EFEITO DA POPULAÇÃO DE PLANTAS E DO ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS NOS FATORES BIOMÉTRICOS DE MILHO SILAGEM

Documentos relacionados
FATORES FITOMÉTRICOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B688PW PARA SILAGEM SOB DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG

INTERFERÊNCIA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS NA FITOMETRIA DE PLANTAS DE SORGO DE 2ª SAFRA

FATORES BIOMÉTRICOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587PW PARA GRÃO EM DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA PARA MUZAMBINHO/MG

POPULAÇÃO DE PLANTAS NA PRODUTIVIDADE DA SILAGEM DE SORGO CULTIVADO NA 2ª SAFRA

Características Agronômicas de Milho Silagem Sob Diferentes Arranjos Espaciais no Sul de Minas Gerais

CARACTERÍSTICAS FITOMÉTRICAS DO SORGO FORRAGEIRO SS318 CULTIVADO NA 2ª SAFRA EM DIFERENTES DENSIDADES

RELAÇÃO DO TEOR DE CLOROLFILA COM O DE NITROGÊNCIO FOLIAR PARA DIFERENTES CULTIVARES DE ALGODÃO COLORIDO

ÍNDICE DE CLOROFILA FALKER E TEOR DE NITROGÊNIO EM FOLHAS DE COBERTURAS DE INVERNO, FEIJÃO E MILHO EM SUCESSÃO NO SUL DE MINAS GERAIS

FATORES MORFOLÓGICOS DO SORGO EM DIFERENTES DENSIDADES POPULACIONAIS EM FUNÇÃO DE DUAS DATAS DE PLANTIO

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

Efeito da Densidade de Plantas nas Características Biométricas e na Produtividade de Grãos de Milho no Sul de Minas Gerais

DESEMPENHO PRODUTIVO DE SILAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO DKB390 COM DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

FATORES FITOMÉTRICOS DA CULTIVAR DE MILHO DKB390 PARA SILAGEM SOB DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Campus Muzambinho. Muzambinho/MG -

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE PLANTAS DE MILHO COM DIFERENTES EVENTOS DE BIOTECNOLOGIA

PRODUTIVIDADE DO HÍBRIDO FORRAGEIRO DE SORGO SS318 CULTIVADO NA 2ª SAFRA COM DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS

ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA PLANTA DE CHIA SOB SOMBRITE COM DIFERENTES FONTES DE ADUBO NAS CONDIÇÕES DO SUL DE MINAS GERAIS

Produtividade de milho convencional 2B587 em diferentes doses de Nitrogênio

PRODUÇÃO DE GRÃOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587PW EM DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA

QUALIDADE DA SILAGEM DO MILHO HÍBRIDO 2B688PW CULTIVADO EM DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA NO SUL DE MINAS GERAIS

APLICAÇÃO DE GLIFOSATO NO CONTROLE DA REBROTA DO SORGO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE APLICAÇÃO E DOSE

PRODUÇÃO DE SILAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO 2B688PW EM DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA

UMIDADE E MATÉRIA MINERAL DE SILAGENS ISOLADAS E COMBINADAS DE MILHO, SORGO E GIRASSOL

PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587PW SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO EM ADUBAÇÃO DE COBERTURA

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

DESEMPENHO NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587 SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO UTILIZADOS PARA SILAGEM

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

Influência do espaçamento entre linhas e da densidade populacional no desempenho do híbrido de milho 30F53 RESUMO

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO PARA UTILIZAÇÃO COMO SILAGEM

TEOR DE CLOROFILA E NITROGÊNIO EM FOLHAS DE MILHO SOB DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

Avaliação de aspectos produtivos de diferentes cultivares de soja para região de Machado-MG RESUMO

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

RENDIMENTO DE FEIJÃO CULTIVADO COM DIFERENTES FONTES DE ADUBOS VERDES NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE COBERTURA NITROGENADA.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Produção e Qualidade de Milho Para Silagem Sob Diferentes Arranjos Espaciais

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Desempenho de Híbridos de Milho Comerciais e Pré-Comerciais de Ciclo Superprecoce no Município de Guarapuava - PR

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

SELEÇÃO DA CULTURA DE INVERNO PARA A AGRICULTURA FAMILIAR DO SUL DE MINAS GERAIS

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

l«x Seminário Nacional

BOLETIM TÉCNICO nº 16/2017

BOLETIM TÉCNICO nº 15/2017

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM HÍBRIDOS COMERCIAIS E EXPERIMENTAIS DE MILHO NOS MUNICÍPIOS DE MUZAMBINHO/MG, NOVA PONTE/MG E RIO VERDE/GO

PRODUÇÃO DE MILHO VERDE NA SAFRA E NA SAFRINHA EM SETE LAGOAS MG

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Palavras-chave: Zea mays L., densidade populacional, nitrogênio, produção.

