Pedimos-Te, Jesus, o dom da sede; aquela sede insaciável do teu amor, que nos coloca sempre a caminho, como pobres que pedem o dom da vida.

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Transcrição:

Oração vocacional Novembro 2014 Chamados à santidade, na diversidade de vocações eclesiais Preparação do ambiente: Colocar no centro da sala uma vela grande e vários objetos em barro jarro de servir água, cântaro, púcaro (vaso) de flores, lamparina de barro, um jarro de vinho, figuras do presépio (Maria e José). Junto a estas peças de barro e à vela está, em destaque, um ícone de Cristo. Guia: Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Os nossos olhos contemplam, Senhor, o teu amor, o amor que manifestas por cada um de nós. Um amor único, infinito, que nos cria e recria, molda e transforma. Nada nos sacia além dele. Pedimos-Te, Jesus, o dom da sede; aquela sede insaciável do teu amor, que nos coloca sempre a caminho, como pobres que pedem o dom da vida. Concede-nos Jesus, a graça de Te escutar em verdade, para acolher o dom da Tua presença. Ajuda-nos, Senhor, a discernir os apelos que vêm de Ti. Que o teu espírito Santo afaste os ruídos, as misérias e os obstáculos que nos impedem de Te acolher de verdade. Canto de início: Vaso novo Graças quero dar-te por me amares. Graças quero dar-te eu a Ti, Senhor. Hoje sou feliz porque Te conheci. Graças por me amares a mim também. Eu quero ser, Senhor amado como o barro nas mãos do oleiro. Rompe-me a vida... Faz-me de novo. eu quero ser um vaso novo. Te conheci e Te amei, Te pedi perdão e escutaste-me. Se Te ofendi, perdoa-me, Senhor, pois Te amo e nunca Te esquecerei. 1

Guia: Neste momento vamos receber um pedaço de barro e com ele em mãos, escutamos a Palavra de Deus, do capítulo 18 Livro do Profeta Jeremias (Jr 18, 1-6): Leitor 1 Palavra que o SENHOR dirigiu a Jeremias, nestes termos: «Vai e desce à casa do oleiro, e ali escutarás a minha palavra.» Fui, então, à casa do oleiro, e encontrei-o a trabalhar ao torno. Quando o vaso que estava a modelar não lhe saía bem, retomava o barro com as mãos e fazia outro, como bem lhe parecia. Então, foi-me dirigida a palavra do SENHOR, dizendo: «Casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz este oleiro? Como o barro nas suas mãos, assim sois vós nas minhas, casa de Israel - oráculo do SENHOR. Guia: Não nos foi indiferente escutar o texto do Livro de Isaías com um pouco de barro nas mãos. Cada um de nós começa por a familiarizar-se com a textura do barro que recebeu. Procura trabalhar o barro, convencer-se da sua flexibilidade e dar-lhe uma forma. (uns instantes em silêncio, enquanto modelam a peça) Guia: Agora somos convidados a partilhar com o grupo o que sentimos e pensamos enquanto manejávamos o barro, o que pensamos acerca das próprias resistências, da docilidade do barro, etc. Partilha em grupo, com música de fundo. No final da partilha, quem orienta a oração convida o grupo a contemplar as figuras de barro que estão junto ao ícone e à vela. Guia: A diversidade destes vasos, figuras e jarros ajuda-nos a descobrir a beleza da variedade de vocações eclesiais. Olhemos para cada uma deles, reparando na diversidade mas também no contraste que existe. Leitor 2: Deus chama cada um de nós pelo próprio nome, convidando-nos a segui-lo. Os caminhos de resposta vocacional podem ser tão variados quanto a diversidade de peças de barro que aqui observamos. É um só o oleiro, o Senhor, que nos chama a estar confiadamente nas suas mãos e sermos barro que se transforma em sinal do seu amor, vaso novo que realiza os diversos serviços na comunidade. Rezar com as peças de barro Guia: convido-vos agora a escolher uma destas peças de barro que aqui estão. Quando a escolhermos procuremos identificar-nos com ela e a partilhar alguma interrogação vocacional que nos suscita. Ou então, se preferirmos, podemos partilhar com o grupo o sentido que aquele objeto tem para si projetando-se vocacionalmente. As peças de barro têm por baixo um papel com um texto bíblico e uma interpelação vocacional. Depois da partilha que faz, o participante lê alto o texto e a descrição correspondentes ao objeto que elegeu. 2

Textos para recortar e colocar junto das peças de barro: O jarro de servir água Do Evangelho segundo João (Jo 4, 10-14) "Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: 'dá-me de beber', tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!» Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo... Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?» Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»" As vocações são o caminho que saciam a sede de felicidade que se encontra no coração de cada ser humano. É Jesus quem nos diz: a água que Eu lhe der há de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna (Jo 4,14). Cântaro Do evangelho segundo João (Jo 4, 39-40) "Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus devido às palavras da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.» Por isso, quando os samaritanos foram ter com Jesus, começaram a pedir-lhe que ficasse com eles." Tal como a Samaritana, a vocação é chamamento a esvaziarmo-nos de nós mesmos para acolher o dom de Deus e poder levá-lo aos outros. A evangelização, a experiência de Deus partilhada, a alegria do serviço, a gratuidade, são sinais de um caminho vocacional que em cada dia se renova no SIM aos irmãos. Púcaro (vaso) de flores Da segunda Carta de Paulo aos Coríntios (2 Cor 4,7) Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso. Aparentemente de pouca utilidade, é num vaso que colocamos as flores que dão cor, beleza e perfume ao ambiente. Nele podemos ver o símbolo das vocações à vida religiosa contemplativa, tantas vezes desvalorizada pelo olhar superficial. São tantas as graças pedidas e recebidas através daqueles e daquelas que são orantes no escondimento... Transparecer Jesus, vivendo na vida contemplativa o oferecimento com Cristo pelas alegrias e esperanças, problemas e angústias da humanidade não é uma vida inútil, porque o Amor em nada é inútil. Lâmpada de barro Do evangelho segundo Mateus (Mt 5, 13-16) "Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu." 3

