pessoas falam sobre homenzinhos verdes? Bem, eles não são verdes. E foi embora. Os militares não estavam contentes em só controlar as pessoas envolvidas diretamente com o incidente. Eles começaram uma campanha para silenciar as testemunhas civis também. No dia 07 de julho, o xerife George Wilcox dirigiu-se até a casa do pai de 35

Thiago Luiz Ticchetti Dennis Glenn. Wilcox disse que Glenn tinha se metido em problemas na base. Ele não sabia o que Dennis havia feito, mas um certo sargento o havia informado na delegacia, e Wilcox deveria alertar seu pai para conversar com o filho, a fim de manter a boca fechada. Quando o pai perguntou-lhe o que havia acontecido, Glenn alegou que não tinha feito nada. Então seu pai mencionou que um sargento negro havia lhe perguntado sobre seus irmãos e irmãs. Ele foi o único a fazer ameaças contra a sua família. Barbara Dugger, neta do xerife Wilcox, também comentou sobre as ameaças que a família de seu avô havia sofrido. Pelo conhecimento do público, Wilcox não teve muito envolvimento com o caso e nem tinha visto nada. Marcel disse que Wilcox só havia ligado para a base naquela data. Mas Dugger sugeriu que ele sabia algo mais. Numa entrevista realizada em março de 1991, Barbara contou que sua avó havia lhe relatado uma intrigante história no início dos anos 70. O xerife havia sido chamado para uma área ao norte de Roswell não no lugar dos destroços, mas mais perto da cidade, onde os corpos e a nave foram encontrados. Ela afirmou que seu falecido avô fora testemunha de tudo. Ela me pediu para não contar para ninguém, então perguntei se minha mãe sabia de alguma coisa, mas ela respondeu que não. Barbara também comentou que seus avós foram ameaçados de morte pelos militares, tal como a família de Glenn. Outro episódio semelhante ocorreu naquele ano, desta vez com Frank Rowe, de apenas 12 anos. Seu pai era tenente dos bombeiros e, certo dia, estava na garagem do Esquadrão quando um grupo de homens apareceu com um pedaço de metal. Seu pai então falou: Amigos, vocês não vão acreditar no que trouxemos. E tirou do seu bolso um pedaço de metal. Era áspero. Todos tentaram cortá-lo, queimá-lo ou arranhá-lo, mas ninguém conseguiu. A parte mais importante da história de Rowe aconteceu alguns dias depois, quando ela estava em casa. Neste dia, toda a família estava reunida quando militares apareceram. Eles mandaram Suzy, Donnie e Pat para fora e perguntaram à sua mãe quem tinha sido a menina que estava no Corpo de Bombeiros no dia em que seu pai havia chegado com o objeto. Sua mãe apontou para Rowe. Um dos soldados levou as outras crianças para fora e mãe e filha ficaram sentadas no sofá. Ele não mediu suas palavras. Disse que poderia nos levar para o deserto e ninguém nunca mais iria nos encontrar. Ou havia outra opção: poderia nos mandar para Orchard Park ou Artesia, nos campos de prisioneiros japoneses. 36

Quedas de UFOs Cortesia Nicholas Redfern Documento do FBI desmentindo a afirmação de que o que havia caído em Roswell teria sido um balão meteorológico com refletor de radares. Com uma escuta telefônica ilegal, o órgão ouviu a conversa entre as Bases de Roswell e Wright-Patterson, ambas nos Estados Unidos, para determinar o que houve Voltando à história de Glenn Dennis, depois que ele ouviu as ameaças dirigidas a seu pai, não se intimidou mais, e enquanto o xerife visitava seu pai foi até o hospital da base para obter maiores informações. Ele encontrou uma enfermeira conhecida e perguntou-lhe se poderiam se encontrar mais tarde para conversar. A enfermeira ligou marcando um encontro no clube dos oficiais. Eles conversaram por algum tempo, quando então ela disse a Dennis: Quero te contar o que está acontecendo, mas você tem que prometer que nunca vai relatar para ninguém, ou terei problemas. Não acredito no que vi. É a coisa mais horrível!. Dennis mencionou que a enfermeira sempre levava consigo um bloco de anotações e que numa folha desenhou o que tinha visto. Naquele dia, ela estava trabalhando no hospital e resolveu entrar numa sala de exames para pegar alguns medicamentos. Quando abriu a porta, viu dois médicos nunca antes vistos no hospital. Um deles lhe falou: Fique aqui, vamos precisar de 37