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

Avaliação de cultivares de milho para produção de silagem em Patrocínio, MG

PROTEINA BRUTA PARA SILAGENS ISOLADAS E COMBINADAS DE MILHO, SORGO E GIRASSOL

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

VARIABILIDADE GENÉTICA EM LINHAGENS S 5 DE MILHO

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

08 POTENCIAL PRODUTIVO DE CULTIVARES DE SOJA

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO MAIS FÓSFORO APLICADOS NO PLANTIO

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA COM POPULAÇÕES DE PLANTAS DE FORRAGEIRAS PERENES

Produtividade do Sorgo Forrageiro em Diferentes Espaçamentos entre Fileiras e Densidades de Plantas no Semi-Árido de Minas Gerais

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHOS TRANSGÊNICOS E ISOGÊNICOS NA SAFRINHA 2013 EM MATO GROSSO SUL

INOCULAÇÃO VIA FOLIAR COM

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

Avaliação de Cultivares de Milho na Região Central de Minas Geraisp. Palavras-chave: Zea mays, rendimento de grãos, produção de matéria seca, silagem

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

FATORES FITOMÉTRICOS, CLOROFILA E NITROGÊNIO FOLIAR DA PLANTA DE CHIA CULTIVADA COM DIFERENTES FERTILIZANTES

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

PRODUÇÃO DE ESPIGAS DE MILHO VERDE EM FUNÇÃO DE EPOÇAS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA

DOSES DE INOCULANTE CONTENDO Azospirillum brasilense VIA FOLIAR E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA EM MILHO SAFRINHA

AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DO CAFEEIRO RECEPADO, SUBMETIDO A DIFERENTES CULTIVOS INTERCALARES. RESUMO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM SAFRA 2017/2018. Campinas 21 de junho de 2018

AVALIAÇÃO DO MILHO SAFRINHA SOB DOIS NÍVEIS DE ADUBAÇÃO EM SETE LAGOAS MG

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

Desempenho de cultivares de milho indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul na safra

134 ISSN Sete Lagoas, MG Dezembro, 2006

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO ANTES E APÓS A COLHEITA DO MILHO (Zea mays L.) CULTIVADO EM SOLO HIDROMÓRFICO 1

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

RELATÓRIO TÉCNICO WISER TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DA UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA WISER NA CULTURA DO MILHO

DESEMPENHO FORRAGEIRO DE HÍBRIDOS DE MILHO NA SAFRINHA SOB DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

CONSUMO DE TRATOR EQUIPADO COM SEMEADORA

INTERFERÊNCIA DA VELOCIDADE E DOSES DE POTÁSSIO NA LINHA DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO

CRESCIMENTO DA PLANTA DE CHIA A PLENO SOL COM DIFERENTES FERTILIZANTES NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

ESTRATÉGIAS PARA O APROVEITAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NO MILHO EM PLANTIO DIRETO.

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO APLICADO NA SEMEADURA

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA PARA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS*

RECOMENDAÇÃO DA DOSE DE BORO, EM SOLO HIDROMÓRFICO, PARA A CULTURA DO RABANETE.

Avaliação de cultivares de milho para produção de silagem em Felixlândia, MG

Transcrição:

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG EFEITO DA POPULAÇÃO DE PLANTAS E DO ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS NOS FATORES BIOMÉTRICOS DE MILHO SILAGEM Mariana G. P. PEREIRA 1 ; Luiz Paulo BACHIÃO 2 ; Ariana V. SILVA 3 ; Alex de O. COSTA 4 ; Gustavo N. PAES 5 ; Itamar C. da SILVA FILHO 6 RESUMO A pesquisa avaliou os fatores biométricos de milho silagem a partir do delineamento experimental em faixas, esquema fatorial, sendo 2 espaçamentos (0,45 e 0,60 m) x 3 populações (65, 75 e 85 mil pl ha -1 ) e 4 repetições. Pode-se concluir que os diferentes espaçamentos e populações não influenciaram a altura de plantas, altura de espigas, diâmetro de colmo e folhas acima da espiga para o híbrido DKB175 Pro e o menor teor de clorofila total é caracterizado pela maior população e maior espaçamento. INTRODUÇÃO A escassez de alimento no período da seca implica na busca de sistemas alternativos e eficientes de conservação de forragens advindas da produção de culturas como milho, sorgo, girassol, entre outras. Com isso, produtores de gado leiteiro e de corte necessitam desses alimentos para que seus animais continuem se alimentando e, consequentemente produzindo nessa época. Uma das técnicas utilizadas na produção de forragens é a redução do espaçamento entre fileiras e/ou o aumento da densidade de plantas, que proporciona um melhor aproveitamento da área, uma maior produtividade, um aumento na competitividade com plantas daninhas devido à otimização de fatores 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho. Muzambinho/MG, email: marianapires30@hotmail.com; 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho. Muzambinho/MG, email: lpbachiao@yahoo.com.br; 3 Muzambinho/MG, email: ariana.silva@muz.ifsuldeminas.edu.br; 4 Muzambinho/MG, email: alex29oliveira@yahoo.com.br; 5 Muzambinho/MG, email: gnoguerapaes@yahoo.com.br; 6 Muzambinho/MG, email: itamarcsf@gmail.com.

