Política Energética e Indústria. Cláudio Monteiro

Documentos relacionados
rotulagem de energia eléctrica

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

estatísticas rápidas Dezembro 2005

ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA

estatísticas rápidas Abril 2008

estatísticas rápidas novembro 2011

estatísticas rápidas Agosto/Setembro 2005

DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DE

TABELA PRÁTICA PARA CÁLCULO DOS JUROS DE MORA ICMS ANEXA AO COMUNICADO DA-46/12

GDOC INTERESSADO CPF/CNPJ PLACA

Planejamento da Matriz Elétrica Brasileira e a Importância das Questões Ambientais

A BIOELETRICIDADE SUCROENERGÉTICA

PROTOCOLO DE QUIOTO, UM DESAFIO NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort

DATA DIA DIAS DO FRAÇÃO DATA DATA HORA DA INÍCIO DO ANO JULIANA SIDERAL T.U. SEMANA DO ANO TRÓPICO

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DAS RENOVÁVEIS

+ DE 190 ASSOCIADOS EM 4 ANOS DE ATUAÇÃO!!

Data Moeda Valor Vista Descrição Taxa US$ 07-Jul-00 Real 0,5816 Sem frete - PIS/COFINS (3,65%) NPR 1,81 14-Jul-00 Real 0,5938 Sem frete - PIS/COFINS

Álvaro Rodrigues. Mai11 AR

A Experiência da Espanha na Operação de Parques Eólicos

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2016

TABELA PRÁTICA PARA CÁLCULO DOS JUROS DE MORA ICMS ANEXA AO COMUNICADO DA-87/12

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JUNHO DE 2016

estatísticas rápidas - nº junho de 2014

Estado atual do setor das energias renováveis em Portugal. Hélder Serranho Vice-presidente da APREN

Panorama Mensal do Setor Elétrico

Plano Decenal de Expansão de Energia 2027

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS NOVEMBRO DE 2016

ENASE 24 de maio de COGEN Associação da Indústria de Cogeração de Energia. Painel: Geração Renovável

AS OPORTUNIDADES E OS PRODUTOS DO MERCADO LIVRE. Felipe Barroso

Exemplos Práticos de Aplicação da Energia Fotovoltaica no meio Rural Curso Energias Renováveis 02 a 06 de outubro de 2017 Concórdia/SC

A INTEGRAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS JANEIRO DE 2017

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS DEZEMBRO DE 2015

UMA EMPRESA FORTE EM ENERGIA. Energy Expo Fórum. Estratégias Vencedoras na Compra de Energia no Mercado Livre

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2015

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS ABRIL DE 2016

Safra 2016/2017. Safra 2015/2016

A BIOELETRICIDADE DA CANA EM NÚMEROS SETEMBRO DE 2016

A APREN e as Universidades O SOL COMO FONTE DE ENERGIA Comemoração do Dia Internacional do Sol

Composição dos Preços de Electricidade, incluindo os Custos de Interesse Económico Geral ESTRUTURA DOS PREÇOS DE ELECTRICIDADE FIXADOS PARA 2011

O Mercado Livre de Energia Elétrica

INFORMATIVO MENSAL MARÇO Preço de Liquidação das Diferenças. Intercâmbio de Energia entre Submercados. Nordeste. Norte SE/CO. Sul

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS. Agosto 2016

Composição dos Preços de Eletricidade, incluindo os Custos de Interesse Económico Geral ESTRUTURA DOS PREÇOS DE ELETRICIDADE FIXADOS PARA 2013

POTENCIAR AS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL RENOVÁVEIS EM MERCADO: REALIDADE OU UTOPIA? LISBOA, 26 DE SETEMBRO DE 2017

A BIOELETRICIDADE E O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

SETER ENGENHARIA LTDA

estatísticas rápidas - nº dezembro de 2016

INTERLIGAÇÕES. Valor na Competitividade e na Proteção do Ambiente. XX Congresso da Ordem dos Engenheiros João Afonso*

Impactos dos Recursos Energéticos Distribuídos. Francisco José Arteiro de Oliveira Diretoria de Planejamento e Programação da Operação

BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

VI Seminário CEISE Br/UNICA sobre Bioeletricidade

A APREN e as Universidades

Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Produção Distribuída e Energias Renováveis (Setembro de 2005) J. A.

EXPANSÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL PDE2026

estatísticas rápidas - nº janeiro de 2018

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS

Painel 6 Expansão das Energias Renováveis. Amilcar Guerreiro Economia da Energia e do Meio Ambiente Diretor

estatísticas rápidas - nº julho de 2017

CONTRIBUIÇÃO DA ELETRICIDADE RENOVÁVEL

ENERGIA EM PORTUGAL. Principais Números

O FUTURO ENERGÉTICO EM PORTUGAL EÓLICA E BIOMASSA

estatísticas rápidas - nº novembro de 2017

O FUTURO DOS APROVEITAMENTOS

CEMIG E O MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA

3 Seminário Socioambiental Eólico Solenidade de Abertura Salvador, 05 de Dezembro de 2016

INTEGRAÇÃO DE FONTES RENOVÁVEIS NÃO DESPACHÁVEIS NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL ALESSANDRA MACIEL - ONS

ELECTRICIDADE RENOVÁVEL Um protagonismo crescente. António Sá da Costa

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS

As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços

Energia Eólica, Energia Solar e Bioeletricidade: benefícios e desafios para o Sistema Elétrico Brasileiro

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS

Seminário Internacional Portugal Brasil

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO FINANCEIRA

A Importância das Fontes Alternativas e Renováveis na Evolução da Matriz Elétrica Brasileira

2 Sistema Elétrico Brasileiro

Da teoria à prática: a operação real da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira

Sistemas Fotovoltaicos: Análise de viabilidade técnica e econômica de projetos solares Uma abordagem empresarial

Alturas mensais de precipitação (mm)

Relatório de preços 2016

Oferta e Demanda de Energia Elétrica: Cenários. Juliana Chade

A Energia na Cidade do Futuro

BOLETIM ENERGIAS RENOVÁVEIS

Solange David. Vice-presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

Potencial de poupança energética e principais medidas identificadas em Quarteis de Bombeiros pela AREANATejo - EcoBombeiros - 24 de novembro de 2016

INSTALAÇÃO DE SISTEMA SOLAR TÉRMICO E FOTOVOLTAICO

Garantia do Atendimento do SIN Visões de Curto ( ) e Médio Prazos ( )

Energia solar fotovoltaica:

BOLETIM: A Bioeletricidade da Cana em Números Fevereiro de 2017

Integração e Segurança Energética na América Latina. Novas tecnologias e seu impacto sobre a integração elétrica

ENERGY TRADING BRASIL 2009

Características Centrais do SEB

POTENCIALIDADE DOS RECURSOS ENERGÉTICOS RENOVÁVEIS EM CABO VERDE E A POSSIBILIDADE E BARREIRAS DE VINCULAÇÃO À DESSALINIZAÇÃO

Eletricidade e Energias Renováveis em Portugal

Transcrição:

Política Energética e Indústria Cláudio Monteiro FEUP / INESC Porto

Previsão, Eficiência Energética, Energética Energias Renováveis

Energia, situação actual Produção Mensal (GWh) PRE Eólico Fio Água SEP PRE Térmico Albufeira SEP PRE Hidráulico PRE Fotovoltaica PRE Ondas Produçao não renovável GWh 55 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 44% FER 84% FER 68% FER 6% FER 47% FER 4% FER 38% FER 33% FER 35% FER 35% FER 35% FER 4% FER 55% FER Jan 9 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan 1

