USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

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Transcrição:

1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA Bruna Heloysa Alves (Acadêmica, brunaheloysa1@hotmail.com) 1 Gabriela Benassi (Acadêmica, gabenassi7@gmail.com) 2 Fabiana Postiglione Mansani (Coordenadora docente, fpmansani@gmail.com) 3 Resumo: Automedicação é a administração de medicamentos sem orientação ou prescrição médica, este hábito pode provocar danos à saúde ou mesmo mascarar sintomas de doenças mais graves. O Brasil assume a quinta posição na listagem mundial de consumo de medicamentos, estando em primeiro lugar em consumo na América Latina. Tal fato pode estar relacionado às 24 mil mortes anuais no Brasil por intoxicação medicamentosa. É nesse sentido que a Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada (LATEM) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), esforçou-se para realização de um evento para conscientizar a comunidade acadêmica geral quanto ao perigo dos efeitos adversos que certos medicamentos podem causar, a fim de expressar sua função extensionista. Palavras-chave: Automedicação. Uso racional. Efeitos colaterais. INTRODUÇÃO A OMS define o uso racional de medicamentos através de um protocolo que abrange a prescrição correta do medicamento apropriado, além de basear a escolha do fármaco preservando os ditames da eficácia e segurança comprovados e aceitáveis. É necessário também que o medicamento seja prescrito de maneira adequada, na forma farmacêutica, doses e período de duração do tratamento. Desta forma espera-se que o paciente, devidamente orientado, cumpra o regime terapêutico prescrito da melhor maneira (MARCONDES, 2002). A falta de informação da população, ocasiona altos índices de morbi-mortalidade, uma vez que os medicamentos são utilizados de maneira inadequada, necessitando uma conscientização sobre a sua utilização (AQUINO, 2008). Para tal, deve-se buscar conhecimentos de farmacologia, epidemiologia e ciências sociais, destacando a importância 1 Bolsista da Liga Acadêmica de Terapêutica Médica; UEPG; Medicina; brunaheloysa1@hotmail.com. 2 Integrante da Liga Acadêmica de Terapêutica Médica; UEPG; Medicina; gabenassi7@gmai.com. 3 Coordenadora docente da Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada; fpmansani@gmail.com.

da qualidade de ensino de Farmacologia e Terapêutica aos estudantes de saúde, que lhes darão as corretas ferramentas na hora de prescrever e orientar seus pacientes. Em vista deste grave problema de saúde pública, o Ministério da Saúde do Brasil criou o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos por meio da Portaria nº 427/07, respondendo aos anseios da OMS, com o objetivo de promover a ampliação ao acesso da população à assistência farmacêutica e para melhorar a qualidade e segurança na utilização dos medicamentos (AQUINO, 2008). De uma maneira geral, as soluções propostas para reverter ou minimizar este quadro devem passar pela educação e informação da população, maior controle na venda com e sem prescrição médica, melhor acesso aos serviços de saúde, adoção de critérios éticos para a promoção de medicamentos, retirada do mercado de numerosas especialidades farmacêuticas carentes de eficácia ou de segurança e incentivo à adoção de terapêuticas não medicamentosas (SOUZA, 2008). Nesse entender, a Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada (LATEM), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), teve a iniciativa de realizar um workshop na instituição, com o objetivo de conscientizar os acadêmicos de vários cursos e profissionais da saúde sobre esse tema, a fim de demonstrar sua atividade extensionista. 2 OBJETIVOS A confecção do folder apresentado no presente trabalho teve como objetivo promover a conscientização da população universitária a respeito da automedicação, sendo impressos quinhentos deles, nos quais indicam os riscos e principais efeitos adversos dos medicamentos mais tomados sem prescrição médica. METODOLOGIA Para esse estudo foi realizada uma pesquisa de artigos indexados nos portais de periódicos Scielo e Pubmed, utilizando os descritores automedicação, uso racional e efeitos colaterais, a partir dos quais foram selecionados 4 artigos relacionados com o tema, independentes da sua data de publicação.