como água, luz e nutrientes. A redução do espaçamento entre linhas, mantendo-se a densidade constante promove a distribuição mais equidistante de plantas na lavoura. A aproximação de linhas de semeadura pode estimular as taxas de crescimento da cultura no início do ciclo e, consequentemente, reduzir a dominância apical e favorecer a emissão, a sobrevivência e a contribuição dos perfilhos para a produtividade do milho (SANGOI et al., 2009). Neste sentido, realizou-se este projeto visando avaliar o efeito da população de plantas e do espaçamento entre linhas nos fatores biométricos do híbrido DKB175 Pro no sul de Minas Gerais. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em área experimental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Muzambinho, no ano agrícola de 2012/2013. A área experimental possui solo tipo latossolo vermelho distroférrico típico e está situada a 1100 m de altitude, latitude 21º22 33 Sul e longitude 46º31 32 Oeste. A região se enquadra no clima tipo Cwb segundo Köeppen (1948), ou seja, clima tropical de altitude, caracterizado com verão chuvoso e inverno mais ou menos seco. A temperatura média e a precipitação pluvial média anual são de 18,2ºC e 1.605 mm, respectivamente. O delineamento experimental escolhido foi o de faixas em esquema fatorial 2 X 3, sendo dois espaçamentos entre linhas (0,45 e 0,60 m) e três populações de plantas (65, 75 e 85 mil plantas ha-1), com quatro repetições, totalizando 24 parcelas (Tabela 1). Cada parcela tinha 8 m 2 e com área útil de aproximadamente 5 m 2, sendo que as parcelas com espaçamento de 0,45 m tinham 5 linhas, sendo colhidas as 3 linhas centrais, e as de 0,60 m tinham 4 linhas, sendo colhidas as 2 linhas centrais de cada parcela, descartando-se 0,50 m de cada extremidade, ou seja, dos 5 m de linha, apenas os 4 m centrais foram avaliados. A área total do experimento foi de 715,85 m 2.

Tabela 1. Distribuição dos tratamentos. Espaçamento População Repetições Tratamento entre linhas (m) (pl ha -1 ) I II III IV 1 0,45 65.000 2 10 18 22 2 0,45 75.000 3 7 14 19 3 0,45 85.000 6 11 15 23 4 0,60 65.000 4 12 13 24 5 0,60 75.000 5 9 17 21 6 0,60 85.000 1 8 16 20 A semeadura foi realizada no dia 22 de novembro de 2012, manualmente. Para tanto foi utilizado o híbrido simples DKB175PRO de ciclo normal e de textura dura. As sementes foram tratadas com Crosptar em uma concentração de 150 ml L -1 de imidacloprid mais 450 ml L -1 de thiodicarb e uma dose de 250 ml do produto para 60.000 sementes. Para ajuste da população, foi realizado o desbaste aos 20 DAE. A adubação foi realizada em função da interpretação da análise de solo, sendo que na semeadura foi utilizado 250 Kg ha -1 de 08-28-16 mais 30 Kg ha -1 de KCl (cloreto de potássio), na primeira e segunda cobertura foram utilizados 450 Kg ha -1 de sulfato de amônio mais 50 kg ha -1 de KCl, respectivamente, aos 22 e 37 dias após a semeadura (DAS). O herbicida em pós-emergência utilizado foi o Atrazina mais Sanson com uma concentração de 500 g L -1 50,0% m/v e 4,0% m/v (Nicosulfuron), respectivamente. Este herbicida foi aplicado em área total aos 28 DAS. Para a coleta dos dados, foram marcadas quatro plantas na área útil de cada parcela para determinação da altura média das plantas, medida com régua graduada no pleno florescimento da planta, considerando-se para tanto a distância compreendida entre o colo da planta e o ponto de inserção da última folha (folha bandeira), altura média de inserção da espiga principal, distância compreendida entre o colo da planta e o ponto de inserção da espiga em pleno florescimento e diâmetro médio dos colmos realizado a partir do segundo internódio a partir do colo da planta mensurado através do uso de um paquímetro digital, o número de folhas acima da espiga, que é a distância compreendida da espiga principal até a folha bandeira, e a medição da presença de clorofila dos tipos A e B foi determinada com o medidor eletrônico de clorofila ClorofiLOG modelo CFL 1030, que é um sensor comercial nacional que analisa três faixas de frequência de luz na medição e,

