Aspectos legais e institucionais da pesca do atum no mar territorial e águas internacionais. Fortaleza, maio de 2018

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Transcrição:

Aspectos legais e institucionais da pesca do atum no mar territorial e águas internacionais. Fortaleza, maio de 2018 Miller Holanda Câmara Analista Ambiental Chefe da Divisão Técnico Ambiental IBAMA/CE

Por que fazer a gestão e o ordenamento dos recursos pesqueiros? 2

Pesca no Mundo: captura versus aquicultura

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Como fazer o ordenamento e a gestão dos recursos pesqueiros? 6

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Instrumentos Internacionais A Convenção do Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagem (CITES). CITES (www.cites.org) é um acordo internacional entre governos que objetivam assegurar que o comércio internacional de plantas e animais selvagens não ameace suas sobrevivências. Esta Convenção foi assinada por 169 países e está legalmente amarrada por todos os países membros da COPESCAL. 8

Instrumentos Internacionais Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) Informações sobre a UNCLOS: Local e data da Conclusão da Negociação: Montego Bay, Jamaica, 10/12/1982 - Natureza: Multilateral - Abrangência: Global - Ano de Entrada em Vigor do Ato: 1994 - Ano de Entrada em Vigor no Brasil: 1995 9

Objetivo: Instrumentos Internacionais Estabelecer um novo regime legal abrangente para os mares e oceanos; Estabelecer regras práticas relativas aos padrões ambientais, assim como o cumprimento dos dispositivos que regulamentam a poluição do meio ambiente marinho; Promover a utilização equitativa e eficiente dos recursos naturais, a conservação dos recursos vivos e o estudo, a proteção e a preservação do meio marinho. 10

Instrumentos Internacionais A Conferência de Cancun Sobre Pesca Responsável (FAO 1992) Promovida pelo governo do México, que forneceu subsídios para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), ou Cúpula da Terra, de 1992. Acordo de Conformidade da FAO, 1993. Procura garantir que todas as embarcações que operam em alto-mar tenham autorização apropriada e que haja um controle dos registros nacionais e internacionais dessas embarcações. 11

Instrumentos Internacionais Código de Conduta para uma Pesca Responsável (FAO,1995). Embora seja um instrumento de aplicação voluntária, o grande número de países envolvidos na sua elaboração e o fato de abrigar os principais avanços ocorridos nos últimos tempos, na área internacional de pesca e aquicultura, o torna um destacado instrumento mundial. Acordo sobre Medidas do Estado do Porto (FAO, 2009) Requer que as partes designem portos específicos para os navios estrangeiros, o que facilitará os controles. 12

Instrumentos Internacionais Acordo sobre medidas do Estado da Bandeira (FAO, 2014) contêm uma série de medidas que os países podem tomar para garantir que as embarcações registadas sob a sua bandeira não realizam a pescas não regulamentadas e não declaradas. Acordo sobre pesca Artesanal e de Pequena Escala (FAO, 2014) Diretrizes Voluntárias para assegurar a Pesca artesanal sustentável no contexto da Segurança Alimentar e Erradicação da Pobreza 13

Instrumentos Internacionais Governança Comitê da Pesca da FAO COFI Órgão subsidiário da FAO, criado em 1965. É o único fórum intergovernamental que discute as principais questões e os problemas internacionais de pesca e da aquicultura, e faz recomendações para governos, organizações regionais de pesca, ONGs, pescadores, da FAO e da comunidade internacional e do mundo em uma base regular. 14

Instrumentos Internacionais Governança Organizações Regionais de Ordenamento Pesqueiro - Atualmente existem cerca de 50 OROPs em atividade. Para o caso do atum no Brasil destaca-se a Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICAAT). - Trata-se de uma organização da pesca intergovernamental responsável pela conservação de Atuns e afins no Oceano Atlântico e dos mares adjacentes. 15

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Instrumentos Internacionais - Governança A ICCAT compila estatísticas da pesca provenientes de seus membros e para estas espécies no Oceano Atlântico, coordena pesquisas incluindo avaliação de estoques, e em nome dos seus membros, faz a gestão baseada na pesquisa científica e subsidia o países membros chegarem a acordo sobre medidas de gestão das espécies. Grande parte da informação disponível (www.iccat.es/en/) relaciona-se com dados científicos, relatórios de encontros científicos e de artigos científicos, a partir da análise dos dados aportados pelos países membros, sendo 50 no total. 17

Principais normas brasileiras Lei n 11.959 de 19.06.2009 - dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aqüicultura e Pesca e regula as atividades pesqueiras. Revoga a Lei. 7.679 de 23.11.1988 e dispositivos do Decreto-Lei 221, de 28.02.1967. - Destaque: Art. 24. Toda pessoa, física ou jurídica, que exerça atividade pesqueira bem como a embarcação de pesca devem ser previamente inscritas no Registro Geral da Atividade Pesqueira - RGP, bem como no Cadastro Técnico Federal - CTF na forma da legislação específica. 18