RESULTADOS 3 De acordo com a Política Nacional de Medicamentos sobre o uso racional de fármacos, a utilização correta destes conta com a participação de vários atores: pacientes, profissionais de saúde, legisladores, formuladores de políticas públicas, indústria, comércio, governo (SOUZA, 2008). Desta forma, em sintonia com as recomendações da OMS foi criado um Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, o qual promove ações com o objetivo de ampliar o acesso da população à assistência farmacêutica e para melhorar a qualidade e segurança na utilização dos medicamentos (MARCONDES, 2002). O Comitê possui propostas de aumentar o nível educacional e informacional da população, controlar a venda com e sem prescrição médica, melhor acesso aos serviços de saúde, e incentivar a adoção de terapêuticas não medicamentosas. É conhecido o papel da indústria farmacêutica quando abordado o assunto automedicação, uma vez que realizam diversas propagandas publicitárias sobre seus produtos, surge então a necessidade de que a propaganda de medicamentos seja proibida em nosso país. Esta problemática surge devido ao poder da publicidade em provocar necessidade de consumo na população, os fazendo utilizar determinados medicamentos, sem o auxílio médico. De acordo com Soares, 2008, medicamentos não podem ser tratados como uma mercadoria, uma vez que fogem das regras publicitárias. Em sintonia com a Política Nacional de Medicamentos (Portaria nº 3.916/98) da ANVISA, Soares propõe algumas propostas para a regulamentação das propagandas envolvendo divulgação, promoção ou comercialização de medicamentos transmitidas no decorrer da programação normal das emissoras de rádio e televisão: A proibição da propaganda de medicamentos no Brasil. Por induzirem o uso irracional e acrítico dos medicamentos (SOARES, 2008). A divulgação de informações sobre prescrição, dispensação e administração de medicamentos, promovidos pela própria ANVISA e universidades (SOARES, 2008). À população leiga deve ser garantido também o acesso a informações adequadas e orientações para o uso consciente e responsável desses produtos (SOARES, 2008). Tendo analisado as propostas da ANVISA e da OMS, cabe o papel da LATEM na ação de promover a conscientização da população sobre o uso irracional de medicamentos, utilizando para isso recursos áudio visuais, como o folder, além de realizar palestras e debates sobre o tema, a fim de diminuir os efeitos adversos causados pelo ato. Desta forma, fica claro

o grande e importante papel extensionista da Liga Acadêmica, que além de auxiliar a população leiga, enriquece a formação profissional dos acadêmicos participantes da medicina. 4 FOTO(S) Figura 1 Frente e verso do folder Legenda: Na figura acima está a imagem do folder utilizado, nele encontramos informações sobre 5 classes de medicamentos Paracetamol, Dipirona, Ibuprofeno, Anticoncepcional Oral e Antibióticos Orais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Liga Acadêmica de Terapêutica Médica Aplicada (LATEM) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) estima que essa ação possa diminuir o número de usuários que praticam a automedicação, de forma a reduzir os riscos de intoxicação, reações alérgicas não conhecidas e efeitos colaterais. Além disso, a respeito do uso de antibióticos a ação espera contribuir para restringir o montante de superbactérias, responsáveis por infecções de difícil

controle, uma vez que não sofrem o desempenho esperado dos antibióticos que temos no mercado. Os acadêmicos e coordenadores envolvidos pretendem com o evento promover a conscientização da comunidade acadêmica, especialmente os que não possuem a disciplina de farmacologia na grade curricular, atingindo de 300 à 500 pessoas. A ação engloba ainda os acadêmicos e profissionais da área da saúde, visto que é capaz de aumentar os conhecimentos destes sobre o assunto. Tendo analisado esses dois pontos, é notável a significância da função extensionista da LATEM. 5 APOIO: Fundação Araucária e Universidade Estadual de Ponta Grossa. REFERÊNCIAS 1. AQUINO, D.S. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciência & Saúde Coletiva, 13(Sup):733-736, 2008. 2. MARCONDES, N.S.P. A assistência farmacêutica básica e o uso de medicamentos na zona urbana do município de Ponta Grossa, Paraná: estudo de caso. Tese (Mestrado em Saúde Pública). Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, 2002. 3. SOARES, J. C. R. S. Quando o anúncio é bom, todo mundo compra. O Projeto MonitorAÇÃO e a propaganda de medicamentos no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 13(Sup):641-649, 2008. 4. SOUZA, H. W. O. et al. A importância do profissional farmacêutico no combate a automedicação no Brasil. Revista Eletrônica de Farmácia Vol 5(1), 67-72, 2008.