Potência instalada, situação actual Potência Instalada Renovável (MW) (Outubro 29) instalada Licenciada 5 45 4 787 5 45 4 151 As renováveis representam 54% da potência instalada nacional 35 35 3 25 2 15 1 5 4515 Grande Hídrica (>1 MW) 3455 Eólica 3 25 2 15 1 5 31 PCH (<= 1 MW) Resíduos Sólidos Urbanos 39,7 Fotovoltaica 99 88 84,3 76 Biomassa (s/cogeração) Biogás 48,7 17,3 4,2 Ondas/Marés

Potência instalada, projecções MW Eólica 8 7 6 5 4 3 2 1 199 2 21 22 23 24 MW 8 7 6 5 4 3 2 1 Hidroeléctrica 199 2 21 22 23 24

Potência instalada, projecções MW Solar 45 4 35 3 25 2 15 1 5 199 2 21 22 23 24 2 18 16 14 12 MW 1 8 Biomassa e cogeração 6 4 2 1995 2 25 21 215 22 225 23 235

Potência instalada, projecções 7 6 5 4 3 2 2485 4515 3545 3455 Potência Instalada Renovável (MW) 21 22 6 5 4 3 2 29 31 112 315,7 124 Em 22 podemos ter 8% de potência instalada renovável 1 Grande Hídrica (>1 MW) Eólica 1 PCH (<= 1 MW) Resíduos Sólidos Urbanos 88 84,3 76 Fotovoltaica Biomassa (s/cogeração) 82,7 45,8 17,3 4,2 Biogás Ondas/Marés Que impacto terão as renováveis nos custos de produção?

O impacto de uma indústria da eficiência energética 6 Cenário Evolução Consumo Serviços ESCO 5 Eficiência nos edifícios GWh 4 3 2 Previsão Consumo (GWh) Eficiência Indústria Certificados brancos 1 Consumo (GWh) 198 199 2 21 22 23 24 Que impacto terá a eficiência energética no preço da electricidade?

Tecnologias, preços de combustível, custos ambientais /MWh 1 9 8 7 6 Evolução custos nivelados de produção do sistema Crescimento devido ao maior custo das renováveis Atenuação do crescimento devido à maturidade das tecnologias renováveis 5 Aumento do preço dos 4 combustíveis fósseis 3 2 1 1995 2 25 21 215 22 225 23 235 Custo de produção sobe! Custos de CO2 Tecnologias convencionais mais eficientes Mas com factores de utilização baixos

Grande influência das renováveis Variação do preço com a fracção de eólica Variação do preço com a fracção de hídrica % da produção total Preço médio diário ( /MWh) Preço médio diário ( /MWh) Quanto maior a fracção de produção renovável menor o preço de mercado?

Cada vez menor influência das térmicas /MWh 3 25 2 15 1 5 Custos de operação das térmicas 199 2 21 22 23 24 Menor factor de utilização da potência instalada implica custos de produção superiores nas térmicas /MWh 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Custos nivelado das térmicas sem a componente de operação 199 2 21 22 23 24 Menor utilização das térmicas implica menores custos de operação do sistema e menores preços de mercado

Grande influência das renováveis Resultante da simulação de estratégia té despacho integrando previsões de longo prazo de capacidades, custos. /MWh 8 7 6 5 4 3 2 1 Preço Mercado 25 21 215 22 225 23 235 O preço de mercado desce devido à elevada fracção de renovável! Será possível?

Já está a acontecer /MWh

Já está a acontecer /MWh Quando não renovável é pequena os preços descem para valores muito baixos!

Como conciliar custos de produção crescentes com preços de mercado decrescentes? /MWh 1 8 6 4 2 Evolução custos nivelados de produção do sistema 199 2 21 22 23 24 /MWh 8 7 6 5 4 3 2 1 Preço Mercado 25 21 215 22 225 23 235 Como regular a diferença?

Planeamento Pl t e regulação l ã... mais i que previsão i ã Tink tank Obrigado! Cláudio Monteiro cdm@fe.up.pt