através de relações de absorção de diferentes frequências, determina um Índice de Clorofila ICF (Índice de Clorofila Falker) (FALKER, 2008). Todos os dados coletados foram analisados estatisticamente através do teste F e Skott-Knott ao nível de 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO Quanto às variáveis de campo altura de plantas, altura de inserção de espigas, diâmetro de colmo e número de folhas acima da espiga, segundo a análise de variância constatou-se que estas características não foram alteradas significativamente tanto pela população de plantas por hectare quanto pelo espaçamento entre linhas (Tabela 2). Tabela 2. Altura média de plantas (AP), altura média de inserção das espigas superiores (AE), diâmetro médio de colmos (DC), número de folhas acima das espigas superiores (NF) do híbrido DKB175PRO em relação aos tratamentos de espaçamento entre linhas (m) e população de plantas (ha). Muzambinho MG, Safra 2012/13. Tratamentos Espaçamento entre linhas (m) 0,45 0,60 População (pl ha -1 ) Média das Análises AP (cm) AE (cm) DC (mm) NF 65.000 280,25 A 156,68 A 25,42 A 6,18 A 75.000 277,56 A 157,68 A 25,59 A 6,00 A 85.000 281,50 A 158,56 A 26,78 A 6,31 A 65.000 282,31 A 158,00 A 27,46 A 6,37 A 75.000 284,12 A 158,68 A 25,62 A 6,25 A 85.000 282,00 A 159,37 A 24,99 A 6,12 A CV(%) 1,74 3,41 5,81 2,89 Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. Para os teores de clorofila total (Tabela 3), tanto no espaçamento entre linhas de 0,45 m quanto no de 0,60 m, não houve variação nas densidades de 65.000 e 75.000 pl ha -1, assim como para a população de 85.000 pl ha -1 nos espaçamento de 0,45 m. Já o teor de clorofila no espaçamento entre linhas de 0,60 m e com população de 85.000 pl ha -1, o teor de clorofila foi inferior aos demais espaçamentos e populações avaliados. Contrariamente, Amaral Filho et al. (2005) verificaram que a interação espaçamento x densidade populacional de maiores valores da estimativa

de clorofila foi o espaçamento de 0,80 m com a população de 80.000 plantas ha -1. Tabela 3. Desdobramento da interação espaçamento entre linhas x número de plantas por hectare para teor de clorofila total (ICF). Muzambinho MG, safra 2012/13. Teor de Clorofila Total (ICF) Espaçamento Entre Linhas (m) População (pl ha -1 ) 0,45 0,60 65.000 567,38 Aa 588,30 Aa 75.000 570,16 Aa 570,13 Aa 85.000 571,41 Aa 541,10 Bb CV (%) 2,36 Médias seguidas de mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. CONCLUSÕES Os diferentes espaçamentos entre linhas e populações não influenciaram a altura de plantas, altura de espigas, diâmetro de colmo e folhas acima da espiga para o híbrido DKB175 Pro. O menor teor de clorofila total é caracterizado pela maior população de plantas e maior espaçamento entre linhas. AGRADECIMENTOS Agradeço à FAPEMIG pela bolsa e ao IFSULDEMINAS Câmpus Muzambinho pelo apoio e infraestrutura e, em especial a minha Orientadora Professora Ariana Vieira Silva pelos conhecimentos transmitidos e toda dedicação necessária para a realização deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL FILHO, J. P. R.; FORNASIERI FILHO, D.; FARINELLI, R.; BARBOSA, J. C. Espaçamento, densidade populacional e adubação nitrogenada na cultura do milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.29, p.467-473, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcs/v29n3/25747>.pdf. Acesso em: 16 set. 2013. FALKER AUTOMAÇÃO AGRÍCOLA LTDA. Manual do medidor eletrônico de clorofila ClorofiLOG CFL 1030. Porto Alegre, 2008. 4p. FERREIRA, D. F. Sisvar: A computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.35, n.6, p.1039-1042, nov./dez. 2011.

KÖEPPEN, W. Climatología: con un estudio de los climas de la Tierra. México: Fondo de Cultura Economica, 1948. 478p. SANGOI, L.; SCHMITT, A.; SALDANHA, A.; FIORENTIN, C. F.; PLETSCH, A. J.; VIEIRA, J.; GATELLI, M. A. Rendimento de grãos de híbridos de milho em duas densidades de plantas com e sem a retirada dos perfilhos. Ciência Rural, v.39, p.325 331, 2009.