Um pouco sobre raios cósmicos

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Transcrição:

O Que Existe Além de Prótons, Elétrons e Nêutrons? Uma Introdução às Partículas Elementares Um pouco sobre raios cósmicos

A descoberta da radiação cósmica No final do séc. XIX e início do séc. XX foram descobertos diversos elementos radioativos. 1900: Elster e Geitel notam a existência de uma radiação ionizante no ambiente. Isto foi atribuída à existência de materia radioativo em todos os lugares. 1912: Victor Hess realiza experimentos com balões para verificar a origem da radiação ionizante. Ele verifica que o poder ionizante da radiação aumenta com a altitude. 1925: Millikan verifica que o poder da radiação ionizante diminui com a profundidade.

A descoberta da radiação cósmica Se o poder ionizante está aumentando com a altitude, então em lugares mais altos deve haver mais radiação... Se lugares mais altos tem mais radiação, então esta radiação não deve vir da Terra, e sim do espaço!!!! No final do séc. XIX e início do séc. XX foram descobertos diversos elementos radioativos. 1900: Elster e Geitel notam a existência de uma radiação ionizante no ambiente. Isto foi atribuída à existência de materia radioativo em todos os lugares. 1912: Victor Hess realiza experimentos com balões para verificar a origem da radiação ionizante. Ele verifica que o poder ionizante da radiação aumenta com a altitude. 1925: Millikan verifica que o poder da radiação ionizante diminui com a profundidade.

A descoberta da radiação cósmica Se o poder ionizante está aumentando com a altitude, então em lugares mais altos deve haver mais radiação... Se lugares mais altos tem mais radiação, então esta radiação não deve vir da Terra, e sim do espaço!!!! No final do séc. XIX e início do séc. XX foram descobertos diversos elementos radioativos. 1900: Elster e Geitel notam a existência de uma radiação ionizante no ambiente. Isto foi atribuída à existência de materia radioativo em todos os lugares. 1912: Victor Hess realiza experimentos com balões para verificar a origem da radiação ionizante. Ele verifica que o poder ionizante da radiação aumenta com a altitude. 1925: Millikan verifica que o poder da radiação ionizante diminui com a profundidade. É uma evidência indubitável da existência destes raios etéreos duros de origem cósmica penetrando na atmosfera uniformemente em todas as direções.

A descoberta da radiação cósmica Victor Hess em um de seus famosos vôos com balões.

(Millikan e a carga elementar do elétron) Experimento de Millikan para determinação da carga elementar do elétron.

O que são os raios cósmicos? Pode ser um elétron, um núcleo atômico ou um raio gama. Podem vir do Sol, de outras partes da galáxia, outras estrelas, outras galáxias, etc. São as partículas mais energéticas conhecidas.

Chuveiros atmosféricos extensos 1939: Pierre Auger Conhecido como EAS (extensive air shower). Interação da partícula primária com moléculas presentes na atmosfera resulta em outras partículas, que por sua vez interagem e resultam em outras partículas, criando uma cascata de partículas. Fonte: CERN

Chuveiros atmosféricos extensos Desenvolvimento do chuveiro atmosférico extenso na atmosfera no caso de raios gama (à esquerda) e raios cósmicos (à direita). Alguns autores não consideram raios gama como raios cósmicos. Consideramos aqui que raios cósmicos são todas as partículas e formas de radiação eletromagnética provenientes do espaço, que penetram na atmosfera e têm energia superior a 1 GeV.

Chuveiros atmosféricos extensos Créditos: COSMUS, Sergio Sciutto

Chuveiros atmosféricos extensos Créditos: COSMUS, Sergio Sciutto

O espectro de raios cósmicos Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin 10 15-10 18 ev: raios cósmicos galácticos, provavelmente acelerados por supernovas.

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin 10 15-10 18 ev: raios cósmicos galácticos, provavelmente acelerados por supernovas.

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin 10 15-10 18 ev: raios cósmicos galácticos, provavelmente acelerados por supernovas. 10 18-10 20 ev: não sabemos quase nada

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin 10 15-10 18 ev: raios cósmicos galácticos, provavelmente acelerados por supernovas. 10 18-10 20 ev: não sabemos quase nada

O espectro de raios cósmicos 10 9-10 12 ev: raios cósmicos em sua maioria proveniente do Sol 10 12-10 15 ev: raios cósmicos provenientes de outras regiões da galáxias. Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin 10 15-10 18 ev: raios cósmicos galácticos, provavelmente acelerados por supernovas. 10 18-10 20 ev: não sabemos quase nada > 10 20 ev: será possível?

O espectro de raios cósmicos Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 3x10 15 ev: joelho Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

O espectro de raios cósmicos 3x10 15 ev: joelho 3x10 18 ev: tornozelo Fonte: Gaisser, Swordy, Cronin

Raios cósmicos solares O Sol está constantemente produzindo diversas partículas. Várias destas partículas são carregadas em direção à Terra pelos ventos solares. 1 milhão de toneladas destas partículas provenientes do Sol atingem a Terra a cada segundo. Os ventos solares deformam a magnetosfera terrestre e podem ocasionar tempestades magnéticas, que afetam a comunicação e navegação, além de causar danos a satélites. O vento solar é muito leve, de forma que próximo da Terra a densidade de aproximadamente 1 partícula a cada cm 3 (a densidade de moléculas de ar no nível do mar é aproximadamente 10 19 moléculas/cm 3.