Principais normas brasileiras Lei Complementar 140/2011: fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei n o 6.938, de 31 de agosto de 1981. Destaque: Art. 7º: São ações administrativas da união: Letra b : XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional. 19

Principais normas brasileiras Lei Federal nº. 9.605/1998 - dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Destaques: Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. 20

Principais normas brasileiras Art. 35. Pescar mediante a utilização de: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: Pena - reclusão de um ano a cinco anos. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. 21

Principais normas brasileiras Decreto Federal 6.514/2008: Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências. Destaques: Art. 35. Pescar em período ou local no qual a pesca seja proibida: Multa de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), com acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais), por quilo ou fração do produto da pescaria, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental. 22

Principais normas brasileiras Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem: I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - pesca quantidades superiores às permitidas ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibida; IV - transporta, conserva, beneficia, descaracteriza, industrializa ou comercializa pescados ou produtos originados da pesca, sem comprovante de origem ou autorização do órgão competente; V - captura, extrai, coleta, transporta, comercializa ou exporta espécimes de espécies ornamentais oriundos da pesca, sem autorização do órgão competente ou em desacordo com a obtida; e VI - deixa de apresentar declaração de estoque. 23

Principais normas brasileiras Art. 36. Pescar mediante a utilização de explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos semelhantes, ou substâncias tóxicas, ou ainda, por outro meio proibido pela autoridade competente: Multa de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), com acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais), por quilo ou fração do produto da pescaria. Art. 37. Exercer a pesca sem prévio cadastro, inscrição, autorização, licença, permissão ou registro do órgão competente, ou em desacordo com o obtido: Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), com acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais) por quilo ou fração do produto da pesca, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para ornamentação. Parágrafo único. Caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização. 24

Principais normas brasileiras Art. 40. A comercialização do produto da pesca de que trata esta Subseção agravará a penalidade da respectiva infração quando esta incidir sobre espécies sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação, conforme regulamento do órgão ambiental competente, com o acréscimo de: I - R$ 40,00 (quarenta reais) por quilo ou fração do produto da pesca de espécie constante das listas oficiais brasileiras de espécies ameaçadas de sobreexplotação; ou II - R$ 60,00 (sessenta reais) por quilo ou fração do produto da pesca de espécie constante das listas oficiais brasileiras de espécies sobreexplotadas. Art. 41. Deixar, os comandantes de embarcações destinadas à pesca, de preencher e entregar, ao fim de cada viagem ou semanalmente, os mapas fornecidos pelo órgão competente: Multa: R$ 1.000,00 (mil reais). 25

Principais normas brasileiras Art. 42. Para os efeitos deste Decreto, considera-se pesca todo ato tendente a extrair, retirar, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos aquáticos e vegetais hidróbios suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. Parágrafo único. Entende-se por ato tendente à pesca aquele em que o infrator esteja munido, equipado ou armado com petrechos de pesca, na área de pesca ou dirigindo-se a ela. 26

Principais normas brasileiras Instrução Normativa MAPA/MPA nº 4 de 30/05/2014: Estabelece a Nota Fiscal do pescado, proveniente da atividade de pesca ou de aquicultura, como documento hábil de comprovação da sua origem para fins de controle de trânsito de matéria prima da fonte de produção para as indústrias beneficiadoras sob serviço de inspeção. Instrução Normativa SEAP/MMA/MD N 02, DE 04 DE SETEMBRO DE 2006 Destaque - Art. 13. Compete ao IBAMA/MMA: II - Executar as medidas administrativas cabíveis no caso de descumprimento da legislação ambiental e de ordenamento pesqueiro, e quando do descumprimento dos dispositivos desta Instrução Normativa, dentro de suas competências, esgotadas as condições e prazos descritos no art.9º; 27

Principais normas brasileiras 28

Fauna associada: Normas relacionadas à pesca 29

Normas relacionadas à pesca 30

Normas relacionadas à pesca Mortalidade de aves marinhas associada à pesca estar historicamente relacionada à pesca com espinhéis (tanto pelágico quanto de fundo) realizada por embarcações arrendadas e nacionais. Fonte: http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisa/0249-projeto-albatroz.html 31

Captura total de T. albacares, X. gladius, T. obesus e P. glauca de 1983 a 2012, proveniente da frota atuneira do Rio Grande do Norte. Fonte: Lira, Marcelo G. (2016)

Área de pesca da frota espinheira do Rio Grande do Norte. Fonte: Lira, Marcelo G. (2016)

O direito a pescar acarreta o dever correlativo de fazê-lo de forma responsável e sustentável, visando garantir a conservação e a gestão efetiva dos recursos aquáticos vivos, pelo qual quem quiser licença ou direito de pesca deverá observar o quadro regulamentar estabelecido pelas autoridades competentes em cada país. Lei Modelo de Pesca Artesanal ou em Pequena Escala Parlamento Latino-Americano e Caribenho Panamá, 2017

Obrigado. miller.camar@ibama.gov.br 35