Vós sois o sal e a luz do mundo... (Mt 5,14): o consagrado e a consagrada são sinal e dom do Evangelho, a sua vida é mensagem profética do dinamismo da vida de Jesus. O consagrado é testemunha de valores humanos, é portador da esperança que não desilude, é reserva transbordante da boa notícia. A comunidade religiosa é um espaço onde podes experienciar a fraternidade, a hospitalidade, a vida na gratuidade e no dom da comunhão. Ao mundo de hoje temos de gritar: é possível partilhar e rasgar caminhos de gratuidade e fraternidade. A comunidade religiosa é a via percorrida pelo bom samaritano (Lc 10,33-37), que esbanja azeite nas feridas da humanidade, que sai do seu caminho seguro e cómodo para as periferias do encontro com os pobres, os enfermos, emigrantes, e todo o género de marginalizados. Jarro de barro para vinho Da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios I Cor 11, 23-26 "Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim». Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.» Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha." Ser sacerdote é ser pessoa transmissora de alegria; o vinho da Eucaristia cura e incendeia, enche-nos de Deus. O vinho-sangue perdoa e conforta desde que Jesus nos redimiu ao preço do seu próprio sangue. É símbolo e sinal do aspeto sacramental da vocação ao sacerdócio. E o gesto máximo realizado por Jesus é o lava-pés: um serviço reservado aos escravos, para Jesus significa refrescar, aliviar, acolher, mostrar-se próximo, ser servo. Figuras do presépio Do evangelho segundo Mateus (Mt 2, 9b-11) "E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no." Maria e José. Que figuras lindíssimas! Indicam-nos a grandeza do sinal do matrimónio! Mais do que ninguém, Maria e José são a imagem do projeto de vida ao qual muitos cristãos são chamados a viver o amor numa família, a encontrar Deus no outro, a entregar-se confiadamente um ao outro em Deus, a gerar nova vida, a cooperar com Deus na Sua obra da criação. Guia: Percorrer na oração com estes objetos o chamamento de Deus, ajudou-nos a estar mais conscientes que as vocações eclesiais são um tesouro que transportamos em vasos de barro. São, em si, sinal, são ícone de um Deus que tomou o nosso barro na sua carne e se revelou Caminho, Verdade e Vida em abundância. 4

Canto: Vasos de barro Nós não nos pregamos a nós, mas ao Senhor, e apenas o fazemos por Seu Amor. Das trevas, resplandece a Luz, disse Deus, e foi Ele quem brilhou no coração dos seus. Trazemos, porém, este Tesouro em vasos de barro, para que se possa ver vir de Deus esse poder. Em tudo somos atribulados e perseguidos, mas não desamparados e nunca vencidos. No nosso corpo levamos, sem cessar, a morte de Jesus, p rá Sua Vida manifestar. Guia: Queremos agradecer a Jesus o dom da sua Vida em nós e colocar na sua presença um empenho para o caminho pessoal, no desejo de com Ele e por Ele, ir mais além. Podemos escrever esse empenho pessoal através de uma prece, sentindo-nos interpelados por algo que hoje o Espírito Santo nos segredou ao coração: - O que muda na minha vida quando a reconheço como modelada, tecida e conduzida pelo Senhor? - Que novidade descubro quando me reconcilio com o que em mim existe de obscuridade ou de negativo? - Dou conta das minhas próprias resistências e rebeldias, dos meus temores a deixarme trabalhar por Deus? - Reconheço e agradeço os dons, as maravilhas que o Senhor fez e faz em mim. - Na presença do Senhor, sinto-me chamada a aceitar-me como sou e a aceitar e amar os demais tal como são, descobrindo também neles a arte das mãos do Divino Oleiro. (entregar umas folhinhas com estas pistas de reflexão e dar alguns momentos em silêncio, ou com um fundo musical, para que o grupo possa escrever as preces). Guia: Rezamos agora as preces, sentindo-nos sustentados pela oração de uns pelos outros no caminho que nos propomos realizar. 5

E podemos concluir com a Oração de abandono, de Charles de Foucauld Meu Pai, Eu me abandono a Ti, Faz de mim o que quiseres. O que fizeres de mim, Eu Te agradeço. Estou pronto para tudo, aceito tudo. Desde que a Tua vontade se faça em mim E em tudo o que Tu criastes, Nada mais quero, meu Deus. Nas Tuas mãos entrego a minha vida. Eu a dou a Ti, meu Deus, Com todo o amor do meu coração, Porque Te amo E é para mim uma necessidade de amor dar-me, Entregar-me nas Tuas mãos sem medida Com uma confiança infinita Porque Tu és... Meu Pai! (Charles de Foucauld) 6