Raios cósmicos solares

Raios cósmicos solares

Raios cósmicos solares

Raios cósmicos solares Fonte: Don Pettit, ISS, NASA

Raios cósmicos solares Fonte: I. A. Daglis

Raios cósmicos galácticos Acelerados em ondas de choque de Supernovas. São embaralhados pelos campos magnéticos que permeia a galáxia e pelo campo magnético terrestre. Cerca de 90% são prótons, 9% partículas alfa, e 1% núcleos mais pesados.

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h.

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h.

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h. Não se impressionou?

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h.

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h. Se 1 próton ultra-energético tivesse a mesma massa de uma bolinha de tênis, sua energia seria equivalente à de 10 bilhões de bombas nucleares!!!!!!!!!

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h. Se 1 próton ultra-energético tivesse a mesma massa de uma bolinha de tênis, sua energia seria equivalente à de 10 bilhões de bombas nucleares!!!!!!!!!

Raios cósmicos ultra-energéticos UHECRs = raios cósmicos ultra-energéticos (ultra-high energy cosmic rays). Partículas mais energéticas da natureza 1 a observação de partículas com estas energias - Volcano Ranch, EUA, 1962. Partícula com a maior energia já detectada (3x10 20 ev) - Fly s Eye, 1991. Se 1 próton ultra-energético atingisse sua testa, seria como se fosse uma bola de tênis a 120 km/h. Se 1 próton ultra-energético tivesse a mesma massa de uma bolinha de tênis, sua energia seria equivalente à de 10 bilhões de bombas nucleares!!!!!!!!!

Qual a origem destes UHECRs? Fonte: Tese de doutorado - Rogério de Almeida

Qual a origem destes UHECRs? http://web.hallym.ac.kr/~physics/course/a2u/agn/agn.htm AGN (Núcleo Galáctico Ativo)

Qual a origem destes UHECRs? particulas.cnea.gov.ar Centaurus A - o mais famoso AGN (Núcleo Galáctico Ativo)

Qual a origem destes UHECRs? Apesar das controvérsias, alguns modelos prevêem a aceleração de UHECRs por algumas supernovas através de mecanismos ainda não compreendidos. Fonte: Chandra Experiment Remanescente da supernova de Tycho

Qual a origem destes UHECRs? Concepção artística de um pulsar em rápida rotação sobre o eixo mostrado. A região verde indica as linhas de campo magnético e a região azulada é o cone de emissão (jato).

Qual a origem destes UHECRs? Apesar das controvérsias, alguns modelos prevêem a aceleração de UHECRs por algumas supernovas através de mecanismos ainda não compreendidos. Nebulosa do Carangueijo - remanescente de supernova com um pulsar no centro.

Qual a origem destes UHECRs? jjcconwell.wordpress.com/2009/03/12/extreme-universe-magnetic-fields-and-magnetars/ Concepção artística de um magnetar

Qual a origem destes UHECRs? Atualmente as grandes explosões de raios gama (GRBs, do inglês gamma ray bursts) são os candidatos mais promissores a acelerarem UHECRs. Fonte: Chandra Experiment Concenpção artística de um GRB + imagem obtida pelo experimento Chandra.

Raios cósmicos e os riscos aos astronautas 10% 1% 0.1% Nível máximo de risco aceito = 3% Missão Marte Estação Espacial Internacional Missão Lunar.01% Shuttle Mission

Raios cósmicos e o clima na Terra Múons de chuveiros atmosféricos causam a maior parte da ionização na baixa atmosfera. O múon ioniza uma molécula, extraindo um elétron; a molécula logo captura um elétron de outra molécula, ou elétrons livres presentes no meio (recombinação). Existe um equilíbrio entre ionização e recombinação. Existe uma quantidade aproximadamente fixa de íons positivos e negativos na atmosfera. Existem diferenças entre os tipos de moléculas que se tornam íons positivos e negativos. Os íons negativos se movem mais facilmente pela atmosfera, resultando em um campo elétrico nesta. Num dia normal o campo elétrico é aproximadamente 100 V/m. Quando uma tempestade se forma, íons positivos sobem e íons negativos descem, alterando o campo elétrico da Terra para dezenas de milhares de Volts por metro. Quando o campo elétrico é intenso, ocorre uma descarga elétrica, o relâmpago. Então existe uma relação clara entre ionização (causada por múons) e relâmpagos.

Raios cósmicos e o clima na Terra http://www.dsri.dk/~hsv/noter/solsys99.html As duas curvas superiores são o fluxo de raios cósmicos medido por dois experimentos distintos. A curva inferior é o número de manchas solares registrados no período.

Raios cósmicos e o clima na Terra http://www.dsri.dk/~hsv/noter/solsys99.html Variação da produção de Carbono-14 no último milênio. Esta variação é devido à atividade solar. Quando a atividade solar é alta, o vento solar está protegendo a Terra de raios cósmicos galácticos e a produção de Carbono-14 é baixa. O mínimo de Maunder refere-se a 1645-1715, quando poucas manchas solares eram observadas.

Raios cósmicos e o clima na Terra http://www.dsri.dk/~hsv/noter/solsys99.html A linha sólida indica a cobertura por nuvens da superfície terrestre. A linha pontilhada indica o fluxo de raios cósmicos solares e os demais pontos são dados experimentais para a cobertura da superfície por